1 ORIGEM E ASPECTOS HISTÓRICOS DA OFS
Sendo Francisco de Assis chamado "o santo da fraternidade 
universal", por ter abraçado toda a criação como sua irmã, não poderia 
deixar de atender ao Espírito de Deus, que o inspirou a orientar à 
vivência do Evangelho a todos os filhos de Deus, inclusive aqueles 
homens e aquelas mulheres que desejavam viver em penitência em suas 
próprias casas. 
      
Na história das "Ordens Terceiras", consideradas como 
realidades autônomas, encontra-se que esta denominação foi usada 
oficialmente pela primeira vez com relação à Terceira Ordem Franciscana 
num testamento de 1292 .
      
Em razão da absoluta precedência de São Francisco na orientação
 espiritual de grupos penitenciais, os "collegia" dos penitentes que 
seguiam os ensinamentos de São Francisco acabaram por dar lugar à Ordem 
da penitência de São Francisco . Isto no sentido oficial, quando teria 
sido institucionalizada pela Igreja. Popularmente já era conhecida e 
utilizada esta expressão desde os tempos da vida de São Francisco de 
Assis.
      
A Ordem Franciscana Secular, assim chamada depois do Concílio 
Vaticano II, em conseqüência do "aggiornamento" pós conciliar, é uma 
associação pública na Igreja , formada por fiéis privilegiados, por 
serem beneficiários de uma "graça concedida em favor de determinadas 
pessoas" , para viver uma vocação específica, com uma precisa identidade
 .
      
A vida apostólica de São Francisco e de seus primeiros 
companheiros, indiscutivelmente, teve início na sua experiência de 
"conversão" (metanoia). Sua conversão se expressou num compromisso 
pessoal de transformação interior e num dom de iluminação para os 
outros. Converter-se significa reconhecer a universal paternidade de 
Deus sobre toda a criação e significa reconhecer a universal 
fraternidade do homem com todas as coisas criadas.
      
A experiência de vida apostólica de São Francisco e de seus 
primeiros companheiros resume-se no seu esforço de converter-se e de 
pregar a conversão: facere et praedicare poenitentiam. Inicialmente, 
eles são (e são reconhecidos como) os "Penitentes de Assis" .
      
O "Memoriale propositi", que vigorou de 1221 a 1228, foi um 
documento da Igreja dirigido a todas as fraternidades de penitentes em 
geral, dentre eles, os de Assis. Foi aprovado pelo Papa Gregório IX para
 todos os penitentes da época, portanto sem nenhuma influência de 
Francisco de Assis.
      
Na Regra Não Bulada dos Frades Menores – (Cap. XXIII, 16 a 22),
 consta o ardente desejo de Francisco  pela salvação de toda a 
humanidade. 
        A inspiração original de Francisco consta da "Carta aos Fiéis", 
que é hoje o Prólogo da Regra de 1978.
      
O Papa Nicolau IV (que era frade menor) em 18 de agosto de 1289 
 aprovou a Bula "Supra Montem", com a qual a Ordem da Penitência do 
mundo inteiro foi confiada ao cuidado dos Frades Menores como 
visitadores e procuradores de suas fraternidades, sendo que, deste 
apostolado, deviam prestar contas diretamente aos Sumos Pontífices.
      
Em 30 de maio de 1883 o Papa Leão XIII (franciscano e membro da
 OFS), aprovou uma Regra específica para os franciscanos seculares, por 
meio da Encíclica "Misericors dei Filius". Nota-se menos rigor nesta 
Regra, pois o Papa entendeu que a situação do século XIII era bem 
diferente do século XIX. Somente em 25 de agosto de 1957 foram aprovadas
 as primeiras Constituições Gerais da OFS, relativas à Regra de Leão 
XIII. Não foram feitas a partir da própria OFS, mas impostas. Por isso 
não atenderam completamente às aspirações de muitos franciscanos 
seculares.
      
Pelo Breve Apostólico "Seraphicus Patriarcha", em 24 de junho 
de 1978 foi aprovada a Regra de Paulo VI, assinada poucas semanas antes 
de sua morte. Em 27 de setembro de 1982, o Papa João Paulo II recebeu 
peregrinos franciscanos seculares na sala máxima e lhes disse: "Amai, 
estudai e vivei a Regra da Ordem Franciscana Secular, ...Ela é um 
autêntico tesouro nas vossas mãos, sintonizado no espírito do Concílio 
Vaticano II e correspondente ao que a Igreja espera de vós. Amai, 
estudai e vivei esta Regra, porque os valores nela contidos são 
eminentemente evangélicos. Vivei estes valores em fraternidade e 
vivei-os no mundo, no qual, pela vossa vocação secular, estais 
envolvidos e radicados. Vivei estes valores evangélicos nas vossas 
famílias, transmitindo a fé com a oração, o exemplo com a educação, e 
vivei as exigências evangélicas do amor recíproco, da fidelidade e do 
respeito à vida. Cristo, o pobre e crucificado, seja para vós, como foi 
para Francisco de Assis, o inspirador e o centro da vida com Deus e com 
os homens". Esta Regra tem apenas 26 artigos, profundos, belíssimos pelo
 que contém. Muitos livros já foram escritos sobre ela, mas o Capítulo 
II, relativo à forma de vida é considerado o mais importante.
        
        Em 8 de setembro de 1990, foram aprovadas em caráter 
experimental as Constituições Gerais da Regra aprovada pelo Papa Paulo 
VI com três grandes linhas mestras: a secularidade, a unidade e a 
autonomia. No decorrer de dez anos após ampla consulta, que envolveu 
todas as Fraternidades Nacionais com seus respectivos Conselheiros 
Internacionais e a própria Presidência do Conselho Internacional da OFS,
 essas Constituições Gerais foram atualizadas e suas emendas aprovadas 
em 8 de dezembro de 2000, promulgadas em 6 de fevereiro de 2001 e 
entraram em vigor a partir de 6 de março de 2001. No texto foram 
observados os seguintes critérios: adesão ao direito comum e ao direito 
próprio da OFS; respeito pelo texto já aprovado em 1990 pela Santa Sé; 
flexibilidade organizativa; adaptação cultural e lingüística.
      
2 A ORDEM FRANCISCANA SECULAR NO SÉCULO XXI
Como está a Ordem Franciscana Secular no século XXI? Com seus 
documentos organizados e aprovados pelas instâncias superiores 
competentes, a OFS tem condições de caminhar com orientações seguras. 
Todos eles foram escritos para serem observados pelos franciscanos 
seculares não como legalistas, mas para serem estudados, vendo por entre
 as linhas as luzes do Espírito que nos chamou a uma grande vocação, que
 é uma verdadeira escola de espiritualidade e de cidadania. 
      
O binômio fé e vida está presente na vivência de toda a Regra 
da Ordem Franciscana Secular. Não há mais lugar para um devocionismo 
inoperante como ocorreu em algumas fraternidades no passado, mas para um
 dinamismo que envolve todo o cotidiano, em qualquer circunstância, 
tanto na vida pessoal como na fraternidade.
      
Com o passar do tempo, o crescimento da família e o 
desenvolvimento das atividades da Ordem Franciscana Secular, foi 
necessária sua atualização, que ocorreu com a Regra de 1978 e 
respectivas Constituições Gerais. Seus membros vivem em recíproca 
comunhão vital com toda a Família Franciscana e configura-se como uma 
união orgânica, isto é, como um corpo , cujas células vitais, as 
Fraternidades locais, por sua vez agrupam-se em Regiões, que abrangem as
 nações espalhadas pelo mundo, dando o sentido universal e eclesial, as 
quais têm na Igreja a sua própria personalidade moral .
      
2.1 [As Fraternidades Locais]
As Fraternidades Locais devem ser erigidas canonicamente e
 assim elas se tornam "a célula primeira de toda a Ordem" . Elas têm 
autonomia administrativa quanto aos seus bens e atividades apostólicas, 
estas organizadas por seus animadores e guias, isto é, os membros de 
seus respectivos Conselhos, os quais cuidarão de sua atuação em comunhão
 com as fraternidades do mesmo nível e as orientações recebidas das 
fraternidades dos níveis superiores. 
É na fraternidade local que se desenvolve toda a vocação 
franciscana secular. Sendo a base de todo o edifício, podemos dizer que 
nela é que os irmãos e irmãs aprendem as noções sobre a OFS, sua forma 
de vida e atividade apostólica, esta com atenção especial à presença 
ativa na Igreja e no mundo, por uma sociedade justa e fraterna, a partir
 da vida na própria família, sendo mensageiros de alegria e esperança na
 secularidade.
      
A Eucaristia é o centro da vida da Fraternidade. Quando se 
celebra com a participação da Fraternidade procura-se sublinhar o 
vínculo fraterno que caracteriza a identidade da Família Franciscana. Os
 franciscanos seculares são convidados a participar com a maior 
freqüência possível, lembrando do respeito e do amor de São Francisco 
que na Eucaristia viveu todos os mistérios da vida de Cristo. 
      
Cada fraternidade local é uma comunidade eclesial. Sua 
assistência espiritual é confiada ao cuidado pastoral da Ordem religiosa
 franciscana que a erigiu. O Assistente Espiritual é membro de direito, 
com voto, do Conselho da Fraternidade a qual presta a assistência e 
colabora com o mesmo em todas as atividades. Não exerce o direito de 
voto nas questões econômicas . 
      
A JUFRA tem organização específica, com métodos de formação 
adequados para os jovens. Contudo, a OFS se considera responsável por 
ela e geralmente uma Fraternidade de JUFRA está intimamente ligada a uma
 Fraternidade Local da OFS. Até porque, embora seja livre a opção 
vocacional dos jovens tanto dentro como fora da Família Franciscana, a 
grande maioria ingressa nas fileiras da OFS. Temos atualmente a 
importante figura do animador fraterno, que é um membro professo da OFS,
 que atua na Fraternidade de JUFRA, como elo de ligação entre ambas. As 
Constituições Gerais da OFS dedicaram os artigos 96 e 97 à Juventude 
Franciscana, afim de orientar tanto os jovens, como a própria OFS para 
promover a vitalidade e expansão das Fraternidades de JUFRA. Também na 
JUFRA, a Fraternidade Local é a célula vital, onde os jovens vivem a 
formação inicial e o discernimento para a vocação a ser abraçada no 
seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo ao modo de São Francisco de 
Assis.
      
2.2 [A Fraternidade Regional]
A Fraternidade Regional agrupa as Fraternidades de 
vizinhança geográfica, ou realidades pastorais comuns, cuidando da união
 entre elas e a integração colegiada das Ordens Franciscanas Religiosas 
que cuidam da assistência espiritual em seu âmbito. É animada e guiada 
por um Conselho e um Ministro, regida pelos Estatutos Regional e 
Nacional e tem sede própria (adquirida, alugada ou cedida).
      
      
2.3 [A Fraternidade Nacional]
A Fraternidade Nacional é a união orgânica de todas as 
Fraternidades Locais existentes num país, unidas e coordenadas entre si,
 mediante as Fraternidades Regionais. É animada e guiada por um Conselho
 e um Ministro, regida por Estatuto próprio e tem sede (adquirida, 
alugada ou cedida).
Geralmente em sua sede funciona o secretariado, que 
cuida do expediente, do arquivo, do almoxarifado e das relações com os 
membros do Conselho Nacional, com todas as Fraternidades Regionais e 
Locais que se dirigem a este órgão executivo para suas necessidades.
      
