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domingo, 26 de maio de 2013

Eleito o 120º sucessor de São Francisco de Assis  





O norte-americano Frei Michael Anthony Perry foi eleito, nesta quarta-feira (22/5), na Cúria Geral de Roma, na Itália,  Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores para completar o sexênio (até 2015)  com a saída de Frei José Rodríguez Carballo, que foi nomeado arcebispo pelo Papa Francisco. Ele se torna o 120º sucessor de São Francisco de Assis.
Nascido em Indianápolis (EUA) no dia 7 de junho de 1954, Frei Michael estava no cargo de Vigário Geral da Ordem. Ele foi Ministro Provincial da Província do Sagrado Coração de Jesus (EUA), onde também foi professor de Teologia e, no pós-noviciado, trabalhou na Comissão Internacional de JPIC. Durante dez anos, trabalhou como missionário na República Democrática do Congo, a serviço da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA.
Seu currículo académico inclui doutorado em Antropologia Teológica, mestrado em Teologia, mestrado em Formação Sacerdotal e Bacharelado em História e Filosofia.
Frei Michael ingressou na Ordem Franciscana em 25 de junho de 1977 quando fez o noviciado. Em 11 de agosto de 1978 fez a profissão temporária e professou solenemente na Ordem dos Frades Menores no dia 10 de outubro de 1981.
Frei Michael é o terceiro norte-americano a ocupar o posto de São Francisco de Assis. Antes dele, o primeiro a ser eleito foi Frei Valentine Schaff, da Província São João Batista, e o segundo Frei John Vaughn, da Província de Santa Bárbara, para um mandato de 1979-1991.
Frei Michael substitui a Frei José Carballo, que foi Ministro Geral eleito em 2003 e reeleito em 2009, quando teria pela frente um mandato de seis anos (2009/2015). Mas com a nomeação de Frei José pelo Papa Francisco para a Secretaria  da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, foi convocada a eleição para esta quarta-feira, quando 34 representantes das 14 Conferências da OFM, mais o Definitório Geral e o Custódio da Terra Santa elegeram Frei Michael.
A Ordem dos Frades Menores está presente em 110 países, organizada em 103 províncias, 8 custódias autônomas, 14 custódias dependentes, 1 Federação e 20 Fundações. As Províncias e Custódias Autônomas são governadas, respectivamente, pelo Ministro Provincial e seu Definitório ou pelo Custódio e seu Conselho, eleitos pelo Capítulo Provincial ou Custodial. As Províncias de uma ou mais áreas geográficas formam uma Conferência. Na Ordem dos Frades Menores as Conferências de Ministro Provinciais somam 14.
A Ordem dos Frades Menores está constituída por cerca de 15 mil frades que, incorporados nas Províncias e nas Custódias, são governados pelo Ministro Geral com seu Definitório (Conselho). A Regra dos Frades Menores, confirmada pelo Papa Honório III (1223), é o fundamento da vida e da legislação da Ordem.
Que o Altíssimo Senhor sobre o olhar maternal da Senhora dos anjos da Porciúncula rainha da ordem dos frades menores,Francisco e Clara de Assis seja sempre a inspiração perfeita neste novo tempo de nossa fraternidade.
 O espirito Santo ilumine nosso querido Ministro Geral neste seu ministério da caridade fraterna como "menor entre os menores" como queria o seu predecessor e fundador Francisco de Assis.

Frei Lenivaldo Carvalho OFM

Portugal

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As prioridades do 119º sucessor de Francisco de Assis

Este ourensiano, que nasceu a 57 anos em Lodoselo (Sarreaus), reconhece que sente “vertigem” quando lhe recordam que é o 119º sucessor de São Francisco de Assis. E a verdade é que os dados sobre a segunda companhia religiosa mais numerosa da Igreja, após a dos jesuítas, são um pouco mareados. Está formada por uns 15.000 sacerdotes, seculares e 18.000 Clarissas, os quais se encontram em 125 países. Conta com 500 colégios e trinta universidades, que se concentram, majoritariamente, na América Latina e nos Estados Unidos. Mas, além disso, nos sete anos que tem de mandato, Rodríguez Carballo visitou uns 15 países a cada semestre. Fala galego, castelhano, latim, italiano, português, inglês, francês, hebraico clássico e aramaico. Também entende o alemão.

