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domingo, 7 de junho de 2020

SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE


SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE (Jo 3,16-18)(07/06/20)

Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Solenidade da Santíssimo Trindade, ou seja, celebra o Amor Infinito de Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo; Deus Uno na Trindade e Trino na Unidade. Pois, foi nessa Perfeita Comunhão de amor que Deus nos criou à sua imagem e semelhança por Seu Filho na graça do Espírito Santo.
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E quando nos desligamos Dele pelo pecado; veio em nosso socorro por Sua Infinita Misericórdia, nos enviando o Seu amado Filho, para morrer conosco e por nós, e nos fazer ressuscitar com Ele para a vida eterna, porque esse é o único desígnio de Deus, Uno e Trino, pois não teria nenhum sentido toda essa obra maravilhosa da criação ser destruída ou se acabar com a morte.
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Por isso, não podemos pensar em Deus sem amá-lo, sem tê-lo em nossas almas, pois, é exatamente isso que nos revela os Atos dos Apóstolos: "Porque é em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28). De fato, isso se constitue o grande mistério da vida e de nosso ser e estar neste mundo.
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Aliás, contemplando a criação, vemos que cada criatura carrega em si um mistério que só será desvendado na eternidade; pois, somente nela tudo será conhecido totalmente e amado por todos, uma vez que tal conhecimento só é possível pela ação da Sabedoria do Espírito Santo, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou. (cf. 1Cor 2,12).
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Portanto, caríssimos, como vimos no Evangelho de hoje, é a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Verdade Eterna, que nos leva a gozar todas essas graças e por elas vencermos o mal presente neste mundo por causa do dos pecados aqui praticados.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 6 de junho de 2020

VAIDADE X HUMILDADE


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,38-44)(06/06/20)

Caríssimos, sempre que fazemos algo, estão envolvidos em nosso fazer, a intenção e o desejo de obtermos o resultado previsto, ou então o que lhe for devido. E em se tratando da vivência da fé, a máxima é a mesma; no entanto, requer autenticidade, coerência na prática da Palavra de Deus para verdadeiramente obtermos as graças desejadas.
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O fato é que, muitas vezes, damos tanto tempo ao que não se refere à fé e à comunhão com Deus e com o próximo que facilmente caímos na tentação de não levarmos a sério o credo que professamos. Por isso, muito cuidado, nunca se acostume com as coisas de Deus, pois elas são sempre novas, desse modo, evita-se cair no pecado da hipocrisia, ou seja, o viver de aparências.
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Na primeira leitura de hoje, são Paulo exorta seu discípulo Timóteo, com a seguinte profecia: "Proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina. Pois vai chegar o tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, com o prurido da curiosidade nos ouvidos, se rodearão de mestres ao sabor de seus próprios caprichos. E assim, deixando de ouvir a verdade, se desviarão para as fábulas."
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Caríssimos, no Evangelho de hoje, Jesus nos mostra o contraste entre a vaidade e a humildade; a confiança que nasce do supérfluo; e a que nasce da entrega total à Providência Divina. E esses contrastes são representados por duas figuras opostas: o escriba e a viúva.
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O escriba representa as pessoas importantes, ricas, influentes; e a viúva representa os últimos, os pobres, os fracos. Mas, atenção, pois, o juízo do Senhor não generaliza, no entanto, nos mostra claramente o contraste entre a autossuficiência e o estado de graça que nasce da dependência divina.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

NINGUÉM PODERÁ NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,35-37)(05/06/20)
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Caríssimos, num mundo conturbado como o nosso somente o Senhor Jesus pode nos dar a paz interior e a alegria de viver, mas isso, à medida que nos unimos a Ele em oração e penitência para resistirmos as tentações que tiram a paz quando cedemos à elas.
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São Paulo na primeira leitura de hoje, instruindo seu discípulo Timóteo, escreveu: "Aliás, todos os que quiserem levar uma vida fervorosa em Cristo Jesus serão perseguidos." E nos Atos dos Apóstolos, Lucas escreveu: "Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações." (At 14,22).
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De fato, não é fácil quando passamos por situações, por exemplo, como essa pandemia, todavia, tais situações se tornam meios de nos achegarmos ainda mais ao Senhor, porque desse modo não nos sentimos sozinhos, mas amparados por suas divinas graças.
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Aliás, são Tiago, assim nos orienta quando somos atribulados: "Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma." (Tig 1,2-4).
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Portanto, caríssimos, todos nós que vivemos em meio à este vale de lágrimas alternamos momentos de alegrias e tribulações, como o próprio Jesus, tal como meditamos na Carta aos Hebreus: "Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus. Em vez de gozo que se lhe oferecera, ele suportou a cruz e está sentado à direita do trono de Deus.
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Considerai, pois, atentamente aquele que sofreu tantas contrariedades dos pecadores, e não vos deixeis abater pelo desânimo." (Hb 12,1b-3). Destarte, fiquemos certos de uma coisa, nada e ninguém nos poderá separar do amor de Deus. (cf. Rm 8,34-37).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,28b-34)(04/06/20)

