NA COMUNHÃO DO SENHOR
“Isto é o meu corpo que será entregue por vós”.
Meu Deus! Somos frutos do teu amor e muitas vezes não entendemos o porque de tão grande predileção do Senhor por nós e colocamos tudo a perder com a nossa desobediência e escolhas erradas. Somos templos do Espírito Santo, lugares sagrados onde o Senhor habita, sacrários vivos de Deus e mesmo assim, na ignorância, abandonamos todo esse mistério de amor para vivermos no pecado e na morte.
Senhor, será que somos tão insensíveis a ponto de nos deixarmos escravizar por nossa maneira de pensar e de agir? Será que ainda não entendemos o porque de tua vinda? Deus veio ao mundo criado, tomou nossa carne, uniu-se a nós pela graça do Espírito Santo por meio de Maria e quis ser pão do céu na terra para permanecer para sempre conosco e em nós, para assim nos conduzir à sua glória. “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim eu nele”. (Jo 6,35. 56).
Então, o que é comungar o Corpo e o Sangue de Cristo, senão permanecer nele, viver nele e dele? Será que dá comungar com o pecado e com o Corpo do Senhor? Não pode existir associação entre a luz e as trevas, ou somos luz ou somos trevas. Ninguém pode servir a dois senhores. A comunhão eucarística é mais do que entendemos ou pensamos a respeito deste sacramento; comungar é ser aquilo que se comunga, não é apenas alimento de salvação, é a própria salvação; é doação mútua, é união perfeita de quem tem sede e fome de eternidade, de santidade, de justiça e de paz. É por isso que São Paulo escreve: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é esse o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”. (Rom 12,1-2).
E ainda: “Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: ´Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim`. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: ´Este cálice é a nova aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim`. Assim, todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpável do Corpo e do Sangue do Senhor. Que cada um se exânime a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Aquele que o come e bebe sem distinguir o Corpo e o Sangue do Senhor, come e bebe a sua própria condenação”.
“Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos. Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, sendo julgados pelo Senhor, ele nos castiga para não sermos condenados com o mundo”. (1Co 11,23-30).
Comungar-te Senhor, te faz presente em nós aqui na terra, nos faz transparência da eternidade no mundo e glória do teu povo a caminho do teu reino!
Paz e Bem!
Frei Fernando, OFMConv.
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