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segunda-feira, 9 de abril de 2018

"E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS."


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 1,26-38)(09/4/18)

"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós." Caríssimos, este é o acontecimento mais importante da história da humanidade. Nunca um sim humano marcou tanto a humanidade quanto o sim da Santíssima Virgem Maria, predito pelo Profeta Isaías (cf. Is 7,14). Todos os sins anteriores apontaram para este "fiat" de Maria. Por ele Deus se fez homem para nos tornar participantes de Sua Glória, como seres imaculados, livres do pecado e da morte. Em suma, Deus por seu Filho, Jesus Cristo, nos concedeu a graça da imortalidade.

Com efeito, na Encarnação de Cristo, Deus se deu a conhecer de modo totalmente humano; como Jesus nos ensinou: "Aquele que me viu, viu também o Pai. Eu e o Pai somos um." Ora, essa visão do Pai no Filho não é uma visão carnal, mas sim uma visão da fé, dom sobrenatural do Espírito Santo, pois foi isso que o Senhor disse à Tomé: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" Por isso, de agora em diante, todo ser humano que se aproxima de Jesus e recebe o batismo, nasce do alto para um viver novo, isto é, um viver sem pecado.

Na sua primeira carta, São João assim escreveu: "Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nele não há pecado. Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu." Ou seja, viver sem Jesus, é viver no pecado, isto é, é viver na morte sem a participação na sua ressurreição; significa dizer não à vontade do Pai que o enviou para nós dar a salvação.

De fato, a experiência de viver como novas criaturas difere do viver natural. Isto porque é o viver segundo o Espírito Santo, isto é, conduzidos por suas inspirações; por exemplo, o tempo que temos é tempo de Deus em nossa vida; já os nossos pensamentos têm como fundamento a Palavra de Deus, e não mais os diversos pensamentos que chegam à nossa mente quando menos esperamos; a nossa vontade, outrora advinda de nossos desejos carnais, agora busca realizar a Vontade de Deus Pai, ou seja, a nossa santificação.

Conclusão: a graça santificante que vivemos, é quem orienta o nosso modo de ser no Senhor, por isso, o nosso testemunho é verdadeiro, porque, como nos ensinou São Paulo, já não somos nós que vivemos, é Cristo que vive em nós (cf. Gl 2,19-21).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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