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domingo, 29 de abril de 2018

EU SOU A VIDEIRA, VÓS OS RAMOS...


Homilia do 5°Dom do tempo Pascal (Jo 15,1-8)(29/4/18).

A comunhão com Jesus e a permanência Nele nos faz seres puros, isto é, sem pecados, como Ele nos ensinou: "Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado." Ou seja, o poder de Sua Palavra purifica as nossas almas, pois vem acompanhada de todas as graças que necessitamos para vivermos em estado de santidade.

No Evangelho de hoje, Jesus se compara a uma videira e o Pai à um agricultor; e essa sua videira está
repleta de ramos, uns precisam de poda para que dêem muitos e muitos frutos; outros são galhos secos que serão arrancados e lançados no fogo onde perecerão, porque não viveram as graças recebidas tal qual as receberam. Aqui cabe uma bela reflexão, todas as graças nos são dadas para vivermos em estado de graça e não em pecado mortal, pois a santidade da Igreja é revelada por seus filhos e filhas que vivem segundo a Vontade do Pai.

Caríssimos, o Senhor Jesus nos ensina que viver a vida divina Dele recebida no batismo, significa permanecer em obediência à sua Palavra, escutemos: "Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim." Mas como se dá essa permanência? Pela ação do Espírito em nossa vida de oração, nos Sacramentos que recebemos e pela vivência da fé que praticamos.

Com efeito, disse o Senhor: "Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." Ou seja, somos dependentes do amor do Senhor como os ramos são da videira; pois amar o Senhor assim é seguí-lo até o fim sem vacilar. Desse modo, nos são abertas as portas de sua divina misericórdia e tudo nos será dado, como Ele mesmo disse: "Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 28 de abril de 2018

O ENCONTRO COM O SENHOR


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,7-14)(28/4/18).

O encontro com Jesus não é só um encontro, mas a graça permanente para o relacionamento permanente com Ele, porque encontrar Jesus é encontrar o Pai; escutar Jesus é escutar a Palavra do Pai; ver Jesus é ver também o Pai que permanece nele; mas, como viver esse mistério? Como Ele mesmo disse à Filipe, pela evidência de suas obras e a fé que as acompanha.

Acreditar nas Palavras de Jesus significa fazer acontecer as mesmas obras que Ele fez e ainda maiores, como nos ensinou: "Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”.

O Pai ama o Filho, o Filho ama o Pai e esse amor está presente em tudo o que o Filho faz, porque o Filho faz tudo por amor ao Pai; eis a graça que Dele recebemos, viver e fazer tudo por amor ao Pai. Então, escutemos o Senhor: "Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor." (Jo 15,9-10)

Caríssimos, os critérios humanos para crê são os limites da razão: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” Enquanto que, os critérios divinos da fé, são: o entendimento das Sagradas Escrituras; a revelação da vontade de Deus nelas, e o testemunho que Jesus dá do amor do Pai por nós, por meio de suas obras. Ora, tudo isto constitui o depósito da fé que significa sermos conduzidos pelo Espírito do Senhor e seu santo modo de agir.

Conclusão: Caríssimos, ter a sensação de sermos amados por Deus, sentirmos a Sua presença na Eucaristia, na Sua Palavra e em nossa oração, é viver a dimensão eterna ainda no tempo, é gozar de Sua proteção e glorificar o Seu Santo Nome em tudo o que vivemos. Com todo nosso coração, com toda a alma e com toda a nossa força...

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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sexta-feira, 27 de abril de 2018

"O AMOR NÃO É AMADO..."


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,1-6)(27/4/18)

Caríssimos irmãos e irmãs, as profecias são alertas divinos, ou seja, Deus nos fala antecipadamente sobre os acontecimentos vindouros para que nos preparemos adequadamente e assim possamos vivê-los conforme a Sua vontade. Todavia, fiquemos certos, toda profecia proferida sob a inspiração do Espírito Santo, se cumpre, porque é o próprio Deus quem fala, como nos ensinou Jeremias em sua profecia: "E o Senhor, estendendo em seguida a sua mão, tocou-me na boca. E assim me falou: Eis que coloco minhas palavras nos teus lábios." (Jr 1,9).

Com efeito, eis o que escreveu São Pedro na sua segunda carta: "Assim demos ainda maior crédito à palavra dos profetas, à qual fazeis bem em atender, como a uma lâmpada que brilha em um lugar tenebroso até que desponte o dia e a estrela da manhã se levante em vossos corações. Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus." (2Pd 1,19-21).

Caríssimos, na primeira leitura de hoje, São Paulo mensiona as profecias que se cumpriram com a vinda do Messias, e assim anunciou Jesus como aquele que o Pai enviou para salvar os Israelitas e todos aqueles que crerem Nele. De fato, Jesus é o Filho de Deus e como Ele mesmo ensinou no Evangelho de hoje, foi enviado como único Caminho, Verdade e Vida para o encontro com Deus e a permanência Nele na moradia eterna, no Reino dos céus. E tudo o que temos que fazer é simplesmente crer e pôr em prática as Suas Palavras.

