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terça-feira, 22 de novembro de 2022

COMO SERÁ A PARUSIA?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 21,5-11)(22/11/22)


Caríssimos, a liturgia de hoje é uma exortação escatológica, pois trata do juízo final, que acontecerá como no tempo da colheita em que as sementes maduras estão prontas para serem colhidas. "Saiu do Templo outro anjo, gritando em alta voz para aquele que estava sentado na nuvem: “Lança tua foice, e ceifa. Chegou a hora da colheita. A seara da terra está madura!” (Ap 14,15).

Com efeito, existe um grande desejo por parte dos que crêem para que se cumpra a justiça divina que em nada se compara à nossa justiça. Todavia, precisamos estar preparados, porque o dia de nossa morte é também o dia do nosso juízo pessoal, bem como está escrito na Carta aos Hebreus: "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo." (Hb 9,27).

No Evangelho de hoje "algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. De fato, no ano 70 depois de Cristo essa sua profecia se cumpriu na íntegra e até hoje do Templo de Jerusalém só resta a lembrança e nada mais.

De igual modo, o mesmo acontecerá com tudo o que vemos sobre a face da terra, como nos revela São Pedro: "Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. (2Pd 3,10).

E ele acrescenta: "Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados!

Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz." (2Pd 3,11-14).

Destarte, "o momento do juizo não é tanto um dia de vingança, se bem que é também isso, para quem perseverou no mal; mas sim, o dia do amor gratuito, o dia da misericórdia infinita a nós concedida por nosso Irmão, amado e esperado; dia de plena e total justiça feita a nós por Ele que nos conhece bem, por nos ter amado, por ter morrido por nós. 

Deus não pode destruir a justiça, pois criaria outra injustiça; julgar-nos-á, porém, o Amor e julgar-nos-á sobre o amor. O melhor modo para esperar Cristo Juiz é chama-lo e deseja-lo, como faziam os primeiros cristãos: "Vem, Senhor Jesus (Maranatha)". (Missal Romano).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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