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segunda-feira, 30 de maio de 2022

CORAGEM EU VENCI O MUNDO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,29-33)(30/05/22)

Caríssimos, Cristo é a verdade incontestável, pois, tudo o que afirma se realiza segundo a vontade do Pai, e a vontade do Pai é caridade, bondade, humildade, misericórdia, santidade, justiça e todas as outras virtudes não mensionadas aqui; é por isso, que a fé no Senhor se manteve inabalável por mais perseguida que foi ao longo da história; porque contra o poder de Deus, não existe adversário que resista.

No Evangelho de hoje depois de ouvir a profissão de fé dos discípulos, disse-lhes Jesus: "Credes agora? Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim." (Jo 16,32).

Sem dúvida, vivemos num mundo violento repleto de tragédias naturais e humanas, no entanto, a pior de todas as tragédias é o pecado da desobediência, é dele que nascem todos os outros pecados. Por isso, em meio a maldade que o pecado gera na face da terra; precisamos não apenas dizer que acreditamos no Senhor, mas sim, nos entregar Ele totalmente confiantes do que nos disse: "No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!" (Jo 16, 33).

Portanto, caríssimos, como vimos nesse episódio do entusiasmo dos discípulos que disseram: "Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. (Jo 16,29-30). No entanto, o Senhor lhes mostrou que não basta o entusiasmo para vencer o mundo, mas precisamos de coragem para segui-lo até o fim.

Destarte, também nós às vezes temos uma fé semelhante a dos Apóstolos, mas não podemos esquecer que vivemos em meio a uma guerra espiritual que cada dia exige de nós uma fé madura para seguirmos o Senhor Jesus carregando a nossa cruz de cada dia certos de que tendo Ele à nossa frente venceremos todas as batalhas.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 29 de maio de 2022

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR...


 Solenidade da Ascensão do Senhor (Lc 24,46-53)(29/05/22)

Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor Jesus, o Filho de Deus que veio a este mundo para nos libertar do pecado e de todo mal; porém, fez isso de um modo inusitado, sofrendo venceu o sofrimento; morrendo destruiu o poder da morte, subindo ao céu introduziu nele a nossa carne redimida nos dando a certeza da vida eterna.

O que mais nos chama a atenção na Ascensão do Senhor Jesus é que Ele uniu as duas dimensões, a terrestre e a celeste, para permanecer conosco no seio da Sua Santa Igreja que pelos Sacramentos e o anúncio do Evangelho continua realizando a sua obra salvífica; e todos que o encontram e recebem o bastimo renascem da água e do Espírito Santo tornando-se filhos e filhas de Deus a caminho do Reino dos céus.

De certo, se tem uma coisa que não se pode duvidar é da salvação eterna que recebemos do Senhor Jesus por seu sacrifício de cruz, pois, duvidar dessa verdade é por em risco a própria salvação para cair no pecado da incredulidade que é um veneno mortal para a alma. A esse respeito escreveu são Pedro: "Muitos zombadores dirão: "Onde está a promessa de sua vinda? Desde que nossos pais morreram, tudo continua como desde o princípio do mundo." (2Pd 2,4).

Com efeito, a resposta à essa zombaria se encontra na primeira leitura: "Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. (At 1,7-8).

Portanto, caríssimos, recebendo o batismo e a vida nova pela graça do Espírito Santo derramado em nossas almas, permanecemos em Cristo e Ele permanece em nós, é isso o que significa a nossa participação na sua Natureza Divina e na imortalidade que ela comporta.

Destarte, escutemos são Paulo a esse respeito: "Que Deus abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente." (Ef 1,18). Ou seja, a Ascensão do Senhor é o cumprimento da justiça divina que se realiza em cada um de nós que Nele acreditamos.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv. 

sábado, 28 de maio de 2022

PEDI E RECEBEREIS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,23b-28)(28/05/22)

Caríssimos, os nossos nomes não apenas nos identificam, mas revelam também quem somos e o porque da nossa existência. É isso o que nos ensina esta liturgia. De fato, "Segundo a mentalidade semítica, o nome tem uma força toda particular, contém o poder da pessoa representada." (Missal Cotidiano).

Com efeito, no Evangelho de hoje o Senhor Jesus exorta os seus discípulos a rogar ao Pai em seu nome: “Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja completa." (Jo 16,23b-24). Isso significa que o nome de Jesus é a garantia de que a nossa oração será prontamente atendida. 

Mas, por que rezamos, se Deus já conhece as nossas necessidades? A explicação é bem simples, rezar é amar a Deus, é fazer a sua vontade. Na exortação do Senhor os discípulos receberão porque o Pai os ama, e lhes dá em abundância, porque eles o amaram e creram que Ele veio do Pai, como afirma: "Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai”. (Jo 16,28).

De certo, ao ouvirmos essa exortação de Jesus, certamente "podemos e devemos pedir coisas temporais. No entanto, somos convidados a buscar a vontade de Deus, não a perseguir fins mesquinhos e egoísticos. Necessitamos, pois, de discernimento, orientação e perseverança, que são dons concedidos pelo Espírito Santo." (Missal Cotidiano). 

Portanto, caríssimos, o dom da oração é a via de comunicação mais acessível para nos encontrarmos com Deus e nos depositar no seu coração paterno; e como garantia de que seremos recebidos e atendidos por Ele em nossa oração, o Senhor Jesus nos dá como aval o seu nome.

