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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É preciso sujar a cidade para disputar eleição?

Ao sair de casa para votar no dia 3 de outubro, olhando a situação das ruas de Canoas e imaginando que aquela imundice de propagandas pelo chão era uma realidade em todo o Brasil, fiquei me perguntando se realmente era preciso sujar as cidades para disputar e tentar ganhar eleição. Sei que tem candidato concorrendo à eleição com ficha suja e outros com a ficha aparentemente limpa, mas com uma vida manchada. E agora muitos políticos mancharam sua eleição com o tipo de propaganda que fizeram. Em Canoas, por onde mais andei, fiz questão observar quais eram os candidatos, partidos e coligações que mais tinham seus panfletos jogados no chão. E constatei que eram em grande parte candidaturas que representam setores e partidos da “direita”. E nem mesmo os “verdes” deixaram de jogar papel nas ruas da cidade. Realmente, era muito dinheiro jogado ao chão, muita poluição que confundia o eleitor. E certamente muitos se perguntavam se aquela sujeira nas ruas não estava simbolizando o modelo político eleitoral do nosso país.

Entendo que, jogar propagandas pelas ruas para que o eleitor se abaixe para recolher um papel e aí decidir seu voto, é uma atitude de desrespeito para com a cidadania. O eleitor está sendo desrespeitado e também a cidade que é nossa casa comum, nosso lugar de convivialidade. O dia reservado para celebrarmos a Democracia, foi um dia de convívio com a sujeira. E muitos daqueles que são eleitos para cuidar dos espaços públicos, transformaram as vias da cidade numa grande lixeira. Não podemos abrir mão de votar, pois, temos muitos candidatos e candidatas no meio povo que são pessoas de ficha limpa e que respeitam o eleitor e sabem fazer campanha com ética e cuidado com a harmonia sociomanbiental. Mas, vale lamentar que uma grande parte dos candidatos, nesta eleição, deram um péssimo testemunho ao jogar suas sobras de propagandas nas ruas da cidade. Precisamos fazer um protesto e exigir que esta contra façanha, ou seja, esta asnice ou disfeita não se repita nem sirva de exemplo para as próximas eleições.

Pilato Pereira

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