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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

E NÓS, COMO ACOLHEMOS JESUS?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 4,16-30)(31/08/20)

Caríssimos, passam-se os anos, mas a graça de Deus Pai em Seu Filho Jesus Cristo para a salvação eterna de nossas almas é atualíssima, isto porque não existe o tempo para o Senhor, Nele tudo é eterno. De fato, em nossa humanidade estamos sempre contando o tempo e por isso não percebemos que para Deus só existe o hoje, bem como se referiu Jesus na Sinagoga de Nazaré.
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Com efeito, no Evangelho desta liturgia Jesus vai à Sinagoga de Nazaré como de costume; e ao proclamar a palavra, todos têm os olhos fixos Nele, "Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Ora, como o acolheram seus concidadãos? A princípio todos se admiraram, mas ao deixar entrar em suas almas o preconceito: “Não é este o filho de José?” O carpinteiro? Logo o rejeitaram.
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De fato, da dimensão eterna em que se encontra, o Senhor se faz presente em nossa vida tal como se fez na Sinagoga de Nazaré; porém, como o acolhemos? Que tipo de convivência temos com Ele? Ou agimos como os habitantes de Nazaré, presentes na Sinagoga, que além de o rejeitar queriam precipita-lo no abismo da própria mediocridade e intolerância?
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Ao comentar esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "O “hoje” proclamado por Cristo naquele dia vale para todas as épocas, recordando-nos da atualidade e da necessidade da salvação que Jesus trouxe à humanidade. Deus vem ao encontro dos homens e das mulheres de todos os tempos e lugares na situação concreta em que se encontram.
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Vem também ao nosso encontro. É sempre Ele que dá o primeiro passo: vem visitar-nos com a sua misericórdia e tirar-nos da poeira dos nossos pecados; vem estender-nos a mão para nos fazer sair do abismo em que o nosso orgulho nos fez cair, convidando-nos a aceitar a verdade consoladora do Evangelho e a caminhar pelas veredas do bem." (Papa Francisco, trechos do Angelus, 31/01/16)
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 30 de agosto de 2020

A CRUZ DE JESUS É A CHAVE QUE ABRE O CÉU...


Homilia do 22°Dom do tempo comum (Mt 16,21-27)(30/08/20)

Caríssimos, a liturgia de hoje nos mostra que existem duas lógicas, a do mundo e a de Cristo revelada no mistério da sua cruz. Na primeira leitura Jeremias vive a dimensão dessas duas lógicas; pela sedução divina é chamado a ser Profeta; e quando no exercício de sua missão é perseguido e humilhado, pensa seguir a lógica do mundo abandonando o Senhor e a missão que lhe fora confiada. Mas o Senhor que "é rico em misericórdia" o deteve aumentando em sua alma o fogo do Seu chamado. (cf. Jr 1,17-19)
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No Evangelho de hoje Jesus ao revelar à seus discípulos "que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia." Foi interpelado por Pedro que queria dissuadi-lo de tão terrível infortúnio, ao que o Senhor o repeliu, dizendo: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”
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Então, como discernir claramente estas duas lógicas? Discernimos a lógica divina por estas palavras de Jesus: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida?"

Por outro lado, a lógica deste mundo consiste na busca do poder, da fama e do prazer à todo custo, por isso, os que agem segundo essa lógica tornam-se inconsequentes mergulhados em todo tipo de prática pecaminosa, esquecendo-se que todos serão julgados por seus atos, como disse Jesus: "Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com sua conduta."
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Portanto, caríssimos, escutemos são Paulo que também nos mostra essas duas lógicas: "Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito." (Rm 12,1-2).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 29 de agosto de 2020

MEMÓRIA DO MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 6,17-29)(29/08/20)

Memória do martírio de São João Batista...

Caríssimos, a vida eterna é isto, perder tudo por amor a Cristo e aos valores do Evangelho, até mesmo a vida natural se assim for a vontade de Deus, sem jamais abrir mão de dar o sublime testemunho de nossa fé, como o fez São João Batista.
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Ora, e por que Ele foi assassinado? Porque era inocente e fez sempre a vontade de Deus por palavras, atos e missão; porque denunciou o mal que estava incrustado nas almas daqueles que o assassinaram, os quais preferiram permanecer nos pecados que os dilacerava; do que escutarem a sua palavra que os conduzia ao arrependimento, à conversão e à libertação de tais pecados.
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De fato, o mundo vive mergulhado numa permanente luta espiritual e muitos são os que preferem permanecer nos pecados que cometem por ouvir e permitir a voz das tentações; do que ouvir à voz de Deus que lhes fala à consciência por meio da Palavra dos profetas do nosso tempo.
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O fato é que o aumento da iniquidade e dos falsos testemunhos teem influenciado negativamente e até esfriado a fé daqueles que manteem tais juízos de valores em suas mentes, tornado-se incapazes de pôr em prática as virtudes próprias da fé recebidas no batismo.
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Portanto, caríssimos, peçamos ao Senhor por intercessão de São João Batista que derramou o seu sangue por denunciar o pecado e ensinar a via da conversão e salvação, que é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, que nos ajude dar o verdadeiro testemunho de fé que Ele deu sem nunca ceder as tentações deste mundo.
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"Precede-nos neste caminho, como sempre, a nossa Mãe, Maria Santíssima: Ela perdeu a sua vida por Jesus, até à Cruz, e recebeu-a em plenitude, com toda a luz e beleza da Ressurreição. Ajude-nos Maria a fazer cada vez mais nossa a lógica do Evangelho." (Papa Francisco, trecho do Angelus, 23/06/13).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 25,1-13)(28/08/20)
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Caríssimos, sempre que alguém me pergunta como estás? A minha resposta é, melhor só no céu! Pois o céu é a herança eterna que Deus tem preparado para aqueles que o amam por meio da obediência devida à Sua Santa Vontade. Ora, a liturgia de hoje trata da revelação do Reino de Deus e de como alcança-lo.
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Na primeira leitura são Paulo nos ensina que a linguagem divina ao comunicar a salvação é totalmente contrária à linguagem e à sabedoria humana, pois tem como único fundamento a cruz de Cristo. De fato, o Senhor age sempre a partir de nossa finitude, para que aprendamos que a salvação é dom gratuito da sua divina misericórdia, mas que precisamos nos manter vigilantes na comunhão com Ele para não perde-la.
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No Evangelho de hoje Jesus conta-nos a Parábola das dez virgens com suas lâmpadas; cinco eram prudentes e cinco imprudentes. Comentando esse Evangelho disse o Papa Francisco: "A lâmpada é o símbolo da fé que ilumina a nossa vida, enquanto o óleo é o símbolo da caridade que alimenta, que torna fecunda e credível a luz da fé. A condição para estarmos prontos para o encontro com o Senhor não é apenas a fé, mas uma vida cristã rica de amor e de caridade pelo próximo.
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Com efeito, todas as virgens dormem antes que o esposo chegue, mas quando acordam algumas estão prontas e outras não. Portanto, este é o significado de ser sensato e prudente: trata-se de não esperar o último momento da nossa vida para colaborar com a graça de Deus, mas de o fazer já agora.
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Seria bom pensar um pouco: um dia será o último. Se fosse hoje, como estou preparado, preparada? Mas devo fazer isto e aquilo... [Portanto], preparar-se como se fosse o último dia: isto faz bem."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

