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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

QUEM É JESUS? (Cf. Mt 16,13-19).





















QUEM É JESUS? (Cf. Mt 16,13-19)

Essa é a pergunta mais feliz que um ser vivente pode responder; porque respondê-la é ouvir Deus diretamente, conviver com Deus diretamente e permanecer em Deus eternamente. Ninguém jamais viu a Deus, a não ser veladamente por meio dos sinais que o Senhor se nos deu a conhecer, quer na visibilidade da criação, quer por meio da fé que nos foi dada. Todavia, em Jesus Cristo, Seu Filho amado, Deus nos concedeu o privilégio de viver permanentemente em sua presença e comunhão. Isto significa a glorificação de nossa humanidade, presente no céu em Cristo glorificado e aqui no sacramento da Eucaristia e na comunhão eclesial. Porque conhecer Jesus, comungar seu Corpo e Sangue, sua Alma e Divindade, permanecer Nele e Ele em nós é a certeza do céu e a maior glória que um ser humano pode receber nesta terra.

Quando São João, o discípulo amado, viveu essa experiência, assim testemunhou: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da vida - porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou -, o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. Escrevemos-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa”. (1Jo 1,1-4).

Quem é Jesus? O Caminho. Quem caminha por Ele não se perde porque sabe para onde vai, por isso, nunca tropeça, visto que o Senhor é Caminho seguro, intransitável pelo inimigo de nossas almas. Em Cristo Jesus não existe atalho, mas retidão, pois Ele nos deu o Espírito Santo para nos conduzir pela obediência, penitência, oração, prática das virtudes e vida sacramental. Assim somos perdoados, ensinados, alimentados e conduzidos com a maior convicção ao porto seguro de nossa salvação.

Quem é Jesus? A Verdade. O homem de Deus é homem de Deus porque se alimenta da verdade, Cristo, e vive Dele e para Ele plenamente, tornando-se sua testemunha fiel no ser e no viver, no falar e no sofrer; em meio às tribulações das mentiras alheias, sem se abalar com isso, porque vive a verdade que prevalece sempre, mesmo quando não é acreditada.

A Verdade não escreve nada dela mesma, Ela fala e faz o que Ela é, Verdade. Seus seguidores, porém, inspirados pelo Espírito Santo, vivem Nela, Dela e para Ela e A deixam por escrito como testemunho para a posteridade. “Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. (Apo 21,5).

Quem é Jesus? A Vida. Sem a qual o mundo e tudo o que existe é caos, morte e perdição infinita. Porque tudo o que existe, só existe por causa de Cristo e para Cristo; sem Cristo Jesus nada do que há subsistirá. “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? Respondeu Marta: Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo”. (Jo 11,25-27).

Quem é Jesus? O Filho de Deus. “O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”. (Lc 1,30-35).

Quem é Jesus? O Senhor. Do céu e da terra, de tudo e de todos, das coisas visíveis e invisíveis, do tempo e da eternidade, da vida e da morte; Aquele que tem todo poder sobre o céu e sobre toda criação e a quem estão submetidas todas as coisas. Por isso: “Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,          mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor”. (Fil 2,6-11).
É Ele quem tem a última Palavra e julgará os vivos e mortos e dará a cada conforme suas obras.

Quem é Jesus? O Rei. “Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim? Disse Pilatos: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo. Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade?... Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: Não acho nele crime algum”. (Jo 18,33-38).

“Escreve isto: Antes de vir como justo Juiz, venho como Rei da Misericórdia. Antes de vir o dia da justiça, nos céus será dado aos homens este sinal: Apagar-se-á toda luz do céu e haverá uma grande escuridão sobre a Terra. Então aparecerá o sinal da Cruz no céu, e dos orifícios onde foram pregadas as mãos e os pés do Salvador sairão grandes luzes, que, por algum tempo, iluminarão a Terra. Isso acontecerá pouco antes do último dia” (D.83). (Diário de Santa Faustina).

Oração...

Senhor Jesus, quem vive do teu amor tem o dom da esperança, e vê muito além do que os olhos alcançam, porque olha pela ótica de tua divina luz que resplandece em meio às trevas deste mundo tenebroso, mundo este mergulhado no inferno da morte temporal e espiritual devido os pecados que aqui são cometidos, causando a ruína e a perdição de tantas e tantas almas enganadas por se afastarem do teu amor Senhor. Por isso é urgente a nossa conversão a Ti, porque sem Ti, jamais veremos ver a Deus face a face ou participaremos do Seu Reino. Amém!

Exortação final...

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos. Nada de obscenidades, de conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em vez disto, ações de graças. Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento - verdadeiros idólatras! - terá herança no Reino de Cristo e de Deus”.

“E ninguém vos seduza com vãos discursos. Estes são os pecados que atraem a ira de Deus sobre os rebeldes. Não vos comprometais com eles. Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes.        Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade. Procurai o que é agradável ao Senhor, e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente. Porque as coisas que tais homens fazem ocultamente é vergonhoso até falar delas. Mas tudo isto, ao ser reprovado, torna-se manifesto pela luz. E tudo o que se manifesta deste modo torna-se luz. Por isto (a Escritura) diz: Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará (Is 26,19; 60,1)!”

“Vigiai, pois, com cuidado sobre a vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus. Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus”. (Ef 5,1-17).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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São Francisco e o Lobo

Jadir Albino

Gúbio, uma cidade na Úmbria, estava tomada de grande medo. Na floresta da região vivia um grande lobo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais como os homens, de modo que todos do povoado estavam apavorados!

Por isso, cercaram a cidade com altas muralhas e reforçaram as portas. E todos andavam armados quando saíam da cidade, como se fossem para um combate. Certa vez, quando Francisco chegou àquela cidade, estranhou muito o medo do povo. Percebeu que a culpa não podia ser unicamente do lobo. Havia no fundo dos corações uma outra causa que era tão destrutiva como parecia ser a causa do lobo.

Logo, Francisco ofereceu-se para ajudar. Resolveu sair ao encontro do lobo, sozinho e desarmado, mas cheio de simpatia e benevolência pelo animal, e, como dizia às pessoas, na força da Cruz.

O perigoso lobo, de fato, foi ao encontro de Francisco, raivoso e de boca aberta pronto para devorá-lo, mas quando o lobo percebeu as boas intenções de Francisco e ouviu como este se dirigia a ele como a um irmão, cessou de correr e ficou muito surpreendido.

Francisco de Assis anulou a violência que havia no irmãozinho lobo. De olhos arregalados, viu que esse homem o olhava com bondade. Francisco então falou para o lobo:

- Irmãozinho lobo, quero somente conversar com você, meu irmão... E caso você esteja me entendendo, levante, por favor, a sua patinha para mim! O irmãozinho lobo, então, perante tão forte vibração de amor e carinho, perdeu toda a sua maldade. Levantou, confiante, a pata da frente, e calmamente a pôs na mão aberta de Francisco.

Então, Francisco disse-lhe amorosamente:

- Querido irmãozinho lobo, vou fazer um trato com você! De hoje em diante, vou cuidar de você meu irmão! Você vai morar em minha casa, vou lhe dar comida e você irá sempre me acompanhar e seremos sempre amigos! Você por sua vez, também será amigo de todas as pessoas desta cidade, pois de agora em diante você terá uma casa, comida e carinho, sendo assim, não precisará mais matar nem agredir ninguém, para sobreviver... Com a promessa de nunca mais lesar nem homem nem animal, foi o lobo com Francisco até a cidade.

Também o povo da cidade abandonou sua raiva e começou a chamar o lobo de irmão. Prometeu dar-lhe cada dia o alimento necessário. Finalmente, o irmão lobo morreu de velhice, pelo que, todos da cidade tiveram grande pesar.

Ainda hoje se mostra, em Gúbio, um sarcófago feito de pedra, no qual os ossos do lobo estão depositados e guardados com grande carinho e respeito durante séculos.

A história do lobo de Gúbio chama-nos, sem dúvida, à reflexão. Quantas vezes deparamo-nos com irmãozinhos um tanto agressivos, nervosos, impacientes, chegando mesmo a nos agredir com palavras ásperas, levando-nos às decepções e amarguras... Quantas vezes! Se pararmos para pensar e refletir, talvez cheguemos à triste conclusão, de que esteja ocorrendo, com eles, o mesmo acontecido com o lobo de Gúbio... Ele, o lobo, acuado, com fome, sem receber compreensão e carinho, respondia também da mesma forma, com medo, ódio e agressividade. Quando se encontrou frente a frente com o Amor e a Paz, defendidas por Jesus em Seu Evangelho, e personificada, vivida e exemplificada por Francisco de Assis, o lobo não teve outra reação senão a de recuar em suas agressões e respondeu também com carinho e compreensão, passando de inimigo a companheiro e amigo de todos.

Assim acontece em nossas vidas! Se oferecermos aos nossos semelhantes azedumes, palavras de pessimismo, rancor, ódio e intolerância, receberemos indubitavelmente, na mesma dose, tudo aquilo que semearmos... Pois como dizia São Francisco: "- é dando que recebemos...".

Adaptações dos Textos: Livro "Um Novo Natal" (Pe. Adalíbio Barth) e das Fontes Franciscanas.
Extraído de http://www.santuariodecaninde.com/paginas.php?chave=historias-de-sao-francisco acesso em 29 set. 2011.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O segredo de São Francisco de Assis

Tristão de Athayde

Num mundo que se cristalizava em lutas, em abusos de toda espécie, em indolências e ceticismo, Francisco não vinha trazer-nos nada de inédito, como originalidade de pensamento, como fórmula de restauração, como remédio aos males do tempo.

São acordes seus biógrafos em dizer que os seus discursos nada tinham de original. Procurando os seus discípulos reproduzi-los, sentiam sempre a falta de qualquer coisa... mas que era tudo. Nesse mundo, em que a fama das universidades começava a espalhar-se, e Bolonha, ali perto, já irradiava o seu saber de juristas e teólogos, não vinha discutir teologia ou combater infiéis.

Vinha apenas, no meio das lutas em que se debatiam as cidades e as famílias, em meio da grande decadência de costumes e dos abusos dos grandes contra os pequenos, vinha penas trazer essa dádiva simplíssima: uma vida humana a serviço dos homens. Vinha viver, no meio dos homens, como se viera de um mundo superior a eles.

Quando todos se debatiam entre mil e um laços que os prendiam a toda sorte de pequenos senhores na terra, veio esse filho fugido de casa dos pais, para entregar-se ao Pai supremo, sem nome e sem instrução, mostrar que a suprema felicidade estava em sacudir o peso de todos esses pequenos barões terrenos, para se submeter a um só Príncipe invisível. No meio de uma vida em que se perdera a memória das coisas simples, veio mostrar o sabor de todas as verdadeiras essências imortais, a luz, o fogo, a água, o ar, o som, a palavra. No meio de uma sociedade áspera no ganho, veio mostrar a delícia de não possuir.

No meio do furar de todas as violências, veio mostrar o milagre da paz e da fraternidade. No meio de uma era complicada, racionadora, cheia de hierarquias e preconceitos, veio mostrar a originalidade das coisas simples. Contra os raciocínios intermináveis, mostrou a eloqüência das soluções intuitivas. Contra as rígidas hierarquias, a igualdade no bem e na pureza da alma.


Contra os preconceitos, a coragem de agir desassombradamente, por uma causa mais alta que todos os mesquinhos interesses terrenos. Esse, talvez, o maior segredo de São Francisco de Assis. Onde outros deram ou dariam o seu saber, a sua astúcia, a sua coragem, ele deu apenas isso: o seu coração. Esse isso revolucionou a História.

Publicado originalmente no Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 de outubro de 1981.
Extraído de: PICCOLO, Frei Agostinho Salvador, OFM. Perfil do educador franciscano. Bragança: EDUSF, 1998. P. 89-91.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A saudação de Paz e Bem

Na época em que São Francisco nasceu o bispo de sua região era conhecido como, Mestre Rufino. Ele escrevera um tratado chamado “De Bono Pacis”, “O bem da paz”, documento que influenciou o pensamento místico sobre o significado da paz, em Assis/Itália.
Havia diferentes formas de desejar a paz, dentre elas, a expressão: Paz e Bem!

1. O significado da Paz para São Francisco

Certamente, o evangelho de São Lucas (10,1-5), que fala sobre o envio dos discípulos, influenciara Francisco a convidar os frades a iniciar as pregações anunciando a paz, abrindo os corações para que as pessoas acolhessem a palavra de Deus.
Nas Fontes Franciscanas, por três vezes, vemos referências ao cumprimento da paz:
a) Legenda Maior (LM 3,2) - “Em cada pregação sua, saudava o povo no início do sermão, anunciando a paz, dizendo: ´O Senhor vos dê a paz´".
b) Legenda dos Três Companheiros (LTC 26) – “... em toda pregação sua, saudava o povo, anunciando a paz no início da pregação”.
c) Compilação de Assis (CA 101,14) – “O senhor revelou-me que como saudação devia dizer: ´O senhor te dê a paz´".

2. Um Deus que é o Sumo Bem


O “Bem” a que São Francisco se refere é o Sumo-Bem, Deus. Por isso, desejar a Paz e o Bem, quer significar também, o desejo de que tenhamos Deus como centro das nossas vidas. Isso deve ser fruto de um projeto de vida. E foi essa a experiência vivida por Francisco.
Citações nos escritos franciscanos, na qual São Francisco refere-se a Deus como o Bem maior, o Sumo Bem:
a) Louvores a Deus Altíssimo (LD 3) – “... vós sois o bem, todo o bem, o Sumo Bem, Senhor Deus vivo e verdadeiro”.
b) Paráfrase ao Pai Nosso (PN 2) – “...porque vós, Senhor, sois o sumo e eterno bem, do qual procede todo o bem, sem o qual não há nenhum bem”.
c) Louvores a serem ditos em todas as horas canônicas (LH 11) – “... altíssimo e sumo Deus, todo o bem, sumo bem, bem total...”

3. A paz e o bem como um estilo de vida

Para Francisco, para toda a Família Franciscana e para os que costumam utilizar a saudação “Paz e Bem”, estes dizeres devem ser mais do que um cumprimento formal, devem ser uma opção por um estilo de vida, em Jesus. Como observamos nos tópicos 1 e 2, estas expressões trazem um dinamismo de conversão e um convite para vivermos em Deus, com Deus e por Deus.
O próprio São Francisco exortou aos que o acompanhavam, que a paz que anunciavam, deveriam a ter no coração. E que esta saudação, abriria os corações para que encontrassem a verdadeira paz. Porém, não se sabe com exatidão se ele usou esta saudação, da mesma forma que utilizamos hoje.
4. “Paz e Bem” como cumprimento

Na entrada da capela do Seminário [Franciscano Frei Galvão, Guaratingueta], um totem escrito “PAZ E BEM!” dá as boas-vindas a todos os devotos de Frei Galvão, saudação comum no meio franciscano, em todo o mundo.

Por Giovanni Bezerra, especial para o site [do Seminário]


Extraído de http://www.seminariofreigalvao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=104:a-saudacao-de-paz-e-bem&catid=2:ultimas-noticias&Itemid=5 acesso em 27 set. 2011.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

AS EXPERIÊNCIAS HUMANAS A PARTIR DA ESSÊNCIA DA ALMA...














AS EXPERIÊNCIAS HUMANAS A PARTIR DA ESSÊNCIA DA ALMA...

Não somos ilhas...

Ø  De fato, quem vive bem, vive bem porque faz o bem conforme a vontade de Deus; já quem pensa como ilha, vive, mas não sabe por que vive, na verdade faz de sua vida um antro de perdição e dor e tenta fazer o mesmo com a vida dos outros... Pois quem não segue Cristo não sabe para onde vai e nem porque existe...

Um olhar de misericórdia...

Ø  Uma alma ferida pelo ódio, rancor, mágoa, ressentimento, ira... não tem comunhão com Deus, porque se torna incapaz de amar...

Ø  Só quem olha a vida com um olhar de misericórdia, a enxerga com o coração, e quem a enxerga assim sabe perdoar, porque não dar crédito algum aos pecados alheios...

Transparência da alma...

Ø  O sorriso franco revela o conteúdo que trazemos na alma...

Fazendo justiça...

Ø  Toda decisão justa, gera mudança benéfica, porque a justiça aplicada com justiça é justo juízo reparador...

Reparando o pecado, livrando-se da morte...

Ø  Todo pecado grave tem como fim a morte; ora, isto só pode ser mudado pelo arrependimento sincero, a confissão e o perdão sacramental dos pecados; a reparação penitencial e a conversão do coração...

A caminho do Reino... como chegar lá?

Ø  O cristão é aquele que sabe qual é o seu destino final, o Reino dos Céus, a glória de Deus... Por isso, se deixa conduzir pelo Espírito Santo, porque não sabe, por si mesmo, como chegar lá...


Harmonia, paz, união...

Ø  O espírito de discórdia não vem de Deus, portanto, o perdão é a melhor forma de se viver em paz... Sem perdão não existe harmonia nem união, mas somente perturbação e toda espécie de vícios... Portanto, tratemos, pois, do perdão mútuo e a paz voltará a reinar em nossos corações...

Nunca se lamente ou blasfeme, mas só louve e agradeça a Deus por tudo...

Ø  Os imprevistos são linhas tortas onde Deus escreve nelas corretamente a história de nossa vida, conforme o seu querer; portanto, nunca se lamente ou blasfeme quando algo não dá certo, só louve e agradeça a Deus por tudo, porque Ele conhece perfeitamente a nossa vida e sabe o que é melhor para nós...

A distância entre os corações depende de nossa distância de Deus...

Ø  Só existe a distância dos corações quando não amamos a Deus, não o ouvimos e não o seguimos fielmente, pois quanto mais distantes ficamos do Senhor, mais nos distanciamos de nós mesmos e dos outros...

A vida e seu fim...

Ø  Ninguém se ache dono da vida, pois ela é um dom eterno somente quando a vivemos segundo os desígnios do Senhor, caso contrário, ela é só um dom natural que passa sem que a valorizemos devidamente...

Paz e Bem!



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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

COMENTÁRIO À EXORTAÇÃO APOSTÓLICA MARIALIS CULTUS, DO PAPA PAULO VI













COMENTÁRIO À EXORTAÇÃO APOSTÓLICA MARIALIS CULTUS, DO PAPA PAULO VI

Ao longo dos séculos, o protestantismo e suas mais diversas correntes doutrinárias, usando interpretações subjetivistas ou literalistas da Sagrada Escritura, passaram a perseguir a Igreja Católica acusando-a de idolatria por causa do uso de imagens dos santos e da devoção à Virgem Maria, Mãe de Jesus. Ora, tudo isso de certa forma semeou uma espécie de confusão ou dúvida doutrinária, como um joio na boa semente da fé, levando milhares de cristãos católicos menos convictos à apostasia. De fato, o papel das seitas sempre foi esse de manipular as massas menos instruídas a fim de tirar proveito delas, seja para o enriquecimento ilícito de seus líderes, seja para angariar o maior número possível de prosélitos com o propósito claro de dividir os cristãos.

A Igreja, por meio dos Concílios e em especial o Concílio Vaticano II, procurou combater as falsas interpretações e acusações infundadas destas seitas e em especial do proselitismo protestante, por meio de Documentos Conciliares com base nas Sagradas Escrituras, na Tradição dos Santos Padres e no Magistério da Igreja, dando ao Povo de Deus uma doutrina sólida e consistente capaz de afugentar toda e qualquer dúvida quanto à realização do Plano de Deus para nossa salvação na única Igreja fundada por Jesus Cristo, e que Ele constituiu como Povo de Deus escolhido, a caminho do Reino dos Céus.