Destarte, adentrar os céus por meio da nossa oração tendo no nome de Jesus a garantia de que somos ouvidos, isso nos faz confiantes, certos de que rezar não é apenas pedir alguma coisa, mas sim, entrar na intimidade do Pai e permanecer no seu aconchego como seus filhos e filhas.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

A NOSSA PROTEÇÃO ESTÁ NO NOME DO SENHOR...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,20-23a)(27/05/22)

Caríssimos, não tem como viver neste mundo sem sofrimentos, de fato, não queremos sofrer, mas eles são inevitáveis, embora tenhamos mais motivos para alegrar-nos por fazemos a vontade de Deus que nos livra das astúcias do maligno, como livrou são Paulo na primeira leitura: "Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, porque eu estou contigo. Ninguém te porá a mão para fazer mal. Nesta cidade há um povo numeroso que me pertence”. (At 18,9b-10).

Ou seja, recebemos os benefícios e a proteção do Senhor tendo em vista a salvação dos seus filhos e filhas, como escreveu são Paulo: "Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia!" (2Cor 1,3-4).

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus exorta os discípulos quanto aos sofrimentos e tristeza que padecerão por conta da sua paixão e morte, ao mesmo tempo já os conforta mostrando-lhes a alegria que os espera ao reve-lo ressuscitado: “Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria." (Jo 16,20-23a).

Portanto, caríssimos, fazendo uma comparação entre as dores dos discípulos pela morte do Senhor, e as nossas dores por conta das provações e desafios de fé desta vida, vemos que a felicidade eterna prometida pelo Senhor Jesus, nos fará esquecer para sempre os sofrimentos aqui suportados por amor a Ele.

Destarte, escutemos atentamente são Paulo a esse respeito: "Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada. Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Todavia com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus." (Rm 8,18.21).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

A FÉ QUE FAZ TRANSPARECER O PODER DE...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,16-20)(26/05/22)

Caríssimos, o impossível faz parte da dinâmica da fé, porque esta consiste em acreditar mesmo sem ver, ou seja, sem a evidência da nossa lógica; e isso acontece porque é um dom do Espírito Santo que nos foi dado para acreditarmos no que transpõe a nossa natureza; bem como está escrito na Carta aos Hebreus: "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê." (Hb 11,1).

Com efeito, quem se basea nas próprias forças ou somente nas forças naturais não crê no poder da oração nem no poder de Deus, por isso, age sempre como se estivesse no comando de tudo, de forma que mesmo diante de um milagre ainda assim não acredita, porque se deixou dominar pela incredulidade, desse modo, torna-se frio, calculista acreditando apenas no que está dentro dos próprios critérios.

De certo, a fé no Senhor Jesus nos revela sua evidência pelas graças recebidas por conta das virtudes praticadas em comunhão com Ele que nos leva viver segundo a vontade do Pai. Desse modo, quem se une ao Senhor na Santa Eucaristia torna-se um só com Ele, transparecendo-o em meio à incredulidade, à indiferença e as incertezas deste mundo.

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus se dirige aos discípulos numa linguagem difícil de entender, mas não de crer, pois, a verdade liberta sempre mesmo quando a princípio não é entendida, uma vez que se referia a sua paixão, morte e ressurreição, algo inusitado tendo em visto que se apresentara como o Messias enviado por Deus Pai.

Ou seja, mesmo sendo Filho de Deus se deixou abater tragicamente para fazer valer a sua Onipotência Divina por meio da sua ressurreição: "O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai." (Jo 10,18). 

De fato, o Senhor Jesus continua realizando a nossa salvação por meio dos seus desígnios que confunde totalmente o inimigo e seus sequazes; como Ele disse a são Paulo: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força." E em resposta Paulo disse: "Por isso, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo." (2Cor 12,9).

Portanto, caríssimos, se houvesse outro meio para a salvação da humanidade sem ser o sacrifício do seu amado Filho, Deus certamente nos teria revelado, uma vez que somente Ele tem todo poder sobre o céu e sobre a terra; mas, em seu desígnio de amor assim determinou, para que os nossos pecados fossem apagados mediante o Seu Sangue derramado e nos fosse enviado o Espírito Santo Paráclito para permanecer conosco.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,5-11)(24/05/22)

Caríssimos, aos olhos da incredulidade do mundo parece que Deus não se faz presente na nossa história, ou então, não dá importância alguma ao nosso sofrimento causado pelos nossos pecados e pelo desmando dos nossos governantes. De fato, quem olha pela ótica da incredulidade só enxerga miséria, caos e perdição sem nenhuma solução a vista.

Todavia, essa liturgia de hoje nos revela que o remédio que cura todos os males na face da Terra se encontra no Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, que foi enviado pelo Pai como único caminho, verdade e vida que nos liberta do pecado e de toda maldade que o pecado gera.

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus prestes a ser imolado na cruz como se fosse um derrotado nos ensina que sua aparente derrota na verdade é a sua grande vitória, pois, com a sua ausência física nos envia o Espírito Santo para permanecer conosco, para nos consolar, e nos ensinar tudo a seu respeito, dando cumprimento à sua missão salvífica no seio da sua Santa Igreja.

Com efeito, se dirigindo aos seus discípulos disse o Senhor: "É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: o pecado, porque não acreditaram em mim; a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”. (Jo 16,7-11)

Ou seja, a missão do Espírito Santo que permanece conosco é tríplice: convencerá o mundo do pecado de não ter acreditado em Jesus; e por isso, vive mergulhado na incredulidade. Convencerá a respeito da justiça, porque o Senhor Jesus voltou ao Pai, mostrando o seu triunfo sobre o mundo que o crucificou pensando que o havia derrotado. E convencerá quanto ao julgamento, pois, o triunfo de Cristo é a derrota definitiva de satanás.

Portanto, caríssimos, não estamos sozinhos porque Deus que nos criou por amor permanece conosco, caminha conosco nos dando todas as graças necessárias para a santificação das nossas almas. Destarte, a Igreja é o Corpo místico de Cristo e nela Ele se faz presente por sua Palavra proclamada em cada Santa Missa; nos Sacramentos ministrados como sinais sensíveis que o revelam, e nas obras de misericórdia que praticamos com o auxílio do Espírito Santo.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Ó VINDE ESPÍRITO SANTO ENCHEI OS CORAÇÕES DOS VOSSOS FIÉIS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,26–16,4a)(23/05/22)

Caríssimos, a nossa relação com Deus tem como fundamento o amor com que Ele nos ama e de igual modo o amor com que o amamos sobre todas as coisas para assim amarmos uns aos outros; de certo, é dessa reciprocidade amorosa que nasce a unidade do Espírito pelo vínculo da paz, como nos ensina são Paulo (cf. Ef 4,3).

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos ensina que o Espírito Santo dá testemunho Dele e nos leva à confiança inabalável na Sua Palavra para que ela se cumpra em nossa vida, e assim também nos possamos testemunha-lo. Ou seja, o nosso testemunho nasce da nossa relação com o Senhor que se dá pela ação do Espírito Santo na compreensão da sua vontade para que a ponhamos em prática.

Comentando esse Evangelho disse o Papa Emérito Bento XVI: "É muito importante acreditar firmemente na presença e ação do Espírito Santo, para invocá-lo e acolhê-lo em nós, através da oração e dos sacramentos. É Ele quem ilumina a mente, aquece o coração para que possamos transmitir o conhecimento e o amor de Jesus.

Quando rezamos, ouvimos as inspirações de Deus para fazer bem a nossa parte, que em todo caso nos pertence e devemos cumprir. Os sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Penitência, permitem-nos realizar o nosso testemunho em união com Cristo, em comunhão com Ele e continuamente renovadas pelo seu perdão. 

Portanto, "A oração e os Sacramentos obtêm-nos aquela luz da verdade, graças à qual podemos ser ao mesmo tempo ternos e fortes, usar de mansidão e firmeza, calar e falar no tempo certo, censurar e corrigir na medida certa." (Bento XVI - Santa Missa e batismo de algumas crianças, 8/01/2012).

Destarte, peçamos ao Senhor Jesus para iluminar as nossas almas com a luz do Espírito Santo e por ele darmos o nosso testemunho da sua presença em nossas ações, e em nosso modo de ser e estar no mundo.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 22 de maio de 2022

Homilia do 6Dom da Páscoa...


 Homilia do 6°Dom da Páscoa (Jo 14,23-29)(22/05/22)

Caríssimos, a liturgia deste sexto domingo da Páscoa nos revela um dos maiores mestérios da nossa fé, pela nossa obediência nos tornamos morada da Santíssima Trindade. De fato, só é possível compreender esse mistério pela ação direta do Espírito Santo, como nos ensinou o Senhor Jesus: "Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito." (Jo 14,26). 

Com efeito, essa segurança que o Senhor Jesus nos transmite é a garantia de que aquilo que estamos vivendo em comunhão com Ele no tempo tem como termo o paraíso, a Jerusalém celeste descrita por são João na segunda leitura. De certo, não se trata de utopia ou imaginação, mas da revelação da morada de Deus com seus filhos e filhas por toda eternidade.

Mas, atenção, porque nada de impuro entrará nesta cidade, por isso, a obediência ao Senhor Jesus é fundamental porque nasce do nosso amor a Ele: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda a minha palavra." (Jo 14,23-24a). Ou seja, somos habitação de Deus porque o amamos pela graça do Espírito Santo.

Portanto, caríssimos, a vivência desse mistério, seria impossível por nós mesmos, pois, não depende do nosso esforço, mas unicamente da nossa submissão amorosa à Palavra do Senhor que nos dá o Seu Espírito para vivermos em justiça e santidade todos os dias que ainda nos resta neste mundo.

Destarte, escutemos atentamente são João: "A cidade não necessita de sol nem de lua para iluminar, porque a glória de Deus a ilumina, e a sua luz é o Cordeiro. Nela não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do Cordeiro." (Ap 21,23.27).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

O SENHOR JESUS ESTÁ SEMPRE CONOSCO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,18-21)(21/05/22)

Caríssimos, a vida vivida segundo a vontade de Deus é mais real do que a realidade que vivemos, bem como vimos na primeira leitura: "Paulo e Timóteo atravessaram a Frígia e a região da Galácia, pois o Espírito Santo os proibira de pregar a Palavra de Deus na Ásia." (At 16,6). Ou seja, o Senhor os acompanhava aonde quer que fosse com as evidências da Sua presença pessoal.

Desse modo, compreendemos que a fé nos proporciona essa convivência com o Senhor Jesus, como proporcionou a Maria Santíssima, são José, os Apóstolos e todos os santos e santas de todos os tempos. Ou seja, a Igreja é o lugar sagrado desse convívio, nós somos os seus membros e seguimos o Senhor ressuscitado interagindo com Ele até o céu.

Todavia, como nos ensina o Senhor no Evangelho de hoje, nem por isso somos isentos das perseguições e provações: "Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”. (Jo 15, 20-21).

Com efeito, "Jesus não promete aos seus discípulos uma vida celestial, sem dificuldade; não promete sucesso, elogios, promoção social. A vida que Ele oferece não pode ser comparada aos ideais mundanos marcados pela vaidade, pelas aparências, pela celebridade.

Portanto, seus discípulos devem estar prontos para o mal entendido, o desrespeito, a rejeição como foi para com Ele. No entanto, a presença de Deus em suas vidas é a melhor recompensa, a melhor segurança e a única força de que precisam.

Os discípulos que levam o Evangelho e seguem Jesus sabem de antemão que nem sempre serão acolhidos com coração aberto e gratidão; mas serão protagonistas à maneira de Cristo de uma nova história, com a mesma verdade, a mesma mansidão daquele que armado com o perdão na cruz perdoa e ama até o fim." (Mons. Angelo Spina, Arcebispo de Ancona - Osimo).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

MUITOS FALAM DE AMOR, MAS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,12-17)(20/05/22)

Caríssimos, quantos são aqueles que pensam que o amor é só um sentimento que nos traz alegria e paz; no entanto, nessa liturgia de hoje o Senhor Jesus nos ensina que o verdadeiro amor consiste em dar a sua vida para resgatar a nossa vida que estava perdida sem salvação alguma. E isso não é somente um sentimento, mas a comunicação de si mesmo, ou seja, da vida divina herdada do Pai.

De fato, muitos falam de amor e dizem que amam, porém, basta uma provação para se deixar abalar e se fechar em si mesmos ou então se entregar aos vícios e outros atitudes por conta das decepções que causam revolta, ressentimentos e tantos outros males da alma imersa no vazio da falta de perdão e do verdadeiro amor. 

Comentando esse Evangelho disse o Papa Emérito Bento XVI: "O Antigo Testamento não apresentava nenhum modelo de amor, mas apenas formulava o preceito do amor. Em vez disso, Jesus nos deu a si mesmo como modelo e fonte de amor. Trata-se de um amor sem limites, universal, capaz de transformar também todas as circunstâncias negativas e todos os obstáculos em oportunidades para progredir no amor.

Ao nos dar o mandamento novo, Jesus nos pede para viver o seu mesmo amor, desde o seu próprio amor, que é o sinal verdadeiramente credível, eloquente e eficaz para anunciar a vinda do Reino de Deus ao mundo.

É claro que só com a nossa força somos fracos e limitados. Há sempre uma resistência ao amor em nós e em nossa existência, e há tantas dificuldades que causam divisões, máguas e ressentimentos. Mas o Senhor prometeu-nos estar presente na nossa vida, tornando-nos capazes deste amor generoso e total, que sabe superar todos os obstáculos, mesmo os que estão no nosso coração.  

Se estivermos unidos com Cristo, podemos amar verdadeiramente desta forma. Amar os outros como Jesus nos amou só é possível com aquela força que nos é comunicada na relação com Ele, sobretudo na Eucaristia, na qual se faz presente de modo real o seu Sacrifício de amor que gera amor: é a verdadeira novidade do mundo e a força de uma permanente glorificação de Deus, que se glorifica na continuidade do amor de Jesus em nosso amor." (Bento XVI - Santa Missa em Turim, 02/05/ 2010).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

AMAR COMO JESUS AMOU...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,9-11)(19/05/22)


Caríssimos, depois da vinda do Senhor Jesus para cumprir em nós a vontade do Pai, passamos do pecado para o estado de graça; da condição de simples mortais para a de ressuscitados com Ele, isto é, da morte temporal para a vida eterna, e essa é a nova condição que o Senhor Jesus adquiriu para nós por seu sacrifício de cruz. Por isso, o ouvimos dizer: "Eis que eu faço novas todas as coisas." (Ap 21,5).

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos ensina com precisão o que causa em nós a verdadeira alegria: “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”. (Jo 15,9-11).

Com efeito, o que nos faz permanecer ressuscitados com Cristo, é a vivência do nosso batismo em obediência aos seus mandamentos, pois, eles são a via de perfeição que o Senhor nos dá para chegarmos no céu. Desse modo, nos sentimos seguros como são Paulo disse de si mesmo: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." (Gl 2,20).

Comentando esse Evangelho disse o Papa Emérito Bento XVI: "O cristianismo não é um moralismo, não somos nós que devemos fazer o que Deus espera do mundo, mas devemos antes de tudo entrar neste mistério ontológico: Deus se dá. O seu ser, o seu amor, precede o nosso agir e, no contexto do seu Corpo, no contexto do estar nele, identificado com ele, enobrecido com o seu sangue, também nós podemos agir com Cristo.

A ética é consequência do ser: primeiro o Senhor nos dá um novo ser, este é o grande dom; O ser precede o agir e deste ser segue o agir, como uma realidade orgânica, porque o que somos, também podemos ser em nossa atividade. 

Agradecemos ao Senhor porque Ele nos precede, ele nos dá o que devemos dar, e então podemos ser, na verdade e na força de nosso novo ser, atores de sua realidade. Permanecer e observar: observar é sinal de permanência e permanecer é o dom que Ele nos dá, mas que deve ser renovado a cada dia em nossa vida." (Bento XVI - Visita ao Pontifício Seminário Maior Romano, 12/02/2010).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 17 de maio de 2022

O SOFRIMENTO REDENTOR DO SENHOR...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,27-31a)(17/05/22)

Caríssimos, se tem algo que evitamos ao máximo é o sofrimento, e isso ocorre porque Deus nos criou para sermos felizes e não para sofrer; mas, por que sofremos? 

Por causa do pecado; e o único poder que o apaga se encontra na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, fora dele nada o pode apagar. 

Desse modo, compreendemos que no sofrimento do inocente Filho de Deus existe o poder invencível que anula o poder de todos os inimigos visíveis e invisíveis, e nos dá a salvação eterna, como nos ensina a Carta aos Hebreus: "Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem (Hb 5,8-9). 

