Arquivo do blog

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Deus age sempre para sanar as nossas impossibilidades por meio da fé...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 1,5-25)(19/12/24)

1. Caríssimos, no mais das vezes rezamos confiando em nós mesmos ou não levando em conta a nossa própria oração; e mesmo quando somos atendidos, às vezes também ficamos como Zacarias, que mesmo estando diante do Anjo do Senhor e ouvindo dele a confirmação do atendimento de sua oração, ainda assim duvidou, porque olhou tão somente para a sua miséria e não para a graça de Deus que lhe tirava dela.

2. De fato, a oração é o encontro da nossa miséria com a solução dela que vem do Senhor; por isso, é diálogo, é silêncio, é escuta da resposta por mais simples que seja. Ora, se as tentações nos falam e se darmos atenção a elas corremos o risco de pecar; com muito mais razão Deus nos fala no mais íntimo do nossa coração. 

3. Decerto, muitos rezam, mas poucos se encontram realmente com o Senhor em sua oração; talvez porque pensam que Ele não os escuta; quando na verdade, somos nós que não paramos, não lhe damos tempo, e não fazemos silêncio para o escutar, pois o silêncio dos nossos sentidos são os ouvidos de nossa alma que escuta o que Deus nos fala. 

4. Sei lá quantos já se perderam na vida por confiaram em si mesmos e não no Senhor que está sempre pronto para nos ajudar. Ouçamos, então, esta belíssima oração do salmo 26 para aprendermos com o salmista como devemos rezar: "Escutai, Senhor, a voz de minha oração, tende piedade de mim e ouvi-me. 

5. Fala-vos meu coração, minha face vos busca; a vossa face, ó Senhor, eu a procuro. Não escondais de mim vosso semblante, não afasteis com ira o vosso servo. Vós sois o meu amparo, não me rejeiteis. Nem me abandoneis, ó Deus, meu Salvador."

6. Com efeito, na liturgia de hoje, percebemos que Deus age no inusitado da esterilidade de Ana e Isabel, na velhice de Manué e Zacarias, e desse modo eles cooperaram com o grande mistério da nossa salvação; mas tudo isso, porque confiaram e se entregaram ao Senhor mesmo em meio às impossibilidades que os detinham.

7. Portanto, caríssimos, quando nos entregamos a Deus, nosso Pai, para realizarmos a sua vontade, Ele age em nosso viver, mesmo que estejamos impossibilitados pelo inusitado de nossa contingência; pois assim o faz para dar continuidade ao seu plano de amor em favor da nossa salvação.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Firefox