A constituição de Fraternidades Nacionais é de competência da 
Presidência do CIOFS a pedido e após diálogo com os Conselhos das 
Fraternidades interessadas e os Superiores Religiosos, aos quais 
competirá a assistência espiritual.
      A Assembléia ou Capítulo Nacional representa todas as 
Fraternidades de seu território, com poderes legislativo, deliberativo e
 eletivo. A Fraternidade Nacional é uma instância de governo que, com 
seu próprio Estatuto determina a composição do Capítulo, bem como de seu
 Conselho, conforme suas atividades e condições culturais, a 
periodicidade, as competências e o modo de convocação.
      
2.4 [A Fraternidade Internacional]
A Fraternidade Internacional abarca todas as 
Fraternidades franciscanas católicas do mundo. Atua conforme seu próprio
 Estatuto e as Constituições Gerais. Tem característica diversa em sua 
composição: tem um Conselho Internacional com representantes das 
Fraternidades constituídas no mundo, que são os Conselheiros 
Internacionais, um representante da JUFRA e quatro Assistentes Gerais 
que formam a CAS: Conferência dos Assistentes Espirituais e pela 
Presidência do CIOFS, que a integra, juntamente com o Ministro Geral.
      A Presidência do CIOFS é formada pelo Ministro Geral, Vice 
Ministro, sete Conselheiros da Presidência atualmente constituídos para 
as áreas lingüísticas: portuguesa, italiana, espanhola, inglesa (dois 
Conselheiros), francesa e alemã, um representante da Juventude 
Franciscana e os quatro Assistentes Gerais. As Constituições Gerais 
estabelecem no artigo 72.2, que os Conselheiros da Presidência podem 
representar as áreas baseando-se em critérios lingüísticos, culturais e 
geográficos. 
      
Quando reunida em Capítulo Geral, a Fraternidade Internacional 
representa a máxima instância de governo, com poderes: legislativo, 
deliberativo e eletivo, podendo legislar e expedir normas conforme a 
Regra e Constituições Gerais. Isto ocorre para as eleições a cada seis 
anos e ao menos um Capítulo Intermediário a cada três anos. 
      
A Presidência se reúne ordinariamente ao menos uma vez ao ano, 
contudo, dado o crescimento do número de Fraternidades, os trabalhos das
 Comissões de Presença no mundo, Jurídica e Econômica, bem como a 
realização das Visitas Fraterno Pastorais e Capítulos e, sobretudo, as 
Fraternidades emergentes, têm mostrado a necessidade das citadas 
reuniões serem realizadas ao menos duas vezes ao ano, sem prejuízo do 
uso constante da comunicação eletrônica via INTERNET, telefônica via 
SKIPE ou outros meios, além da via postal.
      
Pelas últimas informações obtidas na reunião da Presidência de 
abril de 2006, a OFS está presente em 103 países: 59 com Fraternidades 
constituídas e 44 com Fraternidades emergentes. 
      
Quanto à sede, podemos dizer que este ano de 2006 é histórico 
para a OFS, pois, foi assinado o contrato de compra de um apartamento 
com boa localização em Roma, onde funcionará o Secretariado 
Internacional da OFS, com seu almoxarifado, arquivo e todos os 
equipamentos necessários às suas atividades administrativas e de contado
 com todas as nações do mundo. Isto ocorreu graças à colaboração 
colegiada de toda a Família Franciscana, bem como de todos os 
franciscanos seculares, que precisam continuar contribuindo até que seja
 quitado o referido contrato, bem como com as despesas ordinárias 
relativas às atividades do próprio Secretariado e Presidência do CIOFS.
      
2.5 Atividades comuns em todos os níveis
Formação inicial
      Este tempo de formação inicial compreende duas fases:
- A iniciação, na qual se observa nos candidatos as condições 
para a admissão à Ordem: professar a fé católica, viver em comunhão com a
 Igreja, ter boa conduta moral e dar sinais claros de vocação. Neste 
período deve ocorrer o discernimento da vocação e o recíproco 
conhecimento entre a Fraternidade e o aspirante. 
- A formação específica onde ocorre a maturação da vocação, a 
experiência de vida evangélica junto com a fraternidade e o melhor conhecimento da Ordem. Compreende reuniões de estudo, oração, 
experiências concretas de serviço e de apostolado. Dá-se abertura para 
que os formandos conheçam outras fraternidades, por meio de encontros 
distritais, jornadas franciscanas e outros eventos. Este período prepara
 os candidatos para a profissão ou promessa de vida evangélica, que é um
 compromisso perpétuo, que se celebra conforme as disposições do Ritual 
da OFS. 
 
Formação Permanente
Esta formação compreende toda a vida. Tem por objetivo ajudar a cada membro da OFS em seu itinerário vocacional. 
        As fraternidades locais devem programá-la no ano precedente, 
sendo que devem buscar o elenco dos temas nas prioridades regionais, 
nacionais, internacionais e além desses, nas necessidades apresentadas 
pela Fraternidade, conforme tenha sido observado pelos membros do 
Conselho, ou em seu próprio Capítulo local. 
      
      
A Assistência Espiritual e Pastoral à OFS
Este assunto é muito importante para a OFS. Somos a dimensão 
secular do carisma franciscano, não podemos nos distanciar de nossos 
Frades e Irmãs religiosas franciscanas, porque precisamos viver a 
recíproca comunhão vital entre todos os membros da Família Franciscana. 
O cânon 303 do CDC assegura à OFS por meio dos seus Assistentes 
Espirituais a fidelidade ao carisma, a comunhão com a Igreja e a Família
 Franciscana, valores esses que são um compromisso de vida para os 
franciscanos seculares.
        A atividade dos Assistentes é de competência dos Ministros 
Gerais para o Conselho da Presidência do CIOFS e Conselho Internacional e
 dos Ministros Provinciais para os Conselhos Nacionais, Regionais e 
Locais. As atividades podem ser exercidas pessoalmente, ou mediante um 
delegado idôneo e preparado. 
Nas Fraternidades Regionais, Nacionais e Internacional, podem 
existir as Conferências, compostas de um representante de cada ramo da 
Família Franciscana: OFM, OFMConv, OFMCap e TOR, a fim de melhorar o 
desempenho das atividades da assistência espiritual, bem como acompanhar
 com adequado cuidado o cumprimento de suas atribuições.
Têm crescido muito o interesse pelo trabalho da assistência 
espiritual com o apoio dado pela Conferência dos Assistentes Gerais, que
 em 2002, editou o Estatuto para a Assistência Espiritual e Pastoral à 
Ordem Franciscana Secular e em 2006 o Manual para a assistência à OFS e à
 JUFRA (este ainda deverá ser traduzido para o português). Contudo, há 
muito a ser feito nas Fraternidades Nacionais, Regionais e Locais, 
sobretudo.
        A Ordem Franciscana Secular valoriza muito os seus Assistentes 
Espirituais em todos os níveis, mas é na Fraternidade Local que sua 
atuação é de suma importância, pois eles têm ontatos mais freqüentes com
 os membros da Fraternidade, têm a oportunidade de conhecê-los e 
contribuir com sua formação inicial e permanente. 
      
      
A Comunhão com a Família Franciscana e a Igreja
As Fraternidades da Ordem Franciscana Secular em geral são 
abertas à comunhão com toda a Família Franciscana, participando de 
atividades comuns e fazendo-se presente em ocasiões especiais para as 
quais éconvidada. 
        Muitos membros da OFS participam de organismos internacionais, 
nacionais, regionais e locais da Família Franciscana em diversos países.
 
A comunhão com a Igreja se realiza com mais ênfase nas 
Fraternidades Locais que atuam junto às respectivas Paróquias e aquelas 
cujos membros particularmente pertencem a uma Pastoral ou alguma 
atividade específica. 
        Existem também as atividades de membros da OFS nas Dioceses.
A OFS tem oferecido à Igreja ao longo da história, um bom número
 de diáconos, sacerdotes, religiosas, bispos, arcebispos, papas, santos e
 santas. Seus membros, têm, portanto, muitos exemplos para conhecer, 
amar e glorificar a Deus com suas próprias vidas, continuando esta obra.
 
        A nível internacional há um vínculo muito particular com o Santo
 Padre o Papa, de quem a OFS recebeu a aprovação de todas as suas Regras
 e a confirmação de sua missão na Igreja e no mundo. 
      
3 CONCLUSÃO
São patronos da OFS São Luiz IX, rei da França e Santa Isabel 
da Hungria. De Santa Isabel, estaremos celebrando o oitavo centenário em
 17 de novembro de 2007. Como o XII Capítulo Geral da OFS será realizado
 de 15 a 22 de novembro de 2008, a Hungria ofereceu-se para ser a Sede 
do próximo Capítulo Geral, o que foi aceito pela Presidência, pois está 
previsto que nesta ocasião estaremos finalizando as comemorações do 
oitavo centenário do nascimento de Santa Isabel, que terá a duração de 
um ano. Junto a estas festividades a OFS participará também do oitavo 
centenário do nascimento do carisma e da aprovação da Regra deSão 
Francisco junto com toda a Família Franciscana. 
        Em todo o contexto da Ordem Franciscana Secular no século XXI, o
 que realmente importa a todos que abraçaram esta vocação é nossa 
vitória final com Cristo. Lutamos por um mundo de paz, de fraternidade, 
de amor a todas as criaturas, com os olhos postos no Evangelho, na Regra
 e no mundo de hoje. 
        O mundo é nossa cela, nele passamos por todas as situações 
comuns de todos os homens e mulheres que se põem a caminho para alcançar
 sua meta como filhos de Deus. 
        
        Como São Paulo o fez, podemos também nós comparar nossa corrida 
vivendo de tal modo que, afinal, possamos dizer: combati o bom combate, 
terminei a minha carreira, guardei a fé. Sim, guardar a fé e 
fortalecê-la para animar a outros para viverem a vocação franciscana 
secular, ou qualquer outra na Família Franciscana, ou mesmo ajudar as 
pessoas a viverem melhor sua vida cristã na Igreja é um grande desafio 
para os nossos dias e felizes aqueles e aquelas que perseverarem até o 
fim.
        
        O ideal de vida dos franciscanos seculares é algo grandioso, que
 nos faz alcançar a intimidade com a Trindade Santa e viver em paz no 
meio de tantos conflitos e sofrimentos dos quais até mesmo nós, que 
vivemos nossa fé, não estamos livres de sermos vitimas ou por 
infelicidade, autores de situações constrangedoras, como seres humanos 
que somos. 
Contudo, nem São Francisco, e tantos outros santos passaram por 
esta vida sem altos e baixos, alegrias e sofrimentos, sucessos e 
fracassos. A vida da Ordem Franciscana Secular tem sido assim também, ao
 longo dos séculos, mas ninguém poderá deixar de afirmar que para quem 
tem a vocação franciscana secular, este é um caminho seguro, garantido 
por Nosso Senhor Jesus Cristo, para alcançar a plenitude da vida, não só
 para a eternidade, mas começando a vivê-la desde já, para continuar a 
construir a história desta Ordem que tantos santos já levou aos altares.
 
Confiantes no Evangelho, na Regra e na misericórdia do Senhor, 
continuaremos a viver nossa vida de penitência no século XXI, plantando 
sementes, das quais, não vemos o crescimento, mas o Senhor de tudo é 
quem conhecerá o verdadeiro fruto na colheita final.
      Autora: Maria Aparecida Crepaldi, OFS
        Síntese: Rosalvo Mota, OFS