Caríssimos, continuo divulgando as catequeses do Santo Padre, o Papa Francisco, pois, são uma profunda e verdadeira formação humana e espiritual que nos ajuda em muito a crescer na fé, no conhecimento e na comunhão permanente com o Senhor Jesus.
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"No centro do Evangelho (cf. Mc 12, 28b-34), está o mandamento do amor: amor a Deus e amor ao próximo. Um escriba pergunta a Jesus: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» (v. 28). Ele responde, citando aquela profissão de fé com a qual cada israelita inicia e conclui o seu dia, e que começa com as palavras: «Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor» (Dt 6, 4).
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Deste modo, Israel conserva a sua fé na realidade fundamental de todo o seu credo: existe um único Senhor, e aquele Senhor é “nosso”, no sentido que se uniu a nós com um pacto indissolúvel, nos amou, nos ama e nos amará para sempre. É desta nascente, deste amor de Deus, que deriva para nós o duplo mandamento: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu espírito e com todas as tuas forças [...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo» (vv. 30-31).
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Escolhendo estas duas Palavras, dirigidas por Deus ao seu povo, e unindo-as, Jesus ensinou de uma vez para sempre que o amor a Deus e o amor ao próximo são inseparáveis, aliás, mais ainda, que se sustentam um ao outro. Não obstante sejam postos em sequência, eles são os dois lados de uma única medalha: vividos juntos, são a verdadeira força do crente!
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Amar a Deus significa viver d’Ele e para Ele, por aquilo que Ele é pelo que Ele faz. E o nosso Deus é doação incondicional, é perdão ilimitado, é relação que promove e faz crescer. Por isso, amar a Deus quer dizer investir todos os dias as próprias energias para ser seus colaboradores, servindo de modo incondicional o nosso próximo, procurando perdoar de forma ilimitada e cultivando relações de comunhão e de fraternidade.
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Deus, que é amor, criou-nos por amor e para que possamos amar os outros, permanecendo unidos a Ele. Seria ilusório pretender amar o próximo, sem amar a Deus; e seria igualmente ilusório pretender amar a Deus, sem amar o próximo. As duas dimensões do amor, a Deus e ao próximo, na sua unidade, caraterizam o discípulo de Cristo. A Virgem Maria nos ajude a acolher e testemunhar este ensinamento luminoso na vida de todos os dias." (Papa Francisco, trechos do Angelus, 4 de novembro de 2018).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,18-27)(03/06/20).
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Caríssimos, no pequeno sermão de hoje reproduzo a bela reflexão que o Santo Padre, o Papa Francisco, fez a respeito do embate entre os Saduceus e Jesus, presente nesta liturgia, diz o Santo Padre:
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"O Evangelho apresenta-nos Jesus que se confronta com alguns saduceus, os quais não acreditavam na ressurreição e concebiam a relação com Deus só na dimensão da vida terrena. Jesus pretende explicar que neste mundo vivemos de realidades provisórias, que acabam; ao contrário, no além, depois da ressurreição, já não teremos a morte como horizonte e viveremos tudo, também os vínculos humanos, na dimensão de Deus, de modo transfigurado. Inclusive o matrimónio, sinal e instrumento do amor de Deus neste mundo, resplandecerá transformado em plena luz na comunhão gloriosa dos santos no Paraíso.

