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terça-feira, 30 de junho de 2020

POR QUE TENDES TANTO MEDO?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 8,23-27)(30/06/20)

Caríssimos, o dom de acreditar é traduzido pela confiança inabalável em Deus que tem todo poder sobre o céu e a terra, isto é, sobre toda a criação e todas as criaturas. De nossa parte temos um inimigo interior chamado medo que carregamos no mais íntimo de nós, e que precisamos combate-lo e vence-lo por meio da fé, pois, como disse o Senhor Jesus: "Tudo é possível ao que crê." (Mc 9,23b).
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De fato, para superarmos esse inimigo fiquemos certos de uma coisa, nada podemos por nós mesmos; ora, essa convicção nos ensina a dependermos cem por cento de Deus, como dependemos do ar que respiramos. O ar é invisível, está dentro e fora de nós e sem ele naturalmente não podemos sobreviver. De igual modo assim também acontece com a fé em Deus, pois, é Ele quem nos sustenta na vida, como nos ensinou São Paulo: "É em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28).
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No Evangelho de hoje depois de despedir as multidões Jesus segue com os discípulos numa barca rumo à outra margem do mar da Galiléia; enquanto dormia na proa, foram surpreendidos por uma terrível tempestade que os ameaçava com o naufrágio.
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Tomados de pavor acordaram o Senhor, e lhe disseram: "Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé? Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?"
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Portanto, caríssimos, esse Evangelho de hoje nos mostra que pelo fato de termos sidos chamados pelo Senhor Jesus para atravessarmos o mar revolto deste mundo; não fazemos essa travessia sozinhos, pois, a Santa Igreja é a barca de Pedro e o Senhor se faz presente nela, e mesmo que apareçam as mais terríveis tempestades, nada temos a temer, porque é Ele quem nos conduz ao porto seguro da vida eterna.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 28 de junho de 2020

VÓS SOIS A MINHA IGREJA...


Solenidade de São Pedro e São Paulo (Mt 16,13-19)(28/06/20)
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Caríssimos, por que será que depois que Jesus fundou a Igreja, apareceram tantos pretensos fundadores de pseudas igrejas e outros tantos continuam à funda-las? Exatamente por causa da desobediência à estas palavras de Jesus: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu.
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Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
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Posto aqui parte da Homilia que o santo Padre, o Papa Francisco, fez sobre esta solenidade: "Os Santos Pedro e Paulo, que festejamos hoje, são representados nos ícones às vezes a sustentar o edifício da Igreja. Isto recorda-nos as palavras do Evangelho hodierno, em que Jesus diz a Pedro: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16, 18).
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É a primeira vez que Jesus pronuncia a palavra “Igreja”, mas, mais do que no substantivo, gostaria de vos convidar a pensar no adjetivo, que é possessivo, “minha”: a minha Igreja. Jesus não fala da Igreja como de uma realidade externa, mas exprime o grande amor que nutre por ela: a minha Igreja. Está afeiçoado à Igreja, a nós.
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São Paulo escreve: «Cristo amou a Igreja e entregou-se por ela» (Ef 5, 25), ou seja, explica o Apóstolo, Jesus ama a Igreja como sua esposa. Para o Senhor, nós não somos um grupo de crentes nem uma organização religiosa, somos a sua esposa.
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Ele olha para a sua Igreja com ternura, ama-a com fidelidade absoluta, não obstante os nossos erros e traições. Como Cristo disse a Pedro naquele dia, hoje diz a todos nós: “Minha Igreja, vós sois a minha Igreja!”. E também nós o podemos repetir: minha Igreja."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria, OFMConv.

sábado, 27 de junho de 2020

A EFICÁCIA DA ORAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 8,5-17)(27/06/20)

Caríssimos irmãos e irmãs, esta liturgia de hoje trata da eficácia da oração, bem como das virtudes que deve acompanha-la. Com efeito, a oração é o dom do Espírito Santo que nos faz viver segundo a Vontade de Deus, porque rezar é amar a Ele sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Pois, ela é o canal pelo qual recebemos todas as graças para nós e para aqueles por quem intercedemos.
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No Evangelho de hoje um Centurião se aproxima de Jesus e faz a sua oração de intercessão por um dos seus servos que se encontra gravemente enfermo, assim rezou ele: “Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. E o Senhor prontamente se dispôs atendê-lo dizendo que iria à sua casa.
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No entanto, grande foi a humildade desse homem que a partir do próprio exemplo, disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu servo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.
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"Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado."
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Caríssimos, pelo que vimos acima, quando fazemos a nossa oração como encontro com o Senhor e aos seus pés depositamos, humildes e confiantes, as nossas necessidades, é nisto que consiste a eficácia da nossa prece. Portanto, as virtudes da humildade, da confiança inabalável e da reta intenção são os meios pelos quais recebemos do Senhor todas as graças que lhe pedimos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

EU QUERO, FICA LIMPO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 8,1-4)(26/06/20)

Caríssimos, nessa liturgia de hoje vemos a continuidade da missão salvadora de Jesus, e vemos também Ele cumprindo o motivo de sua vinda à este mundo, como havia dito: "Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos. Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores." (Lc 5,31-32).
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No Evangelho de hoje, depois de pronunciar o sermão da montanha, Jesus segue a sua missão no meio da multidão que não tinha voz nem vez na prática religiosa dos escribas e fariseus, pois, eram considerados pecadores públicos por falta de instrução ao estilo farisáico e por isso não gozavam da estima deles; na verdade eram despresados.
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No entanto, foi justamente neste campo da ação evangelisadora que Jesus preferiu exercer sua missão. Isto porque também Ele não foi aceito entre os notáveis da religião, por não se deixar dominar por eles que faziam da prática religiosa um meio de dominação e não de salvação dos fiéis.
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Com efeito, ainda no Evangelho de hoje Jesus curou um leproso que acreditou nele e lhe havia suplicado: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. (Lc 8,2-3). Ora, isso era impossível entre os escribas e fariseus, pois, os leprosos eram considerados a escória da sociedade, porque, segundo eles, a lepra era tão somente o resultado de seus muitos pecados.
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Portanto, caríssimos, escutemos atentamente o Senhor, e supliquemos como o leproso, a purificação de nossas almas pelo Sacramento da reconciliação e da Eucaristia para que desse modo permaneçamos em comunhão com Ele e assim evitarmos todo tipo de pecados.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

JESUS É A ROCHA DA NOSSA SALVAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 7,21-29)(25/06/20)
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Caríssimos, as palavras não são só palavras, na verdade, elas são o que somos, ou seja, o conteúdo de nossa vida que expressamos por meio dos sons que saem do nosso interior em ondas sonoras que se expandem tempo adentro rumo à eternidade. De fato, somos filhos da Verdade e somente a verdade pode sair de nossos lábios, pois, sem esse fundamento tudo ruma para o caos infinito, para o nada eterno.
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Com efeito, hoje ouvimos Jesus dizer: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus." (Mt 7,21). Então, como entender essas palavras do Senhor? De fato, ou o que falamos é o que praticamos como vontade de Deus, ou tudo não passa de um engano que só pode ser corrigido quando nos arrependemos, confessamos e somos perdoados.
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Caso contrário, não entraremos no Reino de Deus, porque neste caso nossas palavras nos puseram fora dele como nos ensinou o Senhor: "O homem de bem tira boas coisas de seu bom tesouro. O mau, porém, tira coisas más de seu mau tesouro. Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado."
(Mt 12,35-37).
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Portanto, caríssimos, escutemos atentamente as Palavras do Senhor para po-las em prática, pois, é isto o que Ele diz: "Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha."(Mt 7,24-25).
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Destarte, quando "pela fé, julgamos todas as coisas como Deus as vê, as julga e as avalia, participando da infalibilidade, da imutabilidade e da estabilidade divinas," é sinal de que a nossa casa está fundada sobre a Rocha da salvação eterna que é nosso Senhor Jesus Cristo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

SOLENIDADE DE NASCIMENTO DE SÃO JOÃO BATISTA...


Solenidade do Nascimento de São João Batista (Lc 1,57-66.80)(24/06/20)
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Caríssimos, pelo fato de sermos limitados tendemos a querer limitar tudo até mesmo as ações de Deus em nossa vida. Ora, isso também aconteceu quando o anjo do Senhor anunciou o nascimento de João Batista, pois, Zacarias e sua esposa Isabel eram avançados em idade e naturalmente impossibilitados de terem filhos.
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No entanto, para sanar as dúvidas de Zacarias, Deus lhe deu a mudez como sinal de que o nascimento desse filho era sua vontade, uma vez que ele seria o Precursor do Messias, o esperado de todas as nações; por isso, como disse o anjo, o menino se chamaria João, ou seja, dom gratuito de Deus para o seu povo, porque o Senhor lhe era favorável.
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O santo Padre, o Papa Francisco, comentando essa Solenidade, disse: "Todo o acontecimento do nascimento de João Batista está circundado por um jubiloso sentido de admiração, de surpresa e de gratidão. Admiração, surpresa, gratidão. As pessoas são tomadas por um santo temor de Deus «e por toda a região montanhosa da Judeia se comentavam esses fatos» (v. 65).

Irmãos e irmãs, o povo fiel intuiu que aconteceu algo grandioso, mesmo se humilde e escondido, e pergunta-se: «O que virá a ser este menino?» (v. 66). O povo fiel de Deus é capaz de viver a fé com alegria, com sentido de admiração, de surpresa e de gratidão. Olhemos para aquela gente que falava bem acerca deste evento maravilhoso, deste milagre do nascimento de João, e fazia-o com alegria, estava feliz, com sentido de admiração, surpresa e gratidão."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 23 de junho de 2020

A PORTA ESTREITA DA VIDA ETERNA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 7,6.12-14)(23/06/20)
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Caríssimos, o Evangelho de hoje é a continuidade do Sermão da Montanha, onde Jesus ensina seus discípulos e todos os homens de todos os tempos, o caminho da perfeita comunhão com Deus e com o próximo, ao revelar o verdadeiro entendimento do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
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Com efeito, de início Ele nos faz três exortações, na primeira, diz: “Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem." (Mt 7,6). Ou seja, não dar "as coisas santas" e "as pérolas", significa não administrar a Palavra, os Sacramentos e a fé, à quem não as aceita (cf. Jo 1,11).
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Segunda exortação: "Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas." (Mt 7,12). Ou seja, o fazer cristão é um serviço prestado em cumprimento à Lei e os profetas, com pura intenção; bem como nos ensinou São Paulo: "Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens." (Cl 3,23-24).
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E a terceira exortação, é: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”! (Mt 7,13-14).
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Ora, a porta é estreita, "No sentido que para se salvar é preciso amar a Deus e ao próximo, e isso não é fácil! É uma «porta estreita», porque é exigente, o amor é sempre exigente, requer compromisso, ou melhor, «esforço», isto é, a vontade firme e perseverante de viver segundo o Evangelho." (Papa Francisco).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

NÃO JULGUEIS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 7,1-5)(22/06/20)
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Caríssimos, pelo que ouvimos do Senhor Jesus neste Evangelho de hoje, nenhum de nós tem o direito de Julgar quem quer que seja, pois, se o fizermos já sabemos qual é o critério que será utilizado no dia em que formos julgados. Escutemos, então, o Senhor: “Não julgueis, e não sereis julgados. Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes." (Mt 7,1-2).
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Com efeito, creio que este é o pecado mais cometido em todas as camadas da sociedade humana, e não somente em nossos dias, mas, em todos os tempos. Todavia, o Senhor nos exorta para não comete-lo, pois, desse modo, se evita a própria condenação pela hipocrisia que se instala na alma que o comete.
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De certo, eis o diz o Senhor: "Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”. (Mt 7,3-5).
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Portanto, caríssimos, todo julgamento de valor é uma grande ofensa contra essas palavras de Jesus. De fato, toda pessoa que julga, ou o faz propositadamente cedendo à essa tentação; ou o faz por desconhecer as palavras do Senhor que diz para não julgar, ignorando que também será julgada com a mesma medida que julga.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 21 de junho de 2020

NÃO TENHAIS MEDO...


Homilia do XIIDom do tempo comum (Mt 10,26-33)(21/06/20)
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Caríssimos, a humanidade vive mergulhada num turbilhão de pecados e isso tem sido a causa de todos os males que nos assola. O Livro do Eclesiastes se referindo ao uso dos sentidos para pecar, diz: "A vista não se farta de ver, o ouvido nunca se sacia de ouvir." (Ecle 1,8b). E o Salmo 4, completa: "Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? Por que amais a ilusão e procurais a falsidade?"
(Sl 4,3).
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Com efeito, é em meio à essa pesada atmosfera de pecados que são Paulo anuncia na segunda leitura: "A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos."(Rm 5,15).
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No Evangelho de hoje Jesus ao enviar seus discípulos em missão os previniu contra o medo, mostrando que ele é um dos maiores inimigos da fé. Disse o Senhor: “Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!" (Mt 10,26-27).
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De fato, viver em meio à milhões de falsas notícias, de interesses mesquinhos e luta pelo poder sem se deixar contaminar por tais ideologias, só é possível se nos deixarmos conduzir pelas palavras de Jesus, seguindo-o fielmente até o fim.
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Portanto, caríssimos, escutemos o que são Paulo, nos diz: "Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida. (Fl 2,14-16a).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 20 de junho de 2020

MEMÓRIA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 2,41-51)(20/06/20)
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"Guarda teu coração acima de todas as outras coisas, porque dele brotam todas as fontes da vida." (Pr 4,23).
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Caríssimos, essas palavras do Livro de Provérbios nos ajuda a compreender e viver com profunda devoção a memória do Imaculado coração de Maria que a Igreja hoje celebra. Pois, como a nota de rodapé desse versículo diz: “O coração é, na Bíblia, considerado como sede da inteligência, dos desejos, dos pensamentos, da vontade, da consciência”. Ou seja, é "dele que brotam todas as fontes da vida" em especial o amor.
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Com efeito, o coração Imaculado da Virgem Mãe é a fonte geradora do Sacratíssimo Coração de Jesus; pois, naturalmente o primeiro órgão gerado da criança no seio materno é o coração e ele começa a bater exatamente no mesmo ritmo do coração de sua mãe. Assim foi com o Sagrado Coração de Jesus no seio de Maria Santíssima e continuará sendo por toda a eternidade.
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Destarte, recitemos devotamente este maravilhoso hino do ofício das leituras desta memória:
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Aquele a quem adoram
o céu, a terra, o mar,
o que governa o mundo,
na Virgem vem morar.
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A lua, o sol e os astros
o servem, sem cessar.
Mas ele vem no seio
da Virgem se ocultar.
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Feliz, ó Mãe, que abrigas
na arca do teu seio
o Autor de toda a vida,
que vive em nosso meio.
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Feliz chamou-te o Anjo,
o Espírito em ti gerou
dos povos o Esperado,
que o mundo transformou.
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Louvor a vós, Jesus,
nascido de Maria,
ao Pai e ao Espírito
agora e todo o dia.
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Sacratíssimo Coração Jesus, Imaculado coração de Maria, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 11,25-30)(19/06/20)
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Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus; ora, e como esta celebração é sumamente importante para toda a humanidade, uma vez que nos recorda o quanto somos amados por Deus Pai que enviou o Seu Filho para nos dar o aconchego do Seu Sacratíssimo Coração e assim aliviar o peso que os pecados deste mundo nos impõe.
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No Evangelho de hoje Jesus nos convida para irmos à Ele e com Ele permanecermos, e isso quer dizer que essa nossa permanência Nele não somente nos alivia, mas, também nos liberta de todas as dificuldades espirituais, psíquicas, físicas e morais que sentimos em meia à esta guerra espiritual que travamos todos os dias contra as tentações e insídias do maligno.
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Escutemos atentamente o Senhor: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt 11,28-30).
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Conclusão: Caríssimos, em meio à esse mundo corrompido e dividido somente a comunhão com o Senhor Jesus nos faz vencer toda maldade aqui instalada; mas, para isto precisamos atender ao Seu convite: "Vinde à mim." Mas, como fazemos isso? Pela oração; pela participação nos Sacramentos da confissão e da Eucaristia e pela perfeita obediência à Sua Divina Palavra.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