A Exortação Apostólica Marialis Cultus do Papa Paulo VI, nasceu sob a inspiração da renovação litúrgica decidida pelos Padres Conciliares e consignada nos Documentos expedidos pelo Concílio Vaticano II, especialmente a Sacrossanctum Concilium, “a qual se propunha, exatamente, restaurar e fomentar a Liturgia, tornando mais profícua a participação dos fiéis nos sagrados mistérios” (SC 1-3). Na introdução de sua Exortação Apostólica, Paulo VI, lembra que o objetivo da reforma litúrgica proposta pelo Concílio é “dar realização ordenada à restauração do culto com o qual a Igreja, em espírito e verdade (cf. Jo 4,24), adora o Pai, o Filho e o Espírito Santo, "venera com particular amor Maria Santíssima, Mãe de Deus" (SC 103), e honra com religioso obséquio a memória dos mártires e dos outros santos.” (MC). Já no corpo da Exortação, Paulo VI, trata da “reta ordenação e desenvolvimento do culto à bem-aventurada virgem Maria”, como ele mesmo exorta: “a história da piedade demonstra que "as diversas formas de devoção para com a Mãe de Deus, que a Igreja aprovou, dentro dos limites da doutrina sã e ortodoxa" (LG 66) se desenvolvem em subordinação harmônica ao culto de Cristo, e gravitam à volta deste, qual ponto de referência natural e necessário das mesmas.” (MC). Pois, quando a liturgia "volve o seu olhar quer para a Igreja primitiva, quer para a contemporânea, aí encontra, amiúde e sem esforço, Maria: nos primórdios, como presença orante, juntamente com os Apóstolos; mais proximamente, como presença operante, juntamente com a qual a Igreja quer viver o mistério de Cristo". (MC)

Por fim, a última parte da Marialis Cultus, Paulo VI dedica ao estudo e recomendação do Santo Rosário, destacando o seu caráter de oração evangélica e contemplativa, coerente com a oração litúrgica da Igreja; assim disposto em seus elementos: “a) a contemplação, em comunhão com Maria, de uma série de mistérios da Salvação, sapientemente distribuídos em três ciclos que exprimem: o gozo dos tempos messiânicos; a dor "salvífica" de Cristo; e a glória do divino Ressuscitado que inunda a Igreja. Uma tal contemplação, pela sua natureza, conduz à reflexão prática e suscita estimulantes normas de vida”. (MC). Acrescente-se aos mistérios acima citados a contemplação de um quarto Mistério, chamado de Luminoso pelo Papa João Paulo II em sua CARTA APOSTÓLICA ROSARIUM VIRGINIS MARIAE; que trata “dos mistérios da vida pública de Cristo entre o Batismo e a Paixão... Onde contemplamos aspectos importantes da pessoa de Cristo, como revelador definitivo de Deus”. (RVM).

b) a Oração Dominical, ou Pai-Nosso, que, pelo seu imenso valor, está na base da oração cristã e a nobilita nas suas diversas expressões; c) a sucessão litânica da Ave-Maria, que resulta composta da saudação do Anjo à Virgem Santíssima (cf. Lc 1,28) e do bendizente obséquio de Isabel (cf. Lc 1,42), ao que se segue a súplica eclesial Santa Maria; d) a doxologia Glória ao Pai, que, em conformidade com uma orientação generalizada da piedade cristã, encerra a oração com a glorificação de Deus, uno e trino, do qual, pelo qual e para o qual são todas as coisas (cf. Rom 11,36). Estes são, pois, os elementos do santo Rosário. Cada um deles tem a sua índole própria, que, acertadamente compreendida e apreciada, deve refletir-se na recitação, a fim de que o mesmo Rosário exprima toda a sua riqueza e variedade”. (MC). Enfim, Paulo VI termina sua Exortação Apostólica convidando todos os cristãos à rezarem o Santo Rosário especialmente em família.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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O SER DO SER FILHO DE DEUS SEGUNDO SÃO FRANCISCO

Pensamentos soltos e desajeitados para a Festa de São Francisco
Frei Dorvalino Fassinio, OFM
Se há algo que angustia e apaixona o homem de todos os tempos, pelo menos para quem vive um pouco além da superfície da vida, das coisas e dos acontecimentos, é a questão que diz respeito a si mesmo, sua existência: O que é o homem? Qual sua origem, seu destino, vocação e missão? Enfim, qual o sentido da vida e de tudo o que existe?

Muitas foram as tentativas que, desde os primitivos pré-socráticos, até hoje, se fizeram para encontrar e dar uma resposta digna e adequada a essa pergunta. Muitos escolhem ou elegem algo para que se transforme “no amor de sua vida”: dinheiro, fama, diversão, comida, sexo, futebol, política, ciência, pastoral, pátria, família e até mesmo uma religião, um deus. Em verdade, nada disso é o sentido da vida, embora todos esses “amores” possam, de uma ou de outra forma, dar um sentido à vida.

Nosso seráfico pai não se escapou dessa questão. Depois de buscar e percorrer caminhos que o levassem a plena realização de sua vida tem de suportar uma longa crise de sem saber o que fazer. Porém, num dos momentos mais comoventes e radicais de sua conversão, diante do pai, do Bispo, autoridades e povo de Assis, Francisco, depois de desnudar-se todo e inteiramente de todos os sentidos da vida que andou procurando e vivendo, exclama: Ouvi todos e entendei-me. Até agora chamei Pedro de Bernardone meu pai, mas, porque me propus servir a Deus, devolvo-lhe o dinheiro [...] para dizer sem demora: Pai nosso que estás nos céus e não mais ‘pai Pedro Bernardone’ (LTC 20).

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Essa passagem serve para ilustrar o sentido de nossa vocação humana: vir a ser filho de Deus, o Pai do céu. Ser filho de Deus, porém, antes de fato ou ocorrência, um dado ou coisa pronta, existe como tarefa, com-vocação, busca, questão. Como é essa busca? Como caminho de caminheiro, isto é, como busca da novidade do desconhecido no qual já estamos e somos.

Desde que, no paraíso terrestre, decaiu na busca e edificação de sua identidade de ser filho de Deus, sendo verdadeiramente homem e não “deus”, agora para reconquistá-la o mesmo homem não tem outra saída senão percorrer o caminho de retorno, de volta, assumindo seu verdadeiro humano que jaz perdido no fundo mais profundo de seu ser.

Esse caminho, primeiramente presente em forma de promessa, no AT, é inaugurado definitiva e realmente, em e para todos os homens, em e para todas as criaturas pelo Verbo eterno do Pai, o por meio do qual todas as coisas foram feitas (Jo Pró), que, descendo do trono real, para o útero da Virgem Maria (Ad I 16-18), ilumina todo o homem que vem a este mundo (Jo Pró.). Assim, o ser do ser filho de Deus só pode vir de dentro do nosso humano como pérola preciosa que, para aparecer como tal, precisa ser cuidadosa e pacientemente trabalhada, esmerilhada, ou, como o ouro que, para vir a ser verdadeiramente ouro, precisa passar pala prova do cadinho (Zc 13,9).

Assim, quando – e tão somente - o homem tiver percorrido do começo até o fim esse processo verá surgir do “seu” íntimo mais íntimo sua verdadeira identidade: o ser do ser filho de Deus. Só então poderá exclamar como Cristo na Cruz: tudo está consumado (Jo 19,30). Esse percurso vem assinalado também por Santo Agostinho quando proclama: Não queiras ir para fora; volta a ti; no interior do homem habita a verdade: a necessidade da busca (De vera religione, 39,72).

