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sábado, 4 de abril de 2015

A RESSURREIÇÃO...


A RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS...

A Ressurreição dos mortos. Quem poderia compreender e experimentar essa verdade, se Deus Pai não a tivesse realizado em Seu Filho, Jesus Cristo? Pasmem os incrédulos, os indiferentes, “os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos”; pasmem até mesmo os que creem, pois, Deus que é infinitamente Santo, Eterno, Todo Poderoso, e nosso Sumo Bem; destituiu a Besta, a antiga serpente, e desmontou o seu plano maléfico de destruição da Criação, por meio da Paixão, morte e ressurreição de Seu Filho Jesus Cristo, o Cordeiro Imolado, que tira o pecado do mundo, e mantém o Reino de Deus, com o poder de sua Palavra (cf. Hb 1,1ss), tal qual concebido por Seu Pai e nosso Pai.

Com efeito, Deus criou todas as coisas, para o louvor de Sua Glória e para a nossa felicidade eterna; esse foi e sempre será o sentido da Criação, e não cooperar na realização desse santo desígnio do Senhor é perde-lo e perder-se eternamente com o diabo e seus sequazes. Isto porque Deus sempre age diferentemente de suas criaturas, pois, é isto o que diz o Senhor ao profeta Isaías: “Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente”.

“Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos. Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não volvem sem ter regado a terra, sem a ter fecundado, e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão”. (Is 55,6-11). Ou seja, Deus é fiel, tudo o que planejou em seu amor para a obra de suas mãos, se cumprirá perfeitamente, pois o Senhor não falha nunca; por isso, leva a bom termo sua obra criada e redimida por Seu Filho, Jesus Cristo. (cf. Ef 1,3-23).

Celebramos a Ressurreição do Senhor Jesus como ápice da revelação divina e de todas as profecias e promessas de Deus no antigo testamento. Mas celebramos também o início do Reino de Deus ainda aqui no tempo, isto é, na finitude natural que nos cerca, que na verdade é a porta de entrada na eternidade, ou ainda, no definitivo de todas as criaturas; pois é aqui que definimos nosso devir, por isso, para bom entendedor o eterno já é; basta compreender que colhemos aquilo que aqui plantamos no terreno de nossa vida natural com o nosso modo de ser, de pensar, de falar e de viver. Todavia, lembrem-se: “Somos o que somos aos olhos de Deus e nada mais”. (São Francisco de Assis). Todavia, ninguém é nada sem Jesus Cristo, pois Ele mesmo nos ensinou: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado”. (Jo 15,5.3).

Portanto, precisamos viver a experiência da ressurreição de Cristo com Cristo e em Cristo Eucarístico. Bem como nos ensinou São Paulo: “Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória”. (Cl 3,1-4).

Meu Senhor e meu Deus, guarda-me ressuscitado contigo, hoje e sempre. Amém!

Feliz Páscoa!

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

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FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

NOSSA PÁSCOA ESPIRITUAL




NOSSA PÁSCOA ESPIRITUAL

A Páscoa que celebramos é a causa da salvação de todo o gênero humano, a começar pelo primeiro ser humano, que é salvo e vivificado em cada um de nós. Mas a salvação foi preparada por diversas instituições, imperfeitas e provisórias, que eram símbolos e imagens das coisas perfeitas e eternas, para anunciarem em esboço a realidade que surge atualmente à plena luz da verdade. Contudo, uma vez que essa verdadeira realidade se tornou presente, a figura deixa de ter sentido. Quando chega o rei, ninguém irá homenagear sua estátua, deixando de lado a pessoa do próprio rei.

Assim se vê claramente em que medida a figura é inferior à realidade verdadeira, pois a figura representa a vida breve dos primogênitos dos judeus, ao passo que a realidade celebra a vida eterna de todos os seres humanos. Não é grande coisa alguém livrar-se da morte por algum tempo, se pouco depois terá de morrer. O que é admirável é evitar a morte de uma vez para sempre, como aconteceu conosco por meio de Cristo, que foi imolado como nosso cordeiro pascal.

O próprio nome da festa, se compreendermos o seu verdadeiro significado, nos sugere a sua peculiar excelência. Páscoa, com efeito, significa “passagem”, pois o anjo exterminador, que feria de morte os primogênitos dos egípcios, passava adiante, sem entrar nas casas dos hebreus. Todavia, em relação a nós, a passagem do exterminador é um fato, porque passou realmente sem nos tocar, a nós que por Cristo ressuscitamos para a vida eterna.

E o que significa, em seu sentido místico, o fato de se determinar como início do ano, o tempo em que se celebrava a Páscoa e a salvação dos primogênitos? Significa que também para nós o sacrifício da verdadeira Páscoa constitui o início da vida eterna.

Na verdade, o ano é símbolo da eternidade. Sendo a sua órbita circular, o ano gira continuamente sobre ela sem nunca parar. Mas Cristo, pai do mundo novo, oferecendo-se por nós em sacrifício, como que anulou a nossa existência anterior, proporcionando-nos, pelo batismo do novo nascimento, o começo de uma outra vida, à semelhança da sua morte e ressurreição.

Por conseguinte, quem tiver consciência de que a Páscoa foi imolada em seu benefício, deve aceitar como início de sua vida o momento em que Cristo se imolou por ele. Ora, tal imolação atualiza-se em cada um, quando reconhece essa graça e compreende que vida lhe foi dada por esse sacrifício. Quem chegou a este conhecimento, esforce-se por aceitar o começo da vida nova, sem pretender voltar à vida antiga que foi ultrapassada. De fato, se já morremos para o pecado, pergunta o Apóstolo, como vamos continuar vivendo nele? (Rm6,2).

Paz e Bem!

Fonte: Da Homilia pascal de um Autor antigo - (PG59,723-724) – Liturgia das Horas.

domingo, 28 de março de 2010

Páscoa não é fim, mas recomeço de jornada



Páscoa é sinal de mudança, passagem, se é fim de quaresma é também início de jornada, com a saída do Egito os judeus não entraram diretamente na terra prometida, não foi uma mudança radical de estado, ela marca o fim da escravidão nas terras egípcias, mas ainda exige um esforço pessoal de cada um dos judeus que saíram do Egito, é preciso ainda retirar o Egito do coração do povo eleito, pois a todo instante e a cada tropeço do caminho, recomeçavam a se lamentar e a comparar a provação do deserto, com o pouco de bom que deixaram no Egito, a cada momento jogavam sobre Moisés a saudade das panelas de carne que ficaram pra traz, existe justiça nisso? até haveria se junto com as panelas de carne, lembrassem também dos açoites,das provações da própria escravidão, porém nenhum desses que se levantavam contra o Senhor e contra Moisés fala sobre a escravidão, se no Egito de fato haviam as panelas de carne no deserto eles tiveram o pão dos céus as codornas e a água que nunca faltou mesmo se extraída diretamente da pedra; nesse sentido devemos entender a quaresma como preparação de jornada e não como fim de provação, a quaresma equivale a escravidão do Egito e as pragas que assolavam apenas os Egípcios, todos aqueles que estavam em sintonia com a palavra de Deus passaram com tranquilidade, do mesmo modo devemos entender a morte e ressurreição de Cristo como inicio de um novo caminhar, só que agora podemos seguir com a mesma confiança de nossos irmãos da antiga aliança, existe ainda um caminho a percorrer, o que nos serve de consolo é a promessa de Cristo, de que não estamos sós!

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