A reportagem é de X.M. Del Caño, publicada no jornal Faro de Vigo, 15-08-2010. A tradução é de Benno Dischinger.

Eis a entrevista.

Como é o processo para eleger o ministro superior dos franciscanos?

Quando há capítulo geral, a cada seis anos, as bases elegem seus próprios candidatos mediante votação secreta e os enviam a Roma. Depois se elabora o curriculum vitae dos dez primeiros que se envia às províncias. De modo que, quando os provinciais chegam a capítulo geral eletivo, já sabem que nomes entram em questão, mas isso não tem nenhuma validez jurídica. O capítulo pode eleger qualquer outro frade que não esteja nessa lista. O capítulo vota e dessa votação sai o ministro geral.

Onde se realizou o último processo?

A votação se fez em Assis. Nós celebramos os capítulos em lugares distintos, porém ultimamente realizamos vários em Assis, porque é o lugar no qual nascemos. Para nós, Assis é sempre um lugar particular.

Onde está a sede central da Ordem?

O centro da Ordem, a Cúria Gera, como a chamamos, está em Roma. Em Assis temos várias casas e os principais santuários que recordam a personalidade de São Francisco.

A casa central dos Franciscanos se encontra perto do Vaticano?

Bem pertinho, da porta de nossa cúria generalícia até a porta de São Pedro a uns cinco minutos a pé.

Como vão as relações da congregação com a Santa Sé?

Posso dizer-lhe que nossa relação com a Santa Sé é muito fraterna, muito cordial, de muita proximidade. E, todas as vezes que tive a felicidade de encontrar-me com o Santo Padre, com o Papa, antes João Paulo II, agora Bento XVI, tem sido para mim uma experiência muito formosa e realmente muito consoladora.

Quantos papas conheceu?

Conheci Paulo VI e João Paulo I, estava precisamente em Roma quando tive a dita de vê-lo; sem embargo, só tive relação pessoal com João Paulo II e agora com Bento XVI.

João Paulo II e Bento XVI são dois mundos distintos.

Certamente, o Papa João Paulo II é um homem midiático. Ele amava a multidão. Ele amava o contato direito com o povo. Era um pastor. João Paulo II era um grande pároco. Bento XVI poderia parecer muito mais reservado, mas é um homem que tem um diálogo muito fraterno e muito próximo. No diálogo pessoal, Bento XVI parece outra pessoa. È muito simples. Por isso creio que os dois papas se complementam e ao mesmo tempo há uma continuidade que vai além do que exteriormente poderia parecer.

Bento XVI se destaca por sua faceta intelectual.

Não resta dúvida, Bento XVI é um grande intelectual, um homem de formação muito elevada, basta ver seus escritos. Certa ocasião, num programa da televisão italiana, perguntaram a uma senhora anciã por que ia todos os domingos escutar o Papa na oração do Ângelus, e ela disse: “Me agrada ouvir como fala de Jesus”. Eu admiro muito Bento XVI, porque sabe conjugar muito bem a profundidade teológica, - pois é um grande teólogo, - com a simplicidade da exposição. Ninguém poderá dizer que não entende Bento XVI, porque ele se põe a um nível que pode ser entendido por todo9s. Portanto, além de ser um grande teólogo é um grande pastor.

O que resta da antiga rivalidade que havia entre distintas ordens religiosas?

Há uma organização, que é a Reunião de Superiores Gerais, onde nos reunimos duas vezes ao ano, durante uma semana, em assembléia plenária e a relação é muito cordial. As disputas, diferenças e divisões que pode ter havido no passado, na atualidade não existem.

São freqüentes os seus encontros com o Papa?

Eu encontrei o Papa muitas vezes e, quando há algum tema, peço audiência. O Santo Padre me tem concedido diversas audiências.

Que medidas pensa impulsionar a partir da cúpula da Ordem dos franciscanos?