Quem compreendeu com precisão e assumiu com profunda paixão, júbilo, alegria e entusiasmo esse caminho foi São Francisco e sua primeira geração de frades, como o descrevem com beleza ímpar as Fontes Franciscanas (FF), mormente seus Escritos e os não menos famosos “Atos (fioretti) do Bem-aventurado Francisco e dos seus companheiros”. Uma boa e precisa explicação do caminho franciscano de desvelamento do humano aparece nessa passagem das FF da edição do MSA, pág. 9.

Desde os primeiros desafios e confrontos de conversão, passando pelo Encontro com o leproso, com o Crucificado de São Damião e com o Evangelho do Envio dos Apóstolos, ouvido na Porciúncula, Francisco, depois Clara e toda aquela plêiade de seguidores de Cristo, não são mais os mesmos. Surgem novos homens, novas mulheres e inicia-se um novo tempo. Por isso, o século treze é considerado o primeiro século franciscano. Trata-se de uma forma de Vida, isto é, de uma maneira de ver e viver centrada na pobreza, na simplicidade, na paz e no bem evangélicos. O entusiasmo por esse ideal foi de tal abrangência e profundidade que veio a se constituir em verdadeira cruzada de retorno, de volta para a vida evangélica ou paradisíaca cujas sementes já estão presentes em todo ser humano. É que o Evangelho só chega ao homem por já brotar de dentro do humano. Nisso está todo o desafio da nossa Revelação.

Uma avalanche, então, se precipita história abaixo, provocando transformações radicais nos parâmetros de encontro e desencontro dos homens consigo mesmos, com Deus e com os outros das gerações futuras. Pelo espírito evangélico vivido por São Francisco, o mundo já não é mais o mesmo de antes. Desde então, instaura-se na história um rito de passagem para uma outra coisa, a coisa que a Fé, a Esperança e o Amor de Deus desencadearam na humanidade de todos os homens. Como é próprio de todo rito de passagem essencial, isto é, de passagem no modo de ser e realizar-se dos homens, o ideal franciscano vestiu-se de falas e se encarnou numa variedade de linguagens. Todas são percursos de uma vitalidade evangélica que enchem de vigor todas as formas da vida humana de homens e mulheres, jovens e adultos, letrados e sem letras, nobres e plebeus, seculares, religiosos e eclesiásticos. Por isso, os registros são os mais diversos. Temos escritos, mas temos também espírito, temos estórias, mas temos também cantos e hinos, temos lendas e narrativas, mas temos também comportamentos e sacrifícios. Temos hereges e heresias, mas dentre eles, temos também santos e mártires. Temos espirituais e joaquimitas, mas destes temos também mártires e pensadores. Acima do real com suas limitações, está sempre a realidade com suas possibilidades de ser e realizar-se. Todos estão imbuídos do mesmo fervor, do espírito da fraternidade e humanidade que vêm do novo encontro com o Evangelho, na alegria de difundir a paz, o bem e o dom de Deus recebidos de graça pela Graça.

Os atos da vida dessas primeiras gerações não são fatos apenas; são feitos, verdadeiras taumaturgias, isto é, feitos realizados no poder e pelo poder de criação do Espírito de Cristo pobre, crucificado. Por isso, também, não têm e nem carecem de data ou lugar. São de todos os tempos, pertencem a todos os lugares. Estão além e/ou aquém de qualquer verificação documental ou prova historiográfica. São monumentos vivos de uma verdade originária que não necessitam ir à fonte, uma vez que já são fonte por provirem da fonte de toda vida e se moverem no entusiasmo de uma epifania venturosa, da epifania do Amor de Deus. É a coroa de justiça de que fala o Apóstolo, dada pelo Senhor naquele dia a todos que lhe amarem a manifestação na história (FF MSA, 9).

Tanto em Cristo como em Francisco, o ser plenamente filho de Deus só vem aparecer no fim de suas vidas, e, ambos, pela consumação do caminho do humano. Como já vimos, João testemunha com muita clareza o auge desse caminho percorrido pelo filho do Homem ao registrar sua últimas palavras na Cruz: Tudo está consumado (Jo 19,30). Só nesse momento dá-se a plenitude da glorificação do humano: Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que tive contigo antes que o mundo fosse criado (Jo17,4).

Também em relação a Francisco a consumação desse caminho é descrita como brilho, clarificação. Segundo uma das testemunhas, Francisco, em sua morte, se parecia como uma estrela do tamanho de uma lua, brilhando com toda a claridade do sol. E por causa disso, houve um grande ajuntamento de muitos povos, louvando e glorificando o nome do Senhor. Toda a Assis veio em peso, e a região inteira apressou-se para ver as grandezas de Deus que o senhor tinha demonstrado em seu servo. Lamentavam-se os filhos, privados de tão grande pai, e demonstravam com lágrimas e suspiros o piedoso afeto do coração. Mas, a novidade do milagre transformou o pranto em júbilo e o luto em exultação. Pois, viam o corpo do bem-aventurado pai ornado com os estigmas (2C 217).

A consumação do itinerário humano em Francisco, porém, vem ainda mais admiravelmente revelada a um outro frade de vida louvável, suspenso em oração, naquela noite e naquela hora. Apareceu-lhe o glorioso pai, vestido com uma dalmática purpúrea, acompanhado por uma multidão de pessoas. Muitos, que saíam dessa multidão, disseram ao frade: "Irmão, esse aí não é Cristo?" Ele respondia: "É ele mesmo". Mas outros também perguntavam: "Mas, não é São Francisco?" E o frade, do mesmo modo respondia que era ele mesmo. E, de fato, tanto para o frade como para todos aqueles que o acompanhavam, parecia que Cristo e São Francisco eram uma só pessoa. Os que sabem entender bem não vão achar temerária essa afirmação, porque aquele que adere a Deus faz-se um só espírito com ele, e o próprio Deus será tudo em todos no futuro (2C 219).

Enfim, Jesus Cristo, Jesus de Nazaré, o filho de uma mulher, que recusou o caminho das falsas glórias do mundo proposto pelo tentador no deserto para seguir apaixonadamente o caminho estreito e apertado da cruz da finitude, da fraqueza e da fragilidade humana, tendo de crescer cada dia em sabedoria, graça e santidade diante de Deus e dos homens (Cf. Lc 2,52), é não apenas o exegeta de Deus (VD 90), mas também o verdadeiro e único exegeta do próprio homem. E dentre os homens, depois da Virgem Maria, quem mais de perto fez dessa Paixão de Cristo sua paixão, seu caminho e o sentido pleno de nossa vida foi seu servo Francisco de Assis, o mais humano de todos os santos e o mais santo de todos os homens, eleito como um dos dez homens mais significativos do último milênio, o homem universal, de trânsito livre e bem aceito por todos, ateus ou religiosos, pobres ou ricos, católicos ou luteranos, espíritas, budistas, sábios ou gente simples. Um verdadeiro mestre do caminho humano inaugurado por Cristo.

