Reflexão XV
Quase todas as ações das pessoas nascem
de princípio viciado, daquela tríplice concupiscência de que fala São João, e
contra qual a vida cristã está em constante combate. O demasiado amor próprio,
tão difícil de vencer inteiramente, corrompe normalmente as mesmas obras que
mais puras parecem.
Quantos trabalhos, quantas esmolas,
quantas penitências, em que as pessoas põem grande confiança, serão talvez sem
valor para o céu! Deus não se dá senão aos que amam, Ele é o prêmio da
caridade, do amor inefável, do amor sem limites e sem medida, e isso permanece
eternamente, diz São Paulo, enquanto tudo o mais passa.
“Ó amor divino, que só fazeis os
Santos, Amor que sois Deus”, penetrai, possuí, transformai em vós todas as
potências de minha alma, sede minha vida, minha única vida, agora e sempre nos
séculos dos séculos. Assim seja!
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