VIGIAI, PORQUE NÃO SABEIS O DIA EM QUE VIRÁ O VOSSO SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mt 24,42-51)(27/08/20)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a vida humana sem Cristo, é vida necessitada de todos as virtudes eternas que em Cristo atinge à plenitude desejada por Deus que nos criou para à perfeição e o louvor da Sua Glória. Por isso, todos aqueles que permanecem em Cristo e Cristo neles, estes dão muitos frutos. (cf. Jo 15,5).
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É verdade que em nossa pequenez nos sentimos impotentes diante de tantas contrariedades advindas dos pecados praticados neste mundo. Pois, o pecado nada mais é do que a raiz do mal fincada nas almas dos que os comete; em suma, nas almas que vivem sem a graça da presença de Cristo nelas.
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Ora, e como vencer esse desvario? Somente mediante a conversão e a comunhão permanente com o Senhor por meio da prática da Sua Palavra. De fato, são várias as graças que obtemos do Senhor Jesus para nos mantermos firmes e fiéis em vista da santidade que Ele nos concede ao obedecermos os seus santos mandamentos.
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"No Evangelho de hoje, Jesus exorta-nos a estar prontos para a sua vinda: «Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor» (Mt 24, 42). Vigiar não significa ter os olhos materialmente abertos, mas ter o coração livre e orientado para a direção certa, ou seja, dispostos a dar e servir. Isto é vigiar!" (Papa Francisco).
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Portanto, caríssimos, ser vigilantes é manter-nos fiéis ao objetivo final da vida em Cristo, ou seja, a salvação eterna das nossas almas; para isto o Senhor nos conduz quando nos unimos num só coração e numa só alma tendo em vista o bem e a salvação de todas as almas à nós confiadas, para darmos à elas "o alimento no tempo certo," ou seja, no tempo da nossa peregrinação neste mundo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

AÍ DE VÓS FARISEUS HIPÓCRITAS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mt 23,27-32)(26/08/20)
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Caríssimos, num mundo mergulhado no egoísmo, na corrupção e na mentira, muitos se tornam vítimas de si mesmos ao consentirem que esses espíritos imundo ocupem os espaços da graça de Deus em suas vidas. Ora, a misericórdia do Senhor é para todos; todavia, se faz necessário o arrependimento sincero para recebe-la. E é exatamente o que falta à muitos.
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Não resta dúvida que vivemos em meio à uma tremenda guerra espiritual, por isso, "a vida do homem nesta terra é uma dura luta." (Jó 7,1). Todavia, não estamos sozinhos nesta guerra, o Senhor se faz presente e vai à nossa frente combatendo conosco, basta confiarmos Nele, como nos ensinou São Paulo: "Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio." (Ef 6,10-11).
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No Evangelho de hoje Jesus dá continuidade às suas sentenças proféticas a respeito das consequências que sofrerão os Fariseus e os mestres da lei por conta dos pecados da hipocrisia, da incoerência e do falso juízo.
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Diz Ele: “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça."
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Portanto, caríssimos, tenhamos cuidado com o formalismo que nada mais é do que a prática meramente externa da fé sem nenhuma real mudança de vida, isto é, sem a conversão sincera que nos leve à santidade. "A nossa fidelidade exterior tem de ser animada pela vida interior; deve ser um resultado, um fruto e uma manifestação dos sentimentos de fé, de confiança e de amor que regem o nosso coração." (Beato Columba - Sec. XIX).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

TUDO O QUE É FALSO VEM DO MALIGNO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mt 23,23-26)(25/08/20)
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Caríssimos, a fé é o dom do Espírito Santo com o qual nos relacionamos com Deus nosso Pai por meio do Seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo. Com efeito, nessa nossa convivência com o nosso Pai celestial tudo é simples, direto e transparente; bem como nos ensinou São Paulo: "Porque é em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28a).
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No Evangelho de hoje Jesus censura os fariseus por causa do pecado da hipocrisia que consiste em viver a fé não segundo a Vontade de Deus, mas segundo a própria vontade, ou seja, baseada em aparências e falta de coerência. Por isso, Ele disse: "Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Guias cegos! Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo."
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São Paulo na Carta ao seu discípulo Tito, escreveu: "Para os puros todas as coisas são puras. Para os corruptos e descrentes nada é puro: até a sua mente e consciência são corrompidas. Proclamam que conhecem a Deus, mas na prática o renegam, detestáveis que são, rebeldes e incapazes de qualquer boa obra." (Tito 1,15-16).
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De fato, quando a vivência da fé, é autêntica, é verdadeira transparece a face de Cristo, o Filho de Deus vivo. Ora, existe um ditado popular que diz: "As aparências enganam"; mas somente por pouco tempo, pois, tudo o que é falso não perdura porque vem do maligno e revela sempre a sua face tenebrosa; por isso, as consequências são desastrosas.
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O Santo Padre, o Papa Francisco, comentando sobre o relacionamento com Deus, nosso Pai, por meio da oração, disse: "Rezar é deixar-se olhar dentro de si mesmo por Deus sem ficções, sem desculpas, sem justificações; porque do diabo vem a opacidade e a falsidade; de Deus vem a luz e a verdade."
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Portanto, caríssimos, os filhos e filhas de Deus, se deixam conduzir sempre pelo Espírito Santo na prática da fé que professam, pois, trata-se do autêntico testemunho que dão da presença real do Senhor Jesus em suas palavras, atos e missão.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

FESTA DE SÃO BARTOLOMEU APÓSTOLO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 1,45-51)(24/8/20)
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Caríssimos, a Santa Igreja hoje celebra a Festa de São Bartolomeu também chamado Natanael (cf. Jo 1,45-51), homem simples que mereceu de Jesus um belo elogio: "Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade"; e também uma significativa revelação: "Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem". Ou seja, de como será a segunda vinda do Senhor no final dos tempos.
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São Paulo na Carta aos Romanos, escreveu: "Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos."(Rm 12,3.16)
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De fato, Deus encerrou todos os homens na fragilidade do ser, para nos dar a conhecer o infinito propósito de sua vontade, sermos adotados como filhos e filhas por meio do Seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, para participarmos do louvor da Sua glória.
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Sem dúvida, somos um grande mistério de Amor e tudo o que nos circunda também faz parte desse mistério, porque, se Deus não nos amasse nada existiria; todavia, é preciso a vivência das virtudes para participarmos dessas graças que o Senhor tem reservado como herança para aqueles que o amam.

Portanto, caríssimos, de nossa parte o que conta diante de Deus é um coração simples, humilde e aberto para receber as Suas graças, especialmente a santidade com a qual O veremos face a face, e com Ele viveremos na Sua Glória Eterna, no Esplendor do Seu Reino.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 23 de agosto de 2020

"O CÉU E A TERRA PASSARÃO, MAS AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO"


Homilia do 21°Dom do tempo comum (Mt 16,13-20)(23/08/20)
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Caríssimos, por nossa naturalidade facilmente nos acostumamos com o que simpatizamos e rejeitamos prontamente tudo o que não nos agrada, e ainda afirmamos: isso é normal em nosso modo de ser. Todavia, quando se trata da vivência da fé, tudo muda, pois, esta consiste em viver segundo a Vontade de Deus, num amor sem igual a Ele sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
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Na Evangelho de hoje Jesus nos ensina que o essencial da vida é conhece-lo tal qual o Pai no-lo revela como o revelou a Pedro. Ora, não se trata de ter uma noção de quem é Jesus, mas de conhece-lo e conviver com Ele no íntimo de nossas almas, porque é dessa convivência que nasce o verdadeiro amor fraterno, pelo qual nos unimos uns aos outros no seio de Sua Santa Igreja.
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Com efeito, o que mais nos chama a atenção nesse Evangelho de hoje são estas duas frases: "a minha Igreja" e "as chaves do Reino dos Céus". Após a profissão de fé de Pedro, disse Jesus: "Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vence-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus."
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São Paulo se referindo à Igreja como esposa de Jesus, disse: "Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santifica-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível." (Ef 5,25-27). Desse modo, a Igreja jamais poderá ser concebida fora dessas palavras.
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A outra frase de igual importância é: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus." Ora, Jesus é Deus conosco, a Sua Palavra é a Palavra do Pai (cf. Jo 14,24), desse modo, a Sua Palavra é irrevogável, isto é, ela se cumpre na íntegra.
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Portanto, caríssimos, Pedro hoje é o Santo Padre, o Papa Francisco, e isso é inegável, porque, como disse o Senhor Jesus: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão." (Mt 24,35).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 22 de agosto de 2020

MINHA RAINHA E MÃE DA IGREJA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 1,26-38)(22/08/20)
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Caríssimos, a Igreja hoje celebra a memória da Santíssima Virgem Maria como rainha do céu e da terra. Com efeito, ela é Rainha porque participa do reinado do Seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, que foi gerado por obra e graça do Espírito Santo no seu seio virginal como meditamos no Evangelho de hoje.
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O Santo Padre, o Papa Francisco, comentando esse Evangelho, disse: "O que quer dizer cheia de graça? Que Maria é cheia da presença de Deus. E se é inteiramente habitada por Deus, nela não há lugar para o pecado.
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Trata-se de algo extraordinário, porque infelizmente tudo no mundo está contaminado pelo mal. Cada um de nós, olhando dentro de si mesmo, vê lados obscuros. Inclusive os maiores santos eram pecadores, e todas as realidades, até as mais sublimes, são manchadas pelo mal: todas, exceto Maria.
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Ela é o único “oásis sempre verde” da humanidade, a única incontaminada, criada Imaculada para acolher plenamente, com o seu “sim”, Deus que vinha ao mundo e deste modo começar uma nova história.
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Qual era o seu segredo? Podemos compreende-lo olhando novamente para o cenário da Anunciação. Em muitas pinturas Maria é representada sentada diante do anjo com um pequeno livro nas mãos. Este livro é a Escritura. Assim Maria costumava ouvir Deus e estar com Ele.

A Palavra de Deus era o seu segredo: perto do seu coração, depois se encarnou no seu seio. Permanecendo com Deus, dialogando com Ele em todas as circunstâncias, Maria tornou bela a sua vida. O que faz bela a vida não é a aparência, não é aquilo que é passageiro, mas o coração orientado para Deus.
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Contemplemos hoje com alegria a cheia de graça. Peçamos-lhe que nos ajude a permanecer jovens, dizendo “não” ao pecado, e a levar uma vida bonita, dizendo “sim” a Deus." (Papa Francisco, trechos do Angelus, 8/12/2017).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

QUAL É O MAIOR MANDAMENTO DA LEI DE DEUS?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 22,34-40)(21/08/20)
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Caríssimos irmãos e irmãs, ao criar todas as coisas, e ao nos criar à sua "imagem e semelhança," Deus o fez por amor e com um propósito especial, vivermos na Sua presença todos os dias de nossa vida em justiça e santidade e assim governarmos as suas obras no tempo presente em vista da eternidade.
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Com o advento do pecado de desobediência dos nossos primeiros pais, Seu propósito santo foi adiado até que enviasse o seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, para nos libertar do pecado e de todos os males que o pecado gera; para com Ele continuarmos realizando o Seu santo propósito de sermos um aqui e no Reino dos céus, preparado para aqueles que o amam, isto é, que lhe obedece e o segue fielmente.
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No Evangelho de hoje os fariseus e doutores da lei puseram Jesus à prova perguntando qual o maior mandamento da Lei de Deus, ao que o Senhor respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
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Com efeito, vivemos num mundo cheio de modismos, maus costumes, perversões, falsas religiões e tantas outras tendências pecaminosas; onde os fazedores de opiniões com suas fake news tentam enganar à todos, espalhando maledicências e discórdias. Por isso, se multiplicam os pecados de divisão, ódio, violência e morte.
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De fato, ao meditarmos esse Evangelho de hoje vemos que Jesus nos liberta de tudo isso, ensinando-nos que somos filhos e filhas de Deus, e que somente o amor a Ele sobre todas as coisas e entre nós é que nos conduz à plena realização do Seu propósito de salvação e santidade para toda a humanidade.
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Portanto, caríssimos, enquanto os homens não se converterem e não acolherem nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, pondo em prática a Sua Palavra; continuarão perdidos, mergulhados no abismo infernal de suas práticas pecaminosas.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