ORAÇÃO DO PAI NOSSO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 6,7-15)(18/06/20)
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Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos ensina a rezar a oração do "Pai nosso" que Tertuliano (filósofo e apologeta cristão Sec. II) a definia como a "síntese do Evangelho", pois, nela está contido o amor incondicional que perdoa sempre, e que supera todas as nossas necessidades espirituais e temporais, tornando-se assim uma fonte permanente de paz e de comunhão com Deus e entre nós.
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Com efeito, logo de início o Senhor nos ensina como devemos orar, diz Ele: “Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais." (Mt 6,7-8).
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E continua: "Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal." (Mt 6,7-13).
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Ora, meditando essa oração vemos que nela há um profundo grau de intimidade com Deus, pois, Jesus no-lo apresenta como Pai que nos ama; nos dá atenção, acolhe o nosso elogio, supre as nossas necessidades, pois as conhece, nos livra do mal e nos corrige para sermos misericordiosos como Ele é misericordioso.
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Portanto, caríssimos, para vivermos bem essa oração, precisamos, de fato, assumir que somos filhos de Deus e que todos somos irmãos, por isso, entre nós, jamais deve haver divergência, mas somente convergência; e diante de qualquer querela, usemos o perdão para voltarmos à concórdia e a paz.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

A FÉ VERDADEIRA REVELA SEMPRE A PRESENÇA DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 6,1-6.16-18)(17/06/20)
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Caríssimos, a vida humana na sua naturalidade é uma via em direção à morte e ninguém deixa de passar por esse desfecho natural. Todavia, em se tratando da fé, tudo muda radicalmento como aconteceu com o Profeta Elias na primeira leitura de hoje. Elias vivia com Deus e para Deus e foi arrebatado por Ele ao céu. Ora, isso se tornou real por causa de sua fidelidade a Deus e à obra da salvação do povo eleito.
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De fato, nenhum ser humano na face da terra pode negar a existência da eternidade, porque já a traz estampada em sua alma, criada à imagem e semelhança de Deus. De tal forma que se negar cai num vazio existencial infinito, ou seja, nem assim se livra da eternidade que procura negar.
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No Evangelho de hoje Jesus nos liberta do viver de aparências, da hipocrisia e da incoerência, nos ensinando que a fé como um dom do Espírito Santo, deve ser vivida por atitudes interiores que revelam unicamente a presença de Deus nas nossas ações, ou seja, no nosso modo viver as práticas da fé neste mundo.
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Portanto, caríssimos, assim como dependemos naturalmente cem por cento do ar que respiramos, de igual modo na vivência da fé também dependamos do nosso Pai celestial. Pois, foi exatamente isso o que o Senhor Jesus nos ensinou neste Evangelho: fazer tudo por amor ao Pai que está oculto para que a nossa recompensa venha Dele e não dos homens. (cf. Mt 6,1-6.16-18).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 16 de junho de 2020

QUEM AMA PERDOA SEMPRE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,43-48)(16/06/20)

Caríssimos, o pecado mais fácil de se cometer contra os que agem perversamente, é julga-los com a própria justica; ora, mas quando isso ocorre, quem julga perde a paz interior e passa à cultivar uma raiva incontida que se transforma em ódio e violência. E, com isso, sofre a tentação de julgar negativamente a tudo e a todos do mesmo modo.
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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina um antídoto contra tal comportamento, diz Ele: "Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt 5,44. 48).
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De fato, assim o Senhor nos ensina que o amor é o ato mais sublime da fé, porque quem ama perdoa sempre e por isso nunca perde a paz interior, ainda que sofra as mais terríveis injustiças e perseguições. Ora, de uma coisa fiquemos certos, Deus ama os justos e sempre os defenderá mesmo se forem perseguidos e torturados injustamente.
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Com efeito, todos nós que aqui vivemos, sabemos que estamos à caminho da eternidade e a qualquer momento cruzaremos a sua fronteira. Por isso, precisamos perguntar ao Senhor que julgará os vivos e os mortos: Ó Senhor como será o meu julgamento? Por isso te suplico, ajude-me a viver em justiça e santidade, para que confiando na tua infinita misericórdia, não tema o dia do juízo final.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

A JUSTIÇA É UMA AÇÃO REPARADORA, É ELA QUE REVELA A VERDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,38-42)(15/06/20)
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A justiça é uma ação reparadora, é ela que manifesta a verdade
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Caríssimos, a liturgia deste dia trata da justiça como meio de reparação, e em nenhum momento pode ser confundida com a vingança. Pois, enquanto a justiça repara os danos causados; a vingança, pelo contrário, distila ódio, violência e morte. Por isso, a vingança é inconcebível, seja na vivência da fé ou não.
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No Evangelho de hoje ouvimos Jesus dizer: "Tendes ouvido o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra. Se alguém te citar em justiça para tirar-te a túnica, cede-lhe também a capa. Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil." (Mt 5,38-41).
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Comentado esse Evangelho assim se expressou o Santo Padre, o Papa Francisco: "Jesus não pede aos seus discípulos que suportem o mal, aliás, pede que reajam, e não com outro mal, mas com o bem. Só assim se interrompe a corrente do mal: um mal leva a outro mal, outro mal leva a mais outro... Interrompe-se esta corrente de mal, e as coisas mudam deveras.
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Com efeito o mal é um “vazio”, um vazio de bem, e um vazio não se pode encher com outro vazio, mas só com um “cheio”, ou seja, com o bem. A represália nunca leva à resolução dos conflitos. “Tu tramaste contra mim, vais pagar”: isso nunca resolve um conflito, nem sequer é cristão.
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Para Jesus, a rejeição da violência pode exigir também a renúncia a um direito legítimo; Mas esta renúncia não significa dizer que as exigências da justiça são ignoradas ou contraditas; não, ao contrário, o amor cristão, que se manifesta de modo especial na misericórdia, representa uma realização superior da justiça."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 14 de junho de 2020

CHAMADO E ENVIO...


Homilia do XI Dom. Do tempo (Mt 9,36-10,8)(14/06/20)
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Caríssimos, é belo notar neste Evangelho de hoje como o Senhor Jesus age para com seus discípulos e conosco quando trata da escolha e do envio para obra da Evangelização e da salvação da humanidade. Com efeito, Ele nos prepara com os dons e o poder necessários para cumprirmos a missão que nos confia.
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O Santo Padre, o Papa Francisco, no Angelus do dia 21 de abril de 2013, fez o seguinte comentário a respeito deste Evangelho: "Jesus quer estabelecer com os seus amigos uma relação que seja o reflexo da relação que Ele mesmo tem com o Pai: uma relação de pertença recíproca na confiança plena e na comunhão íntima. Para manifestar este entendimento profundo, esta relação de amizade, Jesus utiliza a imagem do pastor com as suas ovelhas: Ele chama-as e elas reconhecem a sua voz, respondem ao seu apelo e seguem-no.
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Esta parábola é muito bonita! O mistério da voz é sugestivo: pensemos que desde o ventre da nossa mãe nós aprendemos a reconhecer a sua voz e a voz do nosso pai; do tom de uma voz sentimos o amor ou o desprezo, o carinho ou a insensibilidade. A voz de Jesus é única! Se aprendemos a distingui-la, Ele guia-nos pelo caminho da vida, uma senda que ultrapassa até o abismo da morte.
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Invoquemos a intercessão de Maria, que é a Mulher do «sim». Maria disse «sim» durante toda a sua vida! Ela aprendeu a reconhecer a voz de Jesus, desde quando o trazia no ventre. Maria, nossa Mãe, nos ajude a reconhecer cada vez melhor a voz de Jesus e a segui-la, para caminhar pela vereda da vida. (Papa Francisco, trechos do Angelus, 21 de abril de 2013).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 13 de junho de 2020

A LEI DA PERFEITA LIBERDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,33-37)(13/06/20)

Amados irmãos e irmãs, a lei da perfeita liberdade consiste em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. E essa lei tem seu fundamento unicamente em Cristo, o Filho de Deus vivo. De fato, todos os homens foram criados por Deus para serem portadores desse amor, dom do Espírito Santo, para serem conduzidos por Ele à santidade.
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Com efeito, a nossa vida é uma sublime vocação, isto é, um chamado de Deus para sermos santos como Ele é Santo. Por isso, precisamos entender que não somos simples seres carnais; na verdade, somos imagem e semelhança de Deus, e não podemos negar essa verdade permitindo que o mal entre em nossa vida por meio do pecado.
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No Evangelho de hoje Jesus continua o aperfeiçoamento da Lei, mostrando-nos que o amor e a verdade nos isenta dos juramentos indevidos, ao dizer: "Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés... Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”. (Mt 5,34-35a.37).
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Caríssimos, não sabemos por nós mesmos quanto tempo ainda temos neste mundo, todavia, de uma coisa fiquemos certos, quem dá tempo a Deus tem a vida eterna; quem tira o tempo de Deus de sua vida nada tem além do que cultiva fora da comunhão com Ele.
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Portanto, dediquemos toda a nossa vida e o nosso tempo; o que somos e o que temos ao Senhor Jesus, porque somente assim permaneceremos fiéis a Ele até o fim. É bem como afirmou Josué em seu testemunho: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor." (Jos 24,15b).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

SOLENIDADE DO SS CORPO E SANGUE DE CRISTO...


Solenidade do SS Corpo e Sangue de Cristo(Jo 6,51-58)(11/06/20)

Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo, que sempre acontece na primeira quinta-feira depois da Solenidade da SS Trindade. Ora, na última Ceia, antes da sua paixão e morte, Jesus instituiu este Sacramento como memorial permanente da sua presença no meio de nós e em nós.
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Com efeito, os seres humanos creem em tantas coisas que em nada contribuem para o bem e para salvação; e no entanto, se esquece da presença real de Jesus no Sacramento da Eucaristia, e fazem isso por ignorar a Sua Palavra a respeito desse Sacramento: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente."(Jo 6,51).
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Com efeito, o Senhor é tão simples e direto que nos impreciona: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim."
(Jo 6,54.56-57).
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De certo, quando vivemos essa dimensão de comunhão com o Senhor tudo o que fazemos revela realmente a Sua presença em nós formando a unidade perfeita do Seu Corpo, a Igreja; pois, como escreveu são Paulo: "O cálice da bênção, o cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão."(1Cor 10,16-17).
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Portanto, caríssimos, a vida em estado de graça consiste em receber Jesus na Eucaristia e Nele permanecer praticando a Sua Palavra e realizando as suas obras, foi isso que nos ensinou: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele." (Jo 6,56).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

O AMOR É A PLENITUDE DA LEI...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,17-19)(10/06/20).
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Caríssimos, o que seria de nossa vida sem a comunhão recíproca dos bens eternos que nos vem do Senhor? Ora, é de sua presença em nossas almas que brota o amor à Ele sem medidas e o amor ao próximo como a nós mesmos. O amor é a essência da vida, quem ama se sente bem sempre, ainda que passe pelas diversas tribulações presentes neste mundo.
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São Paulo se referindo às normas da lei, escreveu: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco; porque aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei. A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei." (Rm 13,8.10).
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Com efeito, meditando o Evangelho deste dia, ouvimos o Senhor Jesus, dizer: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento." (Mt 5,17). De fato, aqui não se trata da legalização do comportamento humano, mas sim da submissão amorosa que nos leva à perfeição do amor.
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Refletindo sobre este Evangelho, disse, o Papa Francisco: "A fim de obter comportamentos bons e honestos não são suficientes as normas jurídicas, mas são necessárias motivações profundas, expressão de uma sabedoria escondida, a Sabedoria de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo. E nós, através da fé em Cristo, podemos abrir-nos à ação do Espírito, que nos torna capazes de viver o amor divino." (Papa Francisco, Angelus, 13/03/16).
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Portanto, caríssimos, a vida eterna que nos foi concedida no batismo tem como único fundamento o amor com que amamos e somos amados; qualquer outra expressão fora do amor se torna rigidez legalista, extremismo impiedoso, que nada mais gera do que intransigência e ódio. E foi exatamente por isso que mataram Jesus, porque o acusavam de transgredir a Lei.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 9 de junho de 2020

VÓS SOIS O SAL DA TERRA, VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mt 5, 13-16)(09/06/20)
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Caríssimos irmãos e irmãs, o nosso relacionamento com Deus nasce da fé; pois, é por ela e pela oração que o encontramos no mais íntimo de nossas almas; no entanto, para permacermos na Sua presença realizando a Sua Santa Vontade, se faz necessário a coerência, iste é, a fidelidade aos seus preceitos.
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Na primeira leitura de hoje, o Profeta Elias manteve-se fiel ao Senhor e por isso, seguia a sua jornada conduzido por suas inspirações e tudo que falava se cumpria, porque já não eram suas as palavras que falava, mas a própria vontade do Senhor que estava nelas de tal modo que se realizava à medida que as pronunciava.
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Com efeito, no Santo Evangelho de hoje nós ouvimos Jesus revelando qual é a missão dos seus discípulos, ser aqueles que refletem a sua luz e temperam com o seu sal, ou seja, eles são aqueles que com sua caridade e suas boas obras iluminam as trevas deste mundo e dão sabor à vida que está sendo destruída pela podridão do pecado.
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Todavia, "Para desempenhar esta missão, é preciso que nós mesmos sejamos os primeiros a libertar-nos da degeneração destruidora das influências mundanas, contrárias a Cristo e ao Evangelho; e esta purificação nunca termina, deve ser feita continuamente, todos os dias.
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Nos sirva sempre de ajuda a proteção de Maria Santíssima, primeira discípula de Jesus e modelo dos crentes que vivem todos os dias na história a sua vocação e missão. A nossa Mãe nos ajude a deixar-nos sempre purificar e iluminar pelo Senhor, para nos tornarmos, por nossa vez, “sal da terra” e “luz do mundo”. (Papa Francisco).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 8 de junho de 2020


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,1-12)(08/06/20)
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Caríssimos, as bem-aventuranças são caminhos de perfeição que nos fazem chegar ao Reino dos céus conduzidos pelo Espírito Santo; elas brotam do Sagrado Coração de Jesus e chegam até nós, não apenas como desejo, mas, com a graça para pratica-las, pois nelas já está o poder que nos leva cumpri-las, basta dispor-nos para isto.
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Com efeito, nas bem-aventuranças existe uma lógica espiritual que nos leva a compreender que a nossa presente condição não é algo definitivo, mas, apenas meio para chegarmos à plena consolação que o Senhor prepara para aqueles que o amam em meio às provações e dificuldades que sofrem.
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Desse modo, como vimos nas palavras de Jesus, as bem-aventuranças não são para um futuro distante, mas à medida que as vivenciamos já somos compensados por Deus que nos conhece e nos visita sensivelmente para não sucumbirmos nos desafios de fé pelos quais passamos.
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É bem como meditamos na Carta aos Hebreus: "Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? É verdade que toda correção parece, de momento, antes motivo de pesar que de alegria. Mais tarde, porém, granjeia aos que por ela se exercitaram o melhor fruto de justiça e de paz." (Hb 12,7.11).
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Portanto, caríssimos, felizes de nós se vivermos as bem-aventuranças como meios de santificação de nossas almas, pois elas são sinais nítidos de que estamos nos deixando conduzir pelo Espírito Santo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 7 de junho de 2020

SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE


SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE (Jo 3,16-18)(07/06/20)

Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Solenidade da Santíssimo Trindade, ou seja, celebra o Amor Infinito de Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo; Deus Uno na Trindade e Trino na Unidade. Pois, foi nessa Perfeita Comunhão de amor que Deus nos criou à sua imagem e semelhança por Seu Filho na graça do Espírito Santo.
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E quando nos desligamos Dele pelo pecado; veio em nosso socorro por Sua Infinita Misericórdia, nos enviando o Seu amado Filho, para morrer conosco e por nós, e nos fazer ressuscitar com Ele para a vida eterna, porque esse é o único desígnio de Deus, Uno e Trino, pois não teria nenhum sentido toda essa obra maravilhosa da criação ser destruída ou se acabar com a morte.
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Por isso, não podemos pensar em Deus sem amá-lo, sem tê-lo em nossas almas, pois, é exatamente isso que nos revela os Atos dos Apóstolos: "Porque é em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28). De fato, isso se constitue o grande mistério da vida e de nosso ser e estar neste mundo.
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Aliás, contemplando a criação, vemos que cada criatura carrega em si um mistério que só será desvendado na eternidade; pois, somente nela tudo será conhecido totalmente e amado por todos, uma vez que tal conhecimento só é possível pela ação da Sabedoria do Espírito Santo, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou. (cf. 1Cor 2,12).
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Portanto, caríssimos, como vimos no Evangelho de hoje, é a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Verdade Eterna, que nos leva a gozar todas essas graças e por elas vencermos o mal presente neste mundo por causa do dos pecados aqui praticados.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 6 de junho de 2020

VAIDADE X HUMILDADE


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,38-44)(06/06/20)

