“Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Estas são as palavras de santa exortação de nosso reverendo pai São Francisco a todos os irmãos.” (Escritos de S. Francisco).
“As exortações ocupam um lugar de destaque entre os escritos de São Francisco, pois representam, no verdadeiro sentido da palavra, um espelho de perfeição para todo aquele que se sentir chamado para a forma franciscana de vida cristã, pois nelas Francisco retraça muitos aspectos particulares do conceito que forma o cristão ideal. Suas frases são simples, mas cheias de profunda sabedoria da vida, representam marcos inconfundíveis para uma doutrina franciscana sobre a virtude ou para uma ascética no espírito de São Francisco, além de fornecer-nos sempre novas facetas, de surpreendente profundeza, de vida espiritual deste homem de Deus.” (Escritos de S. Francisco).
“Deus Pai habita numa luz inacessível” (1Tm 6.16), e: “Deus é espírito” (Jo 4,24) e “ninguém jamais viu a Deus” (Jo 1,18). Ora, se Deus é espírito, só em espírito pode ser visto e adorado (Cf. Jo 4,23); pois, “o espírito é que dá vida, a carne de nada serve” (Jo 6,63). Também o Filho, sendo igual ao Pai, não pode ser visto por alguém de modo diferente que o Pai e o Espírito Santo. Por isso sofrem danos todos aqueles que viram o Senhor Jesus Cristo em sua humanidade sem enxergá-lo segundo o espírito e a divindade e sem crer que Ele é o verdadeiro Filho de Deus.
De igual modo sofrem danos todos aqueles que - embora vendo o sacramento do corpo de Cristo que, pelas palavras do Senhor, se torna santamente presente sobre o altar, sob as espécies de pão e vinho, nas mãos do sacerdote – não olham segundo o espírito e a divindade, nem crêem que se trata verdadeiramente do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Atesta-o pessoalmente o Altíssimo quando diz: “Este é o meu corpo e o sangue da nova Aliança” (Cf. Mc 14,22); e: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna”.
Por isso é o Espírito do Senhor, que habita nos seus fiéis, quem recebe o santíssimo corpo e sangue do Senhor (Cf. Jo 6,62). Todos aqueles que não participam desse espírito e no entanto ousam comungar, “comem e bebem a sua condenação” (1Cor 11,29). Portanto, “ó filhos dos homens, até quando tereis o coração duro?” (Sl 4,3). Por que não reconheceis a verdade “nem credes no Filho de Deus” (Jo 9,35)? Eis que Ele se humilha todos os dias (Fl 2,8); tal como na hora em que, “descendo do seu trono real” (Sb 18,5) para o seio da Virgem, vem diariamente a nós sob aparência humilde; todos os dias desce do seio do Pai sobre o altar, nas mãos do sacerdote. E como apareceu aos santos apóstolos em verdadeira carne, também a nós se nos mostra hoje no pão sagrado.
E do mesmo modo que eles, enxergando sua carne, não viam senão sua carne, contemplando-o contudo com seus olhos espirituais creram nele como no seu Senhor e Deus (Cf. Jo 20, 28), assim também nós, vendo o pão e o vinho com os nossos olhos corporais, olhemos e creiamos firmemente que está presente o santíssimo corpo e sangue vivo e verdadeiro. E desse modo o Senhor está sempre com os seus fiéis, conforme Ele mesmo diz: “Eis que estou convosco até a consumação dos séculos”. (Mt 28,20). (Escritos de S. Francisco de Assis).
Caríssimos irmãos e irmãs, crer no Corpo e Sangue do Senhor Jesus é participar do maior milagre de amor que se pode ter neste mundo, porque crer é pertencer, é amar Àquele que nos amou primeiro e que nos ama por toda a eternidade. Amém. Assim seja!
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
“As exortações ocupam um lugar de destaque entre os escritos de São Francisco, pois representam, no verdadeiro sentido da palavra, um espelho de perfeição para todo aquele que se sentir chamado para a forma franciscana de vida cristã, pois nelas Francisco retraça muitos aspectos particulares do conceito que forma o cristão ideal. Suas frases são simples, mas cheias de profunda sabedoria da vida, representam marcos inconfundíveis para uma doutrina franciscana sobre a virtude ou para uma ascética no espírito de São Francisco, além de fornecer-nos sempre novas facetas, de surpreendente profundeza, de vida espiritual deste homem de Deus.” (Escritos de S. Francisco).
I Admoestação: Do Corpo do Senhor.
“Deus Pai habita numa luz inacessível” (1Tm 6.16), e: “Deus é espírito” (Jo 4,24) e “ninguém jamais viu a Deus” (Jo 1,18). Ora, se Deus é espírito, só em espírito pode ser visto e adorado (Cf. Jo 4,23); pois, “o espírito é que dá vida, a carne de nada serve” (Jo 6,63). Também o Filho, sendo igual ao Pai, não pode ser visto por alguém de modo diferente que o Pai e o Espírito Santo. Por isso sofrem danos todos aqueles que viram o Senhor Jesus Cristo em sua humanidade sem enxergá-lo segundo o espírito e a divindade e sem crer que Ele é o verdadeiro Filho de Deus.
De igual modo sofrem danos todos aqueles que - embora vendo o sacramento do corpo de Cristo que, pelas palavras do Senhor, se torna santamente presente sobre o altar, sob as espécies de pão e vinho, nas mãos do sacerdote – não olham segundo o espírito e a divindade, nem crêem que se trata verdadeiramente do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Atesta-o pessoalmente o Altíssimo quando diz: “Este é o meu corpo e o sangue da nova Aliança” (Cf. Mc 14,22); e: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna”.
Por isso é o Espírito do Senhor, que habita nos seus fiéis, quem recebe o santíssimo corpo e sangue do Senhor (Cf. Jo 6,62). Todos aqueles que não participam desse espírito e no entanto ousam comungar, “comem e bebem a sua condenação” (1Cor 11,29). Portanto, “ó filhos dos homens, até quando tereis o coração duro?” (Sl 4,3). Por que não reconheceis a verdade “nem credes no Filho de Deus” (Jo 9,35)? Eis que Ele se humilha todos os dias (Fl 2,8); tal como na hora em que, “descendo do seu trono real” (Sb 18,5) para o seio da Virgem, vem diariamente a nós sob aparência humilde; todos os dias desce do seio do Pai sobre o altar, nas mãos do sacerdote. E como apareceu aos santos apóstolos em verdadeira carne, também a nós se nos mostra hoje no pão sagrado.
E do mesmo modo que eles, enxergando sua carne, não viam senão sua carne, contemplando-o contudo com seus olhos espirituais creram nele como no seu Senhor e Deus (Cf. Jo 20, 28), assim também nós, vendo o pão e o vinho com os nossos olhos corporais, olhemos e creiamos firmemente que está presente o santíssimo corpo e sangue vivo e verdadeiro. E desse modo o Senhor está sempre com os seus fiéis, conforme Ele mesmo diz: “Eis que estou convosco até a consumação dos séculos”. (Mt 28,20). (Escritos de S. Francisco de Assis).
Caríssimos irmãos e irmãs, crer no Corpo e Sangue do Senhor Jesus é participar do maior milagre de amor que se pode ter neste mundo, porque crer é pertencer, é amar Àquele que nos amou primeiro e que nos ama por toda a eternidade. Amém. Assim seja!
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
Nenhum comentário:
Postar um comentário