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sábado, 30 de novembro de 2019

SANTO ANDRÉ, ROGAI POR NÓS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Rm 10,9-18)(30/11/19)

Caríssimos, a atração que Jesus exerce com a sua presença nos leva a segui-lo fielmente sem nunca duvidar de quem Ele é e o que reserva para nós que o seguimos. Viver na Sua presença, ouvi-lo e segui-lo como os Apóstolos o fizeram ao sentirem o seu chamado, é acolher o céu de sua vontade para cumprirmos todos os desígnios do Pai à nosso respeito, como Ele disse a Pedro e André: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”.
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São Paulo ao sentir tal chamado e responder, assim se expressou: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." Ora, quem escuta a voz do Senhor e responde ao seu chamado, faz o mesmo caminho que os Apóstolos fizeram, ou seja, segui-lo prontamente e incondicionalmente.
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Neste sentido, no seguimento de Cristo, já se faz presente a missão, como lembra o Papa Francisco: "Não podemos esquecer; não é que na vida temos uma missão; a vida é missão." E acrescenta: "O desafio é se entregar de tal forma que a vivência do Evangelho nos identifique totalmente com Jesus Cristo." (Gaudate et exsultate N. 27-28). Assim como Ele se identificou com o Pai: "Quem me vê, vê o Pai. Eu e o Pai somos um."
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Caríssimos, para aqueles que ainda não conhecem o Senhor, cabe a nós anuncia-lo com o testemunho de nossa vida. Ora, esse testemunho comporta essencialmente o anúncio de Sua Pessoa, de Sua Palavra e o motivo de sua vinda entre nós, ou seja, a salvação de toda a humanidade; e se for preciso, dá a própria vida por Ele como o fez Santo André de quem celebramos o martírio.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

PASSARÃO O CÉU E A TERRA, MAS AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,29-33)(29/11/19)

Caríssimos, vivemos em um mundo frágil onde tudo é provisório; onde somos carentes de segurança, de alimentação, de saúde e bem-estar; onde sofremos as mais diversas tentações; onde as relações humanas são, no mais das vezes, conflituosas, gerando mágoas, divisões e mortes; onde, ao que parece, esses conflitos são como que intermináveis.
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Com efeito, precisamos compreender que não só fomos gerados no tempo naturalmente por nossos pais, mas também fomos gerados pelo batismo no seio da Igreja para sermos santos como Deus é Santo; é esse o sentido de nosso ser e estar no mundo. Pois, Deus nos criou por amor e como expressão do seu amor para vivermos em comunhão com Ele e uns com os outros; mas, devido a condição pecaminosa deste mundo, isso só é possível com a vinda do Seu Reino.
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No Evangelho de hoje Jesus nos diz: "Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto." Ele se refere aos acontecimentos escatológicos que se darão em sua Parusia. Ou seja, o Senhor aguça a nossa esperança na certeza de que a Sua segunda vinda é iminente, e ela é a garantia da nossa participação na plenitude do Seu Reino.
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Caríssimos, são Paulo falando a respeito da nossa ressurreição em Cristo, assim nos exorta: "Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória."
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Portanto, "Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as coisas vos serão dadas em acréscimo."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

É PERMANECENDO FIRMES QUE IREIS GANHAR A VIDA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,12-19)(27/11/19)
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Caríssimos, os homens e seus poderes temporais, como vimos nessa primeira leitura, sempre procuraram se opôr a Deus por meio de práticas nefastas; mas, seus poderes foram sempre derrotados pelo Senhor, para servir de exemplo às futuras gerações. Todavia, como constatamos, não aprenderam as lições recebidas e por isso continuam afrontando o Senhor, mesmo sabendo que não passam de simples mortais.
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Ora, a certeza da vida natural já traz em si mesma a certeza do seu fim natural; e isso é inevitável. Todos teem consciência disso, mas, pelo que se tem visto, procuram ignorar tal condição e continuam pondo sua confiança nas riquezas, na fama, no sucesso imediato, nos bens materiais e no poder temporal; com isso, desprezam o poder de Deus, do qual todos nós dependemos.
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Caríssimos, estamos a caminho da eternidade, mas, como entraremos nela? Para respondermos à essa pergunta vejamos esse texto do livro de Sabedoria: "Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda. Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal."
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No Evangelho de hoje Jesus nos mostra que, como Ele foi odiado e perseguido, nós também o seremos por causa do seu nome; porém, nos exorta para não termos medo, pois nessa hora nos será dada a palavra de sabedoria que ninguém jamais poderá contradizer; e acrescenta: "Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

NAÇÃO CONTRA NAÇÃO....


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,5-11)(26/11/19)
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Caríssimos, cada dia que passa nos aproximamos do dia eterno, ou seja, do tempo escatológico que é o fim de todas as coisas visíveis. E mais do que nunca precisamos está preparados para este dia no qual se dará o juízo final. De fato, não percorremos sozinhos essa via existencial que pode findar a qualquer momento; por isso mesmo, fiquemos atentos aos acontecimentos desse tempo, e não nos deixemos abalar, como nos ensinou o Senhor no Evangelho de hoje.
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São Paulo na Carta aos Romanos, assim se refere a respeito desse tempo: "A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei. Isso é tanto mais importante porque sabeis em que tempo vivemos. Já é hora de despertardes do sono. A salvação está mais perto do que quando abraçamos a fé.
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A noite vai adiantada, e o dia vem chegando. Despojemo-nos das obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. Comportemo-nos honestamente, como em pleno dia: nada de orgias, nada de bebedeira; nada de desonestidades nem dissoluções; nada de contendas, nada de ciúmes. Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façais caso da carne nem lhe satisfaçais aos apetites." Ou seja, essa é a verdadeira preparação que precisamos para acolhermos o Senhor no seu grande e temível dia.
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Conclusão: Caríssimos, as batalhas espirituais que travamos, são lutas ferrenhas contra as tentações e os pecados; porque eles nos enfraquecem e são portas de entrada do inimigo em nossas almas, que tenta à todo custo destruir aqueles que a ele não se submetem.
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Mas, o Senhor por sua infinita misericórdia, nos concede todas as graças para vencermos essas batalhas por meio da oração, do poder de Sua Palavra e dos Sacramentos da confissão e da Eucaristia, como também pela intercessão da Virgem Maria, de são José e de todos os santos. Portanto, quem desse modo se une a Cristo, torna-se um só com Ele, com o Pai e o Espírito Santo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