Em primeiro lugar, as vocações. Para mim é a prioridade absoluta. Vamos trabalhar muito pela evangelização da juventude e pelas vocações. Em segundo lugar, o diálogo com a cultura atual. Para isso, temos que seguir promovendo a formação intelectual de todos os frades. A Ordem franciscana teve um grande papel na Idade Média e queremos que o siga tendo nesta era pós-moderna. E, para isso necessitamos formar-nos bem intelectualmente. A terceira prioridade é o espírito missionário. Queremos continuar sendo uma ordem missionária. Por isso, em meu mandato anterior, abrimo-nos a quatro países a mais onde ainda não estávamos atuando, sobretudo na África e na Ásia. E agora vamos abrir uma presença em Gana (África), onde ainda não estamos, e em Laos (Ásia).

Há países em que o missionário arrisca a vida?

Há sacerdotes que estão arriscando a vida na Índia, no Paquistão e Sudão, entre outros. Faz muito pouco, alguns irmãos europeus se ofereceram a mim para ir viver no Iraque e no Irã. Eu, é claro, não dei permissão nestes momentos, porém estamos pensando em abrir-nos a esses países e à Coreia do Norte, onde temos um frade.

Qual é o peso da província de Ourense e da Galícia na Ordem dos franciscanos?

A Galícia sempre foi muito importante na Ordem Franciscana, porque São Francisco veio a Santiago em 1214, como peregrino a Compostela, e desde 1222, quando ainda vivia São Francisco, já há uma presença em Santiago que, em seguida, se estendeu às principais cidades e localidades da Galícia. Embora com a Desamortização [sujeição ao Direito Comum, ndt], em 1835, tenham desaparecido muitas presenças, pouco mais tarde se recuperaram. Precisamente em Ourense, onde está hoje o Seminário Menor, nasceu a província de Santiago que teve importância muito grande por seu uma província missioneira, sobretudo na Terra Santa, em Marrocos e na Venezuela. A Ordem Franciscana deve muito a Ourense.

Sua presença é humilde.

Digo sempre que tenho três títulos honoríficos e posso acrescentar um quarto. O primeiro é que sou filho de agricultores. Meu pai se chama Angel e minha mãe, que faleceu há 16 anos, se chamava Célia. Eu nasci no campo, e quando vinha em férias ajudava na sega da erva, na colheita do centeio, do trigo e na colheita da batata. O segundo título é que sou filho de emigrantes. Meus pais, sendo eu muito pequeno, emigraram à Alemanha, em 1966, e logo à Suíça. Às vezes eu ia de férias à Suíça, porque meus pais não podiam vir para cá. Sempre me impressionou a limpeza das ruas e aquele verde forte que caracteriza a zona de Zurique onde estavam meus pais, trabalhando num restaurante italiano. Meu terceiro título é ser franciscano. Estou profundamente enamorado de minha própria vocação. Creio que é mais belo ter sido chamado a esta vida franciscana. São Francisco continua sendo muito atual porque ele pregou e vivenciou certos valores dos quais tem muita necessidade a sociedade atual, como o são a fraternidade, a simplicidade, a proximidade aos demais, particularmente às pessoas mais pobres.

Qual é seu quarto título?

Meu quarto título é ser galego. Amo muito minha terra. Já levo 13 anos seguidos fora da Galícia, passados em Roma. Antes disso, estive cinco anos em Jerusalém e mais 3 em Roma como estudante. Passei, portanto, quase 22 anos fora de minha terra. Sem embargo, sempre que posso venho à minha terra, onde procuro desfrutar e descanso com minha família. Por isso, passo as férias aqui em Lodoselo.

Em que ano se incorporou aos franciscanos?

Eu me incorporei à Ordem muito jovem, em 1971. Como franciscano, estive cinco anos em Jerusalém, estudando línguas orientais, depois passei a Roma, onde continuei com as línguas orientais e a Bíblia. Trabalhei durante cinco anos como professor das Sagradas Escrituras, primeiro no Seminário Maior São José de Vigo e depois no Instituto Teológico de Santiago de Compostela. Em 1997 fui eleito geral da Ordem e secretário geral para a formação e os estudos de toda a Ordem. Em 2003 me elegeram ministro geral da Ordem e foi reeleito para outros 6 anos em 2009.

