Da
vida religiosa
O
que é o bom religioso? É verdadeiro cristão, ocupado sempre em
fazer-se perfeito, tomando como dever religioso o que o Evangelho só
indica como conselho. A vida monástica não é pois outra coisa mais
do que uma vida, por assim dizer, mais cristã, e a abnegação de si
mesmo é o copêndio de todos os deveres que ela impõe. Ora, estes
deveres são também os nossos, pois não só de alguns, mas de
todos, diz Jesus Cristo: “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é
perfeito”.
Para
preencher esta grande vocação, renunciamos a nós mesmos, unamo-nos
plenamente ao sacrifício de nosso divino Modelo; amemos sobretudo a
sujeição, a dependência, as humilhações. A salvação é um
edifício que se levanta sobre as ruínas da soberba.
Deus
e Senhor meu, ainda que não siga rigorosamente a vida religiosa,
dai-me luzes para compreender que é mais importante ter uma vida
curta bem ocupada que a longa, ociosa; pouco tempo basta para grandes
virtudes e valiosos merecimentos, quando sabemos empregar o tempo em
vosso serviço, dai-me, Senhor, o espírito humilde, fundamento único
de todas as virtudes.
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