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terça-feira, 27 de maio de 2008

AMÉM! ASSIM SEJA!

AMÉM! ASSIM SEJA!

“Assim fala o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus”.
(Ap 3, 14b).

A palavra é para o hebreu mais do que apenas um som, ela representa a própria identidade do que fala, por isso, o hebreu sintetiza toda sua experiência em poucas palavras. Jesus se referindo aos seus dizia: “Para bom entendedor, meia palavra basta”. Ou: “Quem tiver ouvidos para ouvi que ouça”. Por isso, o “amém” vem sempre no final de cada oração, suplica ou invocação do Senhor, pois, ele representa uma síntese do que foi falado a Deus; ou ainda, uma confirmação daquilo que foi dito pelo Senhor ou ao Senhor.

“Em hebraico, a palavra “amém” está ligada à mesma raiz da palavra “crer”. Esta raiz exprime a solidez, a confiabilidade, a fidelidade. Assim, compreendemos porque o “amém” pode ser dito da fidelidade de Deus para conosco e de nossa confiança nele.

No profeta Isaías encontramos a expressão “Deus de Verdade”, literalmente “Deus do amém” , isto é, o Deus fiel às suas promessas: “Todo aquele que quiser ser bendito na terra quererá ser bendito pelo Deus do amém” (Is 65,16). Jesus emprega com freqüência o termo “amém” (Cf Mt. 6,2.5.16), por vezes em forma duplicada (Cf Jo 5,19), para sublinhar a confiabilidade de seu ensinamento, sua autoridade fundada na verdade de Deus”. (CIC).

Vejamos agora o exemplo de confirmação da oração do “Creio em Deus Pai....”. “O “amém” final do Credo retoma e confirma suas duas primeiras palavras: “eu creio”. Crer é dizer “amém” às palavras, às promessas, aos mandamentos de Deus, é confiar totalmente naquele que é “Amém” de infinito amor e de fidelidade perfeita”. (CIC). Outro exemplo de “amém” acontece na oração do “Pai nosso”; normalmente na missa os fieis costumam rezar o “amém” logo após o término desta oração, mas na liturgia o “amém”, como resposta de confiança na providência divina, se dá logo após as duas orações que seguem à oração do “Pai nosso” e não após o “Pai nosso”, pois, o “amém” é como que uma entrega à providência divina, é um confiar-se às mãos do Pai de misericórdia a quem pertencemos.

Prezados leitores e leitoras, o “amém” também pode ser um reconhecer a validez da palavra pronunciada e um comprometer-se com ela pessoalmente. Quando respondo “amém”, minha resposta torna-se minha adesão à verdade do que sou em comunhão com a vontade eterna de Deus. Com isso, ponho-me à disposição do Senhor para que “faça- se em mim segundo a Sua Palavra”.

Em suma, irmãos e irmãs, podemos dizer que “o próprio Jesus é ‘o amém’ (Ap 3,14). Ele é o ‘Amém’ definitivo do amor do Pai por nós; assume e consuma nosso “Amém” ao Pai: “todas as promessas de Deus, com efeito, têm em Cristo Jesus seu sim; por isso, é por Ele que dizemos “amém” a Deus para a glória de Deus” (2Cor 1,20):

Por Cristo com Cristo, em Cristo,
a vós, Deus Pai todo-poderoso,
na unidade do Espírito Santo,
toda honra e toda glória,
agora e para sempre.
AMÉM”. (CIC).

“Aquele que atesta estas coisas diz: ‘Sim! Eu venho em breve!’ Amém. Vem, Senhor Jesus!”. (Ap 22,20b).

Paz e Bem!

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