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sexta-feira, 28 de maio de 2010

A MÃE DE DEUS É TAMBÉM MÃE DA IGREJA























A MÃE DE DEUS É TAMBÉM MÃE DA IGREJA

Deus não tem princípio nem fim porque Deus é e sempre será, ou seja, Deus é Infinito; porém, ao assumir a natureza humana, na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, segunda Pessoa da Trindade Santa, em Seu Mistério de Amor, Deus quis nascer, quis ter uma Mãe; e na nova economia da salvação, pela qual fez novas todas as coisas, no-la deu como a nova Eva, isto é, a mãe de todos os filhos do Reino, que tem na visibilidade da Igreja sua estadia neste mundo.

Ora, a primeira providência divina na economia da salvação da humanidade foi exatamente a gestação da Igreja, nascida do coração de Jesus, tendo Pedro como sua pedra fundamental: “E eu te declaro, disse Jesus à Céfas: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,18-19). Visto que, Jesus é o Filho de Maria (Cf. Jo 19, 26-27), logo, a Mãe do Filho de Deus é também Mãe da Igreja, Seu Corpo Místico, do qual Ele é a Cabeça e nós somos os membros, conforme nos ensina São Paulo (Cf. Col 1,18.24).

Vejamos como foi dado esse título à Virgem Santíssima: “Mãe da Igreja é um título, oficialmente dado a Virgem Maria durante o Concílio Vaticano II pelo Papa Paulo VI”. (*) Em seu discurso, o Santo Padre dizia: "Para a glória da Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria MÃE DA IGREJA, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos Pastores que lhe chamam de Mãe Amorosíssima; e queremos que com esse título suavíssimo seja a Virgem doravante honrada e invocada por todo o povo cristão". (Paulo VI, discurso de 21 de novembro de 1964).

“Esse título foi utilizado pela primeira vez por Santo Ambrósio de Milão (338 - 397) e redescoberto por Hugo Rahner, um jesuíta irmão do teólogo Karl Rahner. Maria é vista como mãe da Igreja e de todos os seus membros, ou seja, todos os cristãos, pois os cristãos na Bíblia são parte do corpo de Cristo, a Igreja, [como foi dito acima]. Eles, portanto, compartilham com Cristo a paternidade de Deus e também a maternidade de Maria”. (*)

O Catecismo da Igreja Católica afirma: "A Virgem Maria... É reconhecida e honrada como a verdadeira Mãe de Deus e do Redentor... Ela é também verdadeiramente ‘Mãe dos membros de Cristo... porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta Cabeça’. (LG 53)... Maria, Mãe de Cristo, Mãe da Igreja”. (CIC 963).

Portanto, vemos que Deus, sem princípio nem fim, “o Pai de nossas almas” (Cf. Hb 12,9), quis uma mãe para Si neste mundo e nos deu essa Mãe para formarmos sua Família divina, presente em Seu Corpo Místico, a Igreja que caminha a passos largos rumo à plenitude do Reino dos Céus.

Oração: “Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte”. Amém! (Liturgia bizantina, Tropário da Festa da Dormição).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.




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