CONFIANÇA NA DIVINA PROVIDÊNCIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,1-4)(25/11/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, no Evangelho de hoje Jesus estava no Templo com seus discípulos e notou que no ato de doação que os judeus costumavam fazer ao tesouro do templo, haviam muitos ricos que laçavam o supérfluo dos bens que possuiam; enquanto uma pobre viúva doou apenas duas moedas, que na verdade era tudo o que possuía para a sua sobrevivência.
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Com efeito, por essa liturgia de hoje, o Senhor nos ensina que tudo o que vivemos quando não é expressão de nossa comunhão com a vontade do Pai, nada mais é do que expressão de nossa não correspondência ao seu amor. Por outro lado, quando tudo em nossa vida é sinônimo de confiança na sua divina providência, tudo se torna exemplo eterno, até mesmo o mais simples gesto, como é o caso dessa viúva, que continua a evangelizar o mundo e toda criação por seu simples gesto de confiança e de entrega total nas mãos de Deu.
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Caríssimos, supliquemos ao Senhor a graça de não esquecermos que somos apenas um sopro de vida e por isso dependemos Dele cem por cento. Ora, por ocasião do primeiro pecado, Deus mostrou a Adão que a desobediência é a porta de entrada do mal na alma humana, e mostrou também o resultado nefasto dessa extrema ofensa, ou seja, a morte.
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Portanto, escutemes são Paulo e façamos o que Ele nos ensina: "Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor... Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar.
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Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 24 de novembro de 2019

CRISTO, REI DO UNIVERSO...


Solenidade de Cristo, Rei do Universo(Lc 23,35-43)(24/11/19)
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Caríssimos, a Igreja hoje celebra a Solenidade de Cristo, Rei do Universo; com efeito, o que mais nos chama a atenção nessa solenidade é a diferença de como Ele se apresenta em sua realeza, isto é, claramente diferente dos reis deste mundo. Entre os homens o poder dos reis e outros governantes sobrepõe a tudo e a todos; enquanto que o poder de Cristo se revela totalmente por sua fragilidade ao assumir a condição humana, menos o pecado, pois é Deus e em Deus não existe pecado.
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Certa feita, os Fariseus perguntaram a Jesus quando viria o Reino de Deus, ao que Ele respondeu: "O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo. Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós." Ora, isso significa que pelo fato de tudo pertencer a Deus, nosso Pai, a criação natural não lhe passa despercebida, mesmo que os homens tenham se afastado Dele pelo pecado; mas, nem tudo está perdido, pois o Senhor veio para renovar todas as coisas e nos levar à perfeita comunhão filial com o Pai. (cf.1Cor. 15,20-28).
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Caríssimos, proclamemos, então, o Reinado de Cristo em nossas vidas com a mesma obediência com a qual Ele obedeceu ao Pai, com o mesmo amor com o qual o amou, com a mesma entrega com a qual se entregou totalmente à Ele, bem como nos ensinou são Paulo: "Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor."
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E ainda: "Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
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Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 23 de novembro de 2019

A CERTEZA DA VIDA ETERNA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 20,27-40)(23/11/19)
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Caríssimos, tudo o que Deus criou tem um sentido de ser, pois, tudo criou por amor e para o bem de todos. Ora, sem esse entendimento todas as coisas criadas perdem o seu sentido original e se tornam motivo de divisão, discórdias, lutas fratricidas e morte. É o que vimos na primeira leitura, onde um rei sanguinário e ávido de riquezas materiais e de poder, despreza Deus e o seu povo; mas, que termina os seus dias destruído pela depressão.
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No Evangelho de hoje, os Saduceus usam a lei de Moisés para provar sua crença de que não existe ressurreição, tentando com isso negar Cristo e a sua doutrina sobre a ressurreição dos mortos. No entanto, o Senhor põe por terra esse paradigma deles, corrigindo-lhes a falsa interpretação: "Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”.
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São João, no seu Evangelho, nos ensina: "Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos. Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho.
Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas."
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E são Paulo completa: "Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
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Portanto, irmãos, não somos devedores da carne, para que vivamos segundo a carne. De fato, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