Para ler mais:

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fotos do Capítulo das Esteiras - Agudos/SP

Algumas fotos do Capítulo Provincial Eletivo da OFM, realizado no início de novembro/2009, no seminário de Agudos/SP. Contou com a solene presença de Fr. José Rodriguez Carballo, Ministro Geral da OFM.












sábado, 6 de junho de 2009

Eleitos Novos Definidores Gerais da Ordem dos Frades Menores


Assis (It) - A Ordem dos Frades Menores, reunida no Capítulo de Pentecostes, segundo a vontade de São Francisco, elegeu neste sábado (06/06) os frades a quem serão encomendado o serviço de autoridade e animação durante os próximos seis anos.

Com isso, o governo Geral está definido. Na quinta-feira passada foi reeleito o Ministro Geral Frei José Rodríguez Carballo e, nesta sexta-feira, foi eleito para Vigário Geral o norte-americano Frei Michael Perry. Na foto ao lado, o brasileiro Nestor Inácio Schwerz, que era Secretário Geral da Evangelização e foi eleito para ser Definidor Geral pela América Latina.

Região África/Oriente Médio
Vincent Mduduzi Zungu
Nascido: 28.04.1966
Lugar de nascimento: Mbongolwane
País de Nascimiento: África Meredional
Noviciado: 18.01.1988
Profissão temporária: 19.01.1989
Profissão solene: 02.07.1994
Ordenação: 08.07.1995
Província OFM: N.D. Reginae Pacis Prov.
País África Australásia




Região Ásia/Oceania


Paskalis Bruno Syukur
Nascido: 17.05.1962
Lugar de nascimento: Ranggu
País de nascimento: Indonesia
Noviciado: 15.07.1982
Profissão temporária: 15.07.1983
Profissão solene: 22.01.1989
Ordenação: 02.02.1991
Província OFM: S. Michaëlis Archangeli Prov.
País Indonésia
Região Centro norte-americana

Francis Walter
Nascido: 13.07.1950
Lugar de nascimento: Trenton NJ
País de nascimento: EUA
Noviciado: 24.06.1972
Profissão temporária: 24.06.1973
Profissão solene:26.06.1976
Ordenação: 06.05.1977
Província OFM: Immaculat. Concept. B.V.M. Prov.
País EUA.




Região Europa Central

Roger Marchal
Nascido: 23.10.1954
Lugar de nascimento: Sarrebourg
País de nascimento: França
Noviciado: 21.09.1977
Profissão temporária: 16.09.1978
Profissão solene: 25.09.1982
Ordenação: 24.06.1984
Província OFM: Trium Sociorum Provincia
País Franco-Gália e Bélgica
Região Ibérica

Vicente-Emilio Felipe Tapia
Nascido: 14.07.1951
Lugar de nascimento: El Romeral
País de nascimento: Espanha
Noviciado: 28.06.1968
Profissão temporária: 06.07.1969
Profissão solene: 30.03.1975
Ordenacão: 05.09.1976
Província OFM: Castellana S. Gregorii Magni Prov.
País Espanha


Região Itália

Vincenzo Brocanelli
Nascido: 19.02.1943
Lugar de nascimento: Ostra Vetere
País de Nascimento: Itália
Noviciado: 20.09.1958
Profissão temporária: 21.09.1959
Profissão solene: 17.09.1965
Ordenação: 20.08.1966
Província OFM: Picena S. Jacobi de Marchia Prov.
País Itália
Região Eslávica

Ernest Karol Siekierka
Nascido: 09.12.1960
Lugar de nascimento: Inowroc aw
País de Nascimento: Polônia
Noviciado: 01.09.1979
Profissão temporária: 23.08.1980
Profissão solene: 08.12.1983
Ordenação: 26.03.1986
Provincia OFM: S. Francisci Assis. Prov.
País Polônia



Região Latino-americana

Nestor Inácio Schwerz
Nascido: 04.09.1949
Lugar de nascimento: Santa Cruz do Sul-RS
País de Nascimento: Brasil
Noviciado: 03.02.1970
Profissão temporária: 03.02.1971
Profissão solene: 04.10.1975
Ordenacão: 18.12.1976
Província OFM: S. Francisci Assis. Prov.
País Brasil



Fonte:
Região Latino-americana

Julio César Bunader
Nascido: 09.01.1961
Lugar de nascimento: Mendoza
País de Nascimento: Argentina
Noviciado: 05.03.1984
Profissão temporária: 27.02.1985
Profissão solene: 12.03.1988
Ordenação: 01.05.1992
Província OFM: Fluvii Platensis Assumptionis B.M.V. Prov.
País: Argentina

segunda-feira, 25 de maio de 2009

CAPÍTULO GERAL DA ORDEM DOS FRADES MENORES - ASSIS / ITÁLIA

Começa nesta segunda-feira (25/04), o Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores, em Santa Maria dos Anjos, Assis, Itália. Este Capítulo é especial porque encerra com chave de ouro as comemorações do Jubileu dos 800 anos de fundação da Ordem Franciscana, que tiveram início, em 2006, com o projeto A Graça das Origens.

