O PROTESTANTISMO E SEU RESULTADO NEFASTO...
Com efeito, neste ano de 2017 o protestantismo completará 500 anos de
existência; tal movimento teve início em 31 de Outubro de 1517 (data essa onde atualmente
nos Estados Unidos, país de fundação protestante, se celebra o dia das bruxas; ou
seja, isto é só um alerta que faço para ficarmos atentos), por meio de Martinho
Lutero ao pregar suas 95 teses na porta da Catedral de Winttenberg, na
Alemanha, contestando a autoridade do Papa e da Igreja Católica no tocante às
indulgências. Desse modo, deu-se início ao protestantismo que se alastrou mundo
afora até os dias de hoje, tendo como consequência a divisão do cristianismo.
Ora, foi como se toda a evangelização desde Cristo e os Apóstolos até 1517,
data da pretensa reforma, fosse ineficaz, pois a partir das ideias de Lutero é
que se devia refundar o cristianismo; logo essa infeliz proposição Protestante
tomou corpo e se difundiu rapidamente como uma espécie de enfermidade contagiosa
atingindo toda a Europa e com o tempo também o mundo.
Com efeito, rejeitar a autoridade do Papa é
rejeitar a quem lhe deu essa autoridade, Cristo Jesus: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão sobre ela, eu te darei as chaves do Reino dos céus,
tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na
terra será desligado nos céus”. (Mt 16,19; cf. Jo 21,15-19). E ainda: “Quem vos rejeita a mim rejeita, quem me
rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lc 10,16). Assim também quem
rejeita a Igreja, rejeita Cristo, pois não existe a Igreja sem Cristo, porque a
Igreja é o Corpo de Cristo, do qual Ele é a cabeça e nós somos os seus membros
(cf. Cl 1,18; 1Cor 10,17;12,12.26).
De fato, o Diabo é esperto e sabe como enganar e a quem enganar com a divisão
que implantou, pois o número de denominações protestantes é tamanho que chega
ao absurdo. Ora, o espírito de divisão nunca foi e nunca será de Deus. Seguir o
caminho do protestantismo é seguir o caminho de Lutero e não o de Cristo, pois
o Jesus do protestantismo não é o Filho de Deus; e isto constatