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sexta-feira, 27 de julho de 2007

Uma Igreja animada pelos leigos

Jaime Carlos Patias, imc
Mestre em Comunicação e diretor da revista Missões. Co-autor do livro Comunicação e Sociedade do Espetáculo. Paulus 2006

Adital -
"Vimos que não dá para ser discípulo sem ser missionário."

Com a finalidade de acompanhar a V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida, de 13 a 31 de maio, a Conferência dos Religiosos do Brasil - CRB, Regional São Paulo, organizou a Tenda da Vida Consagrada no subsolo do Santuário de Aparecida, próxima à sala da V Conferência. Orações, Leitura Orante da Bíblia, reflexões e partilha dos carismas fizeram parte da programação. No dia 24 de maio, dom Antônio Possamai, SDB, bispo de Ji-Paraná, cidade a 270 quilômetros de Porto Velho, Rondônia, visitou a Tenda e concedeu uma entrevista à revista Missões. Natural de Ascurra, Santa Catarina, depois de 24 anos à frente da diocese, atuando na defesa dos sem-terra, dos direitos humanos, dos índios e do meio ambiente, dom Antônio, 78, por motivo de idade, no dia 24 de junho entregou o comando da diocese a dom Bruno Pedron, transferido de Jardim, Mato Grosso do Sul.

Dom Antônio, o senhor participou como delegado na Conferência de Santo Domingo (1992) e este ano em Aparecida. Que comparações poderia fazer?

A preparação, em ambas, foi levada muito a sério, mas esta de Aparecida teve maior participação. Em Santo Domingo, não houve tanto envolvimento das bases como agora. Desta vez, estabeleceu-se um clima de oração com subsídios para a formação, e grupos de reflexão para a liturgia e pregações dominicais. Antes de Aparecida, a gente se reuniu em Brasília e a 45ª Assembléia da CNBB em Itaici, (de 1 a 9 de maio de 2007) desenvolveu-se em torno do tema da V Conferência. Posso dizer que Santo Domingo foi uma Conferência muito tensa. Sentíamos muita pressão de certos grupos e de alguns representantes da Cúria romana. Com a Presidência do secretariado da Conferência, não havia muito campo de diálogo e certos assuntos não progrediam. No final, saiu um Documento que não caiu no gosto do povo. Tanto é que hoje, citamos muito mais Medellín (1968) e Puebla (1979) do que Santo Domingo. Isso porque a Conferência não aceitou o método tradicional de trabalhar na América Latina, uma herança da Ação Católica: "ver, julgar e agir". O conteúdo foi bom, mas nós não estávamos acostumados a trabalhar sem esse método. Em Aparecida o retomamos e fomos construindo o Documento em comissões, leituras individuais, contribuições e correções em várias redações. A grande marca dessa Conferência foi o tema central "Discípulos e missionários". A palavra discípulo foi estudada em profundidade. Vimos que não dá para ser discípulo sem ser missionário.

Leia na íntegra em: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=28730

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