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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

A autoridade do Senhor Jesus é inquestionável...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 21,23-27)(15/12/25)

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1. Caríssimos, quem procura o Senhor para conhecer a verdade nunca o questiona ou duvida de Sua autoridade porque encontra Nele a essência da vida; ao contrário, quem dele duvida e o questiona o faz porque se encontra fechado à verdade eterna e por isso sempre julga conforme os próprios critérios e não segundo os critérios de Deus.

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2. Com efeito, vemos isso na primeira leitura em que o Profeta Balaão "alugado" pelo rei Balaque partiu para proferir maldições contra o povo de Deus, mas ao encontrar-se com o anjo do Senhor foi iluminado com a sabedoria divina e proferiu bênçãos ao invés de maldições. Ou seja, quem se abre para a graça de Deus, ainda que esteja no erro não se deixa enganar e nem engana, porque o Senhor protege sempre seus filhos e filhas.

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3. Escutemos então este comentário do saudoso Papa Francisco: "No trecho do Evangelho de hoje (Mt 21, 23-27) proposto por essa liturgia, ao contrário, vemos homens que não têm esta liberdade, não têm horizontes, homens fechados nos seus cálculos. A ponto que os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo perguntam ao Senhor: “Com que direito fazes isso? Quem te deu esta autoridade?”.

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4. À pergunta sucessiva de Jesus, antes de responder “não sabemos”, fazem os seus cálculos: “Mas se respondermos isto corremos este perigo, e se dissermos outra coisa...”. Contudo, os cálculos humanos fecham o coração, fecham a liberdade. É a esperança que nos torna ligeiros. Eis que esta hipocrisia dos doutores da lei, que está no Evangelho e que fecha o coração, nos torna escravos: eles eram escravos.

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5. Por um lado, há quem tem esperança na misericórdia de Deus e sabe que Deus é Pai, que Deus perdoa sempre e tudo, e que além do deserto existe o abraço do Pai, o perdão. Mas, por outro, há também aqueles que se refugiam na sua escravidão, na própria rigidez, e não sabem nada da misericórdia de Deus. Aqueles sobre os quais fala o Evangelho de Mateus: eram doutores, tinham estudado, mas a sua ciência não os salvou." (Papa Francisco, meditação matutina, 14/12/15).

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6. Portanto, caríssimos, "este episódio é uma poderosa lição sobre a verdadeira fé versus a religiosidade vazia. Ela nos desafia a examinar-nos: Minha busca pela verdade é genuína, ou estou apenas tentando encaixar Deus em meus esquemas e jogos de poder? O coração que se nega a crer no que é evidente (a missão de João) jamais receberá a revelação maior (a autoridade de Jesus).

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7. Destarte, este Evangelho nos ensina que o Reino de Deus e a Sua autoridade não se revelam àqueles que se aproximam com o coração fechado, com segundas intenções e com aversão à verdade. A autoridade de Jesus não é algo que se prova por argumentos lógicos, mas que se reconhece pela fé humilde, como fizeram os publicanos e as prostitutas, que creram em João Batista."

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

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