Em louvor de Cristo, o verdadeiro e novo Adão. Amém!

Blog JuFra Mossoró

Blog da Fraternidade Espírito Santo
da Juventude Franciscana
de Mossoró, RN:

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Blog Clarissas de Porto Alegre, RS

Blog do Mosteiro São Damião,
das Clarissas de Porto Alegre,
Rio Grande do Sul:

PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DA VIDA


.BEM MAIS QUE UM SOPRO..

Às vezes me surpreendo perguntando: será que a vida, a família, os laços de amizade, os empreendimentos e tudo o que somos, temos e vivemos, está destinado somente ao caos da morte que anda à nossa espreita a todo instante? E interessante é que realmente não encontro resposta convincente em nenhum dos nossos limites; porque eles, de fato, estão muito aquém do infinito divino que nos cerca e permanece conosco numa interação fecunda a nos impulsionar para Si; e muitos de nós nem nos damos conta disso.

Sabemos de nossa fraqueza; dependência é o nome que mais se adequa ao que somos; um sopro de vida é o que temos segundo a segundo, estamos como que, cambaleantes, prestes a partir. E por mais que nos esforcemos ou procuremos adiar este momento nenhum de nós pode acrescentar um só côvado à duração de nossa vida. (Cf. Mt 6,27). Essa é a grande verdade latente sob a qual vivemos; assim, nossa persistência no viver é que nos faz ver além do que aparentamos, principalmente quando olhamos com o olhar de nossa fé, fé essa que perpassa nossa razão e os limites das forças naturais que nos cerca para encontrarmos Aquele que nos governa e é o verdadeiro suporte de nossa vida e de todas as coisas.

Deus é Eterno, sempre presente e não temos como viver se esquecermos isso. Tudo o que pensamos, falamos, fazemos e vivemos já é, porque nada passa, apenas fica gravado em nossas almas como arquivos vivos que só podem ser apagados com o perdão dos pecados, caso esses arquivos sejam maléficos, ervas daninhas a nos maltratar a consciência; porque o mal consiste no viver separado de Deus, isto é, como se Deus não existisse ou estivesse ausente de tudo e de todos ou mesmo alguém fictício ou ainda objeto de uma fé fragmentada, dividida em um sem número de crenças.

Na verdade Deus é e se nos revelou em toda sua plenitude na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, pois o Filho de Deus nos deu a entender perfeitamente o que é ser “imagem e semelhança” de Deus, já a partir de nossa presença no mundo, pois o mundo só existe por causa de nós que nele habitamos. Sem a nossa presença aqui, nada existiria ou mesmo teria sentido algum. Pensar o mundo sem os homens é pensar a vida sem Deus, e isso não é possível, pois somos, no presente em que estamos, os únicos seres pensantes, capazes de agir conscientemente e tomar decisões como se tudo dependesse de nós. Desse modo, podemos afirmar que os homens e o mundo existem em função da vida eterna que é em Deus, pois Deus mesmo nos aponta isso a partir do infinito que nos envolve; é como que a eternidade olhando para nós e para o tempo que nos leva para ela num ritmo constante de duas forças que se atraem e se encontram segundo os desígnios de Deus.

Jesus, o Verbo Divino que se fez carne no seio de Maria, por obra e graça do Espírito Santo, foi enviado por Deus, o Pai de nossas almas, para que todos os homens conheçam Aquele que nos governa e sustenta na vida presente e futura; e também veio para nos revelar a vida eterna que é Ele mesmo. Em Cristo Jesus somos salvos daquilo que nos desliga de Deus, e que chamamos de pecado, que é uma falta gravíssima e consciente contra o próprio Deus. Tal falta encerra os homens num estado mórbido, infernal, insuportável; uma espécie de desordem interior e exterior que os faz definhar aos poucos até dar cabo da vida, pois no pecado se encontra o terrível veneno da morte temporal e espiritual.

Já para o povo cristão, todavia, morrer em estado de graça é morrer em comunhão com a vontade de Deus, é entrar na vida eterna. Isto significa que aqui vivemos como Corpo Místico de Cristo que é a Igreja, da qual Ele é a Cabeça e nós somos seus membros. Por isso, a Igreja não é uma instituição meramente humana, mas sim, Divina, composta de seres humanos, porém, conduzida pelo Espírito Santo, a caminho da Plenitude do Reino de Deus.

A Igreja é chamada de Católica, porque é Nela que são gerados todos os filhos e filhas de Deus, mediante os Sacramentos de nossa salvação, estes nos acompanham desde o nascimento até nossa partida para o céu. São eles: Batismo, onde recebemos o dom da filiação divina e passamos a ser morada do Espírito Santo; Eucaristia, que é comunhão do Corpo e Sangue, Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, o grande mistério da união mística de nossas almas com Aquele que é o verdadeiro alimento da vida eterna. Crisma ou confirmação, recebimento da plenitude da unção do Espírito Santo que nos faz verdadeiros discípulos de Jesus, o único Mestre e Senhor de toda vida.

Penitência ou Confissão, sacramento de cura da alma, quando ferida pelo pecado, caso falhemos em nossa missão de vivermos no mundo como filhos de Deus. Matrimônio, união sacramental sob a benção protetora de Deus, para a vivência da sexualidade e formação da família cristã. Ordem, vocação e consagração definitiva a Deus para a realização de todos os Sacramentos de nossa salvação. Unção dos Enfermos, sacramento de cura física, psíquica e espiritual, que também nos prepara para a entrada triunfal do Reino de Deus.

Além disso, a Igreja nos ensina a vivermos neste mundo preparando a vida futura que há de vir e que já está no meio de nós; por esse motivo, nos desdobramos servindo ao Senhor com esmerada dedicação e desvelo, visando à salvação de todos. Por isso, o Senhor nos dá experimentar tudo o que vivemos de nossa fé diretamente, como Ele mesmo experimentou quando se fez um de nós e nos deu conhecer o modo como age Deus Pai junto àqueles que lhe servem aqui na pessoa de nossos irmãos e irmãs.