Conclusão: Precisamos amar o Amor, porque o Amor é Deus. Precisamos crê no Seu Filho e seguí-lo, porque sem isso continuamos à caminho da eternidade, mas como ovelhas desgarradas sem nenhum sentido para a vida. Certa feita, São Francisco, poverello de Assis, saiu à proclamar por vias e campos de sua cidade: "O Amor não é amado, o Amor não é amado." De fato, sem amor a vida é só um simulacro temporal, e para além do tempo, um vazio que não tem fim.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

SER TESTEMUNHAS DO SENHOR


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 13,16-20)(26/4/18)

O Ser humano é uma obra divina como também toda criação, essa é a grande verdade que somos; porém, mais do que obra divina, somos "imagem e semelhança de Deus", e esse é o grande mistério a ser desvendado por nós que o vivemos em meio à tudo o que os homens fazem, por meio dos seus pecados, tentando contradizê-lo. São Paulo, na primeira leitura de hoje, disse que fomos escolhidos especialmente para transparecermos, por nosso modo de ser, a presença de Deus em meio à criação, de modo que, em Seu Filho, Jesus Cristo, Deus nos faz viver esse grande mistério que somos.

Ora, todo o tempo que temos, tudo o que somos e vivemos são meios para nos dedicarmos a nossa vocação de filhos e filhas de Deus, revelando com isso a unidade da família divina que formamos. No salmo de hoje, o salmista agradece ao Senhor pelo amor com que somos amados: "Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme quanto os céus."

Com efeito, no Evangelho de hoje, Jesus nos mostra que a fonte de nossa felicidade se encontra na obediência com que amamos Deus, praticando sua vontade presente em suas Palavras e exemplos. É profundamente fecundo esse modo de viver a fé, porque por ela experimentamos as coisas eternas mesmo estando ainda no tempo; por ela transparecemos a invisibilidade divina que se dá a conhecer em nosso modo de viver. De fato, é isso que nos ensinou São Paulo, quando disse: "Na realidade, pela fé eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim."

Conclusão: Caríssimos, a nossa grande alegria consiste em que somos instruídos pelo próprio Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo; receber seus ensinamentos e praticá-los é viver em comunhão com Ele que nos dá a vida eterna. Então, escutemos o Senhor: “Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

A HUMILDADE É A BASE DE TODAS AS VIRTUDES


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 16,15-20)(25/5/18)

Caríssimos irmãos e irmãs, a humildade é a base de todas as virtudes e das graças darramadas sobre nós, pois, como está escrito: "Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes." (Pr 3,34). Mas, por que essa virtude é tão importante para a vivência da fé? Porque ela é a via de perfeição escolhida pelo Senhor, para vir até nós e participar de nossa pequenez; como escreveu São Paulo: "Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo, assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz."

De fato, o Senhor já havia ensinado isto aos seus discípulos: "O maior dentre vós será vosso servo. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado." Daí entendemos claramente o ensinamento de São Pedro na primeira leitura de hoje: "Caríssimos, rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus, para que, na hora oportuna, ele vos exalte. Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois ele é quem cuida de vós."

Hoje a Igreja celebra o martírio de São Marcos, ele que conhecera Jesus quando ainda era adolescente e estava presente no momento de sua prisão no Horto das Oliveiras, como ele mesmo relatou quando escreveu o Evangelho baseado nas pregações de São Pedro: "Seguia-o um jovem coberto somente de um pano de linho; e prenderam-no. Mas, lançando ele de si o pano de linho, escapou-lhes despido." É interessante notar que, como Jesus, todos os que o seguiram foram barbaramente assassinados, exceto o discípulo amado que morreu exilado na ilha de Patmos onde escreveu o Evangelho, o Livro do Apocalipse e as três cartas pastorais.

Conclusão: Caríssimos, viver humildemente é ter consciência de que nada temos e que tudo o que somos e temos são graças derramadas por Deus em nossas almas; é também saber que um dia perderemos tudo, e que por nossa defesa só teremos as obras de misericórdia, praticadas sob a graça da humildade, que fala no silêncio mais profundo de quem faz tudo para o bem de todos e a maior glória de Deus. Fora isto, silêncio, esperemos, pois o dia eterno vai chegar e nesse dia todos seremos julgados com a justa justiça pelo Justo Juiz esperado. "Então cada receberá do Senhor o louvor que merece."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

"EU SOU A PORTA DAS OVELHAS, QUEM ENTRA POR MIM ENCONTRARÁ PASTAGENS ABUNDANTES."


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 10,1-10)(23/4/18)

Caríssimos, fé e preconceitos nunca se misturam, porque são valores opostos; enquanto a fé é um dom do Espírito Santo e nos faz viver em comunhão com a vontade de Deus; os preconceitos são juízos preconcebidos disprovidos de suas graças; quem os emite geralmente condena os seus oponentes mesmo que sejam inocentes. Porque, de fato, tais juízos brotam da cegueira espiritual que nada encherga além dos preconceitos concebidos.

Amados irmãos e irmãs, na primeira leitura de hoje, Pedro em uma visão escutou o Senhor lhe dizer: "Não chames impuro o que Deus purificou’. Isso repetiu-se por três vezes." No entanto, os irmãos da comunidade de Jerusalém, a princípio, não queriam aceitar sua evangelização em favor dos pagãos; todavia, depois de suas explicações sobre a visão profética que tivera, por fim, aceitaram. Vejamos: Disse-lhes Pedro: "Deus concedeu a eles o mesmo dom que deu a nós que acreditamos no Senhor Jesus Cristo. Quem seria eu para me opor à ação de Deus?” Ao ouvirem isso, os fiéis de origem judaica se acalmaram e glorificaram a Deus, dizendo: “Também aos pagãos Deus concedeu a conversão que leva para a vida!”

Caríssimos, ao lançar um olhar para tantas e tantas religiões no mundo compreendemos perfeitamente o que o Senhor quer nos dizer com estas palavras: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Conclusão: A vida é dom de Deus e à Deus retornará, mas esse retorno se dá pela única Porta aberta por nosso Senhor, Jesus Cristo, "único nome pelo qual devamos ser salvos." Fora do Senhor tudo não passa de "outro lugar" que é o nada aberto por tantos com seus enganos tentando capiturar as ovelhas; "Mas as ovelhas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 22 de abril de 2018

HOMILIA DO 4 DOM DA PÁSCOA - JESUS BOM PASTOR


Homilia do 4°Dom do tempo Pascal
(Jo 10,11-18)(22/4/18)

A vida de santidade começa aqui no tempo, mas se estende por toda a eternidade onde alcança sua plenitude diante de Deus. Não se trata de um conceito porque não é teoria; mas se trata do atributo divino que nos é dado, pelo Bom Pastor de nossas almas, Jesus Cristo, o Filho de Deus, que se ofereceu ao Pai Eterno por nós, suas ovelhas, para nos comunicar Sua imortalidade.

Na Carta aos Efésios, São Paulo, escreveu: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." E ainda: "Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida."

Mas, atenção, cuidado com os mercenários, pois atualmente o que mais se encontra em meio às ovelhas desgarradas, são mercenários sedutores, ávidos por lucros, tentando estorquilas. Ora, "O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário que não se importa com as ovelhas."

No entanto, São João, na sua primeira carta nos alertou: "Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora. Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos. Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas as coisas. Não vos escrevi como se ignorásseis a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira vem da verdade."

Conclusão: Com efeito, disse o Senhor: "Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas." De fato, só conhece verdadeiramente esse amor do Senhor quem se entrega à Ele sem medida, isto é, incondicionalmente e se deixa conduzir pelo Seu Espírito que nos foi dado no batismo.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 21 de abril de 2018

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,60-69)


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,60-69)(21/4/18)

A fé e a oração são passaportes para as graças derramas sobre nós.

Caríssimos irmãos e irmãs, o caminha da fé só é percorrido dignamente por aqueles que perseveram firmemente nela; na verdade a fé é nata, ou seja, todos já nascem com ela, mas em se tratando da fé em Cristo esta é um dom do Espírito Santo; assim como ensinou o Senhor: "Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo."

Na primeira leitura de hoje, Pedro, agindo em nome de Cristo e na presença Dele, realiza os prodígios que a fé no Senhor lhe proporciona, seguindo exatamente o que o Senhor lhe havia dito: "Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. Ora, aqui dois elementos se destacam em suas ações: a fé e a oração, pois a graça nos é dada conforme a confiança depositada.

Caríssimos a Palavra escutada sem a correspondência da fé, torna-se incompreensível para quem a ouve, não pelo seu conteúdo, mas porque ela não cabe nos critérios racionais que a querem limitar, por isso, Jesus disse: "O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida."

Na sua Carta aos Coríntios, São Paulo, escreveu: "Mas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem as pode compreender, porque é pelo Espírito que se devem ponderar." De fato, não se pode limitar o que não tem limite; pois Deus não cabe nos limites de nossa razão, mas somente nos corações daqueles que o amam por viverem em consonância com a sua vontade.

Conclusão: "A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. Caríssimos ter fé é isso, sermos iluminados pelo Espírito e reconhecermos Jesus Cristo em todos os momentos de nossa vida, especialmente nos mais difíceis.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

COMUNGAR JESUS É SE TORNAR UM SÓ COM ELE


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,52-59)(20/4/18)

Quando encontramos pessoalmente o Senhor todos os planos que foram traçados e tudo o que havíamos vivido sem Ele, ficam para traz; doravante nos pomos totalmente à sua disposição, pois o nosso viver já não é nosso, mas Dele que habita em nós. Assim aconteceu com Saulo que de perseguidor de Cristo, tornou-se seu seguidor; de homem escrupuloso e violento, tornou-se manso e humilde de coração como o seu Mestre e Senhor; de pregador feroz contra os discípulos de Cristo, em eloquente e fervoroso pregador da salvação eterna de todos os homens.

Em uma de suas Cartas, Saulo agora convertido, chama-se Paulo, e faz um emocionante relato de sua conversão: "Se há quem julgue ter motivos humanos para se gloriar, maiores os possuo eu: circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu e filho de hebreus. Quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça legal, declaradamente irrepreensível. Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo. Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo."

No Evangelho de hoje vemos a confusão e o não entendimento daqueles que seguiam Jesus, mas não acreditavam Nele. Ora, a fé é um dom do Espírito Santo e não fruto do esforço pessoal nem da prática meramente externa dela. São João se referindo à isso, disse: "Eis como sabemos que conhecemos Jesus: aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu." Ou seja, fazendo em tudo a Vontade do Pai, isto é, obediente até a morte e morte de cruz.

Conclusão: Caríssimos, o ensinamento do Senhor sobre sua presença real na Eucaristia significa comungá-lo em estado de graça e viver Nele espiritualmente até o dia de nossa Páscoa em sua parusia. São Paulo, entendeu bem isso e deu a vida por amor ao Senhor, como ele mesmo escreveu: "Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

"TÃO SUBLIME SACRAMENTO ADOREMOS NESTE ALTAR"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,44-51)(19/4/18).

"Tão Sublime Sacramento."

Uma alma piedosa atrai a misericórdia divina, não importa a condição ou aonde ela esteja, importa que o seu coração clame pelo amor de Deus. Na vida que vivemos nada atrai tanto as graças inefáveis do Senhor quanto a reta intenção, um sincero coração e a vontade de sempre querer o que Deus quer. Pois viver assim é manter um diálogo interior e silencioso com o Senhor que sempre responde às nossas orações e os nossos desejos de santidade.

Na primeira leitura de hoje, Felipe foi ao encontro do Eunuco, o evagelizou e o batizou conforme a instrução recebida do Espírito Santo; depois, como exigia a missão, foi arrebatado pelo mesmo Espírito, e continuou a evangelização nas cidades circovizinhas por meio do anúncio da Palavra, dos sinais e prodígios que realizava tal qual lhe fora confiado.

No Santo Evangelho de hoje, Jesus nos introduz no Grande Mistério da Eucaristia já nos dando como certa a vida eterna: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo” (João 6,51). Caríssimos, só o Amor pode falar assim e isso se cumprir; ora, para nós não há dúvida de que esta é uma nova linguagem, diferente da que estamos acostumados a ouvir; mas a fé é isso, o novo de Deus sempre presente em nossa vida nos atualizando das coisas divinas tal qual é a sua vontade.

Conclusão: Caríssimos, o nosso encontro com Jesus Eucarístico é o ápice de nossa fé, pois, bem aos nossos olhos físicos e espirituais, vemos o Eterno assumir a matéria do Sacramento; vemos essa matéria se integrar ao Eterno em união mística, pelas palavras e pelas mãos sacerdotais; e tudo isso se transubistancia no Mistério da Santa Eucaristia para assim comungarmos Deus.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

CONDUZIDOS PELO ESPÍRITO SANTO


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,35-40)(18/4/18)

"Era grande a alegria naquela cidade."

Mesmo em meios às perseguições, aqueles que são conduzidos pelo Espírito Santo, levam a sua alegria e os seus milagres aonde quer que estejam. Essa é a lição que nos ensina a perseguição advinda, após a morte de Santo Estevão, o primeiro mártire da fé, depois da ascensão do Senhor. De fato, quem ressuscita com Cristo não teme mais a morte, pois sua vida não lhe pertence, ela já é toda do Senhor.

Ora, quando Jesus diz: "E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia." Ele acende em nós o fogo do seu amor, a chama viva da fé e da esperança, e de todos os valores eternos que nos capacitam para o céu. Sua Palavra é a Fonte inesgotável que nos sustenta no deserto árido de nossa existência até que cheguemos à terra eterna prometida, morada definitiva, daqueles que o amam.

Seu discurso sobre o Pão da vida que sacia a nossa fome, isto é, todas as nossas necessidades, é a evidência da promessa já cumprida na Santa Eucaristia, pois quem se alimenta do Seu Corpo e Sangue, Sua Alma e Divindade, vive a satisfação de se sentir ressuscitado com Ele. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede." Estas palavras ressoam em nossos ouvidos como a vitória sobre o Demônio, sobre o pecado e sobre a morte advinda do pecado.

Mas, atenção para esta outra palavra do Senhor: "Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." Já em outro versículo deste mesmo discurso o Senhor diz: "Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia. Está escrito nos profetas: Todos serão ensinados por Deus (Is 54,13). Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por ele instruído vem a mim." (Jo 6,44-45).

Conclusão: Caríssimos, crer em Jesus Cristo Ressuscitado é conviver com Ele presente na Eucaristia, na Palavra e em nossa oração; é "adorar o Pai em espírito e verdade," é sentir-nos profundamente amados e espiritualmente conduzidos pelo Seu Espírito que habita em nós.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 17 de abril de 2018

A FÉ É UM DOM DO ESPÍRITO SANTO E NÃO UM ENTE DE RAZÃO


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,30-35)(17/4/18)

Caríssimos irmãos e irmãs, uma alma plena do Espírito Santo, é capaz de mostrar, por seu exemplo de vida e por suas palavras, os pecados daqueles que estão distantes de Deus sem que isto seja uma acusação, mas sim, uma revelação da necessidade de arrependimento, por isso, ela vem sempre acompanhada de um ato de misericórdia e do perdão que o Senhor oferece. Santo Estevão, mesmo condenado à morte, intercedeu por seus algozes: “Senhor, não os condenes por este pecado”.

Com isto, vemos que nenhuma oração acompanhada de um ato de misericórdia e de perdão deixa de ser ouvida e atendida pelo Senhor, e a prova é esta, a oração de Santo Estevão foi a graça que deu início à conversão de São Paulo, o grande apóstolo dos gentios que até hoje continua pregando a Palavra do Senhor pelos escritos que deixou. Felizes são aqueles que como Santo Estevão e São Paulo, permanecem em comunhão com o Senhor em qualquer situação da vida, pois, por essa união com Cristo são capazes de ver o céu aberto e Ele sentado à direita do Pai celeste.

No Evangelho de hoje, a multidão exigia sinais para crê; ora, a fé é um dom do Espírito Santo e não um ente de razão. Quem exige sinais para crê é incapaz de entender e corresponder ao que Deus nos ensina, porque querem reduzir a Sabedoria do Senhor aos critérios racionais e isso é impossível. Crer em Jesus é adentrar no mistério de sua cruz, pela graça do Espírito Santo, e viver a grande aventura de ser seu discípulo.

Conclusão: A vocação cristã é um chamado e uma resposta que significa pertença, adesão total à Cristo por meio do santo batismo, onde recebemos o dom do Espírito Santo e por Ele somos ensinados e conduzidos à um vida de santidade, como o Senhor mesmo nos ensnou: "Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão”. (Jo 16,13).

Para se reinterar melhor sobre a ação do Espírito Santo, medite este artigo que escrevi em meu site: http://www.freifernando.net/visualizar.php?idt=4834569

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

A INOCÊNCIA É A NOSSA MAIOR DEFESA


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA

Caríssimos, a inocência é a maior defesa contra toda falsa acusação; assim como o arrependimento, o perdão e a penitência, liberta o pecador dos seus pecados; de igual modo a inocência é a essência da misericórdia divina, porque qualquer acusador pode encontrar nela o arrependimento, o perdão e a penitência de que precisa para viver em paz com Deus, com o inocente a quem acusa e consigo mesmo; ou então pode se condenar por não se interar de que acusa falsamente. Tudo isso se encontra nesse versículo: "Todos os que estavam sentados no Sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estêvão, e viram seu rosto como o rosto de um anjo."

Ora, vemos isto também na expressão poética do Salmista: "Que os poderosos reunidos me condenem; o que me importa é o vosso julgamento! Minha alegria é a vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos." De fato, o bem jamais se mistura com o mal, como no ensinou o Senhor na parábola do trigo e do joio, ou seja, trigo é trigo e joio é joio, duas essências completamente distintas. Por isso, escutemos novamente o Senhor: "Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno."

Caríssimos irmãos e irmãs, o Evangelho de hoje nos mostra o conflito interior daqueles que buscavam o Senhor não pelo Senhor, mas por causa dos seus interesses materiais e políticos; e bom é perceber que Jesus lhes mostra isso, mas nem assim é correspondido, vejamos: "Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”

Conclusão: Amados irmãos a renúncia da própria vontade faz parte do seguimento do Senhor; por isso, quem quer seguir Jesus sem abraçar a sua cruz, nunca o seguirá de fato, porque seguir Jesus significa renunciar a própria vida, isto é, seguí-lo até as últimas consequências, com a plena confiança de que Nele temos a vida eterna.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 15 de abril de 2018

À CAMINHO DO REINO DOS CÉUS


Homilia do 3°Dom da Páscoa (Lc 24,35-48)(15/4/18)

Caríssimos, ter uma visão das coisas de Deus, é um dom do Espírito Santo, que nos faz entrar na dimensão da vida divina, mesmo estando ainda aqui em nossa dimensão natural, que é limitada pelos critérios de nossa racionalidade. Com efeito, os critérios da fé nos levam à ver as coisas de Deus segundo a Vontade de Deus. Eles brotam do entendimento das Sagradas Escrituras por revelação do Senhor e do testemunho daqueles que acreditaram e conviveram com o Senhor e seu santo modo de agir.

No Evangelho de hoje, Jesus aparece aos discípulos e lhes abre o entendimento, explicando tudo o que havia sido profetizado sobre Ele na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos, mostrando que era necessário que tudo se cumprisse conforme está escrito. Ou seja, Deus, numa visão antecipada, já mostrara o que haveria de acontecer com o Seu Messias, e de como Ele derrotaria o inimigo de nossas almas por meio de sua paixão, morte e ressurreição.

Doravante, essa visão de Jesus Ressuscitado, é o fundamento no qual se apoia o testemunho dos Apóstolos, dos seus sucessores e de todos os batizados, porque ser batizado consiste em entrar com Cristo na dimensão eterna da vida divina e viver em comunhão com Ele e com todos os já foram salvos. Na Carta de São Paulo à Timóteo, meditamos o seguinte: "Toma por modelo os ensinamentos salutares que recebeste de mim sobre a fé e o amor a Jesus Cristo. Guarda o precioso depósito, pela virtude do Espírito Santo que habita em nós."

Conclusão: Caríssimos, nós cristãos, vivemos desse relacionamento com Cristo Ressuscitado, isto é, vivo e sempre presente no meio de nós; é dessa vivência com Ele, pela ação do Espírito Santo, que nasce o nosso testemunho de fé, pois vivemos em meio as coisas deste mundo, porém, seguindo seus passos no seio de Sua Igreja, Santa, Católica e Apostólica, à caminho do Reino dos Céus.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 14 de abril de 2018

"SOU EU. NÃO TENHAS MEDO."


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,16-21)(14/4/18) 

Caríssimos, na vida em comunidade não poder haver privilégiados, porque a santidade não é privilégio de poucos, mas um bem eterno para todos. Por isso, ninguém se apropri de bem algum fora da vontade de Deus, seja intelectual, espiritual, moral, ou material; porque todos os bens pertence somente à Deus e Ele os distribui como lhe apraz para que seja também o bem de todos.

Somos templos da Palavra, por isso, vivemos da Palavra, porque ela é a vida de nossas almas. Fora da Palavra, isto é, do Verbo de Deus; se encontra tudo o que nos provoca, tudo o que nos tira a paz interior, tudo o que não é a vontade do Senhor. Todavia, não somos deste mundo para vivermos conforme a mentalidade deste mundo, pois deste mundo o Senhor já nos tirou (cf. Jo 17,16-19); estamos aqui só para testemunhar o Seu Amor, pois o Senhor veio salvar a todos os que creem no Seu Nome e acolhem a Sua Vontade, expressa em Sua Palavra da qual Ele nos faz portadores.

