Somos perseguidos, mas não vencidos...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,35-40)(07/05/25)

1. Caríssimos, todos nós precisamos de um sentido de ser e estar no mundo, isto é, um sentido de vida, uma opção fundamental na qual empenhamos todo o nosso viver. Todavia, jamais façamos isso fora dos desígnios de Deus para conosco, pois o Senhor nos criou para vivermos em plenitude o Seu amor por meio da nossa obediência, como vimos em Seu Filho, Jesus Cristo, e na vida de todos que o seguiram ao longo da história da salvação.

2. Com efeito, no mais das vezes somos tentados querer que Deus faça a nossa vontade, e isso se revela principalmente na convivência com Ele e entre nós. De fato, o querer humano quando instigado pelas tentações, é cheio de exigências, de busca de vantagens pessoais, e outros critérios impositivos que em nada cooperam com os desígnios de Deus; e quando não é atendido, se rebela e mostra a face tenebrosa do mal que se esconde por trás de suas intenções egocêntricas.

3. Ora, esta liturgia de hoje nos mostra as duas faces desse embate do comportamento humano frente a Deus e aos seus desígnios salvíficos. Por um lado aparecem os perseguidores de Cristo e dos seus seguidores aos quais tentam impor o seu modo de crê por meio da opressão, da violência e da morte; por outro, na contra mão dos seus perseguidores, estão os mártires da fé que dão a vida por amor a Cristo e ao anúncio do Seu Evangelho.

4. Tiremos, então, deste embate alguns exemplos para vivermos em nosso tempo. O primeiro deles é que a perseguição a Cristo e os seus seguidores continua mais ferrenho do que antes, e isso acontece principalmente no campo midiático em que as forças do maligno querem impor as suas ideologias por meio de mentiras, calúnias, falsas notícias e tudo o que contraria a vontade de Deus, tentando calar a evangelização e a salvação das almas dedicadas aos desígnios do Senhor.

5. Segundo exemplo a ser seguido para combater tudo isso, trata-se de desligar os nossos aparelhos midiáticos para não absolvermos as doutrinas infernais presentes neles, ou seja, desligar TVs, Internet, cinema e outros meios usados pelo maligno; para darmos tempo à oração, a meditação e divulgação da Palavra, a adoração do Santíssimo Sacramento e outras práticas de piedade pelas quais realizamos a vontade de Deus.

6. O terceiro exemplo nos vem da primeira leitura e do Evangelho de hoje, em que não obstante as perseguições impostas, "aqueles que se tinham dispersado iam por toda a parte, pregando a Palavra." E faziam isso tendo como base o que disse o Senhor Jesus: 

7. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede." Ou seja, alimentados com pão da Sua Palavra, e saciados com a água do Espírito Santo, anunciavam a salvação à todos que encontravam nas vias que percorriam fugindo dos seus perseguidores.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.