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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PRECISAMOS SER CONDUZIDOS PELO ESPÍRITO SANTO...


PRECISAMOS APRENDER A SER CONDUZIDOS PELO ESPÍRITO SANTO...

Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne”. (Gl 5,16).

A vida natural nos leva ao encontro da morte todos os dias, mesmo que não queiramos; por outro lado, a fé vivida a cada instante nos leva em Cristo Jesus à vida eterna. Esse sempre foi e sempre será o desejo de todo ser vivente, que tem a liberdade de pensar e agir para que a vida seja sempre vida, e por isso, mantém sua fé viva no filho de Deus, que morreu e ressuscitou nos abrando as portas do Reino dos Céus. Ora, mesmo que não tenha fé, ninguém que vive neste mundo deseja a morte ou pensa nela a todo instante; ao contrário, todos, que creem em Deus ou não, desejamos uma vida de saúde, felicidade e paz; a não ser que tudo o que faz da vida o leva morbidamente ao fim.

Em sua carta aos Romanos (cf. Rm 8,1-17), são Paulo, escreve sobre a necessidade que temos de nos deixar conduzir pelo Espírito Santo de Deus, para atingirmos a perfeição desejada pelo Senhor, e que faz parte de seu plano para a nossa salvação. Mas, como podemos ser conduzidos pelo Espírito Santo de Deus, para obtermos tal salvação, nós que vivemos em meio a tantos pecados e tragédias advindas deles, que às vezes nos sentimos até incapazes de crer? Ora, ao longo da história da salvação, encontramos os patriarcas, os profetas, os reis e todos os santos fiéis que, por seguirem Cristo e se moldar à sua perfeita obediência se deixando conduzir pelo Espírito Santo, fizerem em tudo a sua vontade e desse modo nos revelaram como Deus age para realizar o seu plano salvífico em nossa vida, que significa nos levar ao convívio com Ele em sua glória por toda a eternidade. Vejamos por seus exemplos com Deus agiu, mostrando-lhes como deveriam se portar em sua presença desde já para obterem esse seu divino favor.

Em Abraão, Deus nos ensinou que a fé salvífica, nasce do encontro com Ele e da permanência Nele, por uma especial visita Dele à cada um de nós, como aconteceu com Abraão, nosso pai na fé. “A palavra do Senhor foi dirigida a Abrão, numa visão (um toque interior do Senhor), nestes termos: “Nada temas, Abrão! Eu sou o teu protetor; tua recompensa será muito grande”. Abrão confiou no Senhor, e o Senhor lho imputou para justiça”. (Gn 15,1.6). Ora, o Senhor é perfeitíssimo em todas as suas obras, ninguém escapa ao seu chamado, à sua visita, até mesmo aqueles que o negam (cf. Is, 40,26). Isto porque Deus “deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”. (1Tm 2,4). À Abraão e à sua posteridade na fé, Deus revelou que a sua salvação se estenderia sobre todas as nações e assim aconteceu (cf. Gn 17,1-6).

Em Moisés, Deus nos deu a lei perfeita da liberdade, o conhecimento da verdade escrita em tabuas de pedra e nos corações, e assim fez uma aliança de amor com todos fiéis de todos os tempos, e a selou com estes santos mandamentos, de tal modo que seguir os santos mandamentos é seguir o Senhor mesmo. Já em todos os profetas, Deus revelou a ação direta do Espírito Santo, como rezamos no credo: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas”. Por isso, as profecias se cumpriram e se cumprirão até o final dos tempos.
Em Maria, Mãe de Jesus, Deus fez-se cumprir todas as promessas e profecias que havia feito aos seus antepassados no Antigo Testamento; e o Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima Trindade, foi esse regente eterno que realizou o Magnificat do Senhor em sua pobre serva, por isso, “todas as gerações a proclamarão bem-aventurada”, porque o Senhor lhe fez grandes coisas, como o anjo mesmo lhe disse: ”O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”. (Lc 1,35). Pois, como o fez Abraão, ela também acreditou e Deus se fez Carne em seu ventre santo e habitou entre nós. (cf. Lc 1,26-38).

Por fim, Jesus atribuiu ao Espírito Santo todas as suas Palavras e ações e o chamou de dedo de Deus (cf. Lc 11,20; Mt 12,28;Ex 31,18). E ainda nos confidenciou: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei”. (Jo 14,12-14). Também disse, quando formos perseguidos por sua causa: ”Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários”. (Lc 21,15). Por sua vez, São Paulo, falando sobre nossas orações, escreveu: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus”. (Rm 8,26-27).

Em suma, recebemos o Espírito Santo no Sacramento do Batismo (cf. Jo,3,3.7) para sermos conduzidos por Ele sempre (cf. Gl 5,16-17), por isso, precisamos aprender a ouvir o Espírito Santo em nós, como o ouviam os patriarcas, os profetas, Jesus e os apóstolos e todos os que seguem o Senhor no caminho da vida eterna (cf. At 5,32; Jo 15,26-27). Pois, de fato, se nos deixarmos conduzir pelo Espírito Santo de Deus, seremos herdeiros do Reino dos Céus, porque é para o Reino que Ele está nos conduzindo (cf. Rm 8,9-17). Pois o Espírito é a Verdade e nos ensina toda a verdade a respeito de Cristo que nos dá a vida eterna (cf. Jo 16,13-15; 3,16-21).

