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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

MARTÍRIO DE SANTO ANDRÉ...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 4,18-22)(30/11/18)
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Caríssimos, hoje a Igreja celebra a festa do Apóstolo Santo André, irmão de São Pedro e seu interlocutor no encontro com o Senhor; foi também um dos primeiros discípulos de São João Batista, do qual ouviu as palavras: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." Nas passagens bíblicas que narram sua atuação, vemos nele um homem de grande fé e simplicidade e também um grande evangelizador, em especial por proporcionar o livre acesso a Jesus para aqueles que dele se aproximavam.
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De fato, as qualidades que revelam a grandeza dos anunciadores da mensagem salvífica do Senhor, são a fé, a simplicidade, a humildade e o amor com que dão o testemunho dele. Ora, além de todas essas qualidades, Santo André deu também a sua vida por Jesus ao morrer martirizado numa cruz em forma de xis. Isso demonstra o zelo e a determinação do seu seguimento, pois não temeu a morte, mas, ao contrário, se entregou totalmente ao Senhor, tendo como alicerce as suas palavras: "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma."
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Com efeito, o Evangelho de hoje narra o encontro primoroso do Senhor com André e Pedro que estavam lançando as redes de pesca, símbolo de sua sobrevivência, e o Senhor logo os chamou para um novo tipo de pescaria, dizendo: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram."
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Ora, o poder das Palavras de Jesus é irresistível, e assim, comovidos no mais íntimo de suas almas, seguem o mestre em Seu caminho de santidade e vida eterna, dando a vida por Ele e pelo Evangelho que anunciam.
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Caríssimo, a vida dos seguidores do Senhor é um Evangelho vivo, as palavras que anunciam o Reino de Deus, não são suas, mas de Deus que os chama para serem as testemunhas fiéis da Ressurreição do Seu Filho, Jesus Cristo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,20-28)(29/11/18)
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Caríssimos irmãos e irmãs, nada acontece na face da terra sem que seja do conhecimento do Senhor; aliás, somente três atitudes de alma podem mudar o curso da história humana, o rumo dos acontecimentos futuros, são elas: o verdadeiro arrependimento, o perdão sacramental dos pecados e o retorno à obediência que conduz à comunhão com a vontade de Deus. Fora disso, os homens só teem que esperar o justo juízo divino que os julgará pelos atos praticados contrários aos santos mandamentos.
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Ora, tudo o que meditamos no relato das leituras de hoje, fazem parte da pena que será imposta aos adoradores da besta que infestaram a humanidade com os escárnios infernais de suas práticas perversas. De fato, pelo que tem demonstrado, essa geração está chegando a um nível tão intolerável de desobediência que, sem dúvida alguma, se nivela à dos próprios demônios.
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Vejamos, então, alguns acontecimentos catastróficos que estão para acontecer como o Senhor mesmo revelou: "Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas." Mas, o que está causando tudo isso? Os desvarios dos homens entorpecidos pelos muitos pecados praticados.
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Conclusão: Caríssimos, no final do evangelho de hoje Jesus tranquiliza o nosso coração com as seguintes palavras: "Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Portanto, peçamos ao Senhor a perseverança final, como Ele mesmo disse: "Aquele que perseverar até o fim será salvo." (Mt 24,13), Para que no dia eterno sejamos recebidos por Ele na morada eterna do Pai.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

TUDO ESTÁ EM TUAS MÃOS Ó PAI...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,12-19)(28 /11/18)
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Caríssimos irmãos e irmãs, estamos vivendo os últimos acontecimentos da obra da criação, iniciada por Deus e posta em prática por nosso protagonismo nessa obra, pois sem a presença humana de que adiantaria as coisas terrenas? De fato, não foi o sol nem a lua nem os outros astros nem mesmo o universo, que Deus criou à sua imagem e semelhança, mas sim à sua amada criatura humana, obra prima de suas mãos.
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Com efeito, com a vinda de Jesus, passamos a conhecer a Deus como Pai e Senhor de todas as coisas, não somente por suas obras, mas diretamente pelas Palavras e ações de Seu Filho, como lemos na Carta aos Hebreus: "Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas."
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E ainda na Carta aos Efésios: "Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência. Ele nos manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre, para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra."
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Por fim, depois de cumprir a sua missão, Jesus se entregou totalmente ao Pai, dizendo: "Entrego-te meu espírito. Ele está em tuas mãos. É minha última oferta, é o sacrifício do meu ser, é a entrega da minha divindade unida à minha humanidade, nas mãos daquele de quem procede todo ser.
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Entrego-te o meu espírito, ó Pai, porque confio em ti, porque sei que estás em mim, porque eu permaneço em ti, assim como eu desejo que não se perca nenhum daqueles que me deste, que me darás, aqueles que por ti vivem, que viverão, aqueles que por ti são e no futuro ainda serão.
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Por eles eu me consagro, por eles eu me ofereço.
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Em tuas mãos entrego o meu espírito, porque, mesmo que eles não mereçam, eu te mereço, eu te mereço."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

OS SINAIS DOS TEMPOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,5-11)(27/11/18)
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Caríssimos, o tempo presente para nós, cristãos, carrega em si
vários sentidos, especialmente o sentido escatológico, próprio dos últimos ensinamentos de Jesus antes de sua partida para o Pai. O termo escatologia significa os últimos e definitivos acontecimentos da história humana, da humanidade e do universo. Últimos porque diz respeito à plenitude ou perfeição para a qual tende a totalidade da criação; e definitivos porque trata da vitória triunfal do amor de Deus sobre o pecado e sobre o mal.
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Assim como no tempo de Noé, Deus revelou os acontecimentos presentes e futuros do "êschaton" por meio de sinais como a construção da arca e o arco-íris, e vimos que se realizaram tal qual descritos em Sua Palavra; de igual modo nas leituras da liturgia de hoje o Senhor nos alerta sobre tudo o que haverá de acontecer à humanidade e à toda criação nos últimos dias.
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Com efeito, dentre estes sinais descritos por Jesus, estão as falsas crenças e os falsos Cristos; e como Ele também revelou: "Haverá guerras e revoluções; um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”. Todavia, continuou, Ele: "Não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.
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Conclusão: "Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça.
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Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O SENTIDO ETERNO DA VIDA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Lc 21,1-4)(26/11/18)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a vida natural é uma obra prima divina composta no tempo em vista da eternidade; é por isso que somos esse misto de carne e espírito, e é também por isso, que tanto aspiramos as coisas eternas, uma vez que as naturais não nos satisfazem devido o seu fim temporal. De fato, estamos aqui, mas não somos daqui, porque aquele que nos criou, nos criou para Si.
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Ora, com a vinda de Cristo Jesus, as portas do céu, do Reino de Deus nos foram abertas, pois tinham sido fechadas por causa do pecado; mas, por sua infinita misericórdia, o Senhor leva a bom termo essa sua obra prima que somos. Por isso, seguir a Cristo, é ser um só com Ele; essa unidade nos foi dada por Deus no batismo, por meio do Seu Espírito, como nos ensinou São Paulo: "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos."
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Na liturgia de hoje, o Senhor nos revela, por meio de São João, o Mistério que nos envolve e de como será o nosso devir. Ora, essa nova condição dos redimidos vem acompanhada de todas as graças recebidas e postas em prática por eles quando de sua estadia neste mundo. São essas, então, algumas das virtudes eternas dos filhos de Deus: "caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança."
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Conclusão: Caríssimos, quem tem como fundamento de sua vida as coisas que passam, tende ao desespero, pois a vida natural sem o estado de graça advindo da comunhão com a vontade de Deus, gera um profundo vazio existencial, pois somente em Deus a vida humana encontra a realização e o sentido eterno de ser.
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Portanto, não viva sem esse sentido eterno, porque "Deus criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça divina é imortal."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 25 de novembro de 2018

CRISTO, REI DO UNIVERSO...


Homilia da Sol. de Cristo Rei do Universo (Jo 18,33b-37) (25/11/18)
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Caríssimos, como entender o reinado de Cristo se vemos este mundo aparentemente dominado pelo pecado? Para responder a essa pergunta é necessário primeiro responder quem é que reina em nossa vida. Talvez até pareça difícil dar uma resposta totalmente convincente, dada a multiplicidade de ideologias e seguimentos que cresce assustadoramente nesse nosso mundo tomado pelas novas tecnologias.
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No entanto, não é bem assim, pois o Senhor nos ensinou que "se conhece a árvore pelos frutos que ela dá." Desse modo, compreendemos que os frutos dos que participam do reinado de Cristo são frutos de felicidade e de paz interior, embora passando pelas mais diversas provações deste mundo (cf. At 14,22). Todavia, fiquemos certos, fora do reinado de Cristo não existe felicidade alguma.
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No Evangelho de hoje, meditamos o encontro que Pilatos teve com Jesus no dia de seu julgamento terreno, onde a autoridade humana julgou o Filho de Deus a partir das calúnias levantadas contra Ele; pois todas as acusações apresentadas eram falsas. E o resultado desse injusto julgamento foi a morte cruenta do Senhor que não resistiu aos seus algozes, mas, os venceu por sua inocência e ressurreição.
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Caríssimos, o Reinado de Cristo está consolidado pelo poder de Deus Pai. É como está escrito no Livro do Apocalipse: "Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens.
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Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição. Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras."
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Paz e Bem!
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Fr Fernando Maria OFMConv.

sábado, 24 de novembro de 2018

COMO VENCER A MORTE?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 20,27-40)(24/11/18).
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Caríssimos, a morte é uma lei que se cumpre naturalmente em todo ser vivente; promulgada em consequência do pecado original, foi vencida pelo sacrifício do Filho de Deus que nos amou e por nós se entregou para nos libertar dela e de todo mal. Pois, por mais perfeitas que sejam as criaturas nenhuma se sustenta por si mesma; na verdade, são como um rio, dependem da fonte que as alimenta; e Jesus é a única Fonte de vida eterna que temos.
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Com efeito, ao longo dos tempos os acontecimentos que se sucederam foram acompanhados por um rastro de injustiças, de violência e de morte; mas também por sinais de ressurreição das vítimas inocentes que foram sacrificadas como Cristo. De fato, vivemos no meio de uma guerra espiritual cujas partes oponentes são: bem e mal; amor e ódio; justos e injustos; fiéis e incrédulos, e por aí vai.
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Mas de uma coisa fiquemos certos, a vitória nessa guerra pertence àqueles que tudo perderam por amor a Cristo e ao Seu Reino.
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Conclusão: A liturgia de hoje nos mostra que a oposição existente entre os homens revela o abismo que os separa uns dos outros e de Deus, e que só pode ser superado pelo o arrependimento sincero dos pecados e verdadeira conversão. Portanto, peçamos ao Senhor a graça de fazermos em tudo a sua vontade, para que no dia de sua Parusia, sejamos recebidos por Ele na moradia eterna do Pai.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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