Arquivo do blog

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria...


 Solenidade da Imaculada Conceição (Lc 1,26-38)(08/12/25)

.
1. Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição da sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe; com essa Solenidade podemos perguntar: o que tem de tão especial nela? A resposta nos aponta para a vinda do Messias, nascido do seio virginal da Imaculada, daquela que foi concebida sem pecado e que assim o trouxe à este mundo como Redentor da humanidade.
.
2. O relato da primeira leitura mostra o motivo que levou nossos primeiros pais ao pecado, ou seja, querer ser como Deus sem Deus, a partir do diálogo pecaminoso com o maligno. Começou com Eva e terminou em Adão, os quais caíram em desgraça por acreditarem nas mentiras contadas pelo o inimigo de nossas almas.
3. Comentando o Evangelho de hoje, disse o saudoso Papa Francisco: "A cheia de graça levou uma vida bonita. Qual era o seu segredo? Podemos compreende-lo olhando para o cenário da Anunciação. Em muitas pinturas Maria é representada sentada diante do anjo com um pequeno livro nas mãos.
.
4. Este livro é a Escritura. Assim Maria costumava ouvir Deus e estar com Ele. A Palavra de Deus era o seu segredo: perto do seu coração, depois se encarnou no seu seio. Permanecendo com Deus, dialogando com Ele em todas as circunstâncias, Maria tornou bela a sua vida.
.
5. O que faz bela a vida não é a aparência, não é aquilo que é passageiro, mas o coração orientado para Deus. Contemplemos hoje com alegria a cheia de graça. Peçamos-lhe que nos ajude a permanecer jovens, dizendo “não” ao pecado, e a levar uma vida bonita, dizendo “sim” a Deus. (Papa Francisco, Angelus, 8/12/17).

6. Por fim, meditemos também com estas palavras do Santo Padre Bento XVI de saudosa memória: "Por que, entre todas as mulheres, Deus escolheu justamente Maria de Nazaré? A resposta está escondida no mistério insondável da vontade divina. No entanto, há uma razão que o Evangelho destaca: sua humildade. Dante Alighieri enfatiza isso bem no último canto do Paraíso: “Virgem Mãe, filha de seu Filho, / humilde e mais elevada que toda criatura, / termo fixo do conselho eterno” (Par. XXXIII, 1-3). 

7. A própria Virgem, no “Magnificat”, seu canto de louvor, diz: “A minha alma glorifica o Senhor, porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,46.48). Sim, Deus foi atraído pela humildade de Maria, que encontrou graça aos seus olhos (cf. Lc 1,30). Assim, ela se tornou a Mãe de Deus, imagem e modelo da Igreja, escolhida entre os povos para receber a bênção do Senhor e difundi-la sobre toda a família humana. 

8. Essa “bênção” não é outra coisa senão o próprio Jesus Cristo. Ele é a Fonte da graça, da qual Maria foi repleta desde o primeiro instante de sua existência. Ela acolheu Jesus com fé e, com amor, o deu ao mundo. Esta é também a nossa vocação e a nossa missão, a vocação e a missão da Igreja: acolher Cristo em nossa vida e doá-lo ao mundo, «para que o mundo seja salvo por meio dele» (Jo 3,17).        
.
Paz e Bem!
.
Frei Fernando Maria OFMConv.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Firefox