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domingo, 31 de maio de 2020

SOLENIDADE DE PENTECOSTES...


Solenidade de Pentecostes (Jo 20,19-23)(31/05/20)

Caríssimos, a Santa Igreja celebra hoje a Solenidade de Pentecostes, ou seja, a vinda do Espírito Santo, que por meio dela dá continuidade ao ministério salvífico de Cristo. De fato, depois da vinda de Jesus, como o Messias; o Espírito Santo, é o Dom mais esperado, porque é Ele quem realiza em sua totalidade à obra da salvação de nossas almas.
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Com efeito, de todas as graças derramadas sobre nós, o Dom do Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é a maior delas; pois, depois do nosso batismo, Ele faz de nós sua morada por excelência para que as nossas ações sejam realizadas segundo a Vontade de Deus.
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Todavia, quando falhamos nessa missão, Ele vem em nosso socorro pelo Sacramento da reconciliação, para voltarmos ao estado de graça e assim permanecermos como sua morada neste mundo. É exatamente isso o que vimos no Evangelho de hoje, quando Jesus, soprando sobre os Apóstolos, disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. (Jo 20,23).
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Portanto, caríssimos, o dom do Espírito é o dom da caridade divina, que é o nome de Deus, porque Deus é amor. A igreja é o corpo de Cristo, da qual Ele é a cabeça, e o Espírito Santo é o sopro vital que a mantém e a santifica.
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Destarte, rezemos com ardente fervor e supliquemos: Vinde Espírito Santo por meio da poderosa intercessão do Imaculado coração de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe; enviai-nos um raio da vossa luz. Vinde, Pai dos pobres, doador dos sete dons, vinde luz dos corações e fazei-nos plenos da vossa presenca.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 30 de maio de 2020

"TU, SEGUE-ME"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 21,20-25)(30/05/20)

Caríssimos, meditando o Evangelho deste dia vimos Simão Pedro expressar uma atitude bastante comum em nossa sociedade, a curiosidade de especular sobre a vida dos outros: "Quando Pedro viu o discípulo amado, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste? Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!”
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De fato, essa atitude de Simão Pedro, se não bem intencionada pode arruinar a vida daqueles que fazem de tal especulação um disse me disse, um leva e traz que conduz ao pecado da maledicência. Ora, basta analisarmos os acontecimentos políticos e sociais de nossa sociedade para percebermos quanto mal esse pecado tem causado.
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São Paulo se referindo à isso, escreveu: "Agora, porém, deixai de lado todas estas coisas: ira, animosidade, maledicência, maldade, palavras torpes da vossa boca, nem vos enganeis uns aos outros. Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios, e vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele que o criou, até atingir o perfeito conhecimento."
(Cl 3,8-10).
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Com efeito, precisamos pôr em prática estas palavras do Senhor: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” Ou seja, o Senhor nos ensina o perfeito caminho do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
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Portanto, caríssimos, isto significa que o seguimento de Jesus requer três atitudes fundamentais: a renúncia de si mesmo; não julgar para não ser julgado, nem condenar para não ser condenado; e, amar uns aos outros evitando todo tipo de pecados, especialmente os da língua (cf. Ef 4,29-32).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

PEDRO, AMAS-ME?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Jo 21,15-19)(29/05/20)
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Caríssimos, o amor é a chave que abre a porta do Paraíso, do Reino dos Céus. Uma alma que ama nada mais comporta fora do amor, porque somente o amor é o tudo que ela necessita. São João na sua primeira carta, o definiu assim: "Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele." (1Jo 4,16b).
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No Evangelho de hoje Jesus interroga Pedro a respeito do amor que lhe devota, porém, cada pergunta vem acompanhada da missão que lhe confia e do alerta para se preparar para o que lhe acontecerá, por isso, já havia dito: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando." (Jo 15,13-14).
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Ao comentar esse diálogo entre Jesus e Pedro, o Santo Padre, o Papa Francisco, disse: Pedro fez todo um caminho com o Senhor até chegar a esse diálogo final, e nele três frases são decisivas: “Ama-me, apascenta e prepara-te”.
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Jesus pergunta a Pedro: «Tu amas-me mais do que a estes? Ama-me como podes, mas ama-me». E é isso «o que o Senhor pede aos pastores e também a todos nós. “Ama-me!”». Pois, o primeiro passo no diálogo com o Senhor é o amor.
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E depois: “apascenta”. Tu és pastor, apascenta. Não uses o tempo noutras coisas. “Apascenta”. Tu és chamado a apascentar, a tua identidade é ser pastor. A identidade de um bispo, de um sacerdote, é ser pastor. “Apascenta com amor, não faças outra coisa, ama e apascenta”.
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Seguindo o diálogo poder-se-ia dizer: «E depois, Senhor, dar-me-ás o prémio? — Sim, mas, primeiro prepara-te, porque te levarão onde tu não queres ir. Prepara-te para as provações, prepara-te para deixar tudo. Prepara-te para a aniquilação da vida. E levar-te-ão pela vereda das humilhações, pelo caminho do martírio».
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

MANTER A UNIDADE PELO VÍNCULO DA PAZ...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 17,20-26)(28/05/20).

Caríssimos irmãos e irmãs, estamos nos aproximando da Solenidade de Pentecostes, que marca o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos reunidos em oração no Cenáculo em Jerusalém. Ora, com o nosso batismo nós também recebemos o Espírito Santo no seio da Santa Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo, do qual Ele é a Cabeça e nós os seus membros (cf. CL 1,18).
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No Evangelho de hoje vimos Jesus rezar pela unidade dos Apóstolos, mas, também por nós que somos os novos filhos e filhas de Deus nascidos da água e do Espírito Santo para darmos o testemunho da sua ressurreição como os Apóstolos o fizeram, mantendo a unidade no vínculo da paz (cf. Jo 17,20).
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Sem dúvida esse é o grande desafio da Igreja em nosso tempo em meio à este mundo dividido, que está sendo destruído pelos pecados nele praticados à todo instante. E como disse o Senhor no Evangelho de hoje, somente a intervenção do Pai, nos dando a perfeita unidade, é que pode salvar este mundo da iminente ruína.
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No entanto, para que essa graça aconteça em toda sua plenitude se faz necessário que permaneçamos unidos a fim de que o mundo creia e todos se convertam. Escutemos então o Senhor: "Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

A FÉ, A ORAÇÃO E A PALAVRA...



A FÉ, A ORAÇÃO E A PALAVRA



PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 17,11b-19)(27/05/20)
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Caríssimos, a fé é o dom do Espírito Santo que transpõe a nossa natureza, ela vê o invisível que a razão não percebe naturalmente. A Carta aos Hebreus a define muito bem: "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê." (Hb 11,1).
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De fato, nós nos acostumamos com a segurança que criamos para nós e para os nossos, conforme os parâmetros naturais que definimos, e isso tudo para não perdermos o pretenso domínio sobre o que somos e temos, esquecendo-nos que somos apenas um sopro de vida e nada mais.
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A liturgia de hoje nos ensina que somente a proteção divina é que nos faz seguros para muito além do que conseguimos por nossos meios. Na primeira leitura e no Evangelho de hoje vemos que a fé, a oração e a Palavra são os meios que nos põe em plena comunhão com a vontade de Deus e nos faz sentir seguros como uma criança recém nascida nos braços de sua mãe.
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Portanto, caríssimos, tempo é vida, empreguemos bem o nosso tempo, dando a Deus o que temos, nossa vida, nossa família e tudo o que somos, porque somente assim evitaremos os transtornos e os desabores próprios dos que perdem tempo com práticas que não condizem com a nossa fé.
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Peçamos ao Senhor para vivermos todo tempo sob a sua proteção, desse modo, Ele afastará nossos medos e fobias nos dando a certeza do Seu amor e da sua constante presença conosco.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 26 de maio de 2020

"PAI, É CHEGADA A HORA"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 17,1-11a)(26/05/20)
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Caríssimos em se tratando da fé na Onipotência de Deus e do exercício de sua Justiça, ao olharmos para a obra da criação, não tem como duvidar de que Ele as exerce em toda sua plenitude, por isso, de uma coisa fiquemos certos, nada do que se faz presente em nossa condição permanecerá sem a justa resposta ou recompensa no dia do juízo.
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Aliás, para aqueles já partiram deste mundo, o juízo pessoal já está consumado, tal como meditamos na Carta aos Hebreus: "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo." (Hb 9,27). De fato, num abrir e fechar de olhos toda a nossa vida será desvendada como num filme e tudo veremos tão claramente como o sol que nos ilumina.
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No Evangelho de hoje três frases de Jesus nos chama a atenção: (1) "Pai, é chegada a hora. (2) Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a Ti... (3) Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus."
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Com efeito, para nós que estamos neste mundo, também chegará a nossa hora, e como Jesus, glorifiquemos o Pai celeste com o nosso modo de ser, pois, esse é o único meio pelo qual o glorificamos por uma vida de santidade e justiça.
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Santo Agostinho comentando essa última frase, disse: "Jesus, ora por nós como nosso sacerdote, ore em nós como nossa cabeça. E à Ele nós oramos, porque reconhecemos nossa voz nele, como também a sua voz em nós".
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Portanto, caríssimos, "A oração de Jesus não é para convencer o mundo, mas para amá-lo; não é para o destruir, mas para transformá-lo; não é para impor a sua lei, mas para propor o seu evangelho da vida. Desse modo, compreendemos que a única maneira que Jesus nos ensina a transformar o mundo, é conformando nossa vida com a sua vida, o nosso coração com o seu coração." (Dom Stefano).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

IDE E FAZEI DISCÍPULOS MEUS TODOS OS POVOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,29-33)(25/05/20)

Caríssimos irmãos e irmãs, vivemos numa luta espiritual constante, mas o Senhor, que nos conhece perfeitamente, sempre nos concede uma pausa, um descanso para recobrarmos as forças da alma e assim prosseguirmos seguros até atingirmos a perfeição desejada por Ele.
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Na primeira leitura de hoje vimos Paulo interrogar doze dos discípulos de João Batista e lhes conferir o Batismo conforme o Senhor, lhes conferindo também o Santo Crisma em que eles receberam a plenitude do Espírito Santo. E como vimos, a transformação interior e exterior deles foi imediata e sensível. (cf. At 19,6).
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Com efeito, também nós que recebemos o batismo fomos tirados do mundo e feitos discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo, para seguirmos suas pegadas na estrada da vida eterna conduzidos pelo Espírito Santo. E como meditamos acima, o Senhor nos confere o Seu Santo Espírito para vivermos a plenitude da interação com Ele e assim realizarmos em tudo de nossa vida a vontade do Pai.
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De certo, não obstante inúmeras correntes de pensamentos, de filosofias e religiões e muitas delas usando o nome de Jesus, não nos espantemos nem nos confundamos, pois tudo isso faz parte da divisão presente na natureza humana desde que os nossos primeiros pais permitiram que o pecado entrasse nela.
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Todavia, de nossa parte, permaneçamos fiéis à fé católica que recebemos dos Apóstolos, feita por Cristo Sacramento universal da salvação de todos os que nela recebem o Batismo, como Ele nos ensinou no Evangelho segundo Mateus: "Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”. (Mt 28,16-20).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 24 de maio de 2020

SOLENIDADE DA ASCENÇÃO DO SENHOR...


Solenidade da Ascenção do Senhor
(Mt 28,16-20)(24/05/20)

Caríssimos, a ressurreição e Ascenção do Senhor Jesus, é o que Ele chama de cumprimento da justiça (cf. Jo 16,10), isto por ter padecido da parte povo eleito todas as humilhações e a terrível morte de cruz, por não o terem aceitado como o Messias enviado por Deus. De fato, é duríssimo realizar em tudo a vontade do Pai e mesmo assim ser assassinado com requintes de crueldade nunca visto antes.
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Em sua homilia sobre Ascensão do Senhor, santo Agostinho, escreveu: "Cristo foi elevado ao mais alto dos céus; contudo, continua sofrendo na terra através das tribulações que nós experimentamos como seus membros. Deu testemunho desta verdade quando se fez ouvir lá do céu: Saulo, Saulo, por que me persegues? (At 9,4). E ainda: Eu estava com fome e me destes de comer (Mt 25,35).
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Por que razão nós também não trabalhamos aqui na terra de tal modo que, pela fé, esperança e caridade que nos unem a nosso Salvador, já descansemos com ele no céu? Cristo está no céu, mas também está conosco; e nós, permanecendo na terra, estamos também com ele.
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Por sua divindade, por seu poder e por seu amor ele está conosco; nós, embora não possamos realizar isso pela divindade, como ele, ao menos podemos realizar pelo amor que temos para com ele. E assim como ele subiu sem se afastar de nós, também nós subimos com ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo o que nos está prometido."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 23 de maio de 2020

REZAR É AMAR, É FAZER A VONTADE DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,23b-28)(23/05/20)
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Caríssimos o modo como vivemos é um espelho de vida, nele refletimos quem somos, à quem servimos e para onde estamos indo, pois, é um caminho existencial que percorremos no tempo rumo à eternidade. Na primeira leitura de hoje vimos um casal cristão, Priscila e Áquila, muito bem visto na comunidade, pois, sua casa era uma igreja doméstica que acolhia com alegria os peregrinos à serviço do Senhor.
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Com efeito, o exemplo desse casal cristão nos ensina que a nossa convivência com Cristo gera os frutos na convivência fraterna, ou seja, a prática das virtudes que nascem da convivência com Cristo se reflete na convivência entre nós, pois, o Senhor se faz realmente presente quando o acolhemos nos outros.
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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina como devemos rezar, pois, a oração é o meio que Ele nos deu para vivermos em estado de graça, visto ser nesse estado que tudo alcançarmos de Deus nosso Pai. Muitos começam caminhando por essa via de perfeição, mas logo se cansam porque pensam a oração somente como um meio de receber o que se quer ou o que se deseja.
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Efitivamente tal atitude não se pode chamar de oração, pois, como nos ensinou o Senhor, rezar é amar, é fazer a vontade do Pai, é adentrar no tesouro da Sua infinita misericórdia, e assim nos maternos seguros das graças derramadas em nossas almas para sermos santos como Ele é Santo.

Portanto, caríssimos, quem reza assim experimenta uma profunda sensação de paz em sua oração, porque permanece na presença de Deus e em perfeita comunhão com Ele mesmo em meio as diversas provações deste mundo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

DISSE-VOS ESTAS COISAS PARA QUE A MINHA ALEGRIA ESTEJA EM VÓS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,20-23a)(22/05/20)
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Caríssimos, as adversidades, as contrariedades e todo tipo de luta espiritual que enfrentamos no nosso dia a dia, são fortes motivos para nos mantermos em estado de graça, pois, a fé no Senhor Jesus nos ensina que Ele é Deus e tem tudo sob controle, por isso, nada poderá abater seus filhos e filhas que Nele confiam e esperam.
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Na primeira leitura de hoje vimos que em meios as perseguições que Paulo e seus colaboradores sofriam, eles mantiam o diálogo com o Senhor que lhes conduzia para se manterem confiantes e assim realizarem a obra de evangelização à qual lhes confiara. E o resultado era o crescimento do número daqueles que se convertiam ao Senhor e passavam a fazer parte das ovelhas do seu rebanho.
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"No Evangelho Jesus assegurou-nos: «vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há de converter-se em alegria! (…) Eu hei de ver-vos de novo! Então o vosso coração há de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 20.22). «Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15, 11).
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Existem momentos difíceis, tempos de cruz, mas nada pode destruir a alegria sobrenatural, que «se adapta e transforma, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados». É uma segurança interior, uma serenidade cheia de esperança que proporciona uma satisfação espiritual incompreensível à luz dos critérios mundanos." (Papa Francisco, Gaudete et Exsultate).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

O SENHOR NOS CONSOLA EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,16-20)(21/05/20)

Caríssimos, vivemos o provisório, o temporário, o passageiro, isto é, aquilo que não é ainda o definitivo, a plenitude da herança eterna que Deus preparou para aqueles que o amam. E é exatamente aqui em meio aos erros e acertos de nossa humanidade que a Palavra de Jesus nos ensina e nos anima para não nos deixar abater pelo pessimismo que o pecado tem gerado na face da terra.
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Essa liturgia de hoje é como um bálsamo para as nossas almas, pois nela Jesus prepara os Apóstolos para os dois acontecimentos sumamente relevantes da sua primeira vinda, isto é, a sua paixão e morte de cruz, e a sua ressurreição dentre os mortos.
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De fato, durante três anos eles acompanharam o Senhor e participaram do seu ministério por meio do qual Ele realizou feitos jamais vistos antes na história da humanidade. E agora prestes a partir deste mundo para o Pai, o Senhor os prepara para se manterem fiéis e não desanimarem quando o seu sacrifício de cruz se consumar, pois se houvesse outro meio para a nossa salvação, certamente o Senhor o teria revelado.
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Portanto, caríssimos, também nós precisamos nos manter atentos às palavras do Senhor Jesus para continuarmos firmes, bem como Ele já havia dito: "No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." (Jo 16,33). Ou seja, tudo nesse mundo passa rumo à eternidade que se aproxima instantemente. Peçamos, então, ao Senhor a graça da perseverança final (cf. Mt 24,13), para que tudo, pois, aconteça de acordo com a sua santa vontade.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

QUANDO VIER O ESPÍRITO DA VERDADE, ENSINA-VOS-Á TODA A VERDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,5-11)(19/05/20)

Caríssimos, a atual crise que estamos vivendo por conta dessa pandemia, nos revela o quanto somos vulneráveis, ou seja, sopros de vida que se esvai a qualquer momento. No entanto, quando nos dirigimos ao Senhor em oração confiando Nele inteiramente, logo, obtemos todas as graças que nos mantém seguros da sua presença conosco nos livrando de todo mal.
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No Evangelho de hoje vimos que os discípulos ficaram desolados quando Jesus anunciou sua partida deste mundo, e mesmo diante do anúncio da vinda do Espírito Santo, ainda assim não foi o suficiente para que eles recobrassem a motivação perdida.
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No entanto, o Senhor lhes revelou que a sua ida para o Pai era mais que necessária para que a humanidade ficasse conhecendo, por meio do Espírito Santo, em que consiste o pecado, a justiça e o julgamento. Disse Ele: "O pecado, porque não acreditaram em mim; a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”. (Jo 16,9-11).
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Portanto, caríssimos, não obstante as más notícias que a mídia constantemente divulga, não somente no que diz respeito à essa pandemia, mas também à violência e a maldade que se espalha como uma doença incurável em nosso sociedade; não podemos perder a fé e a esperança no Senhor, pois, Ele nos escuta e sempre nos responde.
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De fato, precisamos fechar nossos sentidos físicos para as más notícias e abri-los para acolhermos a Palavra de Jesus e pô-la em prática, desse modo, alcançaremos a vitória sobre todos os males.
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Destarte, eis o que diz o Senhor: "Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." (Jo 16,33).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 19 de maio de 2020

CORAGEM! EU VENCI O MUNDO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,5-11)(19/05/20)

Caríssimos, a atual crise que estamos vivendo por conta dessa pandemia, nos revela o quanto somos vulneráveis, ou seja, sopros de vida que se esvai a qualquer momento. No entanto, quando nos dirigimos ao Senhor em oração confiando Nele inteiramente, logo, obtemos todas as graças que nos mantém seguros da sua presença conosco nos livrando de todo mal.
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No Evangelho de hoje vimos que os discípulos ficaram desolados quando Jesus anunciou sua partida deste mundo, e mesmo diante do anúncio da vinda do Espírito Santo, ainda assim não foi o suficiente para que eles recobrassem a motivação perdida.
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No entanto, o Senhor lhes revelou que a sua ida para o Pai era mais que necessária para que a humanidade ficasse conhecendo, por meio do Espírito Santo, em que consiste o pecado, a justiça e o julgamento. Disse Ele: "O pecado, porque não acreditaram em mim; a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”. (Jo 16,9-11).
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Portanto, caríssimos, não obstante as más notícias que a mídia constantemente divulga, não somente no que diz respeito à essa pandemia, mas também à violência e a maldade que se espalha como uma doença incurável em nosso sociedade; não podemos perder a fé e a esperança no Senhor, pois, Ele nos escuta e sempre nos responde.
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De fato, precisamos fechar nossos sentidos físicos para as más notícias e abri-los para acolhermos a Palavra de Jesus e pô-la em prática, desse modo, alcançaremos a vitória sobre todos os males.
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Destarte, eis o que diz o Senhor: "Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." (Jo 16,33).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 17 de maio de 2020

ENVIAI, SENHOR, VOSSO ESPÍRITO SANTO...


Homilia do 6° Dom. da Páscoa (Jo 14,15-21)(17/05/20)
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Caríssimos, o zelo e o cuidado de Deus por nós é tão imenso que não se contentou somente em enviar-nos seu único Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, para nos salvar; mais ainda, por esse mesmo Filho, nos enviou o Espírito Santo Paráclito, para nos defender, inspirar, iluminar e nos conduzir pela via da perfeição que nos leva à vida eterna.
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Com efeito, é bem como o Senhor nos ensinou nos Atos dos Apostolos, que depois de sua ascensão ao céu, Ele enviaria o Espírito Santo para permanecer conosco (cf. At 1,7-9), pois, de fato, não seria justo vivermos neste mundo sem a garantia da sua presença nos acompanhado e nos ensinando como vivermos perfeitamente em conformidade com os seus santos mandamentos.
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Comentando a respeito dessa vinda do Espírito Santo, são João Maria Vianey, escreveu: "Ao enviar-nos o Espírito Santo, Deus fez como um grande rei que encarregou um ministro de orientar um dos seus súditos, dizendo-lhe: «Vai acompanha este senhor por toda a parte e trazer-mo de volta são e salvo». Que belo é ser acompanhado pelo Espírito Santo! Ele é um bom condutor.
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O Espírito Santo conduz-nos como uma mãe leva o filho de dois anos pela mão, como uma pessoa que vê, conduz um cego. Todas as manhãs devemos dizer: «Meu Deus, enviai-me o vosso Espírito Santo, que me fará conhecer quem eu sou e quem Vós sois». Uma alma que possui o Espírito Santo experimenta um delicado sabor na oração e nunca perde a santa presença de Deus."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 16 de maio de 2020

DEUS É AMOR E QUEM AMA PERMANECE EM DEUS


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Jo 15,18-21)(16/05/20)
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Caríssimos, por que alguém deixa de amar para odiar? Porque isso é possível somente entre as criaturas; nunca em relação ao Criador. Ora, Deus é amor e o amor é a essência da vida; sem ele tudo é caos, é morte, é ódio, é inferno. De fato, qualquer criatura que não vive conforme o amor com o qual e para o qual foi criada, peca, isto é, odeia, porque todo pecado nada mais é do que expressão do não amor que se carrega na alma.
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São João, na sua Primeira Carta, escreveu: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu." Por essas palavras compreedemos que o ódio resulta do não conhecimento de Deus, ou seja, da não comunhão com o Seu amor.
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Noutra parte ele escreveu: "Não vos admireis, irmãos, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte. Quem odeia seu irmão é assassino. E sabeis que a vida eterna não permanece em nenhum assassino. Nisto temos conhecido o amor: (Jesus) deu sua vida por nós. Também nós outros devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos."
(1Jo 3,13-16).
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No Evangelho de hoje Jesus disse aos seus discípulos: «Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não sois do mundo, pois a minha escolha vos separou do mundo, é por isso que o mundo vos odeia. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou».
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Portanto, concluamos este pequeno sermão com estas palavras de são João: "Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor." (1Jo 4,7-8).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

NEM TODOS SÃO CHAMADOS E ENVIADOS PARA ANUNCIAR A SALVAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,12-17)(15/05/20)
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Caríssimos, esse nosso mundo vive agitado como uma grande barca prestes a naufragar no mar revolto do pecado humano. Ninguém mais se entende, porque a divisão está posta nas almas que se deixaram dominar pelo espírito inmundo da corrupção, da luxúria, da mentira, da violência e tantos outros males presente em nosso sociedade.
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Com efeito, isso está acontecendo em larga escala porque os homens perderam o sentido do sagrado, e quando mantém algum, deturpam de imediato, tentando angariar vantagens materiais explorando os ingênuos de plantão que se deixam manipular, talvez pensando, quem sabe, tirar algum proveito desse tipo de credulidade.
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Sem dúvida alguma é o que vimos na primeira leitura, em que foi preciso a intervenção dos Apóstolos reunidos em concílio, para afastar tais manipuladores. Eis o que escreveram: "Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós."
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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina que a missão de anunciar a Boa Nova da salvação é uma escolha pessoal que ele mesmo faz (v. 16), por isso, não é qualquer um que se apresenta com uma bíblia debaixo do braço se dizendo apóstolo, evangelista, bispo, pastor, pastora, missionário, etc. Como se tivessem sido chamados pelo Senhor.
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Portanto, caríssimos, escutemos atentamente o que diz Jesus a respeito deles: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!" (Mt 7,22-23).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

O AMOR FRATERNO...

https://youtu.be/9w07GCJCwaQDeus



PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,9-17)(14/05/20)
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Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos ensina em que consiste o verdadeiro amor fraterno, diz ele: "Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando." Ou seja, o amor fraterno nasce da obediência à Sua Palavra posta em prática.
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De fato, meditando essas palavras de Jesus, vemos que seu amor não é um sentimento superficial ou mesmo algo meramente emotivo; mas, uma atitude interna capaz de dar a vida por aqueles que ele ama; e mais ainda, até mesmo por seus algozes, quando ao ser crucificado, disse ao Pai celestial: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem." (Lc 23,34).
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Ao comentar esse Evangelho, disse o Santo Padre, o Papa Francisco: "O amor fraterno realiza-se na vida de cada dia, nas atitudes, nas ações; se assim não for, é apenas algo ilusório. São palavras, palavras, palavras: isto não é amor. O amor é concreto, todos os dias. Jesus pede-nos para observar os seus mandamentos, que se resumem nisto: «que vos ameis uns aos outros como eu vos amei» (v. 12).
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Como fazer para que este amor que o Senhor ressuscitado nos oferece possa ser partilhado pelos outros? Várias vezes Jesus indicou o outro que devemos amar, não por palavras, mas por obras. É aquele que encontro no meu caminho e que, com o seu rosto e com a sua história, me interpela: é aquele que, com a sua presença, me leva a sair dos meus interesses e das minhas seguranças; é aquele que espera a minha disponibilidade para ouvir e percorrer um pouco do caminho juntos.
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Disponibilidade em relação ao irmão e irmã, quem quer que ele seja e qual for a situação em que se encontra, começando por quem está próximo de mim na família, na comunidade, no trabalho, na escola. Desta maneira, se eu permanecer unido a Jesus, o seu amor pode alcançar o outro e atraí-lo a si, à sua amizade." (Papa Francisco, Regina Coeli, 6 de maio de 2018).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.


quarta-feira, 13 de maio de 2020

PERMANECEI EM MIM...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,1-8)(13/05/20)
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Caríssimos, em se tratando da graça santificante do Senhor, ela é como a seiva da videira que nutre seus ramos para que deem frutos abundantes. No Evangelho de hoje Jesus faz essa analogia revelando os contras e os prós que pode acontecer com os que estão ligados a Ele, e são nutridos com suas graças quando se deixam podar livremente.
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Diz o Senhor: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o poda, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."
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De fato, analisando com afinco essa comparação compreendemos quão importante é a nossa permanência em Cristo para recebermos suas graças e darmos os frutos da salvação que Ele nos concedeu. Pois, tal como os ramos da videira só dão frutos, porque permanecem nela e se alimentam de sua seiva; também nós sem essa permanência em Jesus, somos apanas galhos secos que serão arrancados e lançados no fogo.
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Por fim, meditemos com estas palavras do santo Padre, o Papa Francisco: "Nos seja de ajuda Maria, Rainha dos Santos e modelo de comunhão perfeita com o seu Filho divino. Ela nos ensine a permanecer em Jesus, como ramos na videira, e a nunca nos separarmos do seu amor.
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Com efeito, nada podemos sem Ele, porque a nossa vida é Cristo vivo, presente na Igreja e no mundo. (Papa Francisco, REGINA COELI, Praça São Pedro, Dominan 29 de abril de 2018).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 12 de maio de 2020

DEIXO-VOS A PAZ, DOU-VOS A MINHA PAZ...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,27-31a)(12/05/20)
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Caríssimos, se existe um estado de alma que mais desejamos este se chama paz; todavia, no mundo conflituoso que vivemos, ela está se tornando cada vez mais difícil; por isso, peçamos ao Senhor para acolhermos sua paz tal como Ele nos a comunica no Evangelho de hoje: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração."
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O santo Padre, o Papa Francisco, na audiência geral de 15 de abril passado, fez um belíssimo comentário a respeito dessa frase de Jesus: "Devemos orientar-nos entre duas ideias de paz: a primeira é a bíblica, onde aparece a maravilhosa palavra shalom, que exprime abundância, prosperidade, bem-estar. Quando em hebraico se deseja shalom, deseja-se uma vida boa, plena, próspera, mas também de acordo com a verdade e a justiça, as quais terão cumprimento no Messias, Príncipe da paz (cf. Is 9, 6; Mq 5, 4-5).
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Depois há o outro sentido, mais generalizado, em que a palavra “paz” é entendida como uma espécie de tranquilidade interior: estou tranquilo, estou em paz. Esta é uma ideia moderna, psicológica e mais subjetiva. Pensa-se geralmente que a paz é sossego, harmonia, equilíbrio interior.
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Este conceito da palavra “paz” é incompleto e não pode ser absolutizado, porque na vida o desassossego pode ser um importante momento de crescimento. Muitas vezes é o próprio Senhor que semeia a inquietação em nós para irmos ao seu encontro, para o encontrarmos.
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Muitas vezes o Senhor deve ser um “sinal de contradição” (cf. Lc 2, 34-35), abalando as nossas falsas certezas para nos conduzir à salvação. E nesse momento parece que não temos paz, mas é o Senhor que nos coloca neste caminho para alcançarmos a paz que Ele próprio nos concederá."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

NÓS SOMOS MORADAS SOMENTE DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,21-26)(11/05/20)
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Caríssimos, depois que o pecado entrou na natureza humana pela desobediência dos nossos primeiros pais, entrou com ele a terrível tendência de querer "ser como Deus" ou de querer endeusar as outras criaturas. Ora, é isso o que vimos na primeira leitura; onde após a realização de um milagre como sinal da presença de Jesus, queriam endeusar Paulo e Barnabé, sacrificando-lhes um novilho.
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Com efeito, pelo o que constatamos em nossos dias, essa terrível tendência continua ainda mais exacerbada, haja vista que os ídolos e seus adoradores se multiplicam em larga escala nos estádios de futebol, nas redes de televisão; na música; nas artes; na política; na Internet, etc. E com isso não existe mais espaço para Deus nas almas ocupadas por tais ídolos.
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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina que as nossas almas são moradas unicamente da Santíssima Trindade pela nossa obediência à Sua Palavra posta em prática. Diz Ele: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." (Jo 14,23).
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Comentando esse versículo, santa Helena de Helfta, monja beneditina (séc. XIII), escreveu: "A alma santa é, pois, um céu, cujo sol é a justiça ou o zelo de uma caridade fervorosa, cuja lua é a castidade. Não é de espantar que o Senhor Jesus tivesse escolhido habitar este Céu, sobre o qual não se contentou - como na criação dos céus materiais - em dizer simplesmente que se fizesse, mas lutou por conquistá-lo, morreu para o resgatar.
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Assim, concluída a obra, satisfeito o seu desejo, Ele disse: «Aqui está o meu repouso para todo o sempre, aqui terei a minha morada» (Sl 131,14).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 9 de maio de 2020

A FÉ E SUAS OBRAS SÃO SINAIS DE DEUS EM NOSSA VIDA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,7-14)(09/05/20)

Caríssimos, o Profeta Habacuc em sua profecia proclama que o justo vive por sua fidelidade (cf. Hab 2,4), ou seja, por sua fé. De fato, a fé é o dom por excelência da comunhão e convivência com Deus, como Jesus nos ensinou no Evangelho de hoje; pois, assim como naturalmente convivemos entre nós; de igual modo por meio da fé convivemos espiritualmente com Deus.
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Na primeira leitura Paulo e Barnabé foram caluniados, perseguidos e expulsos de Antioquia da Pisídia, pelos judeus que cheios de inveja, não aceitaram o anúncio da salvação eterna que eles proclamavam em nome Jesus, afirmando ser Ele o Messias. Ora, foi essa rejeição um dos motivos que os levaram anunciar a fé cristã aos pagãos.
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No Evangelho de hoje Filipe pede a Jesus que lhes mostre o Pai, ao que o Senhor respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai?’ Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras."
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Portanto, caríssimos, meditando essas palavras de Jesus, compreendemos que a verdadeira fé é traduzida pelas atitudes que a fundamenta: a íntima convivência com o Senhor e a realização da sua vontade por meio de suas obras, para a salvação de todos.
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Destarte, escutemos atentamente o Senhor: "Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

A CAMINHO DO REINO DOS CÉUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,1-6)(08/05/20)
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Caríssimos com a promessa da vida eterna impressa em nossas almas quando do nosso batismo, pois, por ele ressuscitamos com Cristo (cf. Rm 6,3); pela graça do Espírito Santo nos tornamos portadores da grandissima esperança de contemplar a Deus face a face na Sua Glória, no Reino dos Céus.

Ora, o que seria de nós sem essa divina esperança? Certamente viveríamos somente para a morte, onde tudo volta ao caos, ao pó que somos por nós mesmos, ao nada. Digo isso porque vivemos num mundo onde o pecado está destruindo toda grandeza, toda beleza e tudo de bom que de Deus recebemos neste mundo para sermos felizes e vivermos em paz.
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No Evangelho de hoje Jesus exorta os discípulos ensinando que a sua presença em nosso meio é a certeza do cumprimento de suas promessas: "Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais." (Jo 14,1-3).
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Portanto, caríssimos, não podemos perder o Senhor Jesus de vista, pelo contrário, aumentemos a nossa convivência com Ele pela oração, pela vivência dos Sacramentos, pela comunhão fraterna, pela prática dos santos mandamentos e das obras de misericórdia, pois sem esse convívio salutar a vida perde todo sentido de ser.
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Destarte, façamos destas palavras de são Paulo o nosso modo de ser um só em Cristo Jesus: "Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor." (Rm 12,9-11).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

A PALAVRA E A VERDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 13,16-20)(07/05/20)

Caríssimos, somos agentes diretos da palavra, seja ela falada, escutada, escrita, lida, posta em prática ou não. Com efeito, Deus criou todas as coisas por Sua Divina Palavra, o Seu Verbo Eterno, Jesus Cristo, como nos ensinou são João no seu Evangelho: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito." (Jo 1,1.3).
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De fato, a Palavra é o fundamento da vida. Por isso, podemos plenamente afirmar: "somos Palavras de Deus realizadas." No entanto, infelizmente, estamos vivendo num mundo onde a mentira se tornou a palavra da vez, e com isso, faz da verdade sua primeira vítima, sacrificada a cada instante que alguém abre a boca para mentir.
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Na liturgia de hoje a Palavra é o agente principal e a verdade que a conduz é sua autêntica identidade; por isso, realiza em todos os sentidos a vontade salvífica de Deus. Na primeira leitura, Paulo, Barnabé e os outros discípulos proclamam o Santo Evangelho de nosso Senhor, Jesus Cristo, gerando de imediato uma grande alegria naqueles que se converteram e foram salvos.
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Com efeito, meditando o Santo Evangelho desta liturgia, vemos que todos os gestos de Jesus são uma nítida expressão da Sua Divina Palavra e fonte de santidade para os que a ouvem com reta intenção. Desse modo, a Sua relação com os discípulos passa do gesto à Palavra, isto é, do exemplo do Mestre que se faz discípulo, revelando com isso, que o verdadeiro sentido do discipulado é o serviço.
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Portanto, caríssimos, que a nossa boca só se abra para falar a verdade baseada no exemplo da obediência e humildade de nosso Senhor Jesus Cristo, bem como nos ensinou São Paulo: "Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai." (Cl 3,17).


Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

O PREÇO PROFÉTICO DA NOSSA SALVAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 12,44-50)(05/05/20)
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Caríssimos, uma das consequências do pecado mortal na alma de quem o comete é a perda da graça santificante e da comunhão com Deus; a partir daí tal pessoa não tem mais sossego, porque perde o poder do livre arbítrio, e em tudo o que faz, sofre a influência do maligno para que não volte a ter comunhão com o Senhor. Todavia, não é a vontade do mal que prevalesse.
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De fato, ao meditarmos o Evangelho de hoje vemos que Jesus foi enviado pelo Pai para nos restituir o perfeito estado de graça, ou seja, aquela comunhão com Deus que os nossos primeiros pais perderem com o pecado que coneteram e nos transmitiram essa perda. Todavia, mediante o perdão dos nossos pecados o Senhor nos liberta e nos salva de todo mal.
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Com efeito, como em toda missão profética, Jesus pagou com a própria vida, o alto preço da nossa salvação. Comentando esse seu sacrifício assim se expressou o Santo Padre, o Papa Francisco: "Vivendo a missão que lhe foi confiada pelo Pai, Jesus sabia bem que devia enfrentar o cansaço, a rejeição, a perseguição e a derrota. Um preço que, tanto ontem como hoje, a profecia autêntica é chamada a pagar.
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De certo, também hoje, o mundo tem necessidade de ver nos discípulos do Senhor, profetas, ou seja, pessoas corajosas e perseverantes em responder à vocação cristã. Pessoas que seguem o "impulso" do Espírito Santo, que as envia para anunciar esperança e salvação aos pobres e aos excluídos; pessoas que seguem a lógica da fé e não do miraculismo; pessoas dedicadas ao serviço de todos, sem privilégios nem exclusões. (Papa Francisco, Angelus, 03/02/19).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 5 de maio de 2020

É TEMPO DE DECISÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 10,22-30)(05/05/20)
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Caríssimos, estamos vivendo o tempo da tomada de decisão por Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo, para assim segui-lo até o fim dos nossos dias neste mundo; digo isso porque todos os sinais dos acontecimentos profetizados por Ele já estão em pleno curso e não tem como duvidar, basta fazer uma análise da atual situação do mundo.
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No Evangelho de hoje enquanto Jesus passeava no Templo, por ocasião da festa de sua dedicação, pois, era o símbolo da fé judaica, muitos se aproximaram dele, esboçando dúvidas a respeito de sua identidade Messiânica: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”.
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Ao que, o Senhor lhes respondeu: “Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão."
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Com efeito, essas Palavras de Jesus são profundamente significativas, pois, elas comprovam que muitos não o seguem porque se deixam enganar pelas artimanhas do Maligno. Aliás, são João na sua primeira carta, escreveu: "Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora.
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Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos. Vós, porém, tendes a unção do Espírito Santo e sabeis todas as coisas." (1Jo 2,18-20).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

DISCERNIMENTO, DOM QUE NOS LEVA A IDENTIFICAR AS AÇÕES DO MALIGNO


Discernimento para conhecermos como age o demônio para dominar uma alma:

Na área sexual: pela tentação da nudez, luxúria, exibicionismo, pornografia, desejos libidinosos exacerbados; perversões sexuais: pedofilia, zoofilia, homossexualidade masculino e feminino; etc;
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Na área psíquica espiritual: pela violência verbal, física e espiritual acompanhadas do falso julgamento, extremismo, ódio mortal, mentiras e todo tipo de facatruas;
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Na área psíquica emocional: pela confusão mental que leva à todo tipo de heresia e falsas doutrinas; partidos, invejas, cobiças; desilusão, insegurança, solidão; doenças mentais, fobias, depressão; autodestruição, etc...
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Porém, o maligno depende do consentimento de quem é tentado para entrar em sua alma e dominá-la; fiquemos atentos para nunca sedermos às suas tentações...
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Caríssimos, o livre arbítrio é um dom de Deus e nos foi dado somente para conhecer a verdade e praticar o bem, pois, foi isso o que Jesus nos ensinou: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos livrará. Porque, todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo. (Jo 8,31-32.34).
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Portanto, combatamos contra os espíritos malignos que andam pelo mundo querendo perder as almas, especialmente as consagradas, e não nos deixemos abater por eles; nossas armas espirituais nesta luta, são: a vida de oração e de penitência acompanhadas da prática das santas virtudes que nos identificam com nosso Senhor Jesus Cristo; peçamos também a intercessão de nossa Senhora, de são José e dos santos anjos, como também de todos os santos e santas nossos intercessores no céu.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

EU DOU A MINHA VIDA PELAS MINHAS OVELHAS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 10,11-18)(04/05/20)
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Caríssimos, a primeira coisa que precisamos entender nesta liturgia, é que a obra da salvação pertence somente a Deus, e ela não é exclusiva; mas, inclusiva; pois, não somos nós que nos salvamos, mas, somos salvos por Jesus, que nos amou à ponto de se rebaixar à nossa miserável condição; bem como Ele mesmo disse: "Eu não vim salvar os justos, mas os pecadores."
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Com efeito, no Evangelho de hoje Jesus nos revela quem é e qual a sua missão: «Eu sou o bom Pastor. O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas» (Jo 10, 11). Ora, ao comentar essa frase de Jesus, o Santo Padre, o Papa Francisco, disse: "Esta auto-apresentação de Jesus não pode ser reduzida a uma sugestão emotiva, sem qualquer efeito concreto! Jesus cura através do seu ser Pastor que dá a vida.
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Oferecendo a sua vida por nós, Jesus diz a cada um: "A tua vida vale tanto para mim, que para a salvar dou-me completamente a mim mesmo". É exatamente este oferecer a sua vida que o torna bom Pastor por excelência, Aquele que cura, Aquele que nos permite levar uma vida boa e fecunda.