SENHOR PERDOA-NOS PELO TEMPO QUE PERDEMOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,45-48)(22/11/19)
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Caríssimos, essa Liturgia de hoje nos convoca para fazermos a purificação do templo de Deus que somos. Na primeira leitura, Judas Macabeu e seus irmãos, depois de vencerem seus inimigos, destruiram o altar contaminado por eles e o reconstruiram fazendo a reconsagração do mesmo oferendo sacrifícios agradáveis a Deus.
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Com efeito, nós também vivemos em meio à uma grande guerra espiritual cujo campo de batalha é a nossa mente, a nossa consciência. Por isso, precisamos expulsar todos os pensamentos vãos, desordenados e estranhos que chegam, pois, como filhos de Deus, somos incapazes de pensar o mal, a não que deixemos ele entrar por meio desses maus pensamentos que tentam nos convencer a praticar todo tipo de maldade.
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Ora, tais pensamentos são sempre contra Deus, contra a Igreja, contra as outras pessoas e contra nós mesmos. Sigamos, pois, esta exortação do Senhor: "Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca."
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Escutemos também esta exortação de são Paulo: "Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos... Isto praticai, e o Deus da paz estará convosco."
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No Evangelho de hoje Jesus faz a purificação do templo expulsando os vendilhões, disse Ele: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. Peçamos, então, ao Senhor para expulsar os vendilhões de nossas almas, pois eles roubam o nosso tempo e tiram a nossa paz. São eles: uso inadequado de celulares e redes sociais; e de outros meios de comunicação. E também aqueles que são Paulo chama de obras da carne (cf. Gal 5,19-21).
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Caríssimos, quem não tempo para Deus, também não tem tempo para a salvação que Ele nos concede; de fato, hoje em dia se dá mais tempo ao ídolo moderno chamado celular, do que à vida de oração, de meditação da Sua Palavra, e da perticipação nos Sacramentos, especialmente da reconciliação e da Eucaristia.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

O SENHOR FEZ EM MIM MARAVILHAS, SANTO É O SEU NOME...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 12,46-50)(21/11/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, Maria Santíssima é aquela que reflete em toda sua plenitude a Luz da verdade, Cristo Jesus, como Ele mesmo disse: "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." De fato, Maria Santíssima foi escolhida entre todas as mulheres da terra para ser a Mãe do Filho de Deus Altíssimo e também por Ele, ser a nossa Mãe.

Nenhuma vocação se compara à sua, pois, é como ela mesma cantou: "O Senhor fez em mim maravilhas e Santo é o Seu Nome." De fato, o que nela se consumou jamais se repetirá, tudo o que aconteceu depois do nascimento do seu Filho, Jesus Cristo, é consequência do seu sim; em suma, nela se cumpriu todas as promessas e de todas as profecias do Antigo Testamento.
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No Evangelho de hoje, Jesus confirma essa verdade dizendo que todos os que cumprem a vontade do Pai, são sua mãe, seus irmãos e irmãs, isto é, fazem parte de sua família divina. De fato, com o nascimento do Filho de Deus, toda a criação foi renovada, pois Ele faz nova todas as coisas(cf. Ap 21,5); e como foi dito acima, tudo isso teve início com o sim de Sua Mãe.
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Caríssimos, a festa da apresentação de Maria no templo que hoje celebramos, remonta a prática religiosa hebraica; pois, apresentar a Deus os filhos e filhas pós nascimento é uma consagração à Ele, na certeza que todos lhe pertencem. Maria e José fizeram o mesmo com Jesus para cumprir a Lei do Senhor, que o recebeu no Templo por meio do sacerdote Simeão.
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De igual modo também o nosso batismo significa não só essa apresentação, mas também o novo nascimento na ordem da graça para a vida eterna.
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Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

OS DONS DE DEUS E A LIBERDADE HUMANA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,11-28)(20/11/19)
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Caríssimos, todas as criaturas foram dotadas por Deus de dons, talentos e capacidades para serem exercidos tendo em vista o bem comum. Ocorre que muitos usam essas dádivas não em conformidade com a vontade de Deus; mas, para práticas abomináveis com o fim de obter vantagens pessoais prejudicando os outros; desse modo praticam corrupção, injustiça, manipulação via meios de comunicação; abuso de poder e violência e tantos outros crimes que só serve para revelar a face oculta do mal que se esconde em tais ações.
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Mas, o que leva estas pessoas a agirem assim? A resposta está na falta do temor do Senhor; elas acham que podem tudo, quando na verdade não passam de um sopro de vida e nada mais. Pois, onde falta o temor do Senhor também falta o amor à Ele e ao próximo como a si mesmo. De fato, quem age desse modo nunca tem paz, pelo contrário, são atormentados por todos os pecados praticados contra os seus semelhantes.
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No Evangelho de hoje Jesus conta uma parábola escatológica, isto é, que trata dos últimos acontecimentos do viver humano neste mundo. Nela Ele faz uma analogia, ou seja, uma comparação para explicar como será o nosso devir a partir da vivência cotidiana. O homem que assume a realeza é Ele mesmo; os servos que recebem os talentos somos nós; os talentos são a vida e o que fazemos dela; os que não aceitam serem governados por Ele são aqueles que vivem na desobediência aos seus santos mandamentos.
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Portanto, a conclusão é obvia; a graça jamais nos falta, porque sua misericórdia é infinita; mas, quem se abre para pô-la em prática, para testemunha-lo em meio às contradições deste mundo? Quem se deixa governar por Ele e não pelo inimigo de nossas almas?
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A resposta é pessoal e será dada com a prática da vida, como o Senhor nos ensinou: "Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti: que pratiques a justiça, que ames a bondade, e que andes com humildade diante do teu Deus." Pois, "Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, na glória de seu Pai e dos santos anjos."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

O QUE SERIA DESTE MUNDO SEM A MISERICÓRDIA DIVINA?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,1-10)(19/11/19)
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Caríssimos, a morte para os justos, isto é, para os que vivem em estado de graça, é o meio pelo qual alcançam a plenitude da vida que Deus lhes reserva como herança eterna por testemunharem a sua misericórdia, o seu amor. Mas, aos olhos dos insensatos, parece uma disgraça; basta olhar a cruz.
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De fato, são inúmeros os que se perguntam o por quê dos sofrimentos dos justos já que nada fizerem de mal para merecerem tamanha injustiça. Na verdade, a única explicação para o sofrimento e a morte, advém dos pecados aqui praticados por aqueles que os cometem causando todo tipo de desequilíbrio que vemos na face da terra.
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No entanto, compreendamos que os sofrimentos dos justos, denunciam os seus carrascos para que se convertam e deixem a prática da maldade; mas, ao mesmo tempo, clamam para que se cumpra a justiça divina e não exista mais nenhuma maldade na criação. Para o mundo, Cristo crucificado é um derrotado; mas, para Deus, esse seu sacrifício é o único que apaga os nossos pecados e nos comunica a vida eterna por sua ressurreição.
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O Evangelho de hoje narra a conversão do publicano Zaqueu. De certo, esse episódio é muito interessante pelos detalhes que apresenta: Zaqueu, para os escribas e fariseus, era baixo não somente fisicamente; mas, também moralmente e espiritualmente, pois era o chefe dos cobradores de impostos, inimigo do povo eleito. No entanto, para Jesus, ele era um filho de Abraão que precisava ser amado e perdoado, e foi exatamente isso que o levou à conversão.
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"Com efeito, [disse o Senhor], o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. "Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece." Portanto, o que seria deste mundo sem a misericórdia divina?
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

COMO DEVEMOS REZAR?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 18,35-43)(18/11/19)
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Caríssimos, a liturgia de hoje nos mostra que a fé é dom de Deus para todos; mas, também nos mostra que muitos não a vivem como tal. Ora, isso acontece porque grande parte da humanidade a relativisa, afastando-se de sua prática verdadeira, para cair nos maus costumes do mundo cujo resultado é a esterilidade das virtudes, dos santos preceitos e dos bons costumes, como vimos na primeira leitura de hoje.
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A respeito da verdadeira prática da fé, assim nos ensinou são Paulo: "Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito."
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De fato, é por esse modo de ser orante que encontramos o Senhor e permanecemos Nele, como vimos no belo exemplo do cego Bartimeu, que sentado à beira do caminho nada possuía além de uma capa surrada e a disposição de encontrar o Senhor, por isso, tinha uma fé inabalável que não arrefeceu mesmo quando alguns da multidão quiseram sufucar sua voz e o desejo de se aproximar de Jesus para ser curado por ele.
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Caríssimos, prestemos atenção na oração perseverante de Bartimeu; ele a expôs proclamando o Senhor e pedindo compaixão: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Notemos também que o seu único desejo é encontrar Jesus, mesmo quando tentam impedi-lo. "As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”
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Conclusão: Eis qual deve ser a nossa real postura diante do Senhor em nossa oração, ou seja, a mesma do cego Bartimeu: fé inabalável expressa pela oração perseverante com o firme propósito de encontra-lo; dialogar com Ele, ouvir a sua resposta para receber a graça desejada; depois continuar firmimente o seu seguimento glorificando a Deus, e servindo de exemplo para que outros o glorifiquem de igual modo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 17 de novembro de 2019

É PERMANECENDO FIRMES QUE IREIS GANHAR A VIDA...


Homilia do 33°Dom do tempo comum (Lc 21,5-19)(17/11/19)
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Caríssimos, assim como temos plena certeza da vida, porque a vivemos naturalmente; também temos a certeza da morte, visto que ela se abate sobre nós à todo instante, ou seja, naturalmente morremos pouco a pouco por mais saudáveis que estejamos, e isso é inegável, incontestável; pois não passamos de um sopro se esvai.
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Com efeito, nenhuma criatura existe em si e por si mesma; na verdade, somos dependentes cem por cento uns dos outros e prencipalmente de Deus. Ora, isso nos faz compreender que não existimos por acaso, pelo contrário, fomos criados à "imagem e semelhança de Deus" para servirmos à Ele, servindo-nos uns aos outros; sem esse princípio fundamental, a vida perde todo o sentido de ser.
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As leituras da liturgia de hoje nos mostra que haverá um dia eterno onde todos serão julgados; e que esse julgamento já se faz presente em nosso modo de ser e estar no mundo. Como vimos na primeira leitura, facilmente se pode constatar a presença do bem ou do mal nas ações humanas; ora, mas isso depende de nossas escolhas e decisões.
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De fato, o desequilíbrio e o mal existente em meio a criação, sem dúvida alguma, é fruto da perversão humana, que deixando o estado de graça violam constantemente os santos mandamentos e as Bem-aventuranças, tornando-se com isso presa fácil do maligno.
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No Evangelho de hoje, Jesus revela os acontecimentos que antecederão a Sua segunda vinda: falsos cristos; guerras entre nações; pestes e fenômenos catastróficos, e por fim, ferrenha perseguição aos cristãos. Mas, em meio a tudo isso, Ele nos garante que o Seu Santo Espírito estará sempre conosco e nada nem ninguém poderá nos separar do seu amor. Por isso, nos exorta: "Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!"
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 16 de novembro de 2019

