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quinta-feira, 24 de maio de 2012

CRÔNICAS DE MINHA ALMA: QUEM É O ESPÍRITO SANTO?



CRÔNICAS DE MINHA ALMA: QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

Nome próprio, Espírito Santo, Deus com o Pai e o Filho; Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é Adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas. Aprendemos também no Catecismo que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, formando com o Pai e o Filho a unidade perfeita da Natureza Divina; assim, Deus é Uno e Trino, isto é, um só Deus em pessoas Três.

“O termo "Espírito" traduz o termo hebraico "Ruah", o qual em seu sentido primeiro, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza justamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino. Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas Divinas. Mas ao juntar os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos "espírito" e "santo". (CIC).

Bem, “ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o denomina o "Paráclito", literalmente: aquele que é chamado para perto de, "advocatus" (cf. Jo 14,16.26; 15,26; 16,7). "Paráclito" é habitualmente traduzido por "Consolador", sendo Jesus o primeiro consolador. O próprio Senhor chama o Espírito Santo de Espírito da Verdade". (CIC).

Existem ainda outras denominações pelas quais é designado o Espírito Santo. São Paulo em suas cartas usa as seguintes: o Espírito da promessa (cf. Gl 3,14; Ef 1,13), o Espírito de adoção (cf. Rm 8,15; Gl 4,6), o Espírito de Cristo (cf. Rm 8,11), o Espírito do Senhor (cf. 2Cor 3,17), o Espírito de Deus (cf. Rm 8,9.14;15,19; 1Cor 6,11;7,40); e, São Pedro, usa a denominação, o Espírito de glória (cf. 1Pd 4,14). E ainda, a fé da Igreja afirma, outrossim, a ação criadora do Espírito Santo: Ele é o "doador de vida", "o Espírito Criador" ("Veni, Creator Spiritus"), a "Fonte de todo bem".

Porém, para conhecer e conviver mais intimamente com o Espírito Santo que habita em nossas almas, vejamos o que diz o Livro da Sabedoria: “Com efeito, o Espírito do Senhor enche o universo, e ele, que tem unidas todas as coisas, ouve toda voz”. E ainda a carta aos Romanos: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus”. (Rom 8,26-27).

Portanto, precisamos assumir que somos templos do Espírito Santo para identifica-lo em nós e identificarmos suas ações em nossa vida. Porque quem assume que é templo do Espírito Santo, também ver os outros como um templo sagrado de Deus e assim procede em todos os sentidos da vida. Desse modo, é o Espírito quem nos ensina tudo a respeito de Deus Pai, de Jesus, de Maria, da Igreja, dos santos e de tudo o que diz respeito à fé que professamos. “Por ele, os corações são elevados ao alto, os fracos são conduzidos pela mão, os que progridem nas virtudes chegam à perfeição. Ele ilumina os que foram purificados de toda mancha e torna-os espirituais pela comunhão consigo. E como os corpos límpidos e transparentes, sob a ação da luz, se tornam também extraordinariamente brilhantes e irradiam um novo fulgor, da mesma forma também as almas que recebem o Espírito Santo e são por ele iluminadas tornam-se espirituais e irradiam sobre os outros a graça que lhes foi dada”. (São Basílio Magno).

“Além disso, por meio dos sacramentos e ministérios, o Espírito Santo não apenas santifica e conduz o povo de Deus e o adorna com virtudes, mas ainda distribui a cada um seus dons conforme quer (1Cor 12,11), e concede também graças especiais aos fiéis de todas as condições. Torna-os assim aptos e disponíveis para assumir deveras obras ou funções, em vista de uma séria renovação e mais ampla edificação da Igreja, conforme foi dito: A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum (ICor 12,5). Estes carismas devem ser recebidos com ação de graças e consolação. Pois todos, desde os mais extraordinários aos mais simples e comuns, são perfeitamente apropriados e úteis às necessidades da Igreja”. (LG).

Enfim, é do Espírito Santo que “procede a previsão do futuro, a inteligência dos mistérios, a compreensão das coisas ocultas, a distribuição dos carismas [como foi dito acima], a participação na vida do céu, a companhia dos coros dos anjos. Dele nos vem a alegria sem fim, a união constante e a semelhança com Deus; dele procede, enfim, o bem mais sublime que se pode desejar: o homem é divinizado”. (São Basílio Magno).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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