Deu no CCFMC Boletín Novembro de 2007:Diariamente ouvimos e vemos o que os islamistas podem provocar quando possuídos por um fanatismo cego. Ou até crêem, sendo “combatentes de Deus”, poderem originar o acesso direto ao paraíso mediante atentados suicidas. Pessoas – sobre tudo jovens – podem ser transformadas em máquinas assassinas em campos de treino ideologicamente cegos. Com tal não só trazem sofrimentos incalculáveis a pessoas inocentes, mas também conduzem a sua comunidade de fé à suspeita geral de que estão fundamentalmente prontos à violência e entendem a “dschihad” como ensinamento divino à “guerra santa”. Todos os eruditos islâmicos concordam em que este pensamento é um mal entendido fatal.
Como cristãos devemos acautelar-nos a acusar este abuso da religião só no caso dos outros. Na época das Cruzadas, a Igreja interpretou mal a mensagem do Evangelho dum modo semelhante. Em nome de Deus, os cruzados quiseram vencer e subjugar os muçulmanos. O papa Inocêncio III até obrigou os cristãos a lutarem “em nome de Deus e de Jesus Cristo”. “Devem saber que todos os que, nesta hora de aflição, recusarem o serviço ao seu Salvador, cometem uma ofensa muito grande devendo ser acusados gravemente”, quer dizer, perdem o direito à salvação eterna.

De volta à Itália, escreveu uma carta aos dirigentes dos povos. Deveriam preocupar-se por que todo o povo louvasse e desse graças a Deus Onipotente, como ele experimentou junto dos muçulmanos. Esta é uma visão dum ecumenismo cristão-muçulmano no qual em “cada hora quando os sinos tocarem, os homens em todo o mundo devem louvar e agradecer a Deus Onipotente” (CtCust 8). Com tal atitude que se baseia no respeito de e na submissão ao agrado de Deus, Francisco ensina-nos como deveria ser um diálogo sincero capaz de gerar uma verdadeira “oikumene” da paz.
Isto temos de aprender de novo se quisermos sair do círculo vicioso da violência. Na sua missão da paz, Francisco invocou sempre a sua certeza interior de “Deus mesmo me revelou – contra a corrente da sua época na Igreja e na sociedade. Quando, em 2008, a celebração dos 800 anos do nascimento do movimento franciscano converter esta missão de paz outra vez em certeza, então o jubileu cumpriu a sua obrigação – mas só sob esta condição.
Andreas Müller OFM
Extraído de http://www.ccfmc.net/wPortugues/cbcmf/cbcmf-news/2007/2007_11_News.shtml?navid=93 acesso em 30 ago. 2008.
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