Desde que o homem pecou pela primeira vez,
que a condição pecaminosa ou a inclinação
para o mal,
passou a fazer parte de sua vida...
Deste modo, o pecado se tornou não apenas um
enorme peso,
mas também sinônimo de todo tipo de tragédia,
de morte,
e de perdição temporal e eterna...
E isto acompanha a humanidade em sua trajetória
existencial, rumo ao desfecho definitivo que se dá com a morte temporal...
Pela revelação divina, sabemos que o homem
conheceu o pecado quando decidiu pela desobediência a Deus, aceitar a sugestão satânica
de ser como Deus, a partir de suas próprias decisões sem a participação da
graça divina...
Assim, cedeu ao mal sua liberdade e tudo o
que tinha recebido de Deus; e o mal passou a querer dominá-lo a todo custo e a
mantê-lo sob jugo de seu maléfico poder, mediante à escravidão das paixões
desordenadas...
E então, como se libertar de tudo isto?
O que fazer para reconquistar a liberdade,
perdida pela desobediência e o subjugo das concupiscências?
Só existe um meio de sermos livres do
pecado,
do poder do inferno e da morte eterna...
Esse meio se chama Jesus Cristo,
o Filho de Deus vivo e está presente no
meio de nós...
E é por sua obediência agindo em nós que
nos reconciliamos com Deus, nosso Pai e Senhor de nossa vida...
Com efeito, assim escreveu São Paulo:
“Mas quando veio a plenitude dos tempos,
Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a
fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção.
A prova de que sois filhos é que Deus
enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gl
4,4-5).
Por isso: “De agora em diante, já não há
nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo [pelo batismo que
recebemos].
A lei do Espírito de Vida me libertou, em
Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte. O que era impossível à lei, visto
que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por causa do pecado, o
seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na
carne, a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que
vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito”. (Rm 8,1-4).
“Portanto, irmãos, não somos devedores da
carne, para que vivamos segundo a carne. De
fato, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito
mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são conduzidos
pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porquanto não recebestes um espírito
de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção
pelo qual clamamos: Aba! Pai! (Rm 8,12-15).
(Cf. 2Cor 5,12-21.6,1-2).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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