No Evangelho de hoje, Jesus dá uma demonstração do seu poder para que os discípulos não duvidassem de quem Ele era; no entanto, eles se encheram de medo, pois demoraram crê que seria possível alguém caminhar sobre as águas e contra a forte ventania que os circundava; para eles, que estavam exaustos de tanto remar, isso seria impossível. 

De fato, também nós aqui estamos navegando no mar revolto desta mundo esperando a vinda gloriosa de Cristo; também estamos como que exaustos de tanto remar contra os terríveis tufões deste mar tenebroso. No entanto, o Senhor nos acalma como acalmou os discípulos, dizendo: "Sou eu. Não tenhais medo”. Ou seja, o Senhor está sempre conosco e nos conduz ao Porto Seguro do Seu Reino. 

Paz e Bem! 

Frei Fernando Maria OFMConv. 

sexta-feira, 13 de abril de 2018

BUSCAI EM PRIMEIRO LUGAR O REINO DE DEUS E A SUA JUSTIÇA


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,1-15)(13/4/18).

Caríssimos, o sentido da criação é a total realização do Reino de Deus, é por isso que existimos; ora, nada neste mundo faz sentido se não tiver como baluarte esta finalidade. Quem se põe na vida contrariando o fundamento da própria essência, ou seja, "ser santo como o Senhor é Santo", faz dessa oposição seu caminho de perdição eterna. Porque a finalidade de nossa presença no mundo é esta que está expressa na oração do Salmista: "Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo."

Caríssimos irmãos e irmãs, as leis naturais que nos regem apontam para a Lei Divina do Amor de Deus que lhes supera em tudo infinitamente; assim, vimos no Evangelho de hoje, Jesus multiplicar cinco pães e dois peixes para uma multidão de cerca de cinco mil homens sem contar mulheres e crianças. Tadavia, chamo a atenção para um detalhe significativo nesse episódio narrado por São João: "Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.

Com efeito, quando se põe os interesses pessoais e coletivos a cima da finalidade da vinda do Reino de Deus e de sua justiça, eles são a causa do afastamento do Senhor das situações que nos envolvem. Por exemplo: "Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte."

Conclusão: Logo após essa investida, "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: buscais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes fartos. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nele Deus Pai imprimiu o seu sinal. Por isso, "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas as coisas vos serão dadas em acréscimo."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

UMA LINGUAGEM NOVA PARA UM VIVER NOVO


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,31-36)(12/4/18) 

Caríssimos, irmãos e irmãs, não se iludam, assassinos que não desejam conversão nunca saciam sua sede de sangue, e com isso, multiplicam-se os mártires, mas também os algozes, porém, com destinos diferentes; enquanto os mártires são acolhidos na glória eterna do Senhor; seus algozes se perdem para o nunca mais de sua presença e de suas ações. É como escreveu São Paulo: "Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição. Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, sedutores e seduzidos." 

A história está repleta de exemplos à começar pelo exemplo do Filho de Deus, que foi barbaramente assassinado e seus algozes continuaram fazendo novas vítimas. Porém, onde eles estão com seu ódio e seus terríveis atos violentos? De fato, a vida presente é um reflexo da eternidade que cultivamos com nossos escolhas e decisões, bem como ensinou São Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna."

No Evangelho de hoje, Jesus nos fala numa linguagem nova para que aprendamos com Ele a viver o novo de Deus em nossa vida. É como está escrito: "Quem dentre os homens conhece o que se passa no homem senão o espírito do homem que nele reside? Assim também, ninguém conhece o que existe em Deus, a não ser o Espírito de Deus. Nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu."

"Desses dons também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com a sabedoria aprendida do Espírito: assim, ajustamos uma linguagem espiritual às realidades espirituais. O homem psíquico – o que fica no nível de suas capacidades naturais – não aceita o que é do Espírito de Deus: pois isso lhe parece uma insensatez. Ele não é capaz de conhecer o que vem do Espírito, porque tudo isso só pode ser julgado com a ajuda do mesmo Espírito. Ao contrário, o homem espiritual – enriquecido com o dom do Espírito – julga tudo, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Com efeito, quem conheceu o pensamento do Senhor, de maneira a poder aconselhá-lo? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv. 

quarta-feira, 11 de abril de 2018

A GRAÇA SALVÍFICA É PARA TODOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,16-21)(11/4/18)

Caríssimos, guias cegos são aqueles que mesmo diante de evidências incontestáveis continuam cultivando a ignorância espiritual; e ai de quem os quiser contestar com tais evidências. Na Carta aos Romanos, São Paulo, escreveu o seguinte: "A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade. Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o lêem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência."

A didática da primeira leitura de hoje traz dois entendimentos muito importantes para o nosso crescimento na fé: Primeiro, a vinda do anjo do Senhor, é fonte de inspiração e conversão; de inspiração para os apóstolos e de conversão para os que os ouvem. Segundo, revela a intransigência dos cegos espirituais que mesmo diante das evidências que o Senhor lhes mostra continuam sua trajetória de violência e mal estar, por isso, não se convertem, porque seguem os propósitos do maligno e não a vontade de Deus.

Com efeito, discorrendo sobre isso, São Paulo nos exorta: "Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade." Mas, nem todos os homens aceitam a salvação, como vimos no Evangelho de hoje: "Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus."