"MUITOS SÃO OS CONVIDADOS ;POUCOS OS ESCOLHIDOS"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 22,1-14)(20/08/20)
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"Muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos." Ora, por que isso acontece? A parábola contada por Jesus no Evangelho de hoje responde a essa pergunta. A vida é o maior presente que de Deus recebemos, e é com ela que vamos ao seu encontro a cada passo dado para a eternidade. De fato, a primeira vocação humana é o chamado à vida; a segunda é o chamado à santidade em Cristo Jesus para com Ele participarmos do Reino dos Céus.
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O grande problema que se apresenta é a falta de convivência com o Senhor por meio da fé e da prática das virtudes infundidas por Ele em nossas almas. A primeira delas é o livre arbítrio, que consiste no poder de fazermos escolhas e decisões tendo em vista o bem de todos; a segunda, é a obediência à Sua Palavra, único caminho de perfeição que nos leva à vida eterna.
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Na primeira leitura o Senhor, por meio do Profeta Ezequiel, promete aos que retornam ao seu convívio um novo coração; escutemos então o Senhor: "Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos." (Ez 36,26-27).
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De fato, quando nos deixamos conduzir pelo Espírito do Senhor à uma vida de oração e penitência, perdemos o fascínio dos vícios; e ganhamos a graça da perseverança na prática das virtudes que nos leva à santidade no seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
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Portanto, caríssimos, como vimos na parábola que meditamos, todos foram convidados, mas poucos ouviram e responderam à altura da dignidade do convite. Destarte, bem-aventurados os que aceitam participar do sublime banquete nupcial do Filho de Deus amado, o Cordeiro imolado, que tira o pecado do mundo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A SERVIÇO DO REINO DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mt 20,1-16a)(19/08/20)
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Caríssimos, a nossa mente é território sagrado, o qual para se manter sagrado, não pode ser ocupado por nada e ninguém fora da vontade de Deus. Ocorre que por vezes deixamos que os interesses pessoais, as ideologias, as tentações, os pecados, as imagens e os sentimentos negativos ocupem esse território santo, tornando-nos incapazes para a prática das virtudes próprias de nossa fé.
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Esta liturgia de hoje nos chama a servir o Senhor com alegria e singeleza de coração; sem julgamentos e sem interesses pessoais, que significa sem apegos. No Salmo 72 temos um excelente exemplo de como nos portar diante do Senhor: "Mas estarei sempre convosco, porque vós me tomastes pela mão. Vossos desígnios me conduzirão, e, por fim, na glória me acolhereis.
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Afora vós, o que há para mim no céu? Se vos possuo, nada mais me atrai na terra. Meu coração e minha carne podem já desfalecer, a rocha de meu coração e minha herança eterna é Deus." (Sl 72,23-26).
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No Evangelho de hoje escutamos Jesus, dizer: "Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”. Com efeito, ao meditarmos o episódio da crucificação vemos que Jesus se encontra entre dois malfeitores, enquanto um blasfema, o outro reconheceu a sua culpa, pediu perdão e foi salvo pelo Senhor no último instante do seu viver.
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Portanto, caríssimos, a Parábola dos operários contada por Jesus nos revela que Deus chama à todos para participar do Seu Reino; e a recompensa é igual para todos, ou seja, a vida eterna. Por isso, a nossa participação no anúncio do Seu Reino, deve ser acompanhada da renúncia de si mesmo; do desapego às vantagens e interesses pessoais; e da ausência de comportamentos nocivos à evangelização, como por exemplo, desentendimentos e divisões.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

"QUANTO MAIS RIQUEZA, MAIS TRISTEZA"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 19,23-30)(18/08/20)
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“Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. Essas palavras do Senhor Jesus nos ensina que a riqueza é uma ilusão, e também sinônimo de morte; mas, quantos escutam o Senhor e se convertem?
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O fato é que a medida do ter nunca enche, por isso, para aqueles que pensam em ser ricos ou o são, eis o diz o Senhor: "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração." (Mt 6,19-21).

E ainda: "Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perde-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salva-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida?" (Mc 8,34-37).
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Caríssimos, a riqueza dos filhos e filhas de Deus neste mundo é a cruz de Cristo, nela estão contidos todos os tesouros da vida eterna. Portanto, quando escutamos e seguimos o Senhor, Ele nos livra do pesado fardo deste mundo, e do axioma: "Quanto mais riqueza, mais tristeza." Destarte, seguir a Cristo é isso, fazer da Sua cruz a nossa cruz e por ela entrarmos na Sua glória eterna.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

QUAL É A VERDADEIRA RIQUEZA?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 19,16-22)(17/08/20)
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Caríssimos, muitas vezes por falta de maturidade na vivência da fé, muitos se deixam enganar pelas seduções deste mundo e suas ilusões. Assim como o jovem do Evangelho de hoje, muitos são os que deixam de seguir Jesus por causa do apego material e da falsa sensação que o poder temporal lhes concede.
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O Santo Padre, o Papa Francisco, comentando esse Evangelho, disse: O jovem [rico] não se deixou conquistar pelo olhar de amor de Jesus, e deste modo não conseguiu mudar. Somente acolhendo o amor do Senhor com gratidão humilde poderemos libertar-nos da sedução dos ídolos e da cegueira das nossas ilusões. O dinheiro, o prazer e o sucesso deslumbram, mas depois decepcionam: prometem a vida, mas causam a morte.
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O Senhor pede-nos que nos desapeguemos destas falsas riquezas para entrar na vida verdadeira, na vida plena, autêntica, luminosa. E eu pergunto-vos, a vós jovens, rapazes e moças: «Sentistes o olhar de Jesus em vós? O que desejais responder-lhe? Preferis estar com a alegria que nos dá Jesus, ou com a tristeza no coração que a mundanidade nos oferece?
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Que a Virgem Maria nos ajude a abrir o coração ao amor de Jesus, ao olhar de Jesus, o Único que pode saciar a nossa sede de felicidade. (Papa Francisco, trechos do Angelus, 11/10/ 2015).
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Conclusão: caríssimos, para muitos a vida se torna um fardo pesado, porque quem não tem um sentido pra viver geralmente é rico daquilo que passa, mas não dos valores eternos para os quais o Senhor nos convida, como fez ao jovem: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. (Mt 19,21).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 16 de agosto de 2020

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA...


Solenidade da Assunção de Nossa Senhora (Lc 1,39-56)(16/08/20)
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Caríssimos na Solenidade de hoje são Lucas descreve Maria como morada permanente do Espírito Santo, aquela que gera Jesus, Deus conosco, carne de sua carne, sangue do seu sangue; e é assim que ela vai ao encontro de Isabel e a saúda como vimos no Evangelho de hoje. E de imediato ela e seu filho, João Batista, ficaram cheios Espírito Santo e exultaram de alegria no Senhor.
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Desse modo, a Mãe de Deus nos ensina que é a vontade do Senhor vivermos repletos do Espírito Santo, e sermos conduzidos por Ele, para realizarmos em tudo a Vontade do Pai, como ela e seu Filho, o fizeram. Pois, como escreveu são João evangelista, foi para isto que Jesus foi enviado a este mundo para derramar sobre nós o Espírito Santo (cf. Jo 7,37-39).
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A Solenidade da Assunção de Nossa Senhora se reveste de suma importância no seio da Igreja que, como Maria, é a Arca da Nova Aliança à qual contém todos os Tesouros da salvação da humanidade que são: a Palavra de Deus, os Sacramentos, o exemplo de Jesus e de Maria, e de todos os santos e santas que o seguiram até o fim por meio da prática das virtudes eternas.
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Portanto, caríssimos, com a ressurreição do Seu Filho, Jesus Cristo, Deus Pai confirmou a eterna salvação da natureza humana; e pela Assunção de Sua Mãe, a Virgem Maria, o Senhor confirmou a sua realeza no céu e na terra, e também como a Senhora dos anjos e dos santos.
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Destarte, exultemos de alegria no Senhor que em Seu infinito amor elevou em corpo e alma a Sua Santíssima Mãe à glória do seu reino como prêmio por acolhe-lo no seu ventre. Por fim, peçamos à nossa Senhora assunta ao céu que interceda para que também nós sejamos elevados ao Reino do seu Filho amado no dia eterno quando partirmos deste mundo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 15 de agosto de 2020

É PRECISO SER COMO CRIANÇA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 19,13-15)(15/08/20)
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Caríssimos, "é preciso ser como criança para entrar no reino dos céus." Essa frase do Senhor Jesus resume bem a liturgia de hoje, pois, mostra o quanto precisamos trabalhar a salvação que Dele recebemos; bem como o confirma São Paulo: "Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor... Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar." (Fl 2,12-13).
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Com efeito, devido os pecados e os escândalos que se multiplicam cada dia na face da terra, não podemos esperar nada de bom por parte daqueles que os causam; no entanto, não podemos perder a esperança vendo tantos inocentes nascendo nas nossas famílias, pois, eles são os futuros discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo, caso sejam bem orientadas, como ouvimos do Senhor: “Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus”.
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De fato, o Senhor preza tanto a inocência das crianças que considera um dos piores pecados ofender ou abusar sequer de uma delas: "Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que crêem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai do homem que os causa!" (Mt 18,6-7).
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Caríssimos, ser como crianças inocentes é nunca se deixar enganar por ideologias contrárias à Palavra do Senhor, pois, infelizmente virou moda o que chamam de "politicamente correto" apoiar ideologia de gênero, mudança de sexo, casamento homossexual, e outras tantas ideologias totalmente contrárias às leis naturais e divinas.
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Portanto, peçamos ao Senhor Jesus para vivermos com autenticidade a sua divina Palavra; de fato, não estamos aqui para julgar nem condenar ninguém; mas, também não podemos ser coniventes com os que fazem suas escolhas e decisões totalmente contrárias à vontade do Senhor expressa nos Seus santos mandamentos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

A VOCAÇÃO MATRIMONIAL...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 19,3-12)(14/08/20)
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Caríssimos, vivendo num mundo ambíguo repleto de egoísmo e divisões, pensar as relações humanas à partir dessa ambiguidade é não entender a vontade de Deus ao criar homem e mulher para formarem com Ele a Família Divina cujo único fundamento é o amor que nos une aqui e na Sua Glória Eterna.
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São Paulo ao falar do amor unitivo matrimonial, escreveu: "Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim os maridos devem amar as suas mulheres". (Ef 5,25-28a).
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Desse modo, compreendemos que o verdadeiro sentido do matrimônio é a perfeita unidade do homem e da mulher com Deus pela aliança do amor sacramental, pois, como disse Jesus: "Nunca lestes que o Criador, desde o início, os fez homem e mulher? E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne?’ De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe." (Mt 9,4-6).
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Portanto, caríssimos, enquanto homens e mulheres pensarem suas relações conjugais a partir do "ego" (egoísmo) e não do amor "ágape" (amor incondicional), nunca haverá felicidade em seus corações; apenas se relacionarão, se ofenderão mutuamente; e se gerarem filhos e filhas, havendo separação, crescerão desequilibrados pelo trauma da ausência da unidade familiar tal qual foi e sempre será a vontade de Deus para a família humana.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

"SENHOR, QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR SE MEU IRMÃO PECAR CONTRA MIM?"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,21—19,1)(13/08/20)
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Caríssimos, as virtudes e os dons de Deus não podem ser medidos, pois não teem limites, uma vez que são a fonte da paz vinda do Seu infinito amor. Perdoar é amar, é fazer a vontade de Deus, porque é Deus quem perdoa por meio de nós, desse modo, compreendemos que o perdão é o dom de Deus que impede a entrada da maldade em nossas almas.
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Esta liturgia de hoje traz como tema central a virtude do perdão sem medidas, que significa a permanência no amor e na misericórdia do Senhor que nos
perdoa sempre, mantendo aberta as portas do Seu Sacratíssimo Coração para Nele repousarmos e obtermos todas as graças necessárias para a nossa salvação.
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De fato, quem não dá atenção às ofensas sofridas nunca ofende ninguém, porque perdoa sempre, ou seja, vive livre do rancor, da mágoa, do ressentimento e de todos os males advindos da falta de perdão que é fruto podre do julgamentos negativo que fazemos uns dos outros.
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Com efeito, a Palavra de Jesus nos mantém sempre em paz, mas isso quando a pomos em prática; escutemos, então, o Senhor: "Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete."
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Portanto, caríssimos, sabemos que vivemos num mundo de conflitos, mas, Deus nos quer fora desse mundo, por isso, nos dá o Seu perdão e o dom de perdoar-nos uns aos outros para sermos livres de todos os conflitos e de toda maldade existente na face da terra. Destarte, repito, perdoar é amar é fazer a vontade de Deus, e é isso que nos mantém livres, em paz e felizes.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O AMOR AO PRÓXIMO E A CORREÇÃO FRATERNA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,15-20)(12/08/20)
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Caríssimos, nenhum de nós é santo o bastante para dizer que nunca pecou ou nunca sofreu por causa do pecado dos outros. Por isso, precisamos da graça santificante do Senhor para nos mantermos em comunhão com Ele, ou seja, livres dos pecados consentidos e praticados, pois, não existe pecado onde ele não é permitido nem praticado.
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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina um método de reconciliação com aqueles que nos ofendem com seus pecados. Tal método se dá em três etapas: diálogo interpessoal, em que as partes se perdoam mutuamente; e se esse não funciona, chama-se ao diálogo fraterno duas ou três testemunhas; e se esse esforço também não deu resultado; deve-se procurar a comunidade eclesial, na pessoa do bispo ou dos sacerdotes; se ainda assim, uma das partes se mantém irredutível, confia-se tal parte ao arrependimento pessoal e à misericórdia do Senhor.
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De fato, o princípio cristão da unidade tem como base o amor e a misericórdia de Cristo, vividos até as últimas consequências, isto é, até a total ausência de qualquer discórdia ou divisão, mesmo se para isto for preciso dar a própria vida, como o fez Jesus, o Filho amado de Deus.
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Por isso, não creiam naqueles que se dizem cristãos e pregam a divisão da Igreja, pois, ela é o Corpo de Cristo, do qual Ele é a Cabeça e nós somos seus membros (cf. Col 1,18). Desse modo, quem prega a divisão, o faz contrariando o Senhor que disse: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." (Mt 16,18-19).

Portanto, caríssimos, qualquer outra palavra fora dessa Palavra de Jesus, é falsa, porque é advinda do inimigo de Deus e de nossas almas. Destarte, escutemos esta oração do Senhor: "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste." (Jo 17,20-21).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A INOCÊNCIA REVELA A PRESENÇA DE DEUS...



