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domingo, 2 de agosto de 2009

Liberdade e Vontade em Boécio

Por Sávio Laet de Barros Campos.

Bacharel-Licenciado em Filosofia Pela
Universidade Federal de Mato Grosso


1.1) Deus, Causa e Fim de Todas as Coisas

No seu cárcere a espera da morte, Boécio parece se desesperar e lamenta a sua sorte. Só encontra consolo no seu estoicismo cristianizado, que lhe apregoa a existência de um Deus, ser perfeito e governador do mundo.1 De fato, parece impossível que um universo tão bem ordenado, seja conduzido somente pelo acaso: “(...) Seria impossível crer que um universo tão bem ordenado fosse movido pelo cego acaso: sei que Deus preside aos destinados à Sua obra, e nunca me desapegarei dessa verdade”.2 Destarte, Deus não é apenas o princípio de todas as coisas, mas também o fim para o qual todas elas se encaminham. De fato, para quem conhece o princípio, não saber qual seja o fim é estultice:

‘Então sabes donde provêm todas as coisas? ‘Sim’, respondi, e eu lhe disse que provinham de Deus. ‘ E como podes conhecer o princípio de tudo e ignorar o fim?’.3


1.2) Submeter-se à Vontade de Deus

Agora bem, se o fim de todas as coisas é Deus, então não há o que temer.4 Com efeito, se Ele é o governador do mundo, as situações nas quais nos encontramos, inclusive os infortúnios, lhe estão sujeitas. Por conseguinte, cabe, pois, àquele que reconhece ser a nossa vida governada, não pela Fortuna, mas por Deus, aceitar os reveses com docilidade.5 Sem embargo, é a ignorância destas verdades, que nos causa temor diante do sofrimento e da morte. Desta feita, quando nos esquecemos de que o verdadeiro soberano é Deus, e que é por suas leis que o universo é regido, então pensamos inocuamente que são os ímpios os que são felizes:

"É porque desconheces qual é a finalidade do universo que tu imaginas felizes e poderosos os que te acusam. É porque esqueceste as leis que regem o universo que julgas que a Fortuna segue seu curso arbitrário e que ela é deixada livre e soberana. Tais são as causas temíveis, não digo apenas da doença, mas até da morte."6


1.3) A Cegueira das Paixões e a Nossa Liberdade

Ora bem, e o que nos cega para enxergar estas verdades, são as nossas paixões. Desta sorte, é preciso, pois, dominá-las. Enquanto o Orbe segue o seu curso natural e atinge o seu fim, ao homem – para que o atinja – cumpre ainda não ser complacente consigo mesmo, resistindo assim aos seus desejos ignominiosos. De fato, enquanto os demais seres alcançam o seu fim naturalmente; ao homem, entretanto, foi concedido alcançar o seu fim livremente, pois vontade é sinônimo de liberdade. O que todos os seres naturais fazem naturalmente, ao homem é dado fazer voluntariamente7:

"Quem quer ser poderoso

Que Domine suas ávidas paixões

E não se abandone ao prazer,

Companheiro tão vergonhoso.

Mesmo se nos confins da Terra

O Indo obedece às tuas leis

E Tule mesmo treme à tua voz,

Afasta teus negros desejos,

Cessa de ter complacência contigo

Senão, não serás poderoso."8



1.4) Liberdade e Providência

Com efeito, se conseguimos ter o domínio sobre nossas paixões, refreando-as, somos livres. Mas como ser livre, se a Providência tudo dispõe de antemão, e se o próprio acaso está a ela sujeito? :

"Podemos portanto definir o acaso como um acontecimento inesperado, resultado de uma somatória de circunstâncias, que parece no meio de ações realizadas com uma finalidade precisa; ora, o que provoca um tal conjunto de circunstâncias é justamente a ordem que procede de um encadeamento inevitável e tem como fonte a Providência, que dispõe todas as coisas em seus lugares e tempos."9


Todos ser racional é, ipso facto, livre. E ser livre é poder julgar e saber discriminar o que é bom do que é mal. Portanto, possuir o livre-arbítrio é poder escolher o que é desejável e evitar o que se julga, deva ser evitado. Ora bem, todos os seres racionais, podem julgar o que é bom e o que é mal, bem como fazer as suas escolhas, de acordo com os seus julgamentos:

"(...) o livre-arbítrio existe, e nenhum ser dotado de razão poderia existir se não possuísse a liberdade e a faculdade de julgar. Com efeito, todo ser naturalmente capaz de usar a razão possui a faculdade do juízo, que lhe permite distinguir as coisas. Portanto, é ele que julga o que deve ser evitado e o que deve ser procurado. E, assim procura-se tudo aquilo que se julga ser desejável, enquanto se faz tudo para evitar o que se julga deva ser evitado. E é dessa forma que os seres providos de razão são igualmente providos de faculdade de dizer sim ou não."10

Contudo, nem todos os seres providos de razão, possuem a liberdade na mesma proporção. De fato, as substâncias separadas, possuem um juízo excelente e são capazes de realizar os seus desejos. Já as almas dos homens, serão tanto mais livres, quanto mais se mantiverem ligadas à contemplação da inteligência divina, e serão tanto menos livres, quanto mais se voltarem para as coisas corporais, e serão ainda mais reduzidas à servidão, se se ligarem à carne. Destarte, o grau extremo de escravidão do homem, é quando, dominado por seus vícios, deixa de usar a sua razão:

"Mas atenta para o fato de que nem todos os seres a possuem na mesma proporção. De fato, as substâncias celestes e divinas possuem um juízo profundo, uma vontade sem mácula e a capacidade de realizar seus desejos. Quanto às almas humanas, são necessariamente mais livres quando se mantêm na contemplação da inteligência divina, e menos livres quando descem para juntar-se às coisas corporais, e menos livres ainda quando se ligam à carne. E elas alcançam o fundo da servidão quando, levadas pelos vícios, deixam de ter a posse de sua própria razão."11

Ao contrário, o supremo grau da liberdade e da felicidade humana, consistirá sempre em ser o homem senhor de si mesmo, livrando-se das coisas terrenas, deixando-se guiar pela sua razão, mas só poderá fazê-lo, se estiver unido a Deus:

"Vou te mostrar no que consiste a suprema felicidade. A teu ver há algum bem mais precioso do que tua própria vida? “Não”, responderás. Então, se consegues ser senhor de ti mesmo, possuirás algo que jamais poderás perder nem a Fortuna te arrebatar."12

Com efeito, ser feliz é ser livre, mas o homem só será livre verdadeiramente, quando puder viver de acordo com a sua razão. Agora bem, ele só poderá viver de acordo com a sua razão, se estiver unido a Deus. Mas ele só estará unido a Deus, quando conformar à sua vontade a vontade de Deus. Portanto, em última análise, fazer a vontade de Deus, é a suprema felicidade: “(...) é preciso admitir que Deus é a suprema felicidade”13. Destarte, é no querer o que Deus quer, que residirá, justamente, o grau supremo de nossa liberdade.14 Donde, Providência – que é precisamente o desígnio divino – e liberdade, longe de se excluírem, caminham juntas: “Longe de se excluírem, a Providência de Deus e a liberdade do homem se completam harmoniosamente.”15



1.5) Liberdade e Presciência

Ora bem, permanece, entretanto, uma certa aporia. Com efeito, como conciliar o fato de Deus conhecer todas as coisas de antemão, e as ações humanas serem livres? Sem embargo, se Deus é infalível na sua presciência, se conhece as nossas ações e vontades, não poderá haver ato livre, pois as nossas ações, intenções e vontades, seriam então determinadas por Deus. De fato, se nossas ações são livres, como Deus poderia conhecê-las previamente? Se a liberdade é determinar-se a si mesmo, e se quem determina nossas ações é a Providência Divina – que tudo governa – como seremos nós livres? Além disso, se ser livre é ser capaz de escolher, mas se não podemos escolher senão o que a Providência de Deus determinou, como se daria esta nossa liberdade? Por outro lado, se admitirmos que a Providência Divina possa falhar em seus desígnios, não haverá mais em Deus, firme presciência do futuro, mas opinião falha, o que seria sacrílego acreditar:

"Pois, se Deus prevê tudo e não se pode enganar de forma alguma, tudo se produz conforme a Providência previu. Deste modo, se ela conhece tudo previamente desde toda eternidade, e não apenas as ações dos homens mas também suas intenções e vontades, não seria possível haver qualquer livre-arbítrio. Com efeito, não se produzirá nenhuma ação ou vontade, seja qual for, que não tenha sido prevista anteriormente pela Providência divina, que é capaz de se enganar. De fato, se esses acontecimentos podem tomar outro rumo que aquele que ele previu, não falaríamos mais numa firme presciência do futuro, mas na realidade de uma opinião incerta, o que seria, no meu ponto de vista, um sacrilégio."16

Com efeito, alguns filósofos diziam que as coisas não acontecem porque a Providência as prevê, mas a Providência as prevê porque elas irão, necessariamente, acontecer. Desta sorte, seria, pois, invertida a ordem, e a Providência Divina ficaria à mercê dos acontecimentos e não o contrário:

"E é fato que eu não partilho a opinião e os raciocínios de alguns filósofos pelos quais eles acreditam poder desatar o nó do problema. Segundo eles, se algo acontece não é porque a Providência tenha previsto que devia acontecer; pelo contrário, é porque algo deve acontecer que a Providência divina é instruída de tal fato; portanto a proposição fica invertida, pois desse modo não é necessário que os acontecimentos ocorram porque foram previstos, mas é necessário que eles sejam previstos porque vão acontecer."17

Daí, que a solução para este problema, consiste no fato de que, embora Deus conheça antecipadamente os acontecimentos futuros, estes não são determinados pela sua presciência.18

Para aclarar esta opinião, suponhamos que não haja presciência. Ora, em tal caso, a vontade poderá determinar-se a si mesma, sem incorrer em necessidade.19 Digamos agora que haja presciência, mas aduzindo de que ela não imponha nenhuma necessidade à coisa. Ora, a vontade então permanecerá livre da mesma forma.20


No entanto, em que consistirá, neste caso, finalmente, a presciência? Ela será, pois, um sinal de que acontecimentos futuros acontecerão. Ora, um sinal indica apenas que algo acontecerá, sem, contudo, fazê-lo acontecer:

"Mas tu me dirás que, mesmo que a presciência não cause necessariamente os acontecimentos futuros, ela não deixa de ser sinal de que estes acontecimentos ocorrerão necessariamente. Por conseguinte, mesmo que não tenha havido presciência, a realização dos acontecimentos futuros será claramente estabelecida como necessária: pois um sinal, seja qual for, indica apenas o que é, mas não pode criar o que ele indica."21

Destarte, o conhecimento do presente, não torna necessárias as coisas que nele acontecem.22 Ora, Deus vive como que num eterno presente.23 Logo, para Ele é possível conhecer o futuro, sem, entretanto, subtrair-lhe a liberdade. Deus, portanto, prevê infalivelmente, atos livres enquanto livres.24

Deus é eterno, e a eternidade é a posse total, perfeita e simultânea de uma vida sem fim”.25 Logo, enquanto para nós existe um antes e um depois, para Deus tudo está perfeito e simultaneamente presente.26 De modo que, como dissemos acima, podem-se conhecer as coisas presentes, sem excluir-lhes a liberdade. De maneira que, Deus pode conhecer as coisas futuras – as ações livres e necessárias – que para Ele são presentes, sem determiná-las:

"Portanto, há um antes e um depois nos acontecimentos, mas não no conhecimento totalmente presente que Deus tem deles. (...); portanto, ele vê eternamente o necessário como necessário e o livre como livre."27

Boécio abarca, magistralmente, numa única cadeia de raciocínios, todas estas realidades que tentamos de descrever, na seguinte passagem do De Consolatione:

"Conseqüentemente se a Providência vê algo como estando presente, esse algo necessariamente deve estar, embora ela não possa imprimir nenhuma necessidade que esteja ligada a uma natureza distinta. Ora, Deus vê como presentes os acontecimentos futuros que resultam do livre-arbítrio. Por conseguinte, esses acontecimentos, do ponto de vista do olhar divino, tornam-se necessários e submetidos a uma condição que é o conhecimento divino; mas, considerados em si mesmos, não perdem a absoluta liberdade de sua natureza. Daí resulta que todos os acontecimentos que Deus conhece de antemão e que vão se produzir produzir-se-ão com certeza; mas alguns deles provêm do livre-arbítrio e, embora se produzam, não perdem ao se realizarem sua natureza própria, segundo a qual, antes que ocorram, poderiam não acontecer."28



