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sábado, 19 de fevereiro de 2022

CUIDADO COM O PECADO DA LÍNGUA...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 9,2-13)(19/02/22)

Caríssimos, a liberdade humana é uma graça divina que nos foi dada somente para fazer o bem, fora desse propósito, torna-se um abismo de perdição inigualável, pois, não podemos, em hipótese alguma, usar os dons de Deus para a prática do mal. Na primeira de hoje são Tiago fala de um membro do nosso corpo cujo uso pode nos levar à felicidade eterna ou à destruição total da nossa vida; trata-se da língua, que ele compara a uma pequena chama que é capaz de incendiar e destruir uma floresta inteira, se alguém faz mal uso dela.

De fato, a palavra nos foi dada para vivermos em comunhão com Deus e entre nós, e nunca para criar divisões, discórdias, maledicências, mentiras e todo tipo de dasatino de que a língua ferina causa quando atiçada pelo inferno. A nossa fala é tão importante para o resultado final do nosso julgamento, que deveríamos pensar seriamente antes de abrir a nossa boca, pois, quem fala sem a inspiração divina, muito erra e causa a própria ruína.

Com efeito, os dois pecados mais praticados na face da terra são o julgamento injusto e o pecado da língua, e por incrível que pareça, esses pecados tem atingido um tão grande número de almas que poucos são as que estão fora desse ciclo de perversão. No Livro da Sabedoria assim está escrito: "Acautelai-vos, pois, de queixar-vos inutilmente, evitai que vossa língua se entregue à crítica, porque até mesmo uma palavra secreta não ficará sem castigo, e a boca que acusa com injustiça arrasta a alma à morte." (Sb 1,11).

Portanto, caríssimos, tomemos muito cuidado com o que dizemos, pois, como nos ensinou o Senhor, a nossa palavra será usada no dia do juízo final: "O homem de bem tira boas coisas de seu bom tesouro. O mau, porém, tira coisas más de seu mau tesouro. Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado. (Mt 12,35-37).

Destarte, escutemos ainda o que está escrito no livro da Sabedoria: "Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda. Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal." (Sb 1,12-15).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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