 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,1-5.10.12-14)(11/08/20)
Caríssimos quando em nossa naturalidade nos apegamos às coisas que passam esquecemos que somos almas viventes à caminho da eternidade; e, com isso, deixamos entrar em nossa alma o espírito de egoísmo, que nos mantém escravos de nós mesmos e do maligno de quem provém todos os males.
Com efeito, esta liturgia de hoje trata da liberdade dos filhos de Deus que consiste na inocência recebida do Senhor e vivida por amor a Ele e àqueles que encontramos em nosso dia a dia, mesmo quando não somos aceitos ou correspondidos em nosso modo de ser.
No Evangelho de hoje os discípulos perguntam a Jesus: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” E como sempre o Senhor os surpreende com um gesto simples e palavras vivas de fácil compreensão: "Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus."
Com essas palavras o Senhor os libertou do espírito de grandeza e vanglória, como havia dito: "Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado." (Jo 15,3). São Paulo na Carta aos Romanos, escreveu: "Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos." (Rm 12,16).
Portanto, caríssimos, nosso viver é uma resposta que damos a Deus, é correspondência ou não ao seu infinito amor. Por isso, ao escutamos o Senhor Jesus e pormos em prática a Sua Divina Palavra, é Ele mesmo quem nos conduz à uma vida de santidade e justiça diante de Deus, nosso Pai.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O MARTÍRIO É CAMINHO DE PERFEIÇÃO QUE NOS LEVA AO CÉU...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 12,24-26)(10/08/20)
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Caríssimos, nós sofremos constantemente a tentação de julgarmos uns aos outros, e isso se agrava ainda mais quando os outros não pensam como nós; a tendência é condena-los ao isolamento, ou seja, a uma espécie de morte que, na verdade, esfria em nós o amor e a misericórdia, nos tornando incapazes da prática do bem.
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Com efeito, se quisermos vencer as más tendências e as tentações que chegam à nossa mente, precisamos cultivar as virtudes eternas, pois são elas que nos dão a vitória sobre todo o mal; uma vez que são puro dom de Deus e é por elas que Ele santifica as nossas almas para vivermos na Sua presença.
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No Evangelho de hoje Jesus diz uma frase que resume a sua missão ao nos apontar o caminho do martírio como a vontade do Pai que nos leva à ressurreição, à vida eterna: “Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto."
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E acrescenta: "Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conserva-la-á para a vida eterna. Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.
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Portanto, caríssimos, essa linguagem do Senhor Jesus não agrada aos que se acham autossuficientes, aos arrogantes, aos soberbos, aos malfeitores e aos formadores de opinião que pensam ter a solução para tudo, quando na verdade nada mais enxergam além do próprio eu.
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Destarte, à esses eis o que diz o Senhor: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me." (Mt 16,24b).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 9 de agosto de 2020

"CORAGEM! SOU EU, NÃO TENHAIS MEDO.



Homilia do 19°Dom do tempo comum (Mt 14,22-33)(09/08/20)

Caríssimos, a vida vivida com Cristo e em Cristo é sempre uma aventura a caminho do Reino dos Céus. É verdade, Deus nos surpreende sempre porque Nele tudo é novo, nada se repete mesmo que façamos as mesmas coisas. E tudo isso Ele faz para nos assegurar que está nos conduzindo à vida eterna, ao Reino dos céus.
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Com efeito, é o que nos revela essa liturgia de hoje cheia de surpresas e reconhecimento de quem é Jesus e de como Ele age em nosso favor com seus gestos de bondade e misericórdia nos mostrando o quanto nos ama e está próximo de nós em nossas dificuldades. Ora, e isso nós vemos no cuidado que Ele tem com as multidões; com a oração pessoal em nosso favor; e por não medir esforços para encontrar os discípulos no meio da tempestade na qual estavam..
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De fato, com Ele somos capazes de singrar o mar revolto deste mundo sem medo das tempestades que nos assola a cada instante do viver; certos de que ao pedirmos a sua ajuda, como fez Pedro no Evangelho de hoje, logo seremos atendidos, com o mesmo cuidado e advertência: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”
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Portanto, caríssimos, escutemos com atenção o Senhor Jesus: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" (Mt 14,27). E para vivermos essa Sua Palavra, ponhamos Nele toda a nossa confiança na certeza de que somente a Sua Vontade se realizará em nossa vida. Peçamos à Virgem Santíssima, Mãe do Senhor e nossa Mãe que nos ajude a viver sempre conforme a vontade do seu Filho amado.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 8 de agosto de 2020

A FÉ QUE ARREBATA MONTANHAS E NADA LHE É IMPOSSÍVEL...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 17,14-20)(08/08/20)
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Caríssimos, no final da primeira leitura desta liturgia escutamos o Profeta Habacuc, dizer: "Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. (Hab 2,4). E ele diz isso como resposta do Senhor para as injustiças e maldades presentes no seio da humanidade, à ponto de muitos duvidarem até da sua existência.
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No entanto, para os filhos e filhas de Deus que creem no Seu infinito amor, não há dúvida de que o mal presente no mundo não faz parte desse Seu infinito amor; por isso, os que praticam o mal seguem a via da perdição e experimentam no próprio ato nefasto o resultado maléfico de seu desvario. Desse modo, se pode afirmar claramente, que não existe nenhuma paz na alma dominada pelo pecado mortal.
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No Evangelho de hoje, em um certo momento, Jesus censura a falta de fé daquela gente, dizendo: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei?" E quando os Apóstolos o indagaram porquê não puderam curar o menino epilético, Ele respondeu: “Porque a vossa fé é demasiado pequena. PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 17,14-20)(08/08/20)
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Caríssimos, no final da primeira leitura desta liturgia escutamos o Profeta Habacuc, dizer: "Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. (Hab 2,4). E ele diz isso como resposta do Senhor para as injustiças e maldades presentes no seio da humanidade, à ponto de muitos duvidarem até da sua existência.
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No entanto, para os filhos e filhas de Deus que creem no Seu infinito amor, não há dúvida de que o mal presente no mundo não faz parte desse Seu infinito amor; por isso, os que praticam o mal seguem a via da perdição e experimentam no próprio ato nefasto o resultado maléfico de seu desvario. Desse modo, se pode afirmar claramente, que não existe nenhuma paz na alma dominada pelo pecado mortal.
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No Evangelho de hoje, em um certo momento, Jesus censura a falta de fé daquela gente, dizendo: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei?" E quando os Apóstolos o indagaram porquê não puderam curar o menino epilético, Ele respondeu: “Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’ e ela irá. E nada vos será impossível”.
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Com efeito, esse episódio nos lembra o que o Senhor disse aos dois discípulos à caminho de Emaús após a ressurreição: "Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!" (Lc 24,25). De fato, quando cremos o que nos foi anunciado pelos Profetas, pelos Apóstolos e todos os santos e santas a respeito de Jesus e de sua presença no meio de nós, é o Senhor mesmo que se nos dá a conhecer pelo testemunho deles.
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Ora, é exatamente isso o que Ele nos ensinou no Evangelho de Lucas: "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou. Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes, pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram." (Lc 10,16.23-24).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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Com efeito, esse episódio nos lembra o que o Senhor disse aos dois discípulos à caminho de Emaús após a ressurreição: "Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!" (Lc 24,25). De fato, quando cremos o que nos foi anunciado pelos Profetas, pelos Apóstolos e todos os santos e santas a respeito de Jesus e de sua presença no meio de nós, é o Senhor mesmo que se nos dá a conhecer pelo testemunho deles.
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Ora, é exatamente isso o que Ele nos ensinou no Evangelho de Lucas: "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou. Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes, pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram." (Lc 10,16.23-24).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

RENUNCIAR À SI MESMO PARA SEGUIR O SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 16,24-28)(07/08/20)
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Caríssimos, o fim de quem pratica o mal é ser atingido pelo mal praticado; e caso não se arrependa e mude de vida perecerá na ruína eterna que gerou com os pecados praticados. É isso o que vimos na primeira leitura desta liturgia, em que o Profeta Naum anuncia a ruína dos ninivitas pelas maldades praticadas.
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De fato, "Somos obras das mãos de Deus criados em Jesus Cristo para
as boas ações que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos" (Ef 2,10). E nenhum de nós pode fazer isso se não renuncia à si mesmo, como disse o Senhor: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perde-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontra-la." (Mt 16,24-25).