Com efeito, o sofrimento advindo do pecado é inevitável, mas, o superamos e vencemos pela graça de Cristo que age em nossas almas nos libertando dos nossos pecados e de todo mal. 

São Paulo na primeira leitura assim se expressa sobre o sentido do sofrimento: "É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. (At 14, 22). 

E na Carta aos Romanos escreveu: "Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada." (Rm 8,18).

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos fala da sua paz que é a única paz verdadeira: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração." (Jo 14,27). 

Ou seja, a paz do mundo depende da força das armas e dos que deteem o poder temporal; enquanto que a Paz de Cristo é fruto do seu amor e do seu sacrifício de cruz pelo qual nos dá a paz definitiva.

Portanto, caríssimos, escutemos humildemente o Senhor Jesus: "Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!

Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 

Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós." (Mt 5,9-12).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

SOMOS MORADA DA SANTÍSSIMA TRINDADE...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,21-26)(16/05/22)

Caríssimos, existem duas dimensões nas quais estamos, a natural e a sobrenatural; a primeira depende da segunda diretamente porque é envolvida por ela, todavia, é a fé que nos faz adentrar na dimensão eterna pela graça que nos é dada por Deus para vivermos em comunhão com Ele e entre nós e assim sermos plenamente felizes, pois, a nossa felicidade não é deste mundo, mas do céu.

Com efeito, essa liturgia de hoje revela que o Senhor Jesus, foi enviado pelo Pai para nos dá o Espírito Santo, Paráclito (defensor), para livrar das insídias do maligno; e nos fazer viver em constante comunhão com a Santíssima Trindade. 

Comentando esse Evangelho, disse o Papa Emérito Bento XVI: "É o próprio Jesus quem promete que vai orar ao Pai para enviar aos seus seguidores o Espírito, definido como “outro Paráclito”, isto é, advogado de defesa (cf. Jo 14,16). De fato, o primeiro Paráclito é o Filho encarnado, que veio defender o homem do acusador por excelência, que é Satanás. 

Quando Cristo, tendo cumprido a sua missão, volta ao Pai, envia o Espírito, como Defensor e Consolador, para que permaneça para sempre habitando em nós que Nele acreditamos. 

Assim, graças à mediação do Filho e do Espírito Santo, estabelece-se uma íntima relação de reciprocidade entre Deus Pai e os discípulos: "Eu estou no Pai e vós em mim e eu em vós", diz Jesus (Jo 14, 20). 

Tudo isso, porém, depende de uma condição que Cristo coloca claramente no início: "Se me amais" (Jo 14,15), e que ele repete no final: "Quem me ama será amado por meu Pai e eu também o amarei e manifestar-me-ei a ele”. (Jo 14,21). 

Sem o amor a Jesus, que se dá na observância de seus mandamentos, a pessoa se exclui do movimento trinitário e começa a se voltar para si mesma, perdendo a capacidade de receber e comunicar Deus." (Bento XVI - Ordenações sacerdotais, (27/4/08).

Portanto, caríssimos, se pensamos que estamos sozinhos neste mundo enganamo-nos a nós mesmos, pois, estamos sempre acompanhados por Deus que nos ama eternamente e quer ser amado por nós para vivermos em perfeita comunhão com Ele por seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, na graça do Espírito Santo.

Destarte, o Senhor Jesus nos pede apenas a observância da sua Palavra, porque sem essa nos tornamos presas fáceis do inimigo de nossas almas. De certo, amar o Senhor Jesus é obedece-lo e isso nos faz morada da Santíssima Trindade sinal de que a nossa alma é eterna.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

HOMILIA DO 5DOM DA PÁSCOA...


 Homilia do 5°Dom da Páscoa (Jo 13,31-33a.34-35)(15/05/22)

Caríssimos, olhando este mundo repleto de sofrimentos e dores, de tanta maldade e desamor; de tanta perversão e destruição dos bons costumes, pensamos que não há mais salvação para ele. 

De fato, se confiarmos em nós mesmos e nas nossas pretensas soluções, estaremos perdidos, porque é impossível vencer o maligno pondo em prática as suas perversas sugestões. 

Com efeito, no Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos ensina que o amor é a única fonte de salvação, contanto que nos amemos como Ele nos ama. 

De fato, este mandamento existe desde o Antigo Testamento, porém, ele é novo na sua prática, como Ele nos ensina: "Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem." (Mt 5,43-44).

De certo, este nosso mundo está se destinando à perdição eterna, e quem sabe até vivendo seus últimos momentos por conta dos pecados nele praticados. Todavia, Deus nos ama e jamais nos abandona, por isso, enviou o seu Filho amado para nos salvar do pecado e da condenação eterna, por seu sacrifício de cruz. 

Desse modo, compreendemos que a sua morte e ressurreição não foram em vão e continua a sua ação salvífica até o fim do mundo, tal como Ele nos ensinou: "Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido. Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." (Lc 19,10; Lc 15,7).

Portanto, caríssimos, nesta guerra espiritual que estamos lutando existem dois lados e não tem meio termo: o primeiro deles é a escravidão do pecado e a morte, cujo representante é o maligno; o outro lado, é o novo mandanto do amor que o Senhor Jesus nos ensina como arma espiritual para vercermos esta guerra, tendo à nossa frente Ele mesmo que nos livra de todo o mal. 