Caríssimos, sempre que fazemos algo, estão envolvidos em nosso fazer, a intenção e o desejo de obtermos o resultado previsto, ou então o que lhe for devido. E em se tratando da vivência da fé, a máxima é a mesma; no entanto, requer autenticidade, coerência na prática da Palavra de Deus para verdadeiramente obtermos as graças desejadas.
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O fato é que, muitas vezes, damos tanto tempo ao que não se refere à fé e à comunhão com Deus e com o próximo que facilmente caímos na tentação de não levarmos a sério o credo que professamos. Por isso, muito cuidado, nunca se acostume com as coisas de Deus, pois elas são sempre novas, desse modo, evita-se cair no pecado da hipocrisia, ou seja, o viver de aparências.
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Na primeira leitura de hoje, são Paulo exorta seu discípulo Timóteo, com a seguinte profecia: "Proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina. Pois vai chegar o tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, com o prurido da curiosidade nos ouvidos, se rodearão de mestres ao sabor de seus próprios caprichos. E assim, deixando de ouvir a verdade, se desviarão para as fábulas."
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Caríssimos, no Evangelho de hoje, Jesus nos mostra o contraste entre a vaidade e a humildade; a confiança que nasce do supérfluo; e a que nasce da entrega total à Providência Divina. E esses contrastes são representados por duas figuras opostas: o escriba e a viúva.
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O escriba representa as pessoas importantes, ricas, influentes; e a viúva representa os últimos, os pobres, os fracos. Mas, atenção, pois, o juízo do Senhor não generaliza, no entanto, nos mostra claramente o contraste entre a autossuficiência e o estado de graça que nasce da dependência divina.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

NINGUÉM PODERÁ NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,35-37)(05/06/20)
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Caríssimos, num mundo conturbado como o nosso somente o Senhor Jesus pode nos dar a paz interior e a alegria de viver, mas isso, à medida que nos unimos a Ele em oração e penitência para resistirmos as tentações que tiram a paz quando cedemos à elas.
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São Paulo na primeira leitura de hoje, instruindo seu discípulo Timóteo, escreveu: "Aliás, todos os que quiserem levar uma vida fervorosa em Cristo Jesus serão perseguidos." E nos Atos dos Apóstolos, Lucas escreveu: "Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações." (At 14,22).
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De fato, não é fácil quando passamos por situações, por exemplo, como essa pandemia, todavia, tais situações se tornam meios de nos achegarmos ainda mais ao Senhor, porque desse modo não nos sentimos sozinhos, mas amparados por suas divinas graças.
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Aliás, são Tiago, assim nos orienta quando somos atribulados: "Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma." (Tig 1,2-4).
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Portanto, caríssimos, todos nós que vivemos em meio à este vale de lágrimas alternamos momentos de alegrias e tribulações, como o próprio Jesus, tal como meditamos na Carta aos Hebreus: "Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus. Em vez de gozo que se lhe oferecera, ele suportou a cruz e está sentado à direita do trono de Deus.
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Considerai, pois, atentamente aquele que sofreu tantas contrariedades dos pecadores, e não vos deixeis abater pelo desânimo." (Hb 12,1b-3). Destarte, fiquemos certos de uma coisa, nada e ninguém nos poderá separar do amor de Deus. (cf. Rm 8,34-37).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,28b-34)(04/06/20)

Caríssimos, continuo divulgando as catequeses do Santo Padre, o Papa Francisco, pois, são uma profunda e verdadeira formação humana e espiritual que nos ajuda em muito a crescer na fé, no conhecimento e na comunhão permanente com o Senhor Jesus.
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"No centro do Evangelho (cf. Mc 12, 28b-34), está o mandamento do amor: amor a Deus e amor ao próximo. Um escriba pergunta a Jesus: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» (v. 28). Ele responde, citando aquela profissão de fé com a qual cada israelita inicia e conclui o seu dia, e que começa com as palavras: «Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor» (Dt 6, 4).
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Deste modo, Israel conserva a sua fé na realidade fundamental de todo o seu credo: existe um único Senhor, e aquele Senhor é “nosso”, no sentido que se uniu a nós com um pacto indissolúvel, nos amou, nos ama e nos amará para sempre. É desta nascente, deste amor de Deus, que deriva para nós o duplo mandamento: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu espírito e com todas as tuas forças [...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo» (vv. 30-31).
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Escolhendo estas duas Palavras, dirigidas por Deus ao seu povo, e unindo-as, Jesus ensinou de uma vez para sempre que o amor a Deus e o amor ao próximo são inseparáveis, aliás, mais ainda, que se sustentam um ao outro. Não obstante sejam postos em sequência, eles são os dois lados de uma única medalha: vividos juntos, são a verdadeira força do crente!
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Amar a Deus significa viver d’Ele e para Ele, por aquilo que Ele é pelo que Ele faz. E o nosso Deus é doação incondicional, é perdão ilimitado, é relação que promove e faz crescer. Por isso, amar a Deus quer dizer investir todos os dias as próprias energias para ser seus colaboradores, servindo de modo incondicional o nosso próximo, procurando perdoar de forma ilimitada e cultivando relações de comunhão e de fraternidade.
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Deus, que é amor, criou-nos por amor e para que possamos amar os outros, permanecendo unidos a Ele. Seria ilusório pretender amar o próximo, sem amar a Deus; e seria igualmente ilusório pretender amar a Deus, sem amar o próximo. As duas dimensões do amor, a Deus e ao próximo, na sua unidade, caraterizam o discípulo de Cristo. A Virgem Maria nos ajude a acolher e testemunhar este ensinamento luminoso na vida de todos os dias." (Papa Francisco, trechos do Angelus, 4 de novembro de 2018).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,18-27)(03/06/20).
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Caríssimos, no pequeno sermão de hoje reproduzo a bela reflexão que o Santo Padre, o Papa Francisco, fez a respeito do embate entre os Saduceus e Jesus, presente nesta liturgia, diz o Santo Padre:
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"O Evangelho apresenta-nos Jesus que se confronta com alguns saduceus, os quais não acreditavam na ressurreição e concebiam a relação com Deus só na dimensão da vida terrena. Jesus pretende explicar que neste mundo vivemos de realidades provisórias, que acabam; ao contrário, no além, depois da ressurreição, já não teremos a morte como horizonte e viveremos tudo, também os vínculos humanos, na dimensão de Deus, de modo transfigurado. Inclusive o matrimónio, sinal e instrumento do amor de Deus neste mundo, resplandecerá transformado em plena luz na comunhão gloriosa dos santos no Paraíso.