Ele está atento a cada um de nós, conhece profundamente o nosso coração; conhece as nossas qualidades e os nossos defeitos, os projetos que realizamos e as esperanças que foram desiludidas. Mas aceita-nos tal como somos, até com os nossos pecados, para nos curar, para nos perdoar; Ele guia-nos com amor, para podermos percorrer até caminhos difíceis, sem perder o rumo. Ele acompanha-nos.
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Abramo-nos a Jesus, para que Ele entre em nós. E assim tenhamos uma relação mais vigorosa: Ele ressuscitou! Assim podemos segui-lo durante a vida inteira. (Papa Francisco, trechos do Regina Coeli, 22 de abril de 2018).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 3 de maio de 2020

JESUS, BOM PASTOR...


Homilia do 4°Dom da Páscoa (Jo 10,1-10)(03/05/20)
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Caríssimos, neste quarto domingo da Páscoa, também chamado domingo de Jesus, Bom Pastor, o Evangelho nos propõe três palavras chaves: "a porta", "o caminho" e "a voz" com às quais seguimos fielmente o Senhor até as belas pastagens do Paraíso Celeste sem medo de tropessar.
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Como Filho de Deus e enviado por Ele para nos salvar, Jesus é a única porta pela qual entramos no seu redil, isto é, na vida eterna. Ora, e por mais que apareçam outros líderes com suas doutrinas persuasivas e aparentes poderes, como disse o Senhor: "Todos eles são ladrões e assaltantes; O ladrão só vem para roubar, matar e destruir."
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E, para compreendermos melhor os seus desígnios salvíficos, o Senhor acrescenta: "Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora." Em outras palavras, não se entra na Glória de Deus por atalhos, porque não existe outro caminho fora de Jesus.
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O Santo Padre, o Papa Francisco, comentando esse Evangelho, disse: Para se evitar mal-entendidos é preciso, «Conhecer a voz de Jesus! Não penseis que estou falando de uma aparição, que Jesus virá e dirá: "Faz isto". Não, não!». E então alguém poderia perguntar: «Como posso, padre, conhecer a voz de Jesus? E também defender-me da voz daqueles que não são Jesus, que entram pela janela, que são bandidos, que destroem, que enganam?».

Mais uma vez a «receita» é «simples» e prevê três indicações. Encontrarás a voz de Jesus nas bem-aventuranças». Depois: "nas obras de misericórdia, que se encontra, no capítulo 25 de são Mateus». E por fim, ao nos ensinar a rezar o Pai nosso. Portanto, se alguém ensinar «um caminho contrário à essas indicações, é um que entrou pela janela: não é Jesus!».
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 2 de maio de 2020

SENHOR, EU CREIO EM TI PARA ALÉM DOS MEUS CONCEITOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,60-69)(02/05/20)
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Caríssimos, a liturgia deste dia nos mostra a reação de alguns dos discípulos ao ouvirem as palavras inquietantes de Jesus, que lhes disse da necessidade de comer a sua carne e beber o seu sangue para permanecer Nele e ter a vida eterna. Ora, "Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: Isto é muito duro! Quem o pode admitir? Desde então, se retiraram e já não andavam com ele." (Jo 6,60.66).
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O santo Padre, o Papa Francisco, numa de suas audiências, disse o seguinte à respeito desse episódio: "As palavras de Jesus sempre nos põem em crise, por exemplo diante do espírito do mundo, da mundanidade. Mas Jesus oferece a chave para superar as dificuldades: uma chave composta por três elementos.
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Primeiro, a sua origem divina: Ele desceu do céu e subirá «para onde estava antes» (v. 62). Segundo: as suas palavras só podem ser compreendidas através da ação do Espírito Santo, Aquele «que dá a vida» (v. 63), pois, é precisamente o Espírito Santo que nos faz entender bem Jesus. Terceiro: a verdadeira causa da incompreensão das suas palavras é a falta de fé: «Mas há alguns entre vós que não crêem» (v. 64), diz Jesus."
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Ora, diante das diserções "de muitos dos seus discípulos," Jesus perguntou aos Apóstolos: "Vós também vos quereis ir embora?” Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.
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Portanto, caríssimos, cabe a cada um de nós perguntar, quem realmente é Jesus para mim? Será que o conheço de verdade? Como me relaciono com Ele? Destarte, precisamos viver a nossa intimidade com o Senhor como Ele nos ensinou nesse Evangelho: "O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida." (Jo 6,63).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

SÃO JOSÉ OPERÁRIO, ROGAI POR NÓS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 13,54-58)(01.05.15)
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Caríssimos, hoje a Igreja celebra com muita alegria a memória de são José Operário, ou seja, a memória do humilde carpinteiro de Nazaré, apaixonado por Maria, e que pela graça do Espírito Santo, tornou-se o pai adotivo de Jesus Cristo, Filho de Deus Altíssimo, Salvador da humanidade. Era descendente do Rei Davi, juntamente com Maria, porém, sem posses, trabalhava em sua carpintaria para prover o sustento de sua família.
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São Mateus ao relatar o nascimento de Jesus no seu Evangelho, traça um perfil de são José: "Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente.
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Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados." (Mt 1,18-21).
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Com efeito, o que mais chama a atenção nesse perfil de são José, é a pureza de sua alma, o não tomar decisões precipitadas, o silêncio interior, o dom de escutar a Deus e de pôr em prática o que Ele lhe falava. Também é fundamental o profundo respeito que devotava a Maria, à ponto de jamais querer culpa-la mesmo quando percebeu que estava grávida sem a sua direta participação.
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Portanto, caríssimos, como são José, estejamos também nós abertos às ações do Espírito Santo para recebermos as surpresas de Deus e nos deixar conduzir por sua Divina Providência que leva à bom termo tudo o que em nós começou, bem como rezou o salmista: "Completai em mim, Senhor, a obra de vossas mãos." (cf. Sl 137,8).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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