Destarte, de que lado nós estamos? A resposta a essa pergunta se encontra na vivência do nosso batismo, que é a nossa consagração total a Cristo, para perseverarmos com Ele em estado de graça, e assim vivermos o amor incondicional que nos concede como Fonte inesgotável da nossa salvação.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 14 de maio de 2022

O QUE É A AMIZADE VERDADEIRA?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 15,9-17)(14/05/22)

Caríssimos, o que é a amizade verdadeira? É a soma do querer e do conhecer mútuo cujo resultado é uma só vontade. Desse modo, a amizade é o amor fraterno sem apego ou dependência incômoda, dotado de bem estar, de bem querer e bem servir sem esperar recompensa alguma. A amizade verdadeira é uma dádiva do céu que nos conduz ao céu.

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus assim se dirige aos Apóstolos: "Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor." (Jo 15,9-10). Ou seja, a nossa obediência nos faz permanecer no Senhor e é sinal de que o amamos.

Nesse mesmo Evangelho o Senhor Jesus fala da escolha pessoal e do envio de cada um dos seus discípulos, da amizade que os une a Ele, da revelação da vontade do Pai; de dar a vida como o maior ato de amor por seus amigos, da reciprocidade correspondente, e da oração feita em seu nome e que tudo alcança. Com isso, o Senhor Jesus nos ensina os fundamentos do seu seguimento.

Comentando esse Evangelho de hoje disse o Papa Emérito Bento XVI: "A amizade é uma comunhão de pensamento e vontade. Não é apenas conhecimento, é sobretudo comunhão de vontade. Significa que minha vontade cresce para o "sim", para aderir perfeitamente à vontade do Senhor.

Sua vontade, de fato, não é para mim uma vontade externa e estranha, à qual me inclino mais ou menos voluntariamente ou não me inclino. Não, na amizade com Cristo a minha vontade, à medida que cresce, une-se à Dele, a sua vontade torna-se minha, e assim me torno verdadeiramente quem sou." (Bento XVI - Santa Missa da imposição dos Palios aos Metropolitas, 29/6/2011).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

"EU SOU A PORTA. QUEM ENTRA POR MIM SERÁ SALVO"


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 10,1-10)(09/05/22)

Eis o que diz o Senhor: "Eu sou a porta, quem entrar por Mim, encontra pastagem»

"Eu empurro uma alma para a dor das minhas dores, outra para a alegria das minhas alegrias, outra para a imitação da minha pobreza e da minha abjeção, outra para a imitação do meu zelo pelas almas; eu sou o Pastor e, no campo do meu amor, crescem pastagens infinitas. Eu alimento cada alma com as ervas que vejo que lhe fazem falta.

Assim também vós, não procureis tanto excitar na vossa alma ou na alma dos outros um sentimento que vos parece muito perfeito, que o é realmente, e que é um sentimento muito real de amor; mas procurai ser fiéis e tornar as almas dos outros fiéis aos sentimentos que Eu faço nascer nelas; 

não escolhais as ervas que crescem no campo do meu amor, nem para vós nem para os outros, mas dedicai-vos a comer, vós e eles, a digerir bem aquelas que Eu próprio escolho, seja para vós, seja para eles, aproveitando-as para fazer de um e de outros, não algo que vos agrade, 

mas aquilo que Me agrada a Mim, o bem particular que eu quero fazer-vos, a vós e a eles, e com vista ao qual vos apresento estas ou aquelas ervas: sou Eu que faço das almas o que Me parece bom, pois fui Eu que as criei, só Eu as conheço, só Eu sei a que as destino.

O vosso trabalho não consiste em destiná-las a isto ou àquilo, mas em ver a cada momento quais são as ervas com que Eu as alimento." (Beato Charles de Foucauld - 1858-1916)

Portanto, caríssimos, viver segundo a vontade de Deus é dar ao seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o governo da nossa vida, Ele nos conhece muito bem, ofereceu-se em sacrifício para a nossa salvação.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 7 de maio de 2022

É POR SUA GRAÇA QUE DEUS NOS FALA...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,60-69)(07/05/22)

Amados irmãos e amadas irmãs, a comunicação de Deus conosco é simples e direta sempre em vista da nossa salvação, mas precisamos escuta-lo para não fazermos más interpretações.

Por isso, é fundamental o silêncio interior, isto é, dos pensamentos para ouvirmos atentamente o que o Senhor nos diz.

Meditemos com amor e atenção o pequeno sermão de hoje:

Caríssimos, estamos acostumados a ouvir as nossas palavras e as palavras dos outros, e só percebemos o peso que elas têm quando somos atingidos pelas ofensas, críticas, calúnias ou outras palavras maléficas; por outro lado, nos alegramos com os elogios, os incentivos, o reconhecimento que aumenta a nossa autoestima.

No entanto, as vezes por falta de entendimento perdemos as boas maneiras e os bons propósitos por não aceitarmos o que foge do nosso controle, e com isso, nos isolamos perdendo também as amizades conquistadas por conta do mau juízo ou das más interpretações. 

De certo, é isso o que vemos nesta liturgia de hoje, em que após o ensinamento sobre a Eucaristia muitos dos discípulos deixaram de seguir o Senhor Jesus, dizendo: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 

De fato, quem julga o próximo a partir dos critérios subjetivos a tendência é fecha-se na próprias opiniões e perder grandes amizades.

Convém lembrar o que disse o Senhor após o abandono dos discípulos que o seguiam: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 

O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida."

E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 

Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

Portanto, caríssimos, o seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo requer a renúncia de nós mesmos e a total adesão a Ele tal qual a profissão de fé feita por Simão Pedro, caso contrário, não seremos seus verdadeiros discípulos. 

Destarte, seguir a Cristo é ter a certeza de que Ele nos conduz são e salvos para a casa do Pai, como nos ensinou: "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." (Jo 8,12).

Amados irmãos e amadas irmãs, o Senhor Jesus sempre fala conosco e se as vezes não entendemos é só silenciar para termos da parte Dele a resposta adequada, precisa.

Louvemos ao Senhor que por seu infinito amor permanece conosco até chegarmos ao dia eterno aonde tudo é plenamente esclarecido e nada nos falta. 

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

VEM SENHOR JESUS, AJUDA-NOS A CAMINHAR CONTIGO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,52-59)(06/05/22)

Caríssimos, o Sacramento do batismo que recebemos é o novo nascimento da água e do Espírito Santo para a vida eterna, e nele nos é dada a fé para interagirmos com o Senhor Jesus como Saulo e Ananias interagiram como vimos na primeira leitura; de forma que tenhamos em conta que a iniciativa é sempre do Senhor em vista da nossa salvação. 

Com efeito, Deus enviou o seu Filho primeiro ao seu povo eleito conforme havia prometido a Abraão, Issac e Jacó, os outros Patriarcas e aos profetas; no entanto, como vimos, Ele foi rejeitado e morto pelos seus; Deus, porém, o ressuscitou dos mortos para que por sua ressurreição se estendesse a salvação à todos os povos de todos os tempos.

De fato, por seu Verbo feito carne Deus entrou em nossa natureza decaída e a redimiu para sempre nos dando o perdão dos pecados. Desse modo, compreendemos que enquanto existir a vida humana sobre a terra o Senhor Jesus, por seus servos, continuará a sua missão salvífica até o fim do mundo.

No Evangelho de hoje o Senhor nos dá a conhecer que é preciso compreender a sua linguagem para não nos confundirmos como se confundiram os que viram e ouviram-no pessoalmente. Por isso, escutemos atentamente o que Ele nos diz:"Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas." (Jo 3,34). 

Ou seja, isso significa que para entendermos a sua Palavra Ele nos deu o Espírito Santo, que nos faz compreende-la e vive-la na íntegra, tal como nos ensinou: "Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão." (Jo 16,13).

Portanto, caríssimos, peçamos ao Senhor Jesus a graça de sermos conduzidos pelo Espírito Santo no seio da Sua Santa Igreja revistida da sua autoridade e dos seus carismas na pessoa do Santo Padre, dos bispos e do clero em comunhão com ele, e de todo o povo de Deus espalhado pelo mundo inteiro.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 5 de maio de 2022

MEU SENHOR E MEU DEUS, EU CREIO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,44-51)(05/05/22)

Caríssimos, Deus é eterno e tudo criou para a eternidade, de modo que até mesmo as nossas limitações apontam para o seu infinito nos mostrando que estamos dentro dele, como nos ensinou são Paulo: "É em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28). De fato, esse é um grande mistério do qual fazemos parte diretamente e só conheceremos a sua plenitude quando partirmos deste mundo.

Todavia, com a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo passamos a conhecer pela fé o que a nossa razão pouco o quase nada pode conhecer, isto é, o Mistério insondável de Deus, que por Seu Filho, nos dá pleno acesso a Ele como nos revela no Evangelho de hoje: "Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim." (Jo 6,45).

Com efeito, e para que tenhamos mais facilmente esse livre acesso, Ele se fez Pão, e quem Dele se alimenta dignamente tem a vida eterna, como Ele mesmo afirma: "Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 

Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente." Ou seja, desde já isso acontece e não apenas depois da morte natural, que na verdade foi vencida por Ele e transformada em páscoa.

Portanto, caríssimos, a morte expiatória de Jesus na cruz purifica os nossos pecados, liberta-nos do poder do maligno e nos dar a salvação eterna, porque permanece conosco como nos ensinou: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo." (Mt 28,20b). 

Destarte, mantenhamo-nos atentos para não perdermos tempo com este mundo, porque dele nada levamos, a não o amor com que amamos a Deus sobre todas as coisas e aos nossos irmãos e irmãs como a nós mesmos, conforme nos ensinou o Senhor (cf. Mt 22,37-39).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

EM QUE CONSISTE A VIDA ETERNA?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,35-40)(04/05/22)


Caríssimos, a vida eterna é o sublime dom que Deus nos dá, uma vez que temos consciência de que da morte natural ninguém escapa; todavia, precisamos acolhe-la do seu Filho Jesus, ou seja, crer no Senhor e deixar Ele entrar em nossa vida e nos ajudar a vive-la plenamente permanecendo Nele até fazermos a nossa páscoa para o céu.


No Evangelho de hoje o Senhor Jesus usa dois verbos essenciais para conhecê-lo, ama-lo e segui-lo, vir e crer: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede." E isso acontece conosco ao recebermos o batismo, de modo que, somos alimentados por Ele com o Pão da vida eterna, a santa Eucaristia, e saciados com a água do Espírito Santo que nos foi dado (cf. Jo 7,37-38).

De certo, ainda no Evangelho de hoje eis o que diz Senhor Jesus sobre a missão que recebeu do Pai a nosso respeito: "Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. (Jo 6,38-39).

Na primeira leitura após a morte de de santo Estevão desencadeou-se uma grande perseguição contra os cristãos de Jerusalém, de forma que se dispersaram para as cidades circunvizinhas anunciando intrepidamente a Palavra do Senhor Jesus acompanhada de milagres e prodígios de forma que muitos se converteram e aderiram a fé aumentado o número dos que se destinavam à salvação.

De fato, nos chama a atenção o que os primeiros cristãos sofreram por amor a Cristo e ao Evangelho da nossa salvação, uma vez que em meio à perseguição viram nisso uma grande oportunidade para o anúncio da Palavra e para darem testemunho da presença do Senhor ressuscitado que lhes ajudava a difundir e consolidar a fé fazendo crescer o número dos discípulos.

