PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,42-46)(15/10/25)
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1. Caríssimos, todo pecador tem uma dívida infinita para com Deus, porque todo pecado é uma ofensa cometida contra Ele; somente a sua divina misericórdia pode apagar tais pecados quando arrependidos e confessados, para assim tirar o abismo infinito que nos separa Dele.
2. Decerto, essa máxima nos conduz à sermos misericordiosos para com todos, sobretudo se quisermos alcançar a divina misericórdia, como nos ensinou são Tiago: "Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade. Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento." (Tg 2,12-13).
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3. De fato, quem deve tanto, mas não perdoa à dívida de seus devedores, como poderá ser perdoado das suas? Ora, quem age pensando fazer o bem eliminando seus devedores; na verdade estão se condenado a si mesmos devido o peso de suas ofensas quem sabe até infinitamente superiores à de seus devedores (cf. Mt 7,3-5).
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4. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus revela aos fariseus e mestres da lei o quanto precisam alcançar a divina misericórdia usando de misericórdia e não dos falsos juízos de valor que os faz iguais aos sepulcros caiados; por fora ornados de falsas aparências; mas, por dentro, eivados da podridão que os corrói.
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5. No entanto, ao revelar os nossos pecados, Deus o faz para nos perdoar pelo nosso arrependimento, confissão, penitência e reparação, para não mais voltarmos à comete-los. Pois, seria o mesmo de voltarmos ao vômito do pecado, à lama fétida da transgressão (cf. 2Pd 2,22).
6. É bem como nos ensinou São Paulo: "Mas, [se não houver conversão]; pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da cólera e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras." (Rm 2,5-6).
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7. Portanto, caríssimos, oremos humildemente com São Francisco esta belíssima oração: "Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio que leve o amor; onde houver ofensa que eu leve o perdão; onde houver discórdia que eu leve a união; onde houver dúvida que eu leve a fé.
8. Onde houver erro que eu leve a verdade; onde houver desespero que leve a esperança; onde houver tristeza que eu leve alegria; onde houver trevas que eu leve a luz. Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado; pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna." Amém!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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