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sábado, 9 de novembro de 2013

A VONTADE DE DEUS


A VONTADE DE DEUS


Fazendo minha meditação diária, me veio à mente a seguinte pergunta: como posso discernir a Vontade de Deus com precisão? Ou seja, como posso identifica-la tal qual ela é sem interpretações subjetivas? Porque já ouvi muitas vezes que a vontade de Deus está expressa nas Sagradas Escrituras... E, de fato, vejo nessa afirmação um profundo ato de fé e comungo totalmente com ela (cf. 2Pd1,19-21). Mas, será que a Vontade de Deus se faz expressa somente nas Palavras Sagradas? Eu pergunto isso, porque a percebo também em todas as suas criaturas, as visíveis e as invisíveis, elas são “Palavra de Deus realizada” (cf. Gn 1; Cl 1,15-18); pois as leis que as rege são verdadeiras e a verdade é a Vontade de Deus sempre presente; e são por estas leis, naturais ou eternas (cf. Rm 2,14-16;Ex 20,1-17;23,1-9), que o Senhor governa todas as suas criaturas. Desse modo, eu a percebo na liberdade que temos de escolher e decidir tudo em nossa vida, a partir das possibilidades e oportunidades que nos são dadas; eu a vejo ainda nos talentos, nas habilidades, nas capacidades e nos dons que cada ser possui. E a vejo, enfim, em tudo e em todos pelo simples fato de existirmos. Só não a vejo no mal e na prática dele (cf. Tg 1,13.17).

Mas, em meio aos acontecimentos da vida e tudo que a envolve, por exemplo, eu posso deixar expressa minha vontade, e me ausentar. E então, como fazer para me encontrares? Espere-me, fazendo minha vontade que deixei expressa, pois estou nela, mesmo que você não me veja, eu estou, isto porque não tem como você me esquecer, uma vez que minha vontade está gravada em sua alma. Assim acontece conosco diante de Deus. Não tem como esquecer o Senhor, pois suas leis (Vontade) estão gravadas em nossas almas e em tudo quanto existe (cf. Rm 1,19-22), e por isso, elas não nos deixa esquecê-lo. Não cumprir suas leis é morrer e não mais vê-lo. Infelizmente é o que está acontecendo nesse nosso mundo perverso, que por causa da desobediência à Sua Santa Vontade, inumeráveis criaturas têm perdido a vida e desaparecido da face da terra pelo o mal aqui se tem praticado.

Não obstante tudo isso, pergunto, é possível mesmo assim encontrar Deus pessoalmente aqui? Sim, pela fé, pois a fé é dom de Deus, também gravada em nossas almas, e é por ela que O encontramos (cf. Hb 11,6). Ora, mas será que Deus está presente pessoalmente no meio de nós, para além de suas Leis? Com absoluta certeza, pois em Jesus Cristo, o Filho de Deus, encontramos Deus pessoalmente, perfeitamente, sem nenhuma sombra de dúvida. Pois, assim está escrito: Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. Esplendor da glória (de Deus) e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus, tão superior aos anjos quanto excede o deles o nome que herdou. Pois a quem dentre os anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei (Sl 2,7)? Ou então: Eu serei seu Pai e ele será meu Filho (II Sm 7,14)?” (Hb 1,1-5).

Com efeito, eis o que diz o Senhor: “Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos. Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho. Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas. O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus”. (Jo 3,31-36).

Entretanto, exclamou Jesus em voz alta: Aquele que crê em mim, crê não em mim, mas naquele que me enviou; e aquele que me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as guarda, eu não o condenarei, porque não vim para condenar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que anunciei julgá-lo-á no último dia. Em verdade, não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele mesmo me prescreveu o que devo dizer e o que devo ensinar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que digo, digo-o segundo me falou o Pai”. (Jo 12,44-50).

Então, qual é o grande pecado da humanidade? É não crer em Cristo. O Filho de Deus é a Vida, sem Jesus não há Vida, mas somente a morte; Jesus é a Verdade, isto é, a total Vontade do Pai para nós, sem Jesus, tudo é nada; Jesus é o Caminho, sem Jesus todos os caminhos deste mundo são trilhas enganadoras, que levam a lugar nenhum. E onde encontramos o Senhor Jesus visivelmente? Na Santa Eucaristia, Sacramento da Salvação dos homens. Pois este Santo Sacramento é seu Corpo e Sangue, Alma e Divindade, Sua Presença real no meio de nós (Mt 26,26-28). Pois antes de partir deste mundo, Jesus quis permanecer aqui conosco, e se nos deu visivelmente neste Santíssimo Sacramento, Pão de vida eterna. Bem como nos ensinou São Paulo: Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha”. (1Cor 11,23-26).

Portanto, pela verdade que somos e conhecemos em nós e nas outras criaturas; pela fé que recebemos da Igreja, Corpo Místico do Senhor, parte visível do Reino de Deus neste mundo (cf. Mt 16,16-19), permaneçamos fiéis cumpridores de sua Vontade, pois, quem cumpre o Vontade de Deus presente em seus Mandamentos, permite que o Senhor esteja no comando de sua vida para que lhe santifique e conduza à vida eterna. Por outro lado, quem desobedece ao Senhor, envereda pelo caminho das trevas do pecado conduzido pelo diabo, inimigo de nossas almas, para o inferno que está preparado para ele e aqueles que o seguem (cf. Jo 5,28-29; Dn 12,2; Ap 20,10; 21,8).

Destarte, “Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1Jo 5,1-5).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

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sexta-feira, 10 de maio de 2013

A VERDADE NÃO MUDA NUNCA, PORQUE ELA É ETERNA...






A VERDADE NÃO MUDA NUNCA, PORQUE ELA É ETERNA...


Algumas pessoas estão dizendo por aí: ”A Igreja tem que se modernizar, para acompanhar as mudanças da sociedade, senão vai perder muitos fiéis”. Até onde vai esse tipo de falácia? Ela é própria daqueles que não tem nenhum testemunho de vida cristã convincente para dar, na verdade, suas opiniões são baseadas no prurido nefasto dos meios de comunicação de massa, tendenciosos e desejosos que são de manipularem as massas para venderem seus podres produtos e se manterem no poder por tempo indeterminado. Por isso, levantam bandeiras anticristãs, pois dá mais “ibope” falar mal da Igreja e de sua defesa da vida e dos verdadeiros valores que cultiva, que são a família, a vivência da fé e dos bons costumes, e o bem comum para todos; do que defendê-la. Assim, tais meios de comunicação sociais, ficam livres para transmitirem suas mensagens sublimares, maquiando, com isso, suas perversas intenções.


Ora, a Igreja não é uma mera instituição humana que muda conforme o querer dos homens ou dos grandes conglomerados midiáticos; pois, aquele que a instituiu é Deus com o Pai e o Espírito Santo; desse modo, sua origem é divina, e assim continua sua trajetória terrena conduzida pelo Espírito Santo que Cristo enviou para solidificá-la. Assim, a Igreja é a parte visível do seu Reino de Deus no mundo; e, por isso, o sacramento de perene salvação para todos os homens que creem em Cristo Jesus.


De certo, a fé que pregamos tem seu fundamento no Evangelho e na doutrina dos Apóstolos, ou seja, se apoia nas virtudes eternas, vivada e ensinada por Cristo e seus apóstolos e todos os santos e santas que testemunharam, Cristo, com o seu modo de ser e agir no mundo. Então, não é a Igreja que tem que mudar seus costumes, suas leis e sua fé, para se adaptar ao mundo, mas sim os homens precisam se converter para entrar no Reino de Deus e participarem de sua glória, pois, sem essa conversão e o perdão dos pecados, para os que precisam, não há salvação (cf. Mt 9,10-13).


Vejamos o que dizem Cristo e os apóstolos a esse respeito: ”Pai, dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade. Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade. Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste”. (Jo 17,14-21).


E eis o que escreveu São João: “Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo. O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente”. (1Jo 2,15-17). E também São Paulo, escreveu: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”. (Rom 12,1-2).


Portanto, a verdade não muda nunca, porque ela é eterna, por isso, todos os homens precisam sempre dela para se manterem na vida, pois tudo o que não é conforme a verdade, não perdura por muito tempo, visto que, a mentira é como uma areia movediça, quanto mais alguém se debate nela, mais afunda. Destarte, Jesus Cristo é a Verdade, sem Ele não há vida, não há nada que se aproveite nem aqui nem na eternidade.


Por último, vejamos alguns conselhos de São Paulo ao seu discípulo Timóteo, que servem muito bem para nós: “Toma por modelo os ensinamentos salutares que recebeste de mim sobre a fé e o amor a Jesus Cristo. Guarda o precioso depósito, pela virtude do Espírito Santo que habita em nós”. (2Tim 1,13-14). “Foge das paixões da mocidade, busca com empenho a justiça, a fé, a caridade, a paz, com aqueles que invocam o Senhor com pureza de coração. Rejeita as discussões tolas e absurdas, visto que geram contendas. Não convém a um servo do Senhor altercar; bem ao contrário, seja ele condescendente com todos, capaz de ensinar, paciente em suportar os males. É com brandura que deve corrigir os adversários, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento e o conhecimento da verdade, e voltem a si, uma vez livres dos laços do demônio, que os mantém cativos e submetidos aos seus caprichos”. (2Tim 2,22-26).


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Frei Fernando Maria,OFMConv.

terça-feira, 23 de abril de 2013

QUEM SOMOS NÓS SEM CRISTO?





QUEM SOMOS NÓS SEM CRISTO?

O que temos neste mundo? A vida natural, um tempo para vivê-la; algumas coisas materiais conquistadas; algum tempo para a família, trabalho; e também para viver a fé; um tempo para amizades, divertimentos, etc. O fato é que nem sempre sabemos dividir corretamente o nosso tempo. Assim, priorizamos mais o que decidimos que é o melhor, o que nos convém; mas nem sempre nos damos bem com isso, pelo contrário, quase sempre perdemos tempo com vícios e outros malefícios da vida hodierna; e o que é essencial mesmo, na verdade, deixamos de lado.

Todavia, quando damos uma pausa e analisamos nosso comportamento, vemos que perdemos muito da vida e daqueles que amamos ou deveríamos amar mais; e assim o sofrimento aparece, cresce e se multiplica; e o pior é que no mais das vezes não sabemos como reconquistar o tempo perdido pela nossa vida desregrada; isso acontece, talvez, por causa de nossa insensatez e egoísmo, ou inda por causa da cegueira espiritual que cultivamos por não vivermos a fé devidamente.

Não podemos esquecer que nossa vida neste mundo é uma resposta que estamos dando a Deus; e essa resposta precisa ser uma resposta de amor, que realmente convença o Senhor, para que obtenhamos todas as graças que Ele dispôs a nosso favor. Quando lemos São Paulo sobre isto, entendemos melhor o que significa essa resposta: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda benção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos”. (Ef 1,3-4).

Não temos como duvidar que a vida é um grande presente que Deus nos deu. Por isso, não podemos nos desligar Dele nunca, porque Ele é a Fonte que alimenta nosso ser e bem estar no mundo. Sem Ele a vida seca, se esvai e tudo que foi feito para o bem, torna-se presa fácil do mal, que se faz presente em todos os que se deixam levar pelos seus conselhos maléficos.

De fato, é como nos ensina o Salmo primeiro: “Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite. Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera. Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva. Por isso não suportarão o juízo, nem permanecerão os pecadores na assembleia dos justos. Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição”.

Então, o que estamos esperando do nosso pós-morte? Ou seja, como será a eternidade de nossas almas após nossa páscoa? Bem, se a resposta de nossa vida for uma reposta de amor a Deus acima de todas as coisas, é sinal de que ressuscitamos com Cristo e vivemos a fé da ressurreição; em outras palavras, desde já, vivemos a dimensão da salvação eterna que Deus preparou por Seu Filho Jesus Cristo, para aqueles que o amam. Porém, se a nossa resposta for um não a Deus em todos os sentidos, é sinal que atraímos o castigo que pesa sobre os rebeldes contumazes que fazem de sua vida um antro de perdição.

A vida sem Cristo não é vida, é morte; a vida em Cristo é eterna. De que lado nós estamos? De fato, cabe a nós tomarmos essa decisão. Mas, por que é assim? Porque a vida nos ensina que, quem planta, colhe o que se plantou. Desse modo, entendemos que no pós-morte, só existe a colheita e o que se sucede a ela, o juízo final, como nos ensinou o Senhor (cf. Mt 25,31-46). Portanto, “Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,9-10).

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Frei Fernando Maria,OFMConv.


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sábado, 20 de abril de 2013

JESUS TINHA CONSCIÊNCIA QUE ERA DEUS?





JESUS TINHA CONSCIÊNCIA QUE ERA DEUS?

A vida em si é um grande mistério que transpõe a nossa natureza e não depende de nossa consciência para ela ser o mistério que é. Pois a vida não depende de nós, mas de Deus que a criou e a sustenta, independentemente de nossa presença ou não. De fato, somos colaboradores do Senhor na obra da criação, mas não sua causa primeira; porque só Deus é a causa Primeira e Única de todas as coisas. Porém, o habitat natural em que vivemos depende de nossas ações para ele permanecer agradável como foi criado, ou seja, um verdadeiro paraíso terrestre.

Com efeito, como seres pensantes, temos consciência de nossa finitude e do além dela, ao qual buscamos incessantemente, pois ninguém em sã consciência quer a morte, mesmo sabendo que ela acontece naturalmente a cada instante e que um dia acontecerá definitivamente. Todavia, pensar a possibilidade da vida sem Deus, é pensar o óbvio do pecado humano, que se resume nesta frase de São Paulo: “Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rm 6,23).

Por acaso quem deu existência a tudo o que há, também não deu consciência de sua condição? E olha que não estou falando somente da consciência racional, mas do próprio ato de existir e permanecer na existência. Podemos discutir a questão das crenças e outras tantas questões advindas delas, pois se trata de adesão, correspondência ao plano de Deus para a nossa permanência na vida; mas a questão da consciência, não é tão simples assim, não basta dizer que temos ou não temos consciência de quem somos, é preciso comprovar isto, e é essa comprovação que autentica quem somos de fato.

O ser humano por si mesmo jamais conseguiu responder às questões existenciais: quem somos, de onde vimos, para onde vamos? Já houve inúmeras tentativas racionais para se explicar a origem da vida fora do âmbito da fé, sem a presença de Deus; mas todas foram em vão, sem nenhuma comprovação convincente, porque tratam sempre da existência a partir dela mesma e não de sua Causa Primeira, Deus.

Ora, cada ser é o que é em sua essência. Assim, Deus é Deus e não há Nele necessidade alguma. Já o homem é homem, porém, criado por Deus à sua “imagem e semelhança”. Todavia, quando tratamos de Jesus Cristo, tratamos de Deus feito homem, pois assim como Adão foi feito à “imagem e semelhança” de Deus; Deus, em Seu Filho Jesus Cristo, se fez homem e habitou no meio de nós. Ou seja, Deus, assumiu a natureza humana, sem deixar a sua Natureza Divina, para divinizar a natureza humana. E como comprovamos isto? Pela revelação que Deus fez de si mesmo. Primeiro, naturalmente, pois, em tudo o que vemos, lemos a Sabedoria Divina, ou seja, a verdade se faz presente em tudo o que há e não tem como duvidar. Segundo, espiritualmente, aqui se trata da revelação que Deus faz de Si mesmo por meio do Seu Espírito Santo, seja pelos profetas, seja por Seu Filho amado, Jesus Cristo, a quem Deus constituiu Senhor e Salvador de todas as coisas que há. Desse modo, perguntar se Jesus tinha consciência que era Deus, equivale a perguntar se a Verdade é Verdade, ou seja, perguntar a Deus se ele tem consciência que é Deus. Mas, enquanto homens, precisamos de comprovação, então, vamos a ela.

São Paulo, se referindo à revelação natural, escreveu: “A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade. Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o leem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência. Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar. Porque, conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, extraviaram-se em seus vãos pensamentos, e se lhes obscureceu o coração insensato”. (Rom 1,18-21).

Quanto à revelação espiritual, São João, escreveu o seguinte: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”. (JO 1,1-4). E também São Lucas, escreveu: ”O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”. (Lc 1,31-35).

Ora, será que temos como duvidar da divindade do Senhor ou se Ele tinha consciência de sua divindade? Só os incrédulos duvidam e contestam, porque negam a verdade. Aliás, São Paulo, já dizia: “Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória. Sabedoria que nenhuma autoridade deste mundo conheceu (pois se a houvessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória). É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Todavia, Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra tudo, mesmo as profundezas de Deus”.

Pois quem conhece as coisas que há no homem, senão o espírito do homem que nele reside? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou e que pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela sabedoria humana, mas pelo Espírito, que exprime as coisas espirituais em termos espirituaisMas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem as pode compreender, porque é pelo Espírito que se devem ponderar. O homem espiritual, ao contrário, julga todas as coisas e não é julgado por ninguém. Por que quem conheceu o pensamento do Senhor, se abalançará a instruí-lo (Is 40,13)? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo”. (1Cor 2,7-16).

Portanto, creio que Jesus Cristo sempre teve consciência de que era Deus, mesmo assumindo nossa natureza humana. Pois, a consciência em cada um de nós, nasce a partir do somos e não é algo adquirido de fora para dentro, mas inata. Assim também podemos dizer a partir do nosso batismo, que somos novas criaturas, nascidas da água e do Espírito Santo, para a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém!

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.


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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: O QUE É O NATAL?




SÉRIE MEDITAÇÕES

O QUE É O NATAL?


Para o mundo é uma festa de grandes proporções onde damos e ganhamos presentes, comemos, bebemos e nos divertimos; inventaram até um velhinho chamado papai Noel, de barba branca e comprida, barrigudo, vestido de roupas vermelhas, sorridente, que deixa presentes para as crianças na noite de natal. É um tempo onde os comerciantes enfeitam lojas, avenidas, e até cidades inteiras, contanto, que comprem presentes, que façam viagens, que consumam muito e que se alegrem, pois os festejos de fim de ano estão se aproximando. Esse é o natal profano, cheio de enganos e outros mitos cavernosos que em nada lembram o verdadeiro sentido do Natal.

A festa do Natal cristão é a festa do nascimento de Jesus Cristo, Deus humanado, presente no tempo e na história, revelando sua glória na simplicidade da manjedoura aldeado, pois o Filho de Deus nasceu para que todos os homens sejam salvos dos pecados e façam penitência, cultivem as virtudes presentes em suas almas, que os leva à santidade. De fato, só é possível celebrar esta festa com todo o sentido que ela traz, mediante a ação do Espírito Santo que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou, porque o Espírito conhece tudo até mesmo as profundezas de Deus.

Então, podemos dizer sem nenhum medo de errar, que a forma como os homens celebram hoje o Natal, se distancia em muito da realidade do Natal cristão. Para nós que acreditamos no Senhor Jesus e vivemos do seu infinito amor, celebrar esta festa é celebrar a vida eterna que o Senhor mesmo nos comunicou pela sua Encarnação, pois foi para isso que Ele assumiu a nossa natureza humana, para que também nós participássemos de sua natureza divina.

Ora, vivemos num mundo onde a exterioridade tomou conta dos corações; onde a fé deu lugar à razão limitada e dependente de mentes desprovidas do amor e da sabedoria de Deus. Por isso, muitos se tornaram incrédulos e dependentes dos próprios instintos, das ideologias, dos vícios e das pretensas facilidades oferecidas pela mentalidade mundana que a muitos engana, e assim, esses perdem o sentido de viver por se deixarem mover pelas paixões desordenadas, fruto das concupiscências, que os levam à perca da liberdade que é essência da vida em Deus.

Com efeito, a Bem-aventurada Ângela de Foligno, ao meditar o nascimento do nosso Salvador, assim se expressou: “Meu Deus, torna-me digna de conhecer o mistério profundo, realizado por tua ardentíssima e inefável caridade e amor da própria Trindade, isto é, o mistério de tua santíssima Encarnação, princípio de nossa salvação. Esta Encarnação nos traz dois benefícios: primeiro, enche-nos de amor, segundo, faz-nos seguros de nossa salvação. Ó incompreensível caridade! Não há amor maior do meu Deus fazer-se carne para tornar-me Deus. Ó amor extremado! Tu te aniquilaste para me criar, quando assumiste nossa condição. Não te aniquilaste para diminuir-te ou à tua divindade. Mas o abismo de tua conceição induz-me a proferir estas palavras: Ó incompreensível, feito compreensível! Ó incriado, feito criatura! Ó impensável, que podes ser cogitado! Ó impalpável, que é possível apalpar! Ó Senhor, faz-me digna de ver as profundezas desta caridade enorme que nos comunicaste na Santíssima Encarnação”. (*)

Portanto, o Natal é uma das festas mais sublimes da nossa fé; nele não só recordamos a parusia do Messias, mas também a humanidade acolhedora da vontade de Deus na pessoa da Virgem Maria e do seu esposo José. A Mãe de Jesus e seu esposo, nos ensinam a lição da humildade e da entrega a Deus como o primeiro ato de fé e de amor, que nos une perfeitamente ao Senhor e nos faz participar diretamente do Seu Plano de salvação para toda a criação.

Enfim, festejar o Natal de Jesus, é festejarmos com Ele o lindo dia do seu nascimento, pois não hesitamos participar dos aniversários dos nossos irmãos, mas quando se trata do aniversário do nosso Senhor e Salvador, muitos se esquivam e tentam substituir por festes e comilanças sem sentido algum, não é justo isso. Logo, cantemos com entusiasmo os louvores de Deus pelo nascimento do Seu Filho amado que, humanado com um de nós, permanece conosco até o fim dos tempos e de sua parusia escatológica. Feliz Natal, Senhor Jesus! E que venha definitivamente o teu Reino de amor.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria, OFMConv. 


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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: A VINDA ESCATOLÓGICA DE JESUS



SÉRIE MEDITAÇÕES

A VINDA ESCATOLÓGICA DE JESUS


A parusia escatológica de Jesus Cristo, o Filho de Deus, diz respeito à sua segunda vinda, no fim do mundo, conforme ele mesmo revelou: ”E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu”. (Mc 14,62b). Mas, por que ele virá, ou pra quê virá? Para julgar os vivos e mortos e implantar o Reino de Deus plenamente (cf. 2Tim 4,1; Mt 25,31-46; 1Cor 15,21-28). Ora, Deus não criou este mundo para que o mal se estabelecesse nele; ao contrário, tudo o que Deus criou é bom e criou somente para o bem. Porém, se vemos o mundo neste estado calamitoso de escravidão e torpor, é porque o homem com sua desobediência estabeleceu este estado de desordem sobre ele mesmo e tudo que governa. Logo, o estado das coisas não pode permanecer como está, é preciso que seja passado a limpo, isto é, que volte à sua originalidade, sem pecado algum, conforme a vontade de Deus.

De fato, a primeira vinda de Jesus se deu no seio do povo hebreu, conforme as profecias, porém, não foi escatológica em si no sentido pleno da palavra, mas sim teológica, para que os homens conhecessem Deus, sua misericórdia e se convertessem, por meio de seu exemplo, para uma vida de penitência, retidão e amor, de acordo com os seus desígnios eternos. Desse modo, compreendemos que sua primeira vinda se deu para que se cumprissem as profecias do Antigo Testamento à seu respeito; e também para que nos fosse revelado o Reino de Deus e sua justiça, presente visivelmente na Igreja, Seu Corpo Místico, do qual ele é a cabeça e nós somos os membros. Por ela, é anunciado a Plenitude desse Reino e a vinda definitiva do Senhor; ele que permanece conosco por meio dos sacramentos que realizam a nossa salvação e participação em sua natureza divina, pois é em Deus que vivemos, nos movemos e somos (cf. At 17,28).

Então, como e quando se dará essa vinda escatológica? Eis a resposta: “Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”.

“Dizendo isso elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu”. (At 1, 6-11).

Como vimos, da parte dos apóstolos, também nós hoje ficamos desejosos que se estabeleça logo neste mundo a verdadeira justiça, para que haja paz e abundância para todos. Por isso, suplicamos que venha o Reino de Cristo e que seja iminente, pois assim como ele veio uma primeira vez, também virá segunda vez e cumprirá sua promessa de reunir em si “todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra”, conforme revelado nas Escrituras (cf. Ef 1,3-14; Mt 24,3-36).

E agora que estamos avisados de sua vinda, o que fazer? Santo Efrém, assim nos exorta: “O Senhor, ocultou-nos o dia de sua vinda para que ficássemos vigilantes e cada um de nós pudesse pensar que esse acontecimento se daria durante a nossa vida. Se tivesse revelado o tempo de sua vinda, esta deixaria de ter interesse e não seria mais desejada pelos povos da época em que se manifestará. Ele disse que viria, mas não declarou o momento e por isso as gerações e todos os séculos o esperam ardentemente.

Embora o Senhor tenha dado a conhecer os sinais de sua vinda, não se vê exatamente o último deles, pois numa mudança contínua, esses sinais apareceram e passaram e, por outro lado, ainda perduram. Sua última vinda será igual à primeira.

Os justos e os profetas o desejavam, pensando que se manifestaria em seu tempo; do mesmo modo, cada um dos fiéis de hoje deseja recebê-lo em sua época, pois ele não disse claramente o dia em que viria. E isto, sobretudo para ninguém pensar que está submetido a uma determinação e hora, ele que domina os números e os tempos. Como poderia estar oculto àquele que descreveu os sinais de sua vinda, o que ele próprio estabeleceu? O Senhor pôs em relevo esses sinais para que, desde o primeiro dia, os povos de todos os séculos pensassem que ele viria no próprio tempo deles.