Portanto, caríssimos, viver em estado de graça é permanecer no Senhor Jesus realizando por Ele a vontade do Pai, que consiste em sermos testemunhas fiéis da salvação recebida e anunciada como dádiva eterna para todos que acolhem o nosso testemunho. Destarte, somos a Santa Igreja em missão que anuncia Cristo e a Sua Palavra que nos salva e nos dá a vida eterna.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 3 de maio de 2022

"QUEM ME VÊ, VÊ O PAI, EU E O PAI SOMOS UM".


 FESTA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO (Jo 14,6-14)(03/04/22)

Caríssimos, nós vivemos dentro do invisível e o invisível vive dentro de nós como o ar que respiramos do qual dependemos cem por cento; todavia, ainda não vivenciamos plenamente o mistério da presença de Deus que nos faz encontra-lo na nossa finitude e interagirmos com Ele tal qual interagimos entre nós naturalmente. 

Na primeira leitura são Paulo nos ensina que a convivência com o Senhor Jesus se dá mediante a fé que Dele recebemos no batismo, pois ela é uma convicção, uma certeza que temos para muito além da nossa capacidade de interagir com o que está ao nosso alcance, ou seja, nos faz transpor a nossa natureza e adentrar no mistério do Senhor e com Ele convivermos.

Bem como vemos nesse seu testemunho: "Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras’; e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo." 

Ou seja, Paulo fala da sua convivência com o Senhor do mesmo modo que o Senhor fala da sua convivência com o Pai quando Filipe lhe pede: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? 

Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim?" As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Ou seja, o Senhor nos revela que a fé nos faz vê-lo e interagir com Ele do mesmo modo que Ele interage com o Pai. 

Portanto, caríssimos, precisamos e muito amadurecer a nossa convivência com o Senhor Jesus pela fé, pois, é dessa convivência com Ele que depende a nossa convivência entre nós que o seguimos. De fato, sem essa graça somos como figueiras estéreis, que não dão fruto por falta da seiva da convivência com o Senhor.

Destarte, peçamos a intercessão de são Filipe e são Tiago para termos a mesma convivência que eles tiveram com o Senhor Jesus e assim nos deixar conduzir pelo Espírito Santo como eles se deixaram.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

SEGUIR O SENHOR JESUS E VENCER O ESPÍRITO DE DIVISÃO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,22-29)(02/05/22)

Caríssimos, o mundo em vivemos é um mundo dicotômico, dividido; e isso por conta do mau uso do livre arbítrio. Deus nos criou por amor, para ama-lo e servi-lo como seus filhos e filhas, num verdadeiro paraiso, isto é, em plena comunhão com Ele que nos ama com amor eterno; no entanto, por conta do pecado da desobediência pusemos tudo a perder, e se não nos arrependermos perderemos a vida, o nosso mais precioso tesouro.

Com efeito, essa divisão é demonstrada claramente na primeira leitura de hoje em que santo "Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Mas alguns membros da chamada Sinagoga de Libertos, junto com cirenenses e ale­xandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão.

Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Então subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moi­sés e contra Deus”. Ou seja, se opuseram à verdade usando de subornos e mentiras como sempre fazem àqueles que se deixam dominar pelo o inimigo de nossas almas.

De certo, também no Evangelho de hoje vemos essa dicotomia em que o povo movido por interesses procura o Senhor Jesus com a intenção de faze-lo um rei político, ao que o Senhor respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.

Portanto, caríssimos, para vivermos em plena comunhão com a vontade de Deus, assim nos ensina são Paulo: "Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito." (Rm 12,1-2).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

Homilia do 3° Dom da Páscoa...


 Homilia do 3°Dom de Páscoa (Jo 21,1-19)(30/04/22).

Caríssimos, depois da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, nós não somos mais pessoas destinadas à morte, pois, o Senhor nos abriu as portas da eternidade para entrarmos nela conduzidos por Ele; é essa a verdade eterna que nos sustenta e alimenta a nossa fé, feita de espera paciente até que desponte o dia eterno como o Senhor nos prometeu (cf. Jo 14,1-6). 

De certo, o viver eterno não é uma ilusão ou fantasia, bem como a nossa existência natural vivida a cada momento como um dom de Deus que nos sustenta e nos dá força para resistirmos a tudo o que nos tenta separar Dele. Por isso, precisamos compreender que o nosso viver no tempo é uma preparação para a eternidade que teremos pela frente.

O Evangelho de hoje nos mostra a desolação dos discípulos e o retorno à pesca, mas apesar de toda experiência que tinham na profissão que abraçaram nada pescaram mesmo depois de uma noite inteira de trabalho, no entanto, bastou obedecer a um comando do Senhor para fazerem a pesca mais feliz de suas vidas. Ou seja, assim também acontece conosco quando interiormente ouvimos o Senhor e lhe obedecemos.

Portanto, caríssimos, no final desse encontro com os discípulos à beira do mar de Tiberíades, o Senhor Jesus por três vezes perguntou se Pedro o amava, e ao ouvir que sim, confirmou sua missão de chefe da Igreja, porém, como escreveu são João: "Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus." E assim Simão Pedro cuidou das ovelhas do Senhor dando também sua vida por elas.

Destarte, perguntamos, como estamos nos preparando para o viver eterno? De fato, só existe uma resposta que nos satisfaz totalmente, seguir a Cristo ressuscitado e perseverar no seu discipulado até o fim como Pedro e os outros Apóstolos o seguiram, porque fora do Senhor Jesus não existe nenhuma esperança de vida eterna. De certo, somente Nele nos firmamos e crescemos na prática das virtudes eternas que nos preparam para o céu.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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