Ora, quem vive segundo os mandamentos da Lei de Deus e fecunda sua existência pela prática das virtudes, recebe do Senhor a recompensa de viver em paz e tranquilidade de coração, mesmo carregando sua cruz de cada dia, pois a cruz para nós é o sinal do verdadeiro seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo, é também o sinal de que por ela alcançaremos o céu, a glória de Deus, porque o Senhor não nos deixa sozinhos, Ele vai conosco à nossa frente para não errarmos o caminho que nos conduz a Deus Pai.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

10 Anos de Pastoral da Ecologia - RS


A Pastoral da Ecologia foi criada na CNBB do Rio Grande do Sul no início do novo milênio, através do empenho e da coragem do Irmão Antônio Cechin, juntamente com outros companheiros/as, alguns da Família Franciscana, do Sinfrajupe e da OFS e pessoas comprometidas com a causa dos catadores. Ao longo de 10 anos de caminhada, a nova Pastoral procurou ser uma referência para que a Igreja pudesse se manifestar e agir frente às questões ambientais. Como costuma dizer nosso mestre, Irmão Cechin, “a ecologia entrou na Igreja através dos pobres”. Pois, a CNBB reconheceu esta nova pastoral por causa das experiências de trabalho com os catadores.
Desde os primeiros momentos a Pastoral da Ecologia é uma pastoral socioambiental e ecumênica. Envolvida no processo da Romaria das Águas, a Pastoral sempre teve uma forte presença de ecumenismo. E além de ser colaboradora na Romaria das Águas, nossa Pastoral coopera na organização de outras iniciativas sociais e ecumênicas, como, por exemplo, a Bicicletada “Caminhos de Sepé”. E também marcamos presença ativa na organização de diversas edições do Grito dos Excluídos e participação na Romaria da Terra.
Com uma equipe de coordenação regional, a Pastoral da Ecologia também tem a missão de colaborar com a Igreja, motivando as comunidades para o compromisso com a criação de Deus. Por isso, procuramos realizar seminários em âmbito estadual para reunir representação das dioceses. Conseguimos promover 5 seminários, sendo que os dois primeiros tiveram boa participação e os três últimos foram menores. Porém, ricos nos debates e nas reflexões e comprometimentos. As questões da Água e do “Lixo” sempre foram eixos centrais assumidos pela Pastoral da Ecologia. E em nosso último encontro refletimos sobre “qual é a nossa ecologia?”. E confirmamos nosso comprometimento com uma ecologia social, holística e ecumênica, que integra o ser humano; uma ecologia critica, com a compreensão de que o sistema que degrada o meio ambiente é também o mesmo que explora e marginaliza as pessoas. Percebemos que o mesmo modelo político, social e econômico de sociedade, que destrói a natureza é o que violenta as relações humanas, causando guerras e fome. Diante desta compreensão, avaliamos ser importante fortalecer e gestar novos grupos de base e atuar em rede, considerando que é preciso olhar e agir global e localmente.
Desde o início, como Pastoral da Ecologia, lutamos muito para criar equipes diocesanas de pastoral ecológica, o que não se concretizou plenamente. Por isso, optamos pelos Grupos Ecológicos de Base. E os nossos seminários, reuniões e encontros de debates e reflexões, foram clareando a importância de se criar grupos de base e este é hoje um dos principais compromissos da nossa Pastoral, enquanto equipe regional. Entendemos, portanto, que a estrutura funcional da Pastoral da Ecologia se dá na organização de grupos de base articulados em rede.
Para a Pastoral da Ecologia é fundamental a opção pelos pobres, a defesa das pessoas e da natureza degrada pela ambição do capital. Por isso, não tivemos dúvida em apoiar o movimento em defesa da orla do Guaíba, quando ocorreu o plebiscito em Porto Alegre e desde 2010 estamos somando força nas lutas contra a mudança no Código Florestal. Também tomamos partido ao lado de Dom Cappio em defesa do Rio São Francisco. Apoiamos e trabalhamos juntos na campanha pelo limite da propriedade da terra. E, em homenagem aos Guaraní e São Sepé Tiaraju, o lema que usamos em nosso blog é “Na luta pela Terra sem males”.
Vale lembrar que a Pastoral da Ecologia tem quatro pilares de sustentação: testemunho, diálogo, denúncia e anúncio. Ser Pastoral da Ecologia é dar testemunho da fé no Deus criador, cuidando e defendendo a vida das ameaças que sofre nos dias de hoje. E para melhor cuidar, é preciso somar forças, buscar o diálogo e trabalhar com outras pessoas que também acreditam e lutam nesta causa. E, na força do testemunho, no diálogo e na cooperação, podemos e devemos denunciar os abusos e desrespeitos com a vida. Denunciamos, pois, a degradação humana e ambiental, anunciando o Reino Ecológico de Deus, que é a vida em plenitude.
A Pastoral da Ecologia nasceu no início do novo milênio e temos como data de referência a realização do nosso primeiro seminário estadual, que ocorreu poucos dias antes da Festa de São Francisco de Assis, ao romper da Primavera de 2001, entre os dias 21, 22 e 23 de setembro, em Porto Alegre. Portanto, neste ano de 2011 se completam 10 Primaveras da Pastoral da Ecologia. E podemos dizer com São Francisco: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas”.
Esta é, em poucas palavras, a Pastoral da Ecologia do Rio Grande do Sul, que quer contar com a tua presença solidária para que, juntos, no testemunho, no diálogo, na denúncia e no anúncio, possamos construir um mundo melhor, de justiça e paz com toda a criação de Deus.
Pilato Pereira - Coordenador da Pastoral da Ecologia - RS

sábado, 17 de setembro de 2011

18ª ROMARIA DAS ÁGUAS


Água: Bem público e Direito Universal
A Romaria das Águas não acontece em apenas um dia. Ela culmina em 12 de Outubro em Porto Alegre, mas a imagem da Senhora das Águas percorre diversas cidades do Estado na coleta de água das nascentes. Fazendo um roteiro de coleta, a Romaria acontece num longo processo de educação ambiental e campanha pela preservação e respeito para com as águas e o meio ambiente. No dia 12 de Outubro ocorre a procissão fluvial, com o encontro das Águas no Guaúiba em Porto Alegre. Este ano é a 18ª edição da Romaria que iniciou com a devoção de catadores nas Ilhas do Guaíba, quando encontraram junto ao "lixo" a imagem de Nossa Senhora Aparecida. A imagem estava quebrada, mas colaram, prepararam um altar, ascenderam velas e rezaram para a Mãe e Senhora das Águas que hoje reúne pessoas de diversas religiões e denominações religiosas, mas, com um único objetivo: preservar a vida que Deus criou.
Programação:
12 de outubro de 2011
PROGRAMAÇÃO:
Procissão Fluvial
8h às 9h: Concentração dos barcos
Local: Estaleiro da Ilha da Pintada
9 horas: Saída do barco de passageiros da Usina do Gasômetro em direção a Ilha da Pintada.
9h 30min: Saída da Ilha da Pintada com a “Senhora das Águas”.
10h 30min: Chegada da Imagem da “Senhora das Águas na Usina do Gasômetro – POA.
Logo em seguida – 
CULTO MACROECUMÊNICO
12 horas: Almoço – Peixe na taquara
13h 30min: Momento artístico à “Senhora das Águas”. – Músicas da Fonte – Antônio Gringo e conjunto.
14h 45min: Axé Jovem – FAUERS
15h 10min:  Mitologia Africana – 
Eduardo Branca
15h 50min: Tribuna Ecológica – Falas entremeadas de músicas, danças, encenações.
16h 30min: Cerimônia do envio, COMPROMISSO com o RITO da purificação das Águas.
PLANETA ÁGUA: NOSSA CASA e NOSSA VIDA 
Povo sábio não abre mão do controle da água que sustenta sua vida.
Acompanhe a programação no blog da Romaria das Águas: www.romariadasaguasguaiba.blogspot.com
18ª  ROMARIA  DAS  ÁGUAS
Água: Bem público e Direito Universal

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A ORAÇÃO, A VIDA E O TEMPO...











