PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 23,1-12)(18/03/25)
1. Caríssimos, desde a criação do mundo que Deus nos deu a obediência como meio de vivermos unidos a Ele e desse modo participarmos da Sua Natureza Divina, como seus filhos e filhas. Ocorre que ao quebrar essa aliança de amor com o Senhor pela desobediência, nossos primeiros pais, perderam o estado de graça e a plena amizade com Ele, e isso causou os desequilíbrios que vemos assolar toda a criação.
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2. No entanto, porque Deus nos ama desde toda eternidade, não levando em conta a desobediência dos nossos primeiros pais, enviou o Seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, para nos libertar da maldição do pecado. Bem como disse o Profeta Isaías: "Ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos". (Is 53,4a)
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3. Em outras palavras, carregou as consequências da nossa desobediência, para unir a nossa natureza humana decaída à Sua natureza divina redentora, e assim voltarmos à perfeita obediência que os nossos primeiros pais haviam perdido.
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4. Então, como entender tão Sublime amor de Deus por nós? Basta olharmos Cristo crucificado para compreender que foi por seu sofrimento e morte cruenta que Ele nos libertou das cadeias do pecado, do poder do maligno e do inferno, ao custo do derramamento do Seu preciosíssimo Sangue.
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5. Desse modo, ao permanecermos unidos a Ele pela obediência à Sua Palavra, pela vivência dos Sacramentos, o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, nos tornamos seus discípulos e percorremos com Ele a via da perfeição eterna que nos leva ao céu.
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6. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos faz uma alerta: “Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam.
7. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a move-los, nem sequer com um dedo.” (Mt 23,2-4). Ou seja, a prática da fé se traduz pelo exemplo de vida, e não pela aparência ou superficialidade estéril.
8. Vejamos, pois, o que escreveu são Paulo a esse respeito: "Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco." (1Cor 11,1; Fl 2,9).
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9. Portanto, caríssimos, muito cuidado com o fermento farisáico, pois ele não passa de uma armadilha traiçoeira. Destarte, busquemos viver interiormente as graças e bênçãos que de Deus recebemos, pois é isso que nos faz unidos a Ele, para sermos santos como Ele é Santo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv
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