Permanecei vigilantes porque, quando o corpo dorme, é a natureza que nos domina e nossa atividade é então dirigida, não por nossa vontade, mas pelos impulsos da natureza. E quando a alma está dominada por um pesado torpor, como por exemplo, a pusilanimidade ou a tristeza, é o inimigo que a domina e a conduz, mesmo contra a sua vontade. Os impulsos dominam a natureza e o inimigo domina a alma.

Por isso, o Senhor recomendou ao homem a vigilância tanto da alma como do corpo: ao corpo, para que se liberte da sonolência; e à alma, para que se liberte da indolência e pusilanimidade. Assim diz a Escritura: Vigiai, justos (cf. 1Cor 15,34); e também: Despertei e ainda estou contigo (cf. Sl 138,18); e ainda: Não desanimeis (cf. Jo 16,33).Por isso não desanimamos no exercício do ministério que recebemos (2Cor 4,1)”. (Do Comentário sobre o Diatéssaron, de Santo Efrém, diácono (Cap. 18,15-17; SCh 121,325-328). (Séc. IV).

Portanto, precisamos estar preparados, para não sermos pegos de surpresa. Pois, assim escreveu São Paulo: “A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas”. (1Tess 5,1-5).

Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa. Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança pela sua graça, consolem os vossos corações e os confirmem para toda boa obra e palavra!” (2Tess 2,15-16).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: O QUE QUERO EU DA VIDA?



SÉRIE MEDITAÇÕES

O QUE QUERO EU DA VIDA?

Pensando bem, da vida eu quero somente o que a vida me convém ela mesma, em conformidade com a vontade de Deus. “Pois de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier perder sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida?” (Mc 8,35-36). Sim, é isso mesmo o que quero, pois aprendi do Senhor que nada tenho, porque tudo o que tenho são dádivas do Senhor que em seu infinito amor nos concedeu para que tenhamos vida e bem estar no mundo.

Fora disso, tudo o mais é perca de tempo, do bom convívio e medo de perder tudo, até mesmo a vida; isto porque os maus associam os bens materiais à ela e tentam tira-la a todo custo para obterem os dividendos que buscam, só que inutilmente, pois ao perderem também a vida, nada poderão levar consigo para o dia do julgamento (cf. Heb 9,27), a não ser todo o mal que causaram aos seus semelhantes, e isto como prova de sua condenação.

De fato, “Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”. (1Tim 6,9-10).

Portanto, vivamos a vida como ela é, simplesmente acolhendo-a como dádiva do nosso Criador e Pai de nossas almas, crendo firmemente, que em seu Filho, Jesus Cristo, ela é eterna para além de tudo o que somos ou temos neste mundo, pois Jesus nos ensinou: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais”. (Jo 14,1-3).

Senhor, confiamos ardentemente nessa verdade que revelaste, e abraçamos com amor o que dissestes: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Eis-nos aqui Senhor, realiza o teu querer e executar em nosso viver, pois te amamos e te adoramos como o único Senhor, que nos deu a vida e com ela a salvação eterna. Amém!

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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quarta-feira, 20 de junho de 2012

VERDADES QUE PRECISAMOS OUVIR...





Ø  De fato, a idolatria permanece a mesma... Todavia, o perfeito que achamos nos outros, na verdade é o que desejamos para nós...

Ø  O amor verdadeiro é fundamentado na fidelidade, que goza a liberdade de ser único na vida de quem ama e por quem é amado...

Ø  Palavras são palavras; virtudes são virtudes, porém, precisamos falar com profunda convicção e humildade para que nossas palavras sejam virtuosas e façam um bem enorme aos que as ouvirem...

Ø  A Única Fonte inesgotável do amor é Jesus, presente na Eucaristia; qualquer outra fonte fora dele não convém, porque nenhuma delas gera a vida eterna...

Ø  A vida é bem mais do que tudo o que está fora de nós e que no mais das vezes introjetamos; ora, conhecemos isto pelo aquilo que resulta dessa introjeção; todo conteúdo que não vem de Deus, nos ofende, causa danos à nossa alma, nos faz débeis e dependentes de tais conteúdos...

Ø  Ao contrário, quando introjetamos os conteúdos que veem de Deus, eles geram em nós uma profunda paz, porque nos levam à permanência Nele... Pois tudo o que vivemos e fazemos na presença do Senhor e sob o seu comando, dá certo e gera profunda satisfação vinda do estado de graça que Ele nos dá...



Ø  Agora, se perguntarmos ao Senhor, é possível viver neste mundo sem pecado? Certamente ouviremos Dele: decida...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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sexta-feira, 11 de maio de 2012

CRÔNICAS DE MINHA ALMA: PERMANECEI EM MIM





Aqui neste mundo tudo passa, nossa realidade é transformada a todo instante, e esse dinamismo se dá para o bem ou para o mal, dependendo das decisões que tomamos, porque em se tratando do comportamento humano, tudo é possível dentro de nossas possibilidades. Quanto à realidade natural que nos cerca, esta sofre as consequências de nossas decisões. Assim sendo, trazemos no mais íntimo do ser, aquilo que cultivamos com o nosso viver de cada dia, como resposta ao dom da vida que recebemos de Deus.

