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sábado, 13 de julho de 2024

"SEDE PRUDENTES COMO AS SERPENTES E SIMPLES COMO AS POMBAS"

 

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 10,16-23)(12/7/24)

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1. Caríssimos, em nossa naturalidade quando passamos por alguma tribulação e não perseveramos no estado de graça, facilmente nos desanimamos ou então desistimos dos nossos bons propósitos na vivência da fé. No Evangelho de hoje Jesus fala de algumas virtudes que muito nos ajudam à superar tais dificuldades interiores que enfrentamos, são elas: a prudência, a mansidão, a vigilância e a perseverança.
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2. O Beato Columba Marmion (Sec. XIX), assim se refere à essa última virtude: "A perseverança é a virtude que coroa todas as outras. O meio que nos é dado para que possamos receber este dom infinitamente precioso, o dom por excelência, é a fidelidade quotidiana: levaremos a bom termo a grande obra de toda a nossa vida se levarmos a bom termo cada uma das obras que empreendemos por Deus; ora, é esse o objeto da virtude da perseverança.
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3. São Tomás inclui esta virtude na virtude da fortaleza, e com toda a razão. Com efeito, o que é a fortaleza? É uma disposição de firmeza que inclina a alma a suportar valorosamente todos os males, incluindo os piores e mais continuados, antes que abandonar o bem; levada ao grau supremo, a fortaleza permite suportar o martírio.
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4. Enquanto esperamos que brilhe diante do nosso olhar purificado o esplendor da luz eterna, repitamos com frequência esta oração da Igreja: «Ó Deus, que no vosso amor restaurais a beleza da inocência, atraí para vós os corações dos vossos servos: que o amor ardente que o vosso Espírito neles fez nascer os torne estáveis na fé e fiéis na prática da vossa Lei."
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5. Comentando o Evangelho de hoje, disse o Cardeal Ângelo Comastri: "Os Apóstolos, estes pobres homens, devem ter pensado: "Para onde é que vamos? Quem acreditará nas nossas palavras?" Era assustador. Ontem... e ainda hoje! Humanamente, não havia soluções. Mas alguns dos Apóstolos (ou, mais provavelmente, Maria, que era a memória viva da Palavra de Jesus!) devem ter-se lembrado também destas palavras de Jesus: "Não vos deixarei órfãos. 
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6. Enviar-vos-ei outro Consolador que ficará convosco para sempre: o Espírito da verdade que o mundo não conhece. Ele dar-vos-á coragem e guiar-vos-á na verdade" (cf. Jo 14,18ss). Jesus acrescenta ainda: "Não tenhais medo. Eu venci o mundo". (Jo 16,33). 
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7. Pensando nesta promessa, os Apóstolos fecham-se no cenáculo e esperam. É certo que tinham medo. Medo: porque compreendiam que a tarefa a que Jesus os chamava era impossível com as forças humanas; porque já tinham experimentado as suas próprias limitações. 
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8. Tinham medo, mas era um medo que brotava da humildade, da consciência de serem tão pequenos. Tinham medo: por isso rezaram e esperaram com Maria no Cenáculo. Tinham-se tornado humildes, tinham começado a acreditar verdadeiramente que, sem Jesus e sem o seu Espírito, nada podiam fazer. Esperaram: a espera é a atitude dos pobres." Daqueles que confiam e se entregam a Deus, porque sabem que Ele tudo pode.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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