A pedido do National Catholic Reporter, 25-05-2010, Rolheiser recentemente reavaliou a lista, atualizando-a à luz do que viu e ouviu no período intermediário. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis a lista.
1. A luta contra o ateísmo da nossa consciência cotidiana, isto é, a luta para se ter um sentido vital de Deus dentro do secularismo, que, para o bem e para o mal, é o mais poderoso narcótico jamais perpetrado neste planeta. Ser um místico ao invés de um incrédulo.
2. A luta para viver em comunidades dilaceradas, divididas e altamente polarizadas, sendo nós mesmos pessoas feridas, e carregar essa tensão sem ressentimentos, sendo curadores e pacificadores, ao invés de simplesmente responder na mesma moeda.
3. A luta para viver, amar e perdoar para além das ideologias infecciosas que inalamos diariamente, isto é, a luta pela sinceridade verdadeira, para conhecer e seguir genuinamente nossos próprios corações e mentes para além do que nos é prescrito pela direita e pela esquerda, para não sermos nem liberais nem conservadores, mas ao contrário homens e mulheres de verdadeira compaixão.
4. A luta para conduzir nossa sexualidade sem frigidez e sem irresponsabilidade, ou seja, a luta por uma sexualidade saudável, para sermos tanto castos quanto apaixonados.
5. A luta por interioridade e oração dentro de uma cultura que constitui uma conspiração virtual contra a profundidade e a serenidade – para mantermos nossos olhos postos em direção a um horizonte infinito.
6. A luta para estar à altura da grandiosidade e da ambição pessoais e da inquietação patológica, dentro de uma cultura que diariamente as superestimula – para viver dentro do tormento da insuficiência de tudo o que é alcançável e para aceitar que nesta vida não há sinfonia acabada.
7. A luta por não sermos motivados pela paranoia, pelo medo, pela mesquinhez e pelo superprotecionismo em face ao terrorismo e à complexidade avassaladora, para não deixar que a necessidade de clareza e segurança triunfem sobre a compaixão e a verdade.
8. A luta contra a solidão moral dentro de uma diáspora religiosa, cultural, política e moral, para encontrar uma alma gêmea que está adormecida dentro de nós, em nosso nível mais profundo.
9. A luta para relacionar a fé à justiça, à ecologia e ao gênero – para obter uma carta de referência dos pobres.
10. A luta pela comunidade e pela Igreja, a luta para encontrar a linha saudável entre a individualidade e a comunidade, a espiritualidade e a eclesiologia, para sermos maduros e comprometidos, espirituais e eclesiais.
Extraído de http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=33382 acesso em 14 jun. 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário