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domingo, 31 de maio de 2009

Beato Mariano de Roccacasale : 31 maio

Religioso da Primeira Ordem (1778-1866).
Beatificado por João Paulo II a 03 de outubro de 1999.

Nasce no 14 de julho de 1778 em Roccacasale, Áquila, Itália. Batizado com o nome de Domingos, filho de Gabriel De Nicolantonio e Santa De Arcângelo, agricultores e pastores profundamente de fé. Depois de se casaram seus irmãos, permaneceu com seus pais, cuidando do rebanho. A solidão dos campos e montanhas formaram o temperamento do jovem Domingos para a reflexão e o silêncio, fazendo ressonar nele a voz do Senhor: compreendeu que o mundo não era para ele. Tinha então 23 anos. Não podia resistir a esta força interior e decidiu dedicar-se com mais radicalidade ao seguimento de Cristo.

Tomou o hábito franciscano a 02 de setembro de 1802 no convento de Arisquia, com o nome de Frei Mariano de Roccacasale. Feita a profissão religiosa permaneceu aí doze anos. Sua vida se pode resumir em duas palavras: oração e trabalho; eram como duas cordas que vibravam sua existência. Cumpria escrupulosamente os múltiplos encargos que se lhe cofiavam: carpinteiro hábil e valioso, hortelão, cozinheiro, porteiro. Mas sua aspiração à santidade não encontrava em Arisquia o ambiente favorável, não por culpa dos companheiros, ou dos superiores, mas porque aquela época não era propícia para a vida religiosa e os conventos. Com o regresso do Papa a Roma em 1814, a vida conventual pôde renovar-se lentamente em meio de dificuldades sem número. Foram precisos vários anos para que todos os religiosos regressassem aos conventos e a vida de oração e de apostolado voltasse a florescer com regularidade nos claustros.

Nesse momento chegou aos ouvidos de Frei Mariano o nome do Retiro de São Francisco em Bellegra, onde santos religiosos pretendiam instaurar uma vida regular e austera. Pediu aos superiores para ser enviado para lá. Tinha a idade de 37 anos. Pouco depois foi encarregado da portaria, que desempenhou por mais de quarenta anos e que se converteu em seu meio de santidade.

Abre a porta a muitos pobres, peregrinos e viandantes, e converte muitos corações, fechados até então à graça divina. Para todos tinha um sorriso, que acompanhava sempre com a saudação franciscana: "Paz e Bem"; beijava-lhes os pés, os instruía nas verdades da fé e rezava com eles três ave-marias. Depois se ocupava dos corpos: lhes lavava os pés; se fazia frio acendia o fogo e lhes distribuía a sopa, enquanto lhes dava conselhos. Nunca se lamentava do trabalho nem dava sinais de cansaço; sempre afável, sorridente. A fonte de tanta virtude era, sem dúvida, a oração. Todo o tempo livre que lhe sobrava de suas ocupações o dedicava a adoração eucarística e a participação na missa. Era também muito devoto da paixão do Senhor. Falece a 31 de maio de 1866, festa de Corpus Christi.

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