PERSEVERANÇA ATÉ O FIM...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 18,1-8)(16/11/19)
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Caríssimos, as memórias transcritas nas Sagradas Escrituras são profecias futuras, ou santos ensinamentos que o Senhor nos comunica para nos levar à perfeita obediência à Sua vontade. Quando Jesus nos diz: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida", isto significa que, de fato, quem segue o seu caminho nunca tropeça, porque é fundamentado na verdade que gera a vida eterna.
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A primeira leitura de hoje nos ensina que Deus protege sempre o seu povo diante dos poderes antagônicos que tentam destruí-lo. Nesse sentido os milagres ou fenômenos extraordinários que insidem sobre as leis naturais são teofanias (=ações diretas de Deus) pelas quais o Senhor nos concede a graça salvífica que nos liberta de todo mal, confirmando a nossa fé.
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O Evangelho de hoje, para introduzir a perseverança na vida de oração, começa com a seguinte frase: "Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo." De fato, a oração é o exercício da alma que encontra Deus no mais íntimo de si mesma e com Ele interage espiritualmente como interagimos entre nós naturalmente.
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Por isso, rezemos sempre, mas, como encontro com o Senhor, pois, quem o encontra em oração, não somente pede, súplica e intercede; mas, principalmente escuta as respostas que Ele nos dá, exatamente como Jesus nos ensinou, ou seja, se um juiz injusto é capaz de fazer justiça; "E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

PARUSIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,26-37)(15/11/19)
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Caríssimos, é infeliz e insensato todo aquele que não reconhece Deus em suas obras; é infeliz e insensato todo aquele que faz dessas obras seu deus se apegando à elas, ignorando que somente Deus é o autor de tudo e que a Ele devemos prestar todo louvor e adoração. É essa a mensagem da primeira leitura de hoje.
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Ora, quando os homens inventam suas teorias com o propósito de negar o Criador ao invés de reconhecê-lo, caem no abismo da própria ignorância e vivem uma vida medíocre e vazia aumentando ainda mais a sua perdição eterna. Por outro lado, felizes são os humildes de coração que não atribuem à si mesmos nenhum pensamento ou bem que possam fazer; mas que os reconhecem como dons de Deus e lhe agradecem por tais dádivas concedidas.
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No Evangelho de hoje, Jesus, através da comparação que faz entre os acontecimentos do tempo de Noé e de Lot e o nosso; trata de como será a sua segunda vinda e de como precisamos está preparados para Ela. Aliás, Pedro em sua segunda carta também trata desse acontecimento, disse ele: "Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém."
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Ora, "Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça.
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Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

O REINO DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 17,20-25)(14/11/19)
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Caríssimos, são Paulo na Carta aos Gálatas, escreveu: "Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne. Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis." E completa o pensamento na Carta aos Romanos: "Pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus."
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Com efeito, a primeira leitura de hoje nos revela quem é e como age a Sabedoria do Espírito Santo: "Ela é um sopro do poder de Deus, uma emanação pura da glória do todo-poderoso; por isso, nada de impuro pode introduzir-se nela; ela é um reflexo da luz eterna, espelho sem mancha da atividade de Deus e imagem da sua bondade. Sendo única, tudo pode; permanecendo imutável, renova tudo; e comunicando-se às almas santas de geração em geração, forma os amigos de Deus e os profetas."
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No Evangelho de hoje os fariseus perguntam a Jesus quando virá o reino de Deus, e a resposta de Jesus os surpreende, exatamente porque não era a que eles esperavam, disse o Senhor: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”.
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Em outras palavras, Jesus é o Reino de Deus, porque, como Ele mesmo disse: "Todo poder me foi dada no céu e na terra." Mas, o que significa esse todo poder? Significa o que Ele disse a São Paulo: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força." Ou seja, os fariseus e os mestres da lei esperavam um Messias que esmagasse seus inimigos; no entanto, Deus envio Seu Filho que foi esmagado por eles; todavia, o fez triunfar por sua morte e ressurreição para assim nos perdoar e dar a vida eterna.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

SOMENTE UM VOLTOU PARA AGRADECER...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,11-19)(13/11/19)
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Caríssimos, não encontrem os homens no livre arbítrio motivos para praticarem o mal contra os seus semelhantes ou contras as outras criaturas. De fato, vivemos numa época de trevas, onde os homens perderam a noção da verdade, da sacraridade da vida e do bem-estar comum. E passaram a alimentar-se do ódio, da mentira e das intrigas que só trazem divisão e morte, especialmente entre os governantes deste mundo.
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Com efeito, na primeira leitura de hoje, o Senhor nos alerta que toda maldade lhe é abominável; por isso, tudo já está sendo passado a limpo pelo crivo de Sua Justiça, de tal forma que nada de mal prevalecerá. Quem sobreviverá? Somente "Os que observam fielmente as coisas santas serão justificados; e os que as aprenderem vão encontrar sua defesa. Portanto, desejai ardentemente minhas palavras, amai-as e sereis instruídos."
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Ora, o que está acontecendo atualmente no mundo é fruto dos pecados mencionados a cima. Por que será que os homens, apesar de tantos autênticos exemplos dos santos que deram a vida por Cristo, não aprendem e continuam a miserável prática pacaminosa que tanto ofende a Deus e a seus filhos e filhas? Essa resposta se encontra naqueles que se deixaram dominar pelas insídias do maligno e já não conseguem mais se libertar.
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O Evangelho de hoje traz o relato da cura dos dez leprosos; nesse episódio vemos que Jesus os cura pela obediência e pela confiança que puseram em suas palavras, no entanto, mesmo depois curados, somente um deles foi salvo por se manter humilde e agradecido. Destarte, peçamos ao Senhor um coração manso e humilde que seja desapegado das coisas que passam para assim produzirmos frutos de justiça e santidade.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

SERVOS INÚTEIS QUER DIZER HUMILDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,7-10)(12/11/19)
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Caríssimos, se uma casa é bem guardada nenhum inimigo entra nela; assim seja a casa de nossas almas, deixemos habitar nela somente as virtudes do Espírito Santo, especialmente a humildade; e pela dom da oração do coração, sejamos vigilantes não deixando entrar nenhum pensamento vão, desordenado ou estranho, pois são sempre contrários à vontade de Deus.