Este Capítulo Geral também vai eleger o novo governo da Ordem dos Frades Mnores. Segundo a agenda divulgada pela Cúria Geral, o novo Ministro Geral será eleito no dia 4 de junho. No dia seguinte (5/06), o Vigário Geral da Ordem e no dia 6 de junho serão eleitos os definidores gerais, com isso, completando o novo governo da OFM.

O Capítulo Geral termina no dia 20 de junho. Durante 4 semanas, frades de todo o mundo estarão em Assis para este grande compromisso franciscano. O dia capitular começa às 7 horas (horário italiano) e termina às 20 horas, com o jantar. Os trabalhos, contudo, foram divididos em 4 turnos: das 9 às 10h30, das 11h00 às 12h30, das 15h30 às 17h00 e das 17h30 às 19h00.

Logo no dia 26, o Ministro Geral, Frei José Rodríguez Carballo, dará início à apresentação do seu relatório sobre a OFM no mundo. Nesta primeira parte, ele vai abordar “A missão evangelizadora, propostas e mandatos da CG 2003; animação e governo”. No dia 27, faz a 2ª parte, com o tema “Nossa vida e missão à luz das prioridades do sexênio de oração e devoção e da vida fraterna em comunidade”. No dia 28, Frei José apresenta a 3ª parte do relatório, “Missionários no mundo à luz das prioridades da minoridade, pobreza e solidariedade; da evangelização e missão e formação e estudos”. Na 4ª parte, conclusiva, o Ministro Geral fala sobre “Caminhos e propostas para o futuro”.

A segunda semana, de 31 de maio a 6 de junho, foi reservada para as eleições do governo geral. O ex-Ministro Geral, Frei Giacomo Bini, abre esta semana falando sobre o tema “Lectio segundo a metodologia de Emaús”.

Na terceira semana do Capítulo Geral se discutirão as propostas referentes ao Secretariado para a Evangelização e se alternarão os trabalhos das Comissões temáticas, encarregadas de elaborar as proposições e os trabalhos da assembléia.

No dia 9 de junho, às 18h30 (hora local), será feita a celebração em memória dos 800 anos da Ordem Franciscana e renovação da Profissão na Basílica Inferior de São Francisco. O novo Ministro Geral preside a celebração. A celebração clariana será feita no dia 16 de junho, no Encontro com as Irmãs Clarissas no Protomonastério. Preside o Vigário Geral da Ordem.

No dia 20, o Capítulo é encerrado às 11 horas com a Celebração Eucarística em Santa Maria dos Anjos.


A ORDEM FRANCISCANA NO MUNDO


Oito séculos depois de obter a aprovação do Papa Inocêncio III, a Ordem dos Frades Menores continua forte sob a proteção de seu fundador São Francisco de Assis. A Cúria Geral da Ordem dos Frades Menores divulgou no último Boletim "Fraternitas", informativo da Cúria Geral, os números estatísticos referentes à Fraternidade dos Frades menores até 31 de dezembro de 2008.

Hoje, a Ordem Franciscana tem 14.724 (306 menos do que em 2007): Postulantes, 597 (não entram na contagem); Noviços, 395; Professos temporários, 1513; Professos solenes, 12816 ( sacerdotes: 10017 ; diáconos permanentes: 87; Frades com opção clerical: 465; Frades leigos: 2140). Confrades cardeais (7) e Arcebispos/Bispos (100) são 107. No decorrer desse ano, faleceram 319 frades.

Os Frades menores estão presentes em 110 paises, distribuídos assim: África e Oriente Médio: 1081 (- 7); América Latina: 3530 (- 79); América setentrional 1554 (- 62); Ásia-Oceania: 1305 (+ 4); Europa ocidental: 4769 (- 148); Europa oriental: 2485 (- 14).