Os «filhos do céu e da ressurreição» não são poucos privilegiados, mas são todos os homens e todas as mulheres, porque a salvação que Jesus trouxe é para cada um de nós. E a vida dos ressuscitados será semelhante à dos anjos, ou seja, toda imersa na luz de Deus, toda dedicada ao seu louvor, numa eternidade cheia de júbilo e de paz.
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Mas atenção! A ressurreição não é só o fato de ressuscitar depois da morte, mas é um novo gênero de vida que já experimentamos no hoje; é a vitória sobre o nada que já podemos antegozar. A ressurreição é o fundamento da fé e da esperança cristã! Se não houvesse a referência ao Paraíso e à vida eterna, o cristianismo reduzir-se-ia a uma ética, a uma filosofia de vida.
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Ao contrário, a mensagem da fé cristã vem do céu, é revelada por Deus e vai além deste mundo. Acreditar na ressurreição é essencial, para que cada um dos nossos atos de amor cristão não seja efêmero nem um fim em si mesmo, mas se torne uma semente destinada a desabrochar no jardim de Deus, e produzir frutos de vida eterna (Papa Francisco, trechos do Angelus, 6 de novembro de 2016).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 2 de junho de 2020

DAÍ A DEUS O QUE É DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,13-17)(02/06/20)
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Caríssimos, "O Evangelho de hoje apresenta-nos um novo encontro direto entre Jesus e os seus opositores. O tema enfrentado é o do tributo a César: uma questão “espinhosa”, a respeito da legalidade ou não de pagar o imposto ao imperador de Roma, a quem estava submetida a Palestina na época de Jesus. As posições eram diversas. Portanto, a pergunta que lhe foi dirigida pelos fariseus: «É permitido ou não pagar o imposto a César?» constitui uma cilada para o Mestre.

Com efeito, de acordo com a resposta que tivesse dado, seria acusado de ser a favor ou contra Roma. Mas também neste caso, Jesus responde com calma e aproveita a pergunta maliciosa para dar um ensinamento importante, elevando-se acima da polémica e das posições opostas. Diz aos fariseus: «Mostrai-me a moeda do tributo». Eles mostram-lhe um denário e Jesus, observando a moeda, pergunta: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Os fariseus respondem: «De César». Então Jesus conclui: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».

Ora, ao dizer essa frase, "Jesus declara que pagar o imposto não é um gesto de idolatria, mas um ato devido à autoridade terrena; por outro — e é aqui que Jesus dá o “golpe de asa” — evocando o primado de Deus, pede que se lhe dê aquilo que lhe pertence como Senhor da vida do homem e da história." (Papa Francisco).
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Portanto, caríssimos, nesse episódio que meditamos, vimos como se manifesta o pecado da hipocrisia, que consiste na negação consciente da verdade em vista dos perversos propósitos cultivados. De fato, todo hipócrita conhece a verdade, mas a nega por um nada; porque mesmo tendo consciência de sua hipocrisia, continua nela e ainda tenta envolver à outros com suas artimanhas.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

MARIA, MÃE DA IGREJA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 19,25-34)(01/06/20)
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"Considerando as estreitas relações de Maria com a Igreja, para a glória da Santa Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis como dos Pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima; e queremos que, com este título suavíssimo, a Mãe de Deus seja doravante ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão." (São Paulo VI).

Caríssimos, com essas palavras São Paulo VI, começou o discurso de encerramento do Concílio Vaticano II, que culminou com a memória que hoje celebramos, proclamada pelo Papa Francisco: "Maria, Mãe da Igreja."
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Recordemos, então, um episódio bíblico muito significativo para a proclamação dessa memória: "Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa." (Jo 19,26-27).
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Com efeito, todas as palavras e ações de Jesus têm um sentido universal porque dizem respeito à nossa salvação. Por isso, nesse episódio em particular, o Senhor nos ensina que como João, nós fazemos parte de sua família divina, pois, Ele foi enviado pelo Pai para nos divinizar começado por sua mãe à quem deu a missão de ser a mãe de todos os filhos e filhas de Deus nascidos da água e do Espírito Santo no seio da Santa Igreja.
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Caríssimos, existe uma belíssima canção muito conhecida que proclama este grande mistério que Jesus nos revelou aos pés da cruz:
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Se um dia um anjo declarou
Que tu eras cheia de Deus
Agora penso: Quem sou eu
Para não te dizer também
Cheia de graça, ó Mãe
Agraciada
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"Se a palavra ensinou
Que todos hão de concordar
E as gerações te proclamar
Agora eu também direi
Tu és bendita, ó Mãe
Bem-aventurada
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Surgiu um grande sinal no céu
Uma mulher revestida de sol
A lua debaixo de seus pés
E na cabeça uma coroa
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Não há com que se comparar
Perfeito é quem te criou
Se o Criador te coroou
Te coroamos, ó Mãe
Nossa Rainha". (Walmir Alencar).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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