Conclusão: A graça salvífica é para todos e o critério para obtê-la é acreditar em Jesus Cristo e pôr em prática as suas palavras, participando do seu corpo místico, a Igreja, Templo vivo do Espírito Santo. Pois, "Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

"E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS."


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 1,26-38)(09/4/18)

"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós." Caríssimos, este é o acontecimento mais importante da história da humanidade. Nunca um sim humano marcou tanto a humanidade quanto o sim da Santíssima Virgem Maria, predito pelo Profeta Isaías (cf. Is 7,14). Todos os sins anteriores apontaram para este "fiat" de Maria. Por ele Deus se fez homem para nos tornar participantes de Sua Glória, como seres imaculados, livres do pecado e da morte. Em suma, Deus por seu Filho, Jesus Cristo, nos concedeu a graça da imortalidade.

Com efeito, na Encarnação de Cristo, Deus se deu a conhecer de modo totalmente humano; como Jesus nos ensinou: "Aquele que me viu, viu também o Pai. Eu e o Pai somos um." Ora, essa visão do Pai no Filho não é uma visão carnal, mas sim uma visão da fé, dom sobrenatural do Espírito Santo, pois foi isso que o Senhor disse à Tomé: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" Por isso, de agora em diante, todo ser humano que se aproxima de Jesus e recebe o batismo, nasce do alto para um viver novo, isto é, um viver sem pecado.

Na sua primeira carta, São João assim escreveu: "Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nele não há pecado. Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu." Ou seja, viver sem Jesus, é viver no pecado, isto é, é viver na morte sem a participação na sua ressurreição; significa dizer não à vontade do Pai que o enviou para nós dar a salvação.

De fato, a experiência de viver como novas criaturas difere do viver natural. Isto porque é o viver segundo o Espírito Santo, isto é, conduzidos por suas inspirações; por exemplo, o tempo que temos é tempo de Deus em nossa vida; já os nossos pensamentos têm como fundamento a Palavra de Deus, e não mais os diversos pensamentos que chegam à nossa mente quando menos esperamos; a nossa vontade, outrora advinda de nossos desejos carnais, agora busca realizar a Vontade de Deus Pai, ou seja, a nossa santificação.

Conclusão: a graça santificante que vivemos, é quem orienta o nosso modo de ser no Senhor, por isso, o nosso testemunho é verdadeiro, porque, como nos ensinou São Paulo, já não somos nós que vivemos, é Cristo que vive em nós (cf. Gl 2,19-21).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 8 de abril de 2018

HOMILIA DO DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA


Homilia do Dom. da Divina Misericórdia (Jo 20,19-31)(08/4/18)

Caríssimos irmãos e irmãs, vivemos da Misericórdia Divina e é por isso que ainda existimos; o poder desta palavra se revela no perdão e reconciliação que em seu amor o Senhor nos faz experimentar. O Coração misericordioso de Jesus bate forte cada vez que nos arrependemos e o procuramos num desejo sincero de permanecer com Ele pra nunca mais pecar.

Vejamos, na primeira leitura de hoje, o resultado de uma tal conversão: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos." Ou seja, a fé na presença de Jesus Ressuscitado, movia as ações dos novos convertidos de tal forma que entre eles não havia necessitados.

Hoje na Santa Missa da Divina Misericórdia o Santo Padre o Papa Francisco, disse em sua homilia: "Queridos irmãos e irmãs, podemos nos considerar e chamar-nos cristãos, e falar sobre muitos belos valores da fé, mas, como os discípulos, precisamos ver Jesus tocando o seu amor. Só assim podemos ir ao coração da fé e, como os discípulos, encontrar uma paz e uma alegria mais fortes que qualquer dúvida”.

E continuou o Santo Padre: "Quando nos confessamos, tem lugar o inaudito: descobrimos que precisamente aquele pecado, que nos mantinha distantes do Senhor, converte-se no lugar do encontro com Ele. Ali o Deus ferido de amor vem ao encontro das nossas feridas. E torna as nossas chagas miseráveis semelhantes às suas chagas gloriosas. Pois Ele é misericórdia e faz maravilhas nas nossas misérias. Como Tomé, peçamos hoje a graça de reconhecer o nosso Deus: de encontrar no seu perdão a nossa alegria; na sua misericórdia a nossa esperança”.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 7 de abril de 2018

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 16,9-15)


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 16,9-15)(07/4/18)

Caríssimos, o Senhor ressuscitado nos livrou definitivamente do poder que o mal detinha sobre nós, o único poder que lhe resta é o poder de tentação; mas contra esse poder o Senhor nos dá a sua presença permanente na Eucaristia e nos outros Sacramentos, nos dá a sua Palavra como espada do Espírito Santo para combatermos todo mal; nos dá os dons da oração e da fé e todos os dons que nos são necessários nesta luta; nos dá também o livre arbítrio com o qual podemos dizer não às tentações e ao pecado; para dizermos sempre sim à sua santa vontade.

Com efeito, o viver novo no Espírito Santo significa a permanência no estado de graça que o Senhor nos concede por comungarmos com o seu querer benevolente. Com isso compreendemos que a nossa participação no Mistério da Salvação é fato consumado, não é algo que esperamos, mas sim que vivemos e anunciamos por palavras e atos. Os Apóstolos sofrem afrontas e até a morte por causa do nome de Jesus, porém, jamais abriram mão de testemunha-lo, não obstante toda oposição contrária ao seu anúncio.

Caríssimos, testemunhar Jesus Ressuscitado é testemunha-lo vivo e agindo em nosso meio exatamente como quando estava entre os Apóstolos. Isto porque "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade." Ora, o que isto significa senão aquilo que afirmamos na liturgia? "O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós."

No Evangelho de hoje, Maria Madalena trouxe aos Apóstolos a feliz notícia da Ressurreição do Senhor, ou seja, Jesus está vivo, ressuscitou dos mortos; mas a princípio eles não acreditaram e essa momentânea incredulidade os impediu de perceberem a presença de Jesus bem ali com eles como testemunhou Maria Madalena. Também nós quando vivemos essa mesma comunhão com o Senhor ressuscitado, seguimos com Ele dando o mesmo testemunho à caminho da vida eterna.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

ESCUTEMOS A VOZ DO


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 21,1-14)(06 /4/18)

Caríssimos, caminhamos com o Senhor na fé e na esperança, isto é, na certeza de que não estamos sozinhos. Por vezes lutamos, trabalhamos, pescamos a nossa sobrevivência, mas as nossas redes como que parecem vazias, todavia, o Senhor está bem presente onde nossas redes aparentemente vazias se encontram, basta ouvirmos a sua voz e identificá-lo com o mesmo amor com que o discípulo amado o identificou. Desse modo, comeremos com Ele à sua mesa o Pão da vida eterna que nos tem preparado, e gozaremos da sua agradabilíssima companhia e o seguiremos na via de perfeição que Ele preparou para nós.

De fato, estamos acostumados com a convivência natural uns com os outros. Porém, pergunto: e o nosso convívio com o Senhor, como se dá? Com efeito, nos acostumamos a ouvir as vozes do mundo, dos acontecimentos, das tantas e tantas pessoas que nos cercam: das redes sociais com suas fake news; ouvimos as vozes das tentações e dos pecados que se cometem na face da terra, e quantas não são as vezes que nos deixamos influenciar por essas vozes e pecamos ao permiti-las em nossa vida.

Porém, quando as silenciamos e não as buscamos mais, deixamos o silêncio sagrado se fazer presente em nós, aí sim, escutamos somente a voz do Senhor que no seu infinito amor nos fala no mais íntimo de nossas almas; de imediato sentimos logo a diferença, pois a voz do Senhor dissipa de nossas almas todos os conflitos, todas as acusações e tudo o que não nos faz bem.

Ora, a voz do Senhor nos traz sempre as soluções de que tanto precisamos, pois é a voz da verdade que liberta sempre, do amor com que somos amados, da providência com que somos amparados, da misericórdia com que somos perdoados, reconciliados e acolhidos como filhos pródigos que retornam à casa de seu pai.

Assim, nessa comunhão com o Senhor, todas as nossas dúvidas são esclarecidas, todas as nossas necessidades são saciadas de tal forma que no Senhor não nos falta nada. Portanto, ao invés de ouvir as tantas e tantas vozes do mundo e seguir os seus ditames; escutemos a voz do Senhor, que nos fala tão claramente como agora está nos falando nesta meditação. Por isso, não sejamos ávidos em ouvir as "novidades" deste mundo, porque quem frequentemente ouve e segue as vozes do mundo dificilmente escuta a voz de Deus e o segue.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

VIVENDO NA PRESENÇA DE JESUS RESSUSCITADO

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 24,35-48)(05/4/18)

Caríssimos, a ressurreição do Senhor não é um acontecimento  passado, mas sim a realidade divina que nos atualiza sempre e em tudo. Cristo Ressuscitado é aquele que nos faz viver o nosso agora na sua presença numa verdadeira comunhão de amor à caminho do céu. Isto significa viver em Deus como seus filhos e filhas.
Ora, vivendo essa dimensão de ressuscitado com Cristo, depois da cura do paralítico na porta do templo, Pedro dirigiu-se ao povo, dizendo: "Graças à fé no nome de Jesus, este Nome acaba de fortalecer este homem que vedes e reconheceis. A fé que vem por meio de Jesus lhe deu perfeita saúde na presença de todos vós."

Caríssimos, de uma coisa fiquemos certos, se não há uma convivência real com Jesus Ressuscitado, por meio da fé, só vamos entender a vida e tudo o que nela acontece, a partir de nosso entendimento racional e não a partir de nossa comunhão com Ele. Não podemos separar nossa vida pessoal e comunitária da presença providencial do Senhor. Pois eis o que Ele mesmo nos diz: "Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."

Ora, esse "Permanecer em mim" é essencial para as nossas almas, porque ou vivemos o ser ressuscitados com Cristo assim, ou continuamos sem essa união amorosa com Ele, ou seja, apenas acreditando, mas não aderindo totalmente e incondicionalmente como é preciso. Vejamos: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos."

O Evangelho de hoje narra o encontro real de Jesus Ressuscitado com os seus discípulos; notamos nesta narração que tudo o que vai além do limite do que acreditamos, torna-se algo incompreensível, por exemplo: "Os discípulos ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma." Jesus, porém, logo os indagou: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.

Conclusão: A partir da Ressurreição do Senhor, não podemos viver como se estivéssemos sozinhos, pois Ele mesmo disse: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo." Portanto, a nossa missão de testemunhas do ressuscitado consiste em viver por Cristo, com Cristo e em Cristo todos os nossos dias, "em justiça e santidade" até que se cumpra o que Deus Pai determinou em Seu Plano de Amor conforme a Sua Vontade.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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