Arquivo do blog

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

MENSAGEM DA MINISTRA REGIONAL SUDESTE III PELA FESTA DE NOSSA SENHORA DOS ANJOS



 Nossa Senhora dos Anjos e São Maximiliano Maria Kolbe 
São Francisco e Santa Clara

Na Festa da Porciúncula celebramos o Coração a Família Franciscana.
A história franciscana começa com a chegada de Francisco à Porciúncula, pequena capela dedicada a Nossa Senhora dos Anjos, que ele descobriu, restaurou e nela se abrigou. 

Ali nasce o “homem franciscano” e, com ele inicia-se a pregação da penitência. Para lá foram os primeiros companheiros: Bernardo, Egídio, Rufino, Ângelo, Leão, Masseo e Junípero, que aprenderam do próprio “mestre” a trilhar o caminho da santa pobreza e da bem-aventurada simplicidade. 

Mais um pouco e a pequena capela de paredes de pedras róseas, escurecidas pela fumaça dos candelabros, assiste a vestição de Santa Clara e vê florescer a Ordem das Damas Pobres de São Damião. 

O tempo passa, e esse “pedacinho do mundo” se transforma no ponto de partida para a missão e o local de acolhida dos frades que retornam, para nos grandes Capítulos para partilharem a experiência de dor das noites de trevas e as alegrias do novo que vem com cada amanhecer. 

A Ordem dos Irmãos da Penitência também encontra espaço para nascer no seio da Porciúncula, que mais tarde se transforma no Santuário do Perdão, quando o Papa concede ao Poverello de Assis a grande indulgência da Terra Santa, que garante a todos os que nela entrarem, com o coração sinceramente arrependido, a graça do perdão. 

A Morada dos Anjos ainda foi palco de apresentação de um dos maiores gestos de amizade que o mundo já viu, quando Frei Jacoba, visita Francisco para oferecer-lhe seus deliciosos bolinhos e um lenço de tecido delicado para cobrir-lhe o rosto, no momento da sua última e definitiva viagem, quando saiu da casa da Mãe para os braços do Pai, já crucificado em sua carne pelos Estigmas de Jesus. 

Toda vez que nos sentirmos abatidos diante dos desafios da caminhada, toda vez que sentirmos o coração abatido pelo desânimo, toda vez que sentirmos a chama da vocação trêmula, voltemos-nos para a Porciúncula e vamos experimentar a força do Espírito Santo, a predileção de Nossa Senhora, a doçura do amor fraterno, a graça do perdão, a beleza da vida em fraternidade, a alegria em poder, também, restaurá-la em cada irmão e cada irmã, mas fundamentalmente, a ternura de Deus. E aí, alimentados no coração da Família Franciscana, teremos nos forças revigoradas para continuar tornando realidade, a cada dia, o sonho de Francisco de Assis. 

Como aquela que um dia recebeu a missão de cuidar, como mãe e guardiã dos filhos e filhas de São Francisco, nessa pequena porção da Família Franciscana, eu os abençôo, pedindo à Rainha e Senhora dos Anjos que tenhamos pelas nossas Fraternidades a mesma paixão que Francisco tinha pela sua Porciúncula. 

Meu irmão e minha irmã, hoje e sempre, o meu abraço carregado de carinho.


Maria Bernadette Nabuco do Amaral Mesquita
Ministra Regional

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Firefox