Ora, sabemos que somos seres dependentes, e essa dependência é a razão pela qual sobrevivemos nesse nosso habitat natural. Todavia, existe algo em nós que nos faz conspirar contra nós mesmos, é o que chamamos de interesses pessoais. É uma espécie de egoísmo mórbido que leva o ser humano à destruição, pois, as coisas materiais, são postas acima de tudo e de todos; e esse apego exagerado tem levado muitos a cometerem terríveis maldades, capazes de dissipar vidas inocentes sem poupar ninguém.

Desse modo, se criou uma cultura de autodestruição, divulgada amplamente pelos meios de comunicação em massa, em suas programações sectárias, onde difundem comportamentos vãos, desordenados e estranhos; vícios de toda espécie e atitudes totalmente anticristãs, procurando com isso, moldar a sociedade aos mais baixos calões existenciais. O resultado é a violência desenfreada que permeia todas as camadas sociais; é o abuso de poder, pelo mau uso de suas funções; corrupções e injustiças vindas dos mandatários de plantão, que estão à postos nos mais altos escalões das esferas governamentais e não governamentais.

E assim, estamos vendo esse nosso mundo afundando num mar de lama sem fim, e o pior de tudo, não tem volta, não tem conserto, porque os homens perderam o temor de Deus e se afastaram dele, por suas obras funestas, entregando-se ao mal que passou a tomar conta de tudo ou quase tudo. Então, o que fazer em meio a esse proceder infernal que assistimos cada dia? Como nos defender de tudo isso?

“Só em Deus a minha tem repouso, porque dele é que me vem a salvação. Só ele é meu rochedo, minha salvação; minha fortaleza: jamais vacilarei. Só em Deus repousa a minha alma, é dele que me vem o que eu espero. Só em Deus encontrarei glória e salvação. Ele é meu rochedo protetor, meu refúgio está nele. Ó povo, confia nele de uma vez por todas; expandi, em sua presença, os vossos corações. Porque nosso refúgio está em Deus”. (Sl 61).

“Os homens não passam de um sopro, e de uma mentira os filhos dos homens. Eles sobem na concha da balança, pois todos juntos são mais leves que o vento. Não confieis na violência, nem espereis vãmente no roubo; crescendo vossas riquezas, não prendais nelas os vossos corações. Numa só palavra de Deus compreendi duas coisas: a Deus pertence o poder, ao Senhor pertence a bondade. Pois vós dais a cada um segundo suas obras”. (Sl 61). (cf. Sl 2).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

***
"Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15,4-5)
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domingo, 1 de abril de 2012

COMO ENTENDER A FRAQUEZA HUMANA?




COMO ENTENDER A FRAQUEZA HUMANA?


Ilumina-me Senhor, com a luz de tua fortaleza...
Porque não quero sentir fraqueza alguma...
Mas, creio que só encontra a tua fortaleza divina...
Quem faz sua kenosis; quem vive o Kairós...
Ou seja, quem se esvazia totalmente,
se converte e vive o tempo da graça...

Isto porque o poder temporal que nos destes,
só o é em função do teu Poder Eterno...
De tal forma que, quem quiser se apossar do teu poder,
perderá tudo o que pensa ter, até mesmo a vida...
Mas quem perde tudo por amor de Ti,
ganha o tudo que só a Ti pertence...

Sei que o sofrimento não tem explicação,
quando sabemos que a verdadeira felicidade é isenta do sofrer...
Mas como explicar o teu sofrimento, se és Deus,
isento de tudo o que somos em nossa naturalidade?
Só o amor, o teu amor nos pode explicar...

Todavia, sei que em Ti tudo é Mistério,
Mistério que só pode ser conhecido,
quando em teu desígnio, queres revelar...
Porém, desde já em teu santo amor,
nos dás conhecer e experimentar o que reservas para aqueles que te amam...
E por isso mesmo rejeitam todo mal...

Aqui Senhor, começamos a entender o mistério do sofrimento...
Que de certa forma, tem alguma relação com o mistério da iniquidade...
Existem aqueles que sofrem por serem justos...
Este sofrimento é sofrimento salutar...
É o mesmo visto em Cristo, o teu Filho justo e santo...

Os justos não causam tais sofrimentos,
mas sofrem os sofrimentos causados pelo mistério da iniquidade,
que por meio de seus sequazes,
quer se apossar do que Te pertence Senhor...

Por outro lado, existe o sofrimento dos ímpios...
que na não comunhão com o Senhor...
multiplicam suas impiedades e os próprios sofrimentos,
causando sofrimentos aos justos que sofrem perdas aparentes...

Assim, dá pra entender não só a nossa fraqueza temporal,
mas também o nosso não ter nada definitivo aqui...
Dá pra entender por causa do devir que nos acompanha...
Por tuas promessas que alimentam nossa esperança após a ressurreição...

Então, como entender a fraqueza humana?
Toda causa gera um efeito...
Se a causa é boa, os efeitos também o são...
Se a causa é má, de igual modo ou pior,
são os seus resultados...
Isto porque, o salário do pecado é a morte...
Enquanto que, o dom gratuito de Deus se encontra em Jesus Cristo...
Quem nele crê não perece, mas tem a vida eterna...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? Respondeu Marta: Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo”. (Jo 11,25-27).
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