E o Senhor acrescenta: "De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta." (Mt 6, 26-27).
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Com efeito, todos nós batizados somos discípulos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e é Nele e por Ele que vivemos neste mundo, como os ramos de uma videira ligados ao seu tronco. São Paulo na Carta aos Gálatas, disse: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." (Gl 2,20).
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Portanto, caríssimos, não é o que temos que nos salva, mas sim o que somos aos olhos de Deus e nada mais; e aos olhos de Deus somos seus filhos e filhas, contanto que vivamos como tais. De fato, a graça é de Deus, mas pôr em prática a graça que Dele recebemos, cabe tão somente à nós por meio da obediência aos Seus Santos Mandamentos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

ESTE É O MEU FILHO AMADO EM QUEM PONHO TODO O MEU AGRADO. ESCUTAI-O.


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 17,1-9)(06/08/20)
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Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Festa da Transfiguração do Senhor e neste pequeno sermão simplesmente transcrevo a belíssima homilia que o Santo Padre, o Papa Francisco fez por ocasião dessa festa.
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"Os apóstolos, que precisavam de ser confirmados na sua fé, receberam no prodígio da Transfiguração um ensinamento adequado para os levar ao conhecimento de todas as coisas. Com efeito, Moisés e Elias, quer dizer, a Lei e os profetas apareceram a falar com o Senhor. Como diz São João: «A Lei foi comunicada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo» (1,17).
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O apóstolo Pedro estava, por assim dizer, arrebatado em êxtase com o desejo dos bens eternos; cheio de alegria com tal visão, desejava habitar com Jesus naquele lugar, onde a sua glória, assim manifestada, o cumulava de júbilo. Por isso, diz: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Mas o Senhor não respondeu a esta proposta, querendo naturalmente mostrar que aquele desejo não seria mau, mas estava deslocado.
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Porque o mundo só podia ser salvo pela morte de Cristo, o exemplo do Senhor exortava a fé dos crentes a compreender que, sem que nos seja permitido duvidar da felicidade prometida, temos de pedir, no meio das tentações desta vida, mais a paciência do que a glória, porque a felicidade do Reino não pode preceder o tempo do sofrimento.
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Enquanto Ele ainda falava, uma nuvem luminosa envolveu-os e do meio da nuvem uma voz proclamou: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». «Este é o meu Filho, por quem tudo foi feito, e sem quem nada foi feito» (cf Jo 1,3). Tudo o que Eu faço, Ele o faz também; tudo o que Eu realizo, Ele o realiza comigo, inseparavelmente, sem diferença alguma (cf Jo 5,17-19).
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Este é o meu Filho, que não se apropriou ciosamente da igualdade que tinha comigo, não reivindicou o seu direito, mas, sem deixar a minha glória divina, Se humilhou até à condição de servo (cf Fil 2,6s), para cumprir o nosso desígnio comum da restauração do gênero humano.
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Escutai, pois, sem hesitações Aquele que tem toda a minha complacência, Aquele cuja doutrina Me revela, cuja humanidade Me glorifica, porque Ele é a Verdade e a Vida (cf Jo 14,6), Ele é o meu poder e a minha sabedoria (cf 1Cor 1,24). Escutai-O, a Ele que resgata o mundo com o seu sangue, a Ele que abre o caminho do Céu pelo suplício da sua cruz."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

FÉ, HUMILDADE E ORAÇÃO PERSEVERANTE SÃO MEIOS PERFEITOS PARA ALCAÇARMOS TODAS AS GRAÇAS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mt 15,21-28)(05/08/20)
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Caríssimos, a liturgia de hoje nos ensina que a oração perseverante e humilde alcança todas as graças até mesmo quando tudo parece dizer não, como foi o caso da mulher cananéia que mesmo diante do silêncio do Senhor e de sua dura intervenção, não se deixou abater, mas perseverou em sua oração, sendo, por isso, ajudada pela intercessão dos discipulos a alcançar a graça que tanto desejava.
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Comentando esse Evangelho, o Santo Padre, o Papa Francisco, disse: “A força interior desta mulher, que lhe permite superar todos os obstáculos, ela busca em seu amor materno e na confiança que Jesus pode atender o seu pedido.
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Desse modo, essa mulher humilde é indicada por Jesus como um exemplo de fé inabalável. Sua insistência em invocar a intervenção de Cristo é um incentivo para não desanimarmos, nem desesperarmos quando somos oprimidos pelas duras provações da vida.
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O Senhor não se afasta de nós diante de nossas necessidades e, se às vezes ele parece insensível a pedidos de ajuda, é para testar e fortalecer nossa fé. Devemos continuar gritando como esta mulher: “Senhor, ajude-me! Senhor, ajude-me!". Assim mesmo, isto é, com perseverança e coragem ”.
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Portanto, caríssimos, a fé que professamos, nós a vivemos por amor a Deus e entre nós, mesmo quando não entendemos as duras provas por que passamos neste mundo; e não adiante perguntar porquê sofremos, pois, Deus é amor e sofre conosco para nos libertar em definitivo como vimos na primeira leitura desta liturgia.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

COMO ENCONTRAR VERDADEIRAMENTE JESUS?


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Mt 15,1-2.10-14)(04/08/20)

Caríssimos, a graça do encontro com Jesus, o Filho de Deus amado, foi concedida por Deus à toda humanidade, e a maior felicidade que temos é crer no Senhor e Nele permanecer pondo em prática a Sua Santa Palavra que é Fonte de vida eterna. Muitos foram os que se encontraram com Jesus, não para o acolher e seguir, mas para contesta-lo e rejeita-lo como aconteceu com os Fariseus no Evangelho de hoje.
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Ora, na Carta aos Hebreus assim meditamos: "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade. Não vos deixeis desviar pela diversidade de doutrinas estranhas. É muito melhor fortificar a alma pela graça do que por alimentos que nenhum proveito trazem aos que a eles se entregam." (Hb 13,8-9). Ou seja, as "doutrinas estranhas", isto é, tudo o que não é a vontade de Deus, são alimentos maléficos que envenenam e matam as almas.
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Com efeito, Jesus veio a este mundo enviado por Deus Pai para nos salvar por meio do Espírito Santo que nos foi dado no batismo para vivermos como filhos e filhas de Deus no seio de Sua Igreja da qual Ele é a Cabeça e nós somos os membros. Nela se encontra todos os Sacramentos instituídos pelo Senhor para a salvação da humanidade.
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Portanto, caríssimos, quem não vive essa comunhão com Jesus no seio de Sua Santa Igreja, perde o verdadeiro sentido da fé, da união fraterna e do estado de graça que nos leva a vida eterna. Quanto à nós que o seguimos de todo coração, permaneçamos fiéis até o fim, pois como o Senhor mesmo disse: "Aquele que perseverar até o fim será salvo." (Mt 24,13).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

"SALVA-ME, SENHOR."


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 14,22-36)(03/08/20)

Caríssimos, muitas vezes a nossa insegurança pela falta de fé devido as tempestades do mar revolto deste mundo é tão grande que nos impede de perceber que é o Senhor que nos sustenta em nossa fragilidade, como sustentou Pedro em sua falta de fé: "Mas, quando Pedro sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” (Mt 14,30-31)
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Com efeito, como constatamos, nesse Evangelho de hoje Jesus caminha sobre as águas numa clara demonstração de sua Divindade e de seu poder sobre toda a criação; no entanto, mesmo reconhecido e adorado pelos discípulos: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” ainda assim Ele se deixou abater pela cruz; todavia, em seu abatimento revelou o seu divino poder ressuscitando dentre os mortos.
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Santo Hilário, (Sec. IV), comentando esse episódio, escreveu: "A calma do vento e do mar, amainados depois de o Senhor ter subido à embarcação, é um símbolo da paz e da tranquilidade que reinarão na Igreja eterna na sequência do glorioso regresso de Cristo. Porque Ele há de vir, manifestando-Se como naquele momento em que um justo espanto fez que todos dissessem: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus». Então, todos os homens darão testemunho claro e público de que o Filho de Deus deu a paz à Igreja, já não na humildade da carne, mas na glória do Céu."
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Portanto, caríssimos, escutemos com atenção a conclusão do comentário do Santo Padre, o Papa Francisco sobre esse Evangelho: "Eis uma imagem eficaz da Igreja: um barco que deve enfrentar as tempestades e às vezes parece que está prestes a sucumbir. Aquilo que a salva não são as qualidades nem a coragem dos seus homens, mas a fé, que permite caminhar até no meio da escuridão, entre as dificuldades. A fé confere-nos a segurança da presença de Jesus sempre ao nosso lado, da sua mão que nos segura para nos proteger do perigo.
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Todos nós estamos neste barco, e aqui sentimo-nos seguros, não obstante os nossos limites e as nossas debilidades. Estamos seguros sobretudo quando sabemos ajoelhar-nos e adorar Jesus, o único Senhor da nossa vida. Para isto nos convida sempre a nossa Mãe, Nossa Senhora. Dirijamo-nos a Ela com confiança."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 2 de agosto de 2020

TUDO O QUE PARTILHAMOS POR AMOR AO SENHOR, ELE MULTIPLICA...


Homilia do 18°Dom do Tempo Comum (Mt 14,13-21)(02/08/20)
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Caríssimos irmãos e irmãs, os bens que partilhamos por graça e inspiração do Espírito Santo se transforma em milagre que supre todas necessidades que temos por conta de nossa finitude. Esta é a grande lição que aprendemos nesta liturgia de hoje. Pois, aqueles se aproximam do Senhor para se manter em comunhão com Ele se transformam em novas criaturas.
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De fato, ao multiplicar cinco pães e alguns peixes para uma imensa multidão, Jesus nos ensina que o pouco que temos quando levado à Ele é multiplicado para muito além do que temos e podemos por nós mesmos. Com isso Ele nos mostra que a Sua compaixão e o Seu amor não tem limites quando à Ele confiamos tudo o que somos, tudo o que temos ainda que seja pouco.
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O Evangelho desta liturgia nos revela que aquela multidão tinha um único objetivo, encontrar Jesus para ouvi-lo e ser curada por Ele fisicamente e espiritualmente, e foi exatamente o que Ele fez, os curou. Comentando esse Evangelho, disse o Santo Padre, o Papa Francisco: "Quando Jesus, com a sua compaixão e o seu amor nos concede uma graça, perdoa os pecados, abraça-nos e ama-nos, não faz as coisas pela metade, mas completamente.
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Como aconteceu aqui: todos ficaram saciados. Jesus enche o nosso coração e a nossa vida com o seu amor, o seu perdão, a sua compaixão. Portanto, Jesus permitiu que os seus discípulos cumprissem a sua ordem. Deste modo, eles descobrem o caminho que devem percorrer: dar de comer ao povo e mante-lo unido; ou seja, permanecer ao serviço da vida e da comunhão.
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Portanto invoquemos o Senhor, para que torne a sua Igreja sempre capaz deste serviço santo e para que cada um de nós possa ser instrumento de comunhão na própria família, no trabalho, na paróquia e nos grupos de pertença, um sinal visível da misericórdia de Deus que não quer deixar ninguém na solidão e na necessidade, a fim de que desçam a comunhão e a paz entre os homens, e a comunhão dos homens com Deus, porque esta comunhão é vida para todos."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 1 de agosto de 2020

O MARTÍRIO É O MAIOR E MAIS PODEROSO TESTEMUNHO DE CRISTO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 14,1-12)(01/07/20)
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Caríssimos, o martírio é o maior e mais poderoso testemunho que damos do Senhor nosso, Jesus Cristo. E isso é confirmado na Carta aos Hebreus: "Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus.
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Em vez de gozo que se lhe oferecera, ele suportou a cruz e está sentado à direita do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente aquele que sofreu tantas contrariedades dos pecadores, e não vos deixeis abater pelo desânimo. Ainda não tendes resistido até o sangue, na luta contra o pecado." (Hb 12,1b-4).
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De fato, a nossa luta é contra o pecado e o maligno que o gerou; e qualquer pessoa de bom senso que vive verdadeiramente a fé sabe que pode sofrer o martírio seja físico ou espiritual, e isso por meio das calúnias, ameaças de todo tipo, tentações e outros tantos meios de que dispõe o inimigo de nossas almas e de Deus.
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Todavia, de uma coisa fiquemos firmemente convictos, o Senhor jamais abandona os seus filhos e filhas, pelo contrário, os ama e os protege mesmo que estes sofram e morram como mártires.
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No Evangelho de hoje meditamos sobre o martírio de São João Batista e percebemos claramente como age o maligno por meio daqueles que vivem em pecado mortal, pois, são dominados por ele e por isso, tudo o que fazem é eivado de contradições, perversidade, violência e morte.
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Portanto, caríssimos, permaneçamos fiéis no testemunho de nosso Senhor Jesus Cristo, pois, foi isto o que Ele nos ensinou: "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salva-la-á." (Lc 9,23-24).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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