A Fraternidade universal está estruturada em 103 Províncias, 8 Custódias autônomas, 14 Custódias dependentes, 1 Federação, 20 Fundações, 14 Conferências de Ministros provinciais e 3 Uniões de Conferências (Ásia/Oceania: FCAO; América Latina: UCLAF; Europa: UFME)

“Os números não dizem tudo. Confessamos que nossa força não está nos carros e cavalos, mas no Senhor. Afirmamos que o futuro é entregue, antes de tudo, à qualidade evangélica de nossa vida. Ao mesmo tempo, contudo, é necessário fazer as contas também com os números. É o convite que nos vem do mesmo Evangelho. É impostação realista de cada um que deseja projetar-se num futuro próximo”


(Relatório do Ministro Geral ao Capítulo - 2009, p. 291)


Fonte: http://www.franciscanossp.org.br/800anos.php

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Precisamos sair de nossas sacristias para encontrar as pessoas

Deu no Instituto Humanitas-Unisinos:
'Precisamos sair de nossas sacristias
para encontrar as pessoas',
afirma ministro-geral dos franciscanos

Os Irmãos Menores, conhecidos como franciscanos, estão em celebração. Neste ano, completam-se os oito séculos desde que São Francisco de Assis fundou a Ordem. Seu ministro-geral, o galego José Rodríguez Carballo, enfrenta com esperança esse aniversário, assim como o Capítulo Geral de maio e pede que se retorne ao Evangelho, "para que nossa vida recupere a beleza e a poesia das origens".

A reportagem é de Darío Menor, publicada no jornal Revista Vida Nueva, 24-04-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Quais são os desafios dos franciscanos hoje?

Os franciscanos, como os demais consagrados, têm como desafio fundamental ser mais contemplativos para ser mais proféticos e comprometidos com a humanidade. Para isso, temos que trabalhar para arraigar a nossa vida no encontro admirativo e entusiasta com Jesus Cristo, que nos chama a segui-lo com a radicalidade com que Francisco o seguiu. Não podemos domesticar a radicalidade que o Evangelho nos propõe para adaptá-la a um estilo de vida cômodo. Temos que voltar ao Evangelho para que a nossa vida recupere a beleza e a poesia das origens onde quer que as tenha perdido ou onde não brilhem como deveriam brilhar.

Quais são os novos caminhos de evangelização na Europa?

Falando concretamente dos franciscanos, penso que, além da fidelidade às exigências fundamentais de nossa vocação franciscana, devemos fazer com que nossa vida seja realmente significativa. Temos que permanecer próximos às pessoas, particularmente das pessoas mais simples (...). Acredito que precisamos sair de nossas sacristias para ir ao encontro das pessoas, ou, como diria São Francisco, ir "inter gentes". A evangelização na Europa passa também pelo trabalho pela justiça, pela paz e pela integridade da criação, assim como pelo diálogo inter-religioso.

Qual é o seu diagnóstico da situação atual do cristianismo na Europa?

A situação não é tão ruim que nos leve a pensar que é preciso começar do zero, nem é tão boa que possamos cruzar os braços. É preciso ter em conta que o cristianismo na Europa tem raízes profundas, o que dá muita estabilidade. Por outro lado, o secularismo e o laicismo estão fazendo com que elementos essenciais da mensagem cristã, às vezes, parecem vir abaixo.

Como a diminuição das vocações está afetando os franciscanos?

Antes de tudo, temos que reconhecer, com gratidão ao Senhor, que a diminuição não é generalizada (...). Mas, sem deixar de levar em consideração esse dado, eu sempre digo que não é o número que salvará o franciscanismo, mas sim a qualidade evangélica de vida que os franciscanos tenham. Mesmo em zonas onde as vocações diminuem, não diminui o compromisso com uma renovação profunda da nossa vida e missão, de acordo com as exigências do nosso carisma e dos sinais dos tempos e lugares.

Extraído de http://www.unisinos.br/ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=21758 acesso em 27 abr. 2009.

Foto: Ministro Geral Frei José Rodríguez Caballo OFM / Hans Braegelmann. 2008. Disponível em http://www.flickr.com/photos/lucasbra/2407664122/ acesso em 27 abr. 2009.


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