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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Nossa da do Carmo, rogai por nós...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 12,46-50)(16/07/25).


1. Caríssimos, na nossa história de vida existe um antes e um depois; na verdade, ela é feita de ações que resultam em fatos que contam o que vivemos, ou seja, revelam o que fizemos com nosso viver de cada dia. 

2. A vida da Virgem Mãe é para nós um santo exemplo de convivência com seu Filho, Jesus Cristo, que por trinta anos se manteve em silêncio ao seu lado para depois disso manifestar ao mundo a Sua Divindade e realização dos desígnios de Deus para a salvação da humanidade. 

3. Com efeito, em se tratando da fé, a nossa história é feita a partir da nossa convivência filial com Deus, nosso Pai, a quem devemos o nosso ser e estar no mundo, por isso, quando temos com Ele uma boa e santa convivência, tudo em nós reflete a Sua presença conosco. 

4. E isto é fruto de nossa obediência e de nosso amor a Ele sobre todas as coisas. De fato, assim viveu Maria Santíssima, tal como se expressou: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra." (Lc 1,38)

5. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus, extirpando qualquer dúvida a esse respeito, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. 

6. Ora, "Essa resposta de Jesus não se trata de falta de respeito para com a sua mãe e os seus familiares. Aliás, para Maria é o maior reconhecimento, pois precisamente ela é a discípula perfeita que obedeceu em tudo à vontade de Deus."

7. Decerto, ao conceber o Filho único de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, gerado pelo Espírito Santo, Maria Santíssima tornou-se Mãe de Deus feito homem e assim se manteve unida a Ele, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Desse modo, ela é a arca da Nova Aliança, o sacrário vivo de Deus.

8. "Que a Virgem Mãe nos ajude a viver sempre em comunhão com o Senhor Jesus, reconhecendo a obra do Espírito Santo que age n’Ele e na Igreja, regenerando o mundo para a vida nova." (Papa Francisco, Angelus, 10/06/18). 

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 15 de julho de 2025

Precisamos corresponder aos dons de Deus...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 11,20-24)(15/07/25)


1. Amados irmãos e irmãs, não podemos viver tranquilos sem que essa tranquilidade venha de Deus, nosso Pai celestial como Jesus nos ensina (cf. Mt 6,24-34), pois, Ele nos conhece plenamente muito além do que podemos imaginar, basta confiarmos Nele de todo o nossa coração e nos manter na Sua presença por um viver íntegro, conforme a Sua Santa Vontade.

2. De fato, é muito fácil manter a nossa confiança em Deus quando tudo parece sob o nosso controle, no entanto, quando nos vemos incomodados pelo desequilíbrio deste mundo que vive numa constante guerra espiritual, 

3. Nos damos conta de que para nos manter em paz precisamos confiar inteiramente no Senhor e nos deixar conduzir pelo que Ele nos ensina, desse modo, veremos que é Ele que mantém tudo sob controle.

4. Com efeito, "Acreditar em Deus, é sentir-se protegido e amado por Ele; é saber que cada oração, cada palavra, cada acontecimento triste ou alegre, cada doença, tudo, tudo é visto por Ele. 

5. É ter total confiança Nele, entregar-nos ao Seu amor, é ter a certeza de ser compreendido, confortado, ajudado, e amar como Ele deseja; assim sentiremos a Sua presença nas nossas almas e veremos "milagres" acontecerem à nossa volta." (Fr Salvatore, OFMConv - Cícilia- Itália).

6. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus censura as cidades onde realizou milagres e prodígios por não terem se convertido; não pelo fato de terem visto tais sinais, mas sim, por terem recebido tantos benefícios e mesmo assim permanecerem com o coração endurecido sem nenhum sinal de conversão. 

7. Portanto, caríssimos, também em nossos dias vemos que a prática da fé é mínima em relação ao tempo perdido com a Internet, com as ideologias políticas e tantas outras, todas contrárias a vontade de Deus, de modo que tais comportamentos incitam o ódio, a violência e todo tipo de maldade que leva à injustiça e a morte todos os que seguem essa via de perdição.

8. Destarte, a nossa confiança no Senhor Jesus é fruto da ação do Espírito Santo em nossas almas que nos faz permanecer Nele em meio a este mundo tenebroso que se levante contra nós com todo tipo de ameaças e outros impropérios. 

9. Rezemos então com o salmista: "O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei? O Senhor é o protetor de minha vida, de quem terei medo? Quando os malvados me atacam para me devorar vivo, são eles, meus adversários e inimigos, que resvalam e caem." (Sl 26,1-2).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Condições para seguir o Senhor Jesus...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 10,34-11,1)(14/07/25)

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1. Caríssimos, a liturgia de hoje nos mostra o conflito que existe no íntimo de cada um de nós quando nos dispomos a seguir o Senhor Jesus de todo o nosso coração tal qual Ele nos ensinou no Evangelho desta liturgia. 

