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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
ONDE DEUS ESTÁ AGORA?
ONDE DEUS ESTÁ AGORA?
A maior definição que o ser humano já deu de Deus é esta: “Deus é Amor”. (1Jo 4,8b). E o que é mais interessante na vida é que, para onde olharmos, seja qual for a direção ou às criaturas, vemos claramente essa expressão estampada nelas. Tudo é bom, belo e agradável a todos os sentidos; logo, tudo é fruto verdadeiramente desse Amor de Deus.
E o que nos leva a pensar desse modo? A verdade de tudo o que existe e de como podemos interagir com tudo e usufruir de tudo para o bem de todos; isto porque também nós, mais que tudo, somos fruto dessa expressão do Amor de Deus. Nenhuma criatura existe sem que Deus a tenha amado e querido. É certo dizer que o Amor, Deus, cria livremente para que o que foi criado livremente corresponda livremente a Ele.
Depois desta breve reflexão podemos responder à questão enunciada: Onde Deus está agora? Na verdade, o Senhor subjaz sustentando com Seu Amor criador cada ser que criou, não obstante o “mistério da iniqüidade” que se apresenta como joio medonho, tentando manchar ou até mesmo destruir essa Sua obra magnífica. E se tudo o que existe ainda não foi destruído pela insensatez humana é porque esse amor que Deus tem por sua criação ainda permanece o mesmo.
E por que insensatez humana? Porque o humano coopera com o “mistério da iniqüidade” toda vez que comente um ato de desamor, isto é, toda vez que descumpre a lei do amor agindo insensatamente contra si mesmo e contra as outras criaturas, desrespeitando o Senhor que deu e dá curso à nossa vida; à ponto de o negar diante de toda essa sua criação maravilhosa.
Apesar do estado de fraqueza mórbida que os homens criam quando pecam, o Senhor pacientemente espera que abram o coração à sua misericórdia, a fim de que tenham de volta a liberdade que Ele lhes deu e que foi perdida com o mal praticado. E quando os homens se arrependem, pedem perdão e voltam ao estado de graça, brilha novamente em seus corações e mentes o brilho do primeiro amor com o qual foram criados originalmente.
Porque somos obras do Senhor, desse arrependimento nosso Ele não abre mão, porque nos amou de tal maneira que nos enviou o Seu Filho amado, Jesus Cristo, para nos salvar da incredulidade e de todos os pecados cometidos e do resultado nefasto deles, pois, o modo pecaminoso nosso é o meio pelo qual o inimigo de nossas almas, o demônio, se aproveita para tentar aniquilar-nos totalmente.
Na vida é assim, quando não obedecemos a Lei sublime do amor de Deus; seguimos a vereda do mal e o resultado nós já sabemos qual é, pois, esse resultado maléfico se faz presente atualmente em todas as partes da terra: roubos, mentiras, enganos, ganância, vícios de toda espécie, violência, guerras desenfreadas, assassinatos, injustiças, idolatrias, falsas doutrinas, ateísmo, propagandas enganosas, etc.
E por que tudo isso? Porque quando não amamos o nosso Criador acima de todas as coisas, tão pouco experimentamos o Seu Amor e tão pouco amamos os nossos semelhantes e até as outras criaturas como a nós mesmos.
São Francisco de Assis bem soube viver essa experiência amorosa para com Deus e em conseqüência para com todas as suas criaturas, especialmente para com os homens, pois dizia repetidamente: “o Amor não é amado, o Amor, o Amor não é amado..., amemos o Amor”.
“Vós sois digno, Senhor nosso Deus, de receber a honra, a glória e o poder, porque todas as coisas criastes, e é por vossa vontade que existem e subsistem porque vós mandais”. (Ap 4,11).
EM SÍNTESE...
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”.
“Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados”.
“Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito”.
“E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus”.
“Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele”.
“Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no dia do julgamento, pois, como ele é, assim também nós o somos neste mundo”. (1Jo 4,7-17).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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