A ORAÇÃO, A VIDA E O TEMPO...

Senhor, que o meu tempo seja teu...
Que meus pensamentos também sejam teus...
Que meus sentimentos sejam para Ti...
E todo o meu ser e todo o meu viver...
Por que sem Ti, o que sou?

Põe-me em constante vigilância...
Porque só assim jamais sairei de tua presença santa...
Não consigo mais viver sem Ti,
porque sem Ti tudo é confuso...
Sem Ti não há retidão nem sentido de ser...
Isto porque nos criastes para Ti...
E somente em Ti somos para além de nós mesmos e do tempo...

Senhor, quem te dá tempo ganha vida...
Porque o tempo também te pertence...
Aqui, nada que temos é para sempre...
Isto porque tudo passa com o tempo...
Mas aquilo que somos em Ti, não passa...
Porque és eterno, Senhor, tudo em Ti permanece...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PÉROLAS DO RETIRO SACERDOTAL 2011














PÉROLAS DO MEU RETIRO SACERDOTAL 2011

E assim começou o nosso retiro...

Ø  Deus, em seu Filho Jesus Cristo, é a medida de tudo... Por isso, procure não medir as pessoas e/ou as situações a partir de si mesmo, deixe essa tarefa com o Senhor que conhece a essência de cada ser e sabe muito bem o que podemos ou não podemos...

“Aquele que afirma permanecer em Cristo, deve também viver como ele viveu”. (1Jo 2,6).

“De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. (Jo 5,30).

Presença real...

Ø  Deus está sempre presente nunca podemos esquecer isso... E quem comunga com a vontade do Senhor, sempre presente, vive Dele, Nele e para Ele o mistério da fé cotidiana...

Intercedendo...

Ø  O intercessor é aquele que sai de si e entra no amor fraterno e a partir desse amor intercede pelos outros como se fosse por si mesmo...

Envidados...

Ø  A palavra do homem de Deus é Palavra de Deus, pois o homem de Deus não faz mais sua vontade, mas somente a Vontade Daquele que o enviou...
Ø  Devo pregar o que Deus me conceder ser de Sua Palavra, à medida que experimento seus resultados em minha vida...
Ø  É profeta aquele que ouve o Senhor e fielmente reproduz o que ouviu sem sair de Sua presença...
Ø  Senhor, qualquer pensamento fora de Ti, é pensamento vão, desordenado e estranho...

Convivência...

Ø  Estamos acostumados com a convivência entre nós e é natural isso... Quanto à experiência de Deus, esta se traduz em convivência com Deus pelo Seu Espírito que habita em nós e isso também é natural, porque somos seus filhos e Ele está conosco...

As bem-aventuranças...

Ø  Jesus conhece os dois lados da vida, o natural e sobrenatural; e conhece também o final de tudo e se nos revela isso... De tal forma que nossa permanência Nele é tomada de posse dessa revelação, pois à medida que vivemos as bem-aventuranças, elas são o itinerário que nos leva ao céu...

Fé & subjetivismo...

Ø  Senhor, o que fazer frente ao subjetivismo que nos assola e por isso mesmo, muitas vezes não nos deixamos conduzir pelo teu Espírito que em nós habita? Ora, nada de nós mesmos é para sempre enquanto não for de acordo com os teus desígnios de amor; logo, entendemos que certamente filtras nossas atitudes e práticas, por meio do teu perdão, para que façam parte do teu plano de salvação para a nossa vida...

Sobre o carisma...

Ø  Todo carisma só é autêntico quando vindo do Espírito Santo e permanentemente é alimentado e conduzido por Ele; assim, o Espírito mesmo nos diz o que devemos fazer por meio daqueles que Ele pôs à nossa frente para nos governar...

Sobre a cruz...

Ø  A cruz de Cristo é a chave da misericórdia divina: “Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem”.
Ø  Na cruz vemos Deus sofrer o que não pode, a morte, pois Deus é imortal... Mas Ele assim o fez, para destruir o que o nosso pecado provocou...
Ø  Todo cristão ao carregar a sua cruz passa pelo crivo dela; e morre e ressuscita como Cristo, porque nunca se desliga de Cristo, visto que percorre o seu caminho como discípulo...
Ø  A cruz de Jesus é o encontro do Infinito de Deus com a miséria humana...
Ø  Na cruz está sempre presente a esperança e a alegria da ressurreição que nos impulsiona para além do calvário...

Ø  Deixar a missão (a cruz) que Deus lhe deu é fugir do próprio Deus, por não confiar no que Deus pode realizar por meio do seu ministério...

No reino é assim, perder é ganhar...

Ø  Estamos nos preparando para perdermos tudo, porque até agora podemos decidir, mas até esse poder nos será tirado... Todavia, veremos o resultado do que plantamos com a nossa vida...

Oração de discernimento...

Ø  Onde estou, com quem estou, estou para fazer tua vontade Senhor; eis-me aqui, ajuda-me a discernir qual seja o teu querer para que possa te obedecer prontamente...

O perdão é fonte de libertação...

Ø  Quem perdoa, está sempre bem, porque não carrega o peso dos pecados alheios..., mas sim a liberdade que o ato de perdoar lhe dá...

Ø  Perdoar é amar como Jesus amou, assim não somos só seus imitadores, mas também continuadores de sua obra de redenção...

Sinceridade, humildade e escuta, andam juntas...

Ø  A sinceridade nasce e cresce e permanece, quando a humildade a acompanha, pois um coração humildade se alimenta da escuta de Deus...

Avaliação do Retiro...

Ø  Todo retiro espiritual é um sinal de Deus em nossa vida; nele Deus nos atrai mais à Si, nos aponta caminhos e soluções e nos fortalece nos propósitos a que nos dispomos no seguimento do seu Filho, Jesus Cristo...

Ø  É sempre bom encontramos aqueles que amamos e percebermos neles a presença de Jesus e de Maria; e também saborearmos o que Deus está realizando em suas vidas...

Ø  Não podemos esquecer para onde Deus está nos conduzindo, assim não erramos o caminho e aprendemos a aproveitar, com perfeição, o tempo que ainda temos para chegar lá...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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