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terça-feira, 1 de agosto de 2023

JOIO E TRIGO NÃO SE MISTURAM...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 13,36-43)(01/8/23). 


1. Caríssimos, a realidade que nos cerca se assemelha à parábola do trigo e do joio, pois somos plantação divina fecundada pela graça do batismo que recebemos, a filiação divina, todavia, como o trigo, estamos maturando para o dia da colheita. De modo que, não estamos isentos das intempéries; e dos males que tentam se impor à todo custo ao plano de Deus para a nossa salvação. 

2. Por isso mesmo, precisamos continuar dando os frutos salvificos que o Senhor preparou para nos manter firmes em seu propósito, pois Ele mesmo disse: "Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo." (Mt 24,13).

3. Ora, o que consolida a nossa permanência em Cristo é o amor à Ele sobre todas as coisas, pois, amar o amor é a nossa maior felicidade; a participação no Seu Corpo Místico, a Igreja, do qual Ele é a Cabeça e nós seus membros; a vivência dos sacramentos, a prática das virtudes eternas, e a nossa colaboração para a salvação de todos. 

4. São Paulo nos ensina como se dá essa nossa participação: "Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, que ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade." (Rm 12,6-8).

5. Com efeito, na explicação da parábola do trigo e do joio o Senhor Jesus nos dá o entendimento antecipado do juízo escatológico que acontecerá no fim dos tempos: "Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 

6. O Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. (Mt 13,41-43).

7. Portanto, caríssimos, a vida é um dom de Deus, mas precisamos vive-la como um dom de Deus, pois todos os dons de Deus são plenos de sua vontade; por isso, disse são Pedro: "À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis antes, no tempo da vossa ignorância. 

8. A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44)." (1Pd 1,14-16).

Paz e Bem! 

Frei Fernando Maria OFMConv. 

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