Por isso, fiquemos atentos, pois o maligno, por meio de tentações, procura entrar em nossas almas oferecendo poder, fama e prazer, que na verdade não passam de armadilhas enganosas; desse modo, sugere corrupção, mentiras, falsas acusações, ameaças, violência, falsos julgamentos, falsa piedade, moralismo farisáico e todas as armas que o inferno dispõe para levar à perdição os que se deixam dominar por tais pensamentos.
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Como combater isso? Usando as armas que o Senhor nos concede para vencermos todas as batalhas que travamos contra o mal. Na sua carta aos Efésios são Paulo nos ensina quais são essas armas: a verdade, a justiça, a fé, "e a espada do Espírito Santo, isto é, a Palavra de Deus." E acrescenta: "Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos."
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Conclusão: Caríssimos, a obra da salvação é divina, e foi consumada no lenho da cruz ao custo do sofrimento de Jesus que se apresentou à humanidade como o servo sofredor; o Cordeiro imolado. Cabe à nós aderirmos à Ele de todo o coração, nós que somos servos inúteis, para que tenha piedade de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna, pela nossa obediência à vontade do Pai.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

AMAR ATÉ AS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,1-6)(11/11/19)

Caríssimos, amar até as últimas consequências significa sermos amparados pela caridade do Espírito Santo, para que movidos por Ele, ponhamos em prática a totalidade da vontade de Deus. Mas, como isso é possível? Ora, por sermos filhos amados de Deus, templos do Espírito Santo, recebemos os seus dons e os seus frutos, para multiplica-los por nossso modo de ser em Cristo.
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Com efeito, o tema desta liturgia de hoje trata exatamente da prática do perdão como fonte de unidade e de caridade fraterna. Aliás, são Paulo se referindo à esse tema, assim nos exorta: [Irmãos], "Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos. Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros."
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Na primeira de hoje nós vimos que a virtude da humildade é o remédio espiritual para a cura da soberba e da vanglória que são como um câncer para a alma. Diz o hagiógrafo: "Amai a justiça, vós que governais a terra, tende para com o Senhor sentimentos perfeitos, e procurai-o na simplicidade do coração, porque ele é encontrado pelos que o não tentam, e se revela aos que não lhe recusam sua confiança; com efeito, os pensamentos tortuosos afastam de Deus, e o seu poder, posto à prova, triunfa dos insensatos."
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Conclusão: Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos ensina que não existe limite para o perdão, porque ele é a fonte da verdadeira paz. De fato, quem não perdoa, porta na própria alma as ofensas e os pecados cometidos contra si. Por outro lado, segundo o conselho do Senhor, perdoar é amar, é fazer a vontade de Deus, porque é Deus mesmo quem perdoa por meio de nós e cura as feridas de nossas almas nos dando a paz e a alegria de viver por sermos misericordiosos, como Ele é Misericordioso. (cf. Lc 6,36-38).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 10 de novembro de 2019

NÃO CRER NA RESSURREIÇÃO É VIVER E MORRER SEM ESPERANÇA ALGUMA...


Homilia do 32°Dom do tempo comum (Lc 20,27-38)(10/11/19)
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Caríssimos, Deus é eterno e tudo criou para a eternidade, por isso, não podemos pensar a vida natural como um fim em si mesmo e que finda com a morte natural, pois, só em pensar nessa condição, perde-se toda esperança no devir e também aqui; é uma espécie de derrotar-se a si mesmo, como disse Jesus aos Saduceus por não acreditarem na ressurreição: "Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus."
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Com efeito, a ressurreição é a vitória sobre a morte natural e a morte espiritual; ou seja, é a condição da vida na eternidade que Deus concede como herança àqueles que ressuscitam com Cristo, bem como nos ensinou São Paulo: "O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados."
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De fato, "Crer na ressurreição dos mortos foi, desde o princípio, um elemento essencial da fé cristã. «A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: é por crermos nela que somos cristãos» (Tertuliano). Ora, essa garantia o Senhor mesmo nos deu no Evangelho de João: "Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais."
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Conclusao: Caríssimos, ter a mesma atitude dos Saduceus de não acreditar na ressurreição, é não acreditar em Deus, é viver sem esperança alguma; é não acreditar no amor, é não amar. De fato, Deus nos deu a vida nova em Cristo pelo batismo, para vivermos em Sua presença desde já em santidade e justiça. Por isso, Ele nos ressuscita com Cristo quando formos atingidos pela morte natural.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 9 de novembro de 2019

FESTA DA BASÍLICA DE SÃO JOÃO DE LATRÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 2,13-22)(09/11/19)