2. De fato, quando pomos em prática as suas recomedações logo experimentamos o que significa ser seus verdadeiros discípulos, ou seja, viver sem apegos e repletos de coerência; caso contrário nosso seguimento não passa de aparência frívola, professando a fé, mas não a praticando devidamente.
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3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos ensina três atitudes fundamentais para segui-lo coerentemente: renunciar ao apego familiar, que significa ama-lo sobre todas as coisas; tomar a cruz e sigui-lo fielmente para sermos dignos dele; e por último, renunciar a si mesmo, isto é, não querer salvar a própria vida, mas se for a vontade de Deus, perde-la por amor a Ele.
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4. Decerto, o que importa mesmo não é o que deixamos para seguir o Senhor Jesus e cumprirmos o seu desígnio salvífico a nosso respeito, mas sim o que recebemos Dele, isto é, cem por cento, e no Reino dos Céus a vida eterna. 

5. Ora, sabemos que as vantagens deste mundo são passageiras, pois nada trouxemos quando nascemos a não ser a inocência, e nada levamos quando daqui partirmos; a não ser o amor com que amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
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6. Portanto, caríssimos, escutemos atentamente o Senhor Jesus: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus." (Mt 7,21). 

7. E sem dúvida, a vontade de Deus é que sigamos o Seu amado Filho até fim dos nossos dias neste mundo para obtermos como herança a vida eterna. Bem como disse o Senhor: "Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la." (Mt 10,38-39).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 13 de julho de 2025

Parábola do bom samaritano...


 Homilia do 15°Dom do tempo comum (Lc 10,25-37)(13/07/25)

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1. Caríssimos, o Evangelho é a prática da vida eterna, ele é a fonte inesgotável da salvação; sem Ele não existe liberdade nem bem estar algum, porque ele é o caminho da perfeição e da santidade que o Senhor nos concede para chegarmos ao céu. 

2. De fato, o Evangelho é o anúncio do Reino de Deus e do cumprimento de sua justiça; ele perpassa incólume o Antigo e o Novo testamentos, revelando a primeira vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e o juízo final que se dará em sua Parusia, ou seja, na sua segunda vinda. 
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3. Ora, somos obras das mãos de Deus e tudo em nós e na criação aponta para um desfeixo final dentro do tempo por Ele determinado. Na primeira leitura de hoje meditamos como se dá o nosso relacionamento com o nosso Pai celestial, conforme descreve o hagiógrafo do Deuteronômio: 

4. "Ouve a voz do Senhor, teu Deus, e observa todos os seus mandamentos e preceitos, que estão escritos nesta lei. Converte-te para o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma."
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5. "Esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir." (Dt 30,10.14). Desse modo, não podemos negar que a verdade é o código genético espiritual de nossas almas, pois, somente o fato de existirmos já revela as perfeicões eternas de Deus e de sua intenção ao nos criar e nos atrair para si. 

6. Portanto, caríssimos, somos palavras de Deus que se realizam à medida que para Ele vivemos como o Senhor Jesus nos ensinou. Destarte, na parábola do bom samaritano o Senhor Jesus nos ensina na prática o que significa "amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos", por meio das obras de misericórdia, pois, o juízo final consiste exatamente em sua prática: 

6. "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me deFrei Fernandostes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim." Em outras palavras todos nós que aqui estamos, de certo modo, somos os necessitados da parábola ou bons samaritanos.

Ou seja, "A misericórdia promove a Vida em todos os sentidos. Ela não faz rodeios para salvar o ser humano. A Vida está em primeiro lugar." E nada neste mundo é mais importante do que a vida que Deus nos dá. 
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Paz e amor!
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 Maria OFMConv.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Não existe perdão para o pecado contra o Espírito Santo


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 9,32-38)(08/07/25)


1. Caríssimos irmãos e irmãs, não existe pecado sem tentação, sem consentimento e a prática; de modo que, toda tentação é a voz do inimigo falando à nossa mente sugerindo pensamentos, comportamentos e ações contrárias à vontade de Deus. 

2. Ora, tudo o que é mal vem do maligno, porém, ele não pode entrar em nossa vida sem o nosso consentimento e permissão. Eis o que disse São Tiago a esse respeito: "Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam." (Tg 1,12). 

3. De fato, somos dotados do livre arbítrio, que é o poder que Deus nos deu para fazer nossas escolhas e tomar decisões, de modo que nenhum mal espiritual, moral e físico poderá nos atingir se dissermos não às tentações e aos pecados sugeridos pelo maligno, ainda que temporariamente soframos alguns danos como sofreu o patriarca Jó e todos os aqueles que deram a vida por Jesus e o testemunho da sua ressurreição.

4. No Evangelho de hoje, exercendo o seu ministério, o Senhor Jesus expulsou o demônio de um homem mudo que depois de libertado começou a falar. "As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. (Mt 9,33b-34).

5. Sem dúvida, a admiração pelas obras realizadas pelo Senhor Jesus é sinal da graça recebida por aqueles que reconhecem e agradecem o bem realizado por Ele, de modo que crescem na fé, na adesão a Ele e no seu seguimento. Pois, não basta maravilhar-se com os seus prodígios, é necessário segui-lo fielmente até o fim.

6. Por outro lado, aqueles que julgam perversamente atribuindo as ações do Senhor Jesus ao maligno, pecam gravemente contra o Espírito Santo, de modo que, não serão perdoados, por se tornarem culpados de um pecado eterno, como disse o Senhor: "Por isso, eu vos digo: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada." (Mt 12,31).

7. Portanto, caríssimos, sigamos humildemente esta exortação de são Paulo para vencermos as tentações, evitartamos os pecados e as suas consequências: "Irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos, e o Deus da paz estará convosco." (Fil 4,8-9b).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Mulher, a tua fé te salvou...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 9,18-26)(07/07/25)

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1. Caríssimos irmãos e irmãs, no Evangelho de hoje vemos o episódio de uma mulher que por doze anos sofreu com um fluxo de sangue que para a medicina da época não havia cura, ou seja, estava desenganada; todavia, ao se aproximar do Senhor Jesus e tocar na orla do seu manto ficou curada, e escutou do Senhor: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”.
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2. O outro caso totalmente perdido aos olhos humanos foi a morte da filha do chefe da Sinagoga que desolado se aproximou do Senhor e firmemente confiante lhe disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”. E o resultado da sua fé foi a ressurreição da sua filha.
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3. Com efeito, como vimos por esses exemplos, "O encontro com o Senhor Jesus nos dá uma nova vida: tudo o que nos leva à plenitude, felicidade, autenticidade, interioridade, tudo o que nos enriquece humanamente e nos revitaliza, é resultado do nosso encontro com o Senhor e vivido por meio da fé.
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4. Na contramão do dom da fé, "Existem práticas que destroem a vida, tais como egoísmo, narcisismo, julgamento de valor, arrogância, e que não ajudam em nada; por outro lado, existem outras que dão amor, ternura, oração, serviço." 

5. Deveras, são essas virtudes essenciais que precisamos cultivar sustentados pela graça do Senhor que age sempre em nosso favor por meio da fé. Por isso, Ele disse à mulher curada do fluxo de sangue: "Coragem, filha! A tua fé te salvou".
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6. Portanto, caríssimos, na vida existem situações limites que somente a fé pode nos tirar delas ainda que tudo pareça perdido, sem solução. Desse modo, compreendemos que a fé que professamos como dom do Espírito Santo nos leva alcançar todas as graças, para muito além do que podemos por nós mesmos.
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7. Destarte, crer em Cristo é muito mais do que fazer uma profissão de fé, crer em Cristo é se unir a Ele para permanecer Nele para muito além das nossas certezas; crer em Cristo é uma graça especial concedida pelo Espírito Santo para que se realize em nossa vida a vontade do Pai. 
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 6 de julho de 2025

Jesus enviou os seus discípulos: ide e anunciai o Evangelho...


 14°Dom do tempo comum (Lc 10,1-12.17-20)(06/07/25)

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1. Caríssimos, a liturgia deste domingo nos recorda que somos participantes da Escola de santidade de nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo. De fato, por Ele somos preparados para anunciar o Reino de Deus, uma vez que depois do batismo os nossos nomes estão escritos nos céus, como o Senhor mesmo nos ensinou no Evangelho de hoje.
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2. Com efeito, o nosso aprendizado se dá mediante a vivência das instruções que recebemos do Senhor por meio de Sua Palavra dirigida primeiramente aos apóstolos e depois a todos os seus filhos e filhas em que Ele nos concede todas graças necessárias para sermos suas testemunhas fiéis, nós que estamos à caminho da felicidade eterna. 

3. Na segunda leitura de hoje São Paulo nos fala da alegria de ser crucificado com Cristo, de trazer em seu corpo as marcas das Suas chagas e que é isso que nos identifica verdadeiramente com Ele. 

4. Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo. Por ele, o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo. Doravante, que ninguém me moleste, pois eu trago em meu corpo as marcas de Jesus." (Gl 6,14.17).
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5. Portanto, caríssimos, receber Jesus na Eucaristia é receber Dele a vida em plenitude numa perfeita comunhão de amor; ou seja, é receber do Senhor todos os valores divinos que nos capacitam para o anúncio do Seu Reino de amor, de justiça e de paz. 

6. Destarte, com paciência, perseverança, oração e a prática dos santos mandamentos, procuremos realizar a santa vontade do Senhor Jesus dedicando a Ele toda a nossa vida, nosso templo, nosso testemunho vivendo em santidade e justiça na sua presença até o dia em que formos chamados para participarmos da Sua Glória eterna.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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