1.6) Providência e Destino

Todo ser criado, sujeito à mudança e à evolução, todas as coisas deste mundo enfim, que de alguma forma se movimentam, encontram em Deus a sua causa, ordem e estabilidade. Agora bem, enquanto esta regra, segundo a qual Deus governa todas as e à qual todas as coisas estão sujeitas, subsiste na inteligência divina, damos a ela o nome de providência. Quando se considera, entretanto, o cumprimento destes decretos eternos de Deus no tempo, dá-se o nome de destino:

"Tudo o que vem ao mundo, todos os seres sujeitos à mudança e à evolução, tudo o que se move de uma certa maneira, encontram sua causa, sua ordem e sua forma na inteligência divina. Esta, firme na cidadela de sua indivisibilidade, fixa uma regra multiforme ao governo do universo. Quando se considera esta regra do ponto de vista da pureza da inteligência divina, chamamo-la Providência; mas quando se a considera com relação àquilo que ela põe em movimento e ordena, é o que os antigos chamavam Destino."29

Estas duas realidades estão, pois, interligadas, pois o destino só se realiza enquanto procede da Providência. Assim como a casa preexiste na mente do artista e só depois, e por partes, ele a executa, assim também, a Providência divina fixa o que deve ser feito uma vez por todas, enquanto o Destino cumpre, em meio à temporalidade e multiplicidade, aquilo que já estava prefixado pela Providência. Porquanto, o destino é a execução, no tempo, daquilo que a inteligência divina fixou para ser realizado:

"Embora se trate de duas coisas diferentes, elas dependem uma da outra: o desenvolvimento do Destino procede da indivisibilidade da Providência. Com efeito, do mesmo modo que um artista começa por representar mentalmente a forma de sua criação antes de passar para a realização, e além disso cumpre por etapas sucessivas aquilo que estava representado em suas linhas gerais, assim também Deus fixa pela Providência o que deve ser feito, uma só vez e definitivamente, enquanto o Destino organiza na multiplicidade e na temporalidade exatamente aquilo que foi fixado."30

Cumpre destacar ainda, que tudo o que está subordinado ao Destino, está, concomitantemente, sob o governo da Providência, até porque, o próprio destino está sob o comando da Providência. No entanto, importa dizer, que nem todas as coisas que estão submetidas à Providência, estão submetidas ao Destino:

"Segue-se que tudo o que é subordinado ao Destino o é também à Providência, à qual está submetido o próprio Destino, mas que certas coisas que estão sob o controle da Providência não estão subordinadas ao encadeamento do Destino."31

De fato, podemos escapar do Destino, à medida que nos unimos à inteligência divina, e contrariamente, podemos nos tornar joguetes dele, à medida que nos afastamos de Deus. Destarte, a mobilidade e os incursos do Destino podem ser, pois, totalmente afastados, por aquele que adere perfeitamente à inteligência suprema, a qual é imóvel e torna imóvel quem dela se aproxima:

(...) segundo o mesmo raciocínio, quanto mais alguma coisa se distancia da inteligência suprema, mais e mais os liames do Destino a envolvem, enquanto alguma é tanto menos dependente do destino quanto mais se aproxima do pivô do universo. E, se ela adere firmemente à inteligência suprema, desprovida de todo movimento, torna-se também imóvel e escapa à dominação do Destino."32


Notas:

1 Philotheus Boehner. História da Filosofia Cristã. p. 217: “E´ no contexto de suas extensas pesquisas morais que vamos encontrar as idéias de Boécio sobre a vontade. O seu conhecimento é indispensável para a compreensão do problema ventilado no De consolatione philosophie. Encarcerado e ameaçado de morte, Boécio não encontra consolo senão no estoicismo atenuado da moral cristã. Existe um Deus que, além de perfeito, é também Providência.”

2 Boécio. A Consolação da Filosofia. I, 12.

3 Idem. Op. Cit.

4 Idem. Philotheus Boehner. História da Filosofia Cristã. p. 217: “O Sumo Bem não é apenas o princípio de todas as coisas, mas também seu fim último.”