Caríssimos, hoje celebramos a festa da igreja mãe de toda a catolicidade, São João de Latrão. "Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu-se à Igreja de Rito romano, com o fim de honrar a basílica que é chamada “mãe e cabeça de todas as igrejas da Urbe e do Orbe(de Roma e do mundo) e como sinal de amor e unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu Santo Inácio de Antioquia, “preside a assembleia universal da caridade”.
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As leituras de hoje nos revelam que a Igreja não é um simples organismo humano; mas, de origem Divina; pois, nasce das Palavras de Jesus: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." (Mt 16,18-19).
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No Evangelho de hoje Jesus compara o Templo de Jerusalém ao seu próprio corpo, nos mostrando com isso, que também nós somos templos vivos onde Deus habita, ou seja, somos um grande mistério do amor de Deus destinados à ressurreição, à vida eterna. Corroborando com isso, certa feita disse o Senhor: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." (Jo 14,23).
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Caríssimos, isso significa que a obediência ao Senhor, torna as nossas almas Templos da Santíssima Trindade. De fato, esse é um dos grandes mistérios da nossa fé que só compreenderemos perfeitamente na eternidade. São João na sua primeira carta assim escreveu: "Eis como sabemos que conhecemos o Senhor: se guardamos os seus mandamentos.
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Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele:
aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Ó SENHOR, DÁ-NOS CORAGEM PARA DIZER NÃO AOS ENGANOS DO PODER...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 16,1-8)(08/11/19)
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Caríssimos, se tem algo que nunca podemos esquecer é que estamos à caminho do Reino dos Céus, e é o Senhor mesmo quem nos conduz no seio de sua Santa Igreja, pela ação do Espírito Santo por meio do ministério dos seus ungidos, que nos administram os Sacramentos da salvação e nos animam na via da perfeição que nos leva à santidade, como vimos no exemplo de são Paulo na primeira leitura de hoje.
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De fato, somos as ovelhas do rebanho do Senhor, bem como Ele já havia dito: "Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim[...]. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu llhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão." Ou seja, essas palavras são a garantia da nossa adesão incondicional ao Senhor.
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No Evangelho de hoje, o patrão ao elogiar a coragem e a esperteza do seu astuto administrador, parece entrar em contradição com os volores do Evangelho; mas, não, pois, a coragem e a esperteza aliada com a misericórdia com que age, como disse o Senhor, devia despertar nos filhos da luz o empenho e a determinação para superar todos os obstáculos que enfrentam neste mundo.
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Oremos: "Ó Senhor, dá-nos a coragem de dizer não aos enganos do poder, do dinheiro e do prazer; dos lucros ilícitos, da corrupção e da hipocrisia, do egoísmo e da violência. Dizer não ao maligno, príncipe enganador deste mundo. Mas, dizer sempre sim a Ti, que destróis o poder do mal com a Onipotência do Teu amor. Sabemos que apenas os corações convertidos ao Amor, que é Deus, podem construir um futuro melhor para todos." Amém! Assim seja!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

A ALEGRIA DE VOLTAR PARA O SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 15,1-10)(07/11/19)
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Caríssimos, todos recebemos a vida no tempo e com um tempo, e é aqui que definimos o nosso devir, ou seja, o vir a ser da eternidade que já se faz presente em nossas almas, pois são imortais. Toda a nossa estrutura física e que chamamos de acidentes, segue a lei natural, ou seja, nasce, cresce, envelhece e morre, e nisso somos todos iguais.
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Com efeito, nenhuma criatura existe em si mesmo e por si mesmo, isto é, não somos absolutos, mas sim, dependentes uns dos outros, do nascimento até a morte; ora, com isso aprendemos do Senhor que somente o amor é capaz de vencer todas as diferenças e todos os obstáculos que o pecado nos impôe; isto porque o pecado é a perca do estado de graça, isto é, da comunhão com Deus e entre nós.
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Na primeira leitura são Paulo proclama que somos iguais perante Deus, e quer vivamos quer morramos à Ele pertencemos, por isso, não nos julguemos, porque somente o Senhor é o único Juiz dos mortos e dos vivos. Aliás, na primeira Carta aos Coríntios ele já havia dito: [Irmãos], "não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece."
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Caríssimos, ao meditar o Evangelho de hoje e sentir-se como a ovelha resgatada pelo Senhor, é sentir o Seu amor e o quanto Ele cuida de nós que vivemos em meio às provações deste mundo tenebroso, em meio aos descalabros que o pecado gera nas almas desgarradas. Portanto, quando alguém se deixa encontrar e conduzir pelo Senhor, dá ao céu a alegria que havia perdido por ter se desgarrado do Seu rebanho.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

A FÉ QUE PRATICAMOS É PARA A SALVAÇÃO DE TODOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,12-14)(05/11/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, as nossas iniciativas e ações nascem da nossa união com Cristo, e é o Espírito Santo que coordena seus dons e talentos com os quais atuamos. Na primeira leitura de hoje, são Paulo nos ensina, que "embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro. Temos dons diferentes, de acordo com a graça dada a cada um de nós."
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Todavia, ele nos exorta como viver isso: "Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração.
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Socorrei às necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade. Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram. Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos." Ou seja, a fé que praticamos é para a salvação de todos.
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Conclusão: Caríssimos, conforme o ensinamento que Jesus nos dá Evangelho de hoje, no dia do juízo final ninguém poderá se queixar quanto ao ser chamado para participar do banquete eterno que Ele tem preparado para aqueles que o seguem. Ora, de uma coisa temos certeza, todos são chamados pessoalmente e ninguém escapa à isso(cf. Is 40,26). Porém, a pergunta que se faz é esta: quem está ouvindo; e, como está respondendo?
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

QUEM FAZ DOS BENS MATERIAIS UM FIM EM SI MESMO, SUCUMBE COM ELES...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,12-14)(04/11/19)
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Caríssimos, vivemos num mundo onde para muitos a vida está perdendo o sentido de ser, e isto está acontecendo porque os seres humanos perderam o sentido da sacraridade da vida, pondo os bens materiais acima de todas as coisas, e com isso, negam a Deus e todas as virtudes eternas que Ele nos deu para sermos felizes.
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Na primeira leitura de hoje meditamos que "os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis." Em outras palavras, isso quer dizer que Deus nos criou para vivermos amando-nos uns aos outros com todo empenho e determinação. Fora disso, tudo não passa do egoísmo que vemos proliferar nesse mundo por meio das intrigas e divisões.
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São Paulo, na Carta aos Efésios, nos mostra como vivemos nossa vocação: "Exorto-vos, pois, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. [Pois], Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos."
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Conclusão: Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos ensina que os bens transitórios são apenas meios e não fins em si mesmos; na verdade, eles servem para exercitarmos os bens eternos, ou seja, a solidariedade, a caridade fraterna, as obras de misericórdia, pelos quais construímos a unidade, a justiça e a paz que tanto almejamos. Portanto, quem faz dos bens materiais um fim em si mesmo, sucumbe com eles.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 3 de novembro de 2019

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS...


Solenidade de todos os Santos (Mt 5,1-12a)(03/11/19)
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Caríssimos, hoje a Igreja do Brasil celebra a solenidade de todos os santos. Todos nós que recebemos o batismo, fomos dotados do Espírito Santo com seus dons e frutos para sermos "santos como Deus é Santo". Bem como nos ensinou são Pedro na sua segunda carta: "A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44)."
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Na Carta aos Hebreus, assim meditamos sobre esse dom do Espírito Santo: "Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor." Normalmente pensamos que a santidade não está ao nosso alcance, devido a imensidão de pecados aqui praticados; mas, todos os santos e santas que foram proclados pela Igreja, viveram entre nós, padecendo as mesmas dores que padecemos, assim como Jesus as padeceu por nós para nos salvar.
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De fato, a santidade é a via da perfeição que nos leva ao nosso Pai do céu, que para isto nos enviou o Seu Filho, Jesus Cristo; quem segue seus passos jamais tropeça, porque tem consciência que Dele depende cem por cento, confiantes no que Ele nos ensinou: "Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia."
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Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos mostra as Bem-aventuranças como itinerário por onde seguimos os seus passos à caminho do Reino dos céus, pois nelas Ele nos revela a perfeita realização da vontade de Deus. Desse modo, compreendemos que a santidade é o dom sublime da perfeita união das nossas almas com Deus, nosso Pai, obtida por Jesus no seu sacrifício de cruz para expiação dos nossos pecados. Portanto, peçamos humildemente ao Senhor para servi-lo "em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 2 de novembro de 2019

A CERTEZA DA RESSURREIÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,37-40)(02/02/19)
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Caríssimos, hoje é um dia muito especial para fazermos memória de nossos entes queridos que nos precederam na vida eterna, pois estão vivos diante de Deus e não mortos como muitos pensam. É bem como meditamos no Livro da Sabedoria: "Ora, as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz!"
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De fato, quem ama nunca esquece aqueles que lhes amaram primeiro; e porque os têm gravados em suas lembranças, os recordam em seus afetos e suas orações, visitando seus túmulos, portando velas e flôres em sua homenagem, e participando da Santa Missa em sua intenção.
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Caríssimos, Deus nos deu a vida presente para termos a certeza de que ela é eterna, porque é uma expressão do Seu eterno amor; bem como nos ensinou São Paulo: "Pois, estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor."
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Destarte, cantemos com Ir. Miria Koling esta bela canção que nos faz crescer na fé e na certeza da ressurreição.
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A vida pra quem acredita não passageira ilusão, e a morte se torna bendita, porque é nossa libertação.
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Nós cremos na vida eterna e na feliz ressurreição; quando de volta à casa paterna, com o Pai os filhos se encontrarão.
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No céu não haverá tristeza, doença nem sobra de dor, e o prêmio da fé é a certeza de viver feliz com o Senhor.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

CUIDADO COM O PECADO DA INCOERÊNCIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,1-6)(01/11/19)
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Caríssimos, em se tratando da vivência da fé, não cabe nela a incoerência, pois essa é uma das piores cegueiras espirituais que existe; isto porque nega a fé mesmo dizendo que a professa. São João, na sua primeira carta, assim nos explica isso: "Aquele que diz conhecer o Senhor, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito."
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São Paulo, na primeira leitura de hoje, nos mostra que, por causa da incoerência, o seu povo afastou-se de Deus de tal maneira a ponto de matar os profetas e seu próprio Filho, Jesus Cristo, porque, ao invés de pôr em prática a sua Palavra, a negava por meio da incoerência.
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Ora, o Profeta Isaías já nos alertava sobre isso na sua profecia(cf. Is 1,12-31), dizendo que quem vive de aparências, esconde uma multidão de pecados em sua alma, por isso, precisa se converter ao Senhor para ter comunhão com Ele por uma prática que lhe agrada.
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No Evangelho de hoje Jesus chama a atenção dos Fariseus e dos Mestres da Lei sobre esse pecado da incoerência, pois, o objetivo da lei é a salvação das pessoas que a seguem e não a falsa interpretação que leva à condenação até mesmo de inocentes.
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Conclusão: Caríssimos, todos aqueles que deixam a misericórdia pela acusação e condenação dos seus irmãos, tarnam-se agentes do inimigo de nossas almas, falsos moralistas, fariseus hipócritas, por não reconhecerem que estamos no tempo da prova e da Divina Misericórdia. Portanto, os sinais e prodígios do Senhor em nossa vida, são pura demonstração de que Deus tudo pode e tudo realiza por sua infinita misericórdia.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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