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sábado, 8 de fevereiro de 2020
AS TRÊS ETAPAS DA VIDA ESPIRITUAL...
PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 6,30-34)(08/02/20)
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Caríssimos, todos nós que estamos à caminho da eternidade sentimos uma imensa necessidade de viver em permanente comunhão com o Senhor Jesus. Ocorre que no mais das vezes, sucubimos facilmente à primeira tentação que chega a nossa mente; isto porque sem combate-la pela perseverança da oração, deixamos o inimigo entrar em nossas almas e assim estragar o nosso relacionamento com o Senhor.
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Santo Antônio de Pádua, explica por que tão logo caímos em tentação: Jesus nos chama como chamou os Apóstolos: "Vinde comigo para um lugar isolado" da multidão, para a solidão do espírito e do corpo, "e descansai um pouco". Infelizmente, as paixões da carne e o tumulto dos pensamentos que vão e vêm no nosso coração são tais que não temos tempo de comer o alimento de doçura eterna, de saborear a contemplação interior."
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O profeta Oseias discorrendo sobre esse chamado do Senhor, disse: "Seduzi-la-ei e conduzi-la-ei ao deserto, e falar-lhe-ei ao coração". Ora, "Estas três expressões - seduzir, conduzir ao deserto, falar ao coração - designam as três etapas da vida espiritual: o começo, o progresso, a perfeição."
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"O Senhor seduz o principiante quando o ilumina com a sua graça, para que ele cresça e progrida de virtude em virtude. Em seguida, afasta-o do tumulto dos vícios e da desordem dos pensamentos para o repouso do espírito; finalmente, uma vez chegado à perfeição, fala-lhe ao coração. A alma experimenta então a doçura da inspiração divina, e pode entregar-se por completo às alegrias do espírito."
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Portanto, caríssimos, para alcançarmos a perfeição eterna de nossas almas se faz necessário trabalharmos a nossa salvação tal qual nos ensinou são Paulo: "Meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor... Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
CRÔNICAS DE MINHA ALMA: PAZ NA DOR, ALEGRIA DA PRESENÇA DIVINA...
CRÔNICAS DE MINHA ALMA: PAZ NA DOR, ALEGRIA DA PRESENÇA DIVINA...
A dor nunca foi bem aceita pela humanidade ou quem sabe, não foi ainda bem trabalhada pela grande maioria de nós; porque normalmente a dor é sinônimo de sofrimento e a nossa humanidade não aceita o sofrimento enquanto tal, pois está acostumada com o bem estar do prazer, uma vez que este traz certa satisfação instintiva que experimentamos na própria pele, isto é, fisicamente, emocionalmente, sentimentalmente e até espiritualmente; enquanto que dor e sofrimento são sinônimos de insatisfação ou incomodo, e as encaramos mais como uma espécie de punição ou castigo do que qualquer outra coisa que possamos imaginar.
De fato, ninguém neste mundo deixa de ter a experiência da dor e do sofrimento, isto porque a vida humana não consiste somente no bem estar, tão almejado por todos, mas nem sempre assimilado na mesma proporção; uma vez que a dor e o sofrimento, são causados por certas decisões que tomamos; e com isto, experimentamos as dores desta vida que poderão ser boas, quando as convertemos para um bem maior; ou péssimas, quando as tornamos tormentos torturantes e permanentes, que são as dores da alma, cicatrizes psíquicas difíceis de serem apagadas.
Pois bem, eis que estou no momento passando por dores físicas paralisantes devido a um acidente automobilístico que sofri, por conta da terrível imprudência de um motorista que invadiu a contra mão, fazendo um retorno proibido, levando-me a colidir de frente com a caminhonete que ele estava dirigindo. O motorista da caminhonete e sua acompanhante nada sofreram, graças a Deus; sofreram apenas danos materiais, nada que o seguro não repare. Quanto à mim, fui hospitalizado com fortes dores no peito, na coluna cervical e nas costelas devido à forte batida, pois que acionei os freios, mas não foi suficiente para evitar a colisão.
Não sei qual experiência fez o motorista que causou o acidente; mas, de minha parte tive uma profunda experiência da presença divina que me fez viver aquele momento como um momento sublime de fé, como algo único, de tal forma que estou extasiado até agora, com a confiança inabalável que me foi dada naquele instante e que me fez sentir o quanto Deus me ama e que Ele está no comando de todas as coisas, e que vela pelo caminho de seus filhos e filhas. (cf. Sl 1,6).