5 Idem. Ibidem: “Existe um Deus que, além de perfeito, é também Providência. Sendo assim, cumpre-nos esposar amorosamente as decisões de sua vontade.”

6 Boécio. Op. Cit. I, 12.

7 Philotheus Boehner. História da Filosofia Cristã. p. 217: “O que todos os demais seres fazem naturalmente, o homem deve fazê-lo voluntariamente. Vontade é sinônimo de liberdade.”

8 Boécio. Op. Cit. III, 10.

9 Idem. Op. Cit. V, 1.

10 Idem. Op. Cit. V, 3.

11 Idem. Op. Cit.

12 Idem Op. Cit. II, 7.

13 Idem. Op. Cit. III, 19.

14 Philotheus Boehner. História da Filosofia Cristã. p. 217: “O supremo grau de liberdade e, portanto, de felicidade, está em se querer o que Deus quer e em se amar o que Ele ama (...)”.

15 Idem. Ibidem.

16 Boécio. Op. Cit. V, 5.

17 Idem. Op. Cit.

18 Idem. Op. Cit: V, 7: “Conseqüentemente, se o fato de se conhecerem tais coisas antes não confere nenhuma necessidade às coisas futuras, caso que reconheceste há pouco, qual seria a razão pela qual a realização das coisas que dependem da vontade fosse dirigida forçosamente a um termo fixado anteriormente?”.

19 Idem. Op. Cit: “‘Pela necessidade do raciocínio e a fim de que vejas a conseqüência que daí resulta, suponhamos que não haja a presciência. Supondo-se isso, os acontecimentos determinados por uma vontade livre estariam sujeitos à necessidade? ’ ‘De forma alguma. ’”

20 Idem. Op. Cit: “Suponhamos agora que haja presciência, mas que ela não imponha nenhuma necessidade às coisas; segundo julgo, a vontade manterá sua inteira e absoluta liberdade.”

21 Idem. Op. Cit; Philotheus Boehner. História da Filosofia Cristã. p. 218: “A presciência divina é indício de um ato livre, e não sua causa; quer seja previsto, quer não, o ato se realiza da mesma maneira: o fato de ser previsto não tem o efeito de determiná-lo.”

22 Boécio. Op. Cit V, 7: “Eis, portanto, o gênero de acontecimentos que, embora já antes conhecidos, se realizam livremente, pois, assim como o conhecimento do presente não torna necessários os fatos que se realizam, da mesma forma a presciência do que vai acontecer não impõe nenhuma necessidade aos acontecimentos futuros.” (O itálico é nosso).

23 Etienne Gilson. A Filosofia na Idade Média. p. 170: “Deus vive, pois, num perpétuo presente.”

24 Idem. Ibidem: “Deus prevê infalivelmente os atos livres, mas os prevê enquanto livres (...)”.

25 Idem. Ibidem.

26 Philotheus Boehner. Ibidem. p. 218: “Devemos representar-nos Deus como existindo num eterno presente e de maneira totalmente extratemporal.”

27 Etienne Gilson. A Filosofia na Idade Média. p. 170

28 Boécio. Op. Cit V, 11.

29 Idem. Op. Cit. IV, 11.

30 Idem. Op. Cit.

31 Idem. Op. Cit.

32 Idem. Op. Cit.


BIBLIOGRAFIA

BOÉCIO. A Consolação da Filosofia. Trad: Willian Li. São Paulo: MARTINS FONTES, 1998.

GILSON, Etienne. A Filosofia Na Idade Média. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: MARTINS FONTES, 1995. p 159 a 175.

PHILOTHEUS BOEHNER, Etienne Gilson. História da Filosofia Cristã, Desde as Origens até Nicolau de Cusa. 7ºed. Trad. Raimundo Vier. Rio de Janeiro: VOZES, 2000. p. 209 a 222.

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Artigos Relacionados:

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Filosofia Como Salvação da Alma

Cristologia de São Boaventura


Nota do Editor do Blog
Ilustração:
Iluminura de um manuscrito da
De Consolatione Philosophiae,
feita em Itália no ano de 1385,
mostrando Boécio a ensinar os seus pupilos.
Extraída de http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Boethius_initial_consolation_philosophy.jpg
acesso em 02 ago. 2009.

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