Os «filhos do céu e da ressurreição» não são poucos privilegiados, mas são todos os homens e todas as mulheres, porque a salvação que Jesus trouxe é para cada um de nós. E a vida dos ressuscitados será semelhante à dos anjos, ou seja, toda imersa na luz de Deus, toda dedicada ao seu louvor, numa eternidade cheia de júbilo e de paz.
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Mas atenção! A ressurreição não é só o fato de ressuscitar depois da morte, mas é um novo gênero de vida que já experimentamos no hoje; é a vitória sobre o nada que já podemos antegozar. A ressurreição é o fundamento da fé e da esperança cristã! Se não houvesse a referência ao Paraíso e à vida eterna, o cristianismo reduzir-se-ia a uma ética, a uma filosofia de vida.
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Ao contrário, a mensagem da fé cristã vem do céu, é revelada por Deus e vai além deste mundo. Acreditar na ressurreição é essencial, para que cada um dos nossos atos de amor cristão não seja efêmero nem um fim em si mesmo, mas se torne uma semente destinada a desabrochar no jardim de Deus, e produzir frutos de vida eterna (Papa Francisco, trechos do Angelus, 6 de novembro de 2016).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 2 de junho de 2020

DAÍ A DEUS O QUE É DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,13-17)(02/06/20)
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Caríssimos, "O Evangelho de hoje apresenta-nos um novo encontro direto entre Jesus e os seus opositores. O tema enfrentado é o do tributo a César: uma questão “espinhosa”, a respeito da legalidade ou não de pagar o imposto ao imperador de Roma, a quem estava submetida a Palestina na época de Jesus. As posições eram diversas. Portanto, a pergunta que lhe foi dirigida pelos fariseus: «É permitido ou não pagar o imposto a César?» constitui uma cilada para o Mestre.

Com efeito, de acordo com a resposta que tivesse dado, seria acusado de ser a favor ou contra Roma. Mas também neste caso, Jesus responde com calma e aproveita a pergunta maliciosa para dar um ensinamento importante, elevando-se acima da polémica e das posições opostas. Diz aos fariseus: «Mostrai-me a moeda do tributo». Eles mostram-lhe um denário e Jesus, observando a moeda, pergunta: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Os fariseus respondem: «De César». Então Jesus conclui: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».

Ora, ao dizer essa frase, "Jesus declara que pagar o imposto não é um gesto de idolatria, mas um ato devido à autoridade terrena; por outro — e é aqui que Jesus dá o “golpe de asa” — evocando o primado de Deus, pede que se lhe dê aquilo que lhe pertence como Senhor da vida do homem e da história." (Papa Francisco).
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Portanto, caríssimos, nesse episódio que meditamos, vimos como se manifesta o pecado da hipocrisia, que consiste na negação consciente da verdade em vista dos perversos propósitos cultivados. De fato, todo hipócrita conhece a verdade, mas a nega por um nada; porque mesmo tendo consciência de sua hipocrisia, continua nela e ainda tenta envolver à outros com suas artimanhas.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

MARIA, MÃE DA IGREJA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 19,25-34)(01/06/20)
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"Considerando as estreitas relações de Maria com a Igreja, para a glória da Santa Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis como dos Pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima; e queremos que, com este título suavíssimo, a Mãe de Deus seja doravante ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão." (São Paulo VI).

Caríssimos, com essas palavras São Paulo VI, começou o discurso de encerramento do Concílio Vaticano II, que culminou com a memória que hoje celebramos, proclamada pelo Papa Francisco: "Maria, Mãe da Igreja."
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Recordemos, então, um episódio bíblico muito significativo para a proclamação dessa memória: "Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa." (Jo 19,26-27).
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Com efeito, todas as palavras e ações de Jesus têm um sentido universal porque dizem respeito à nossa salvação. Por isso, nesse episódio em particular, o Senhor nos ensina que como João, nós fazemos parte de sua família divina, pois, Ele foi enviado pelo Pai para nos divinizar começado por sua mãe à quem deu a missão de ser a mãe de todos os filhos e filhas de Deus nascidos da água e do Espírito Santo no seio da Santa Igreja.
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Caríssimos, existe uma belíssima canção muito conhecida que proclama este grande mistério que Jesus nos revelou aos pés da cruz:
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Se um dia um anjo declarou
Que tu eras cheia de Deus
Agora penso: Quem sou eu
Para não te dizer também
Cheia de graça, ó Mãe
Agraciada
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"Se a palavra ensinou
Que todos hão de concordar
E as gerações te proclamar
Agora eu também direi
Tu és bendita, ó Mãe
Bem-aventurada
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Surgiu um grande sinal no céu
Uma mulher revestida de sol
A lua debaixo de seus pés
E na cabeça uma coroa
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Não há com que se comparar
Perfeito é quem te criou
Se o Criador te coroou
Te coroamos, ó Mãe
Nossa Rainha". (Walmir Alencar).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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