Descreverei agora a sensação que tive no momento da colisão. A princípio senti uma profunda paz e a presença de Deus me protegendo de tal forma que não senti medo algum; pelo contrário, senti uma alegria muito grande, incomum e diferente de todas as alegrias que já havia sentido, pois era como se eu estivesse no céu, por isso, não queria sair mais dali, fiquei em silêncio com os olhos fechados e com uma sensação maravilhosa de aconchego e proteção, algo indescritível, somente experimentado por quem faz pela experiência da morte conforme a vontade de Deus. Vivendo o que vivi, entendi na prática a passagem bíblica do Evangelho de São João onde Jesus nos revela como será nossa páscoa: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.” (Jo 14,1-3). Assim, pude entender como a morte foi vencida por Cristo nosso Senhor, e como é maravilhosa a nossa partida para os braços de Deus, nosso Pai Eterno, ou seja, sem dor ou sofrimento algum, mas serena, cheia de paz e alegria, próprias dos que foram redimidos.
Sem dúvida alguma, a nossa fé católica é maravilhosamente prática, pois experimentamos imediatamente os efeitos dela naquilo que estamos vivendo como vontade de Deus em nossa vida. É justamente o que nos ensina São Paulo na carta aos Romanos: “Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios.” (Rm 8,28). São Tiago também nos ensina que precisamos viver tudo o que vivemos como uma experiência de fé para a nossa santificação, por isso, escreveu: “Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma.” (Tg 1,3-4).
Portanto, agradeço ao Senhor pelo que vivi e quero avivar ainda mais minha fé e meu amor ao Senhor, me consagrando mais do que já sou consagrado a Ele, que me deu a vida e a está conduzindo, segundo o seus desígnios, para a terra prometida onde os seus filhos e filhas, gozarão a felicidade eterna que lhes está reservada como herança santa. Por isso, convido a todos os batizados que não vivem a fé e aos não batizados, ao arrependimento e à confissão sacramental de seus pecados, a fim receberem o perdão e absolvição dos mesmos e poderem viver sob a chama ardente da misericórdia de nosso divino Salvador e Redentor, Jesus Cristo. Peço ainda a intercessão, da Virgem santíssima, mãe de Jesus e nossa mãe, para que nos acompanhe sempre nessa nossa caminhada decisiva até o Reino dos Céus, onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai com o Espírito Santo, e de onde há de vir em sua glória para julgar os vivos e o Seu não terá fim. Amém! Vem, Senhor Jesus, vem!
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
COMO MANTER A PAZ INTERIOR EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES DO DIA A DIA?
COMO MANTER A PAZ INTERIOR EM MEIO ÀS PROVAÇÕES DO DIA A DIA?
“Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela”. (1Cor 10,13).
Ø A nossa vida é um dom que Deus nos deu para que nós o encontremos aqui e permaneçamos Nele, por Ele e para Ele; isto porque nada neste mundo se compara ao dom da vida que de Deus recebemos...
Ø O amor é a verdade divina que preenche todos os espaços de nossas almas e perpassa todo nosso entendimento, porque gera uma profunda paz interior, por isso, não precisamos de mais nada fora dessa verdade...
Ø O amor perdoa sempre, mas requer dos amentes a compreensão dessa verdade, para que o perdão seja recíproco e o amor permaneça firme, apesar das imperfeições que os assola...
Ø Os problemas que se nos aparecem, nós passamos por eles e os vencemos, porque quem nos conduz é o Senhor. O Senhor conhece muito bem cada um de nós e sabe que Ele é a nossa única proteção, porque sem Ele não vamos a lugar nenhum...
Ø O meu prazer é fazer a vontade de Deus, e que prazer! Nada se compara a essa verdade, unir-se à Jesus Sacramentado, alimento santo que nos satisfaz plenamente, aqui e por toda a eternidade...
Ø Quem vive da Eucaristia já experimenta o céu em sua alma, desse modo, o céu está muito mais próximo do que imaginamos...
Ø Todos os santos se encontrarão na glória de Deus, disso não podemos nem pensar em ter alguma dúvida...
Ø Veja Jesus em mim, porque também o vejo em ti, isto nos é mais que suficiente...
Ø Ora, nós os filhos e filhas de Deus, não vivemos para este mundo, mas vivemos neste mundo para a eternidade; logo, tudo o que fazemos já é eterno, por isso, é preciso que correspondamos sempre à vontade de Deus; porque é puro engano e insensatez viver somente para este mundo...
Ø Nunca estamos sozinhos, porque Deus nos criou comunidade como Ele; por isso, nunca se sinta só, porque não somos ilhas, mas continentes eternos em plena comunhão com o Senhor...
Ø Não dê atenção ao pecado de ninguém, mas perdoe a todos sempre, porque, deste modo, estarás em plena comunhão com a vontade de Deus, que em nada te falta...
Ø Um olhar sincero é uma das mais belas comunicações, porque o olhar transparente revela a beleza, a singeleza e a grandeza da alma...
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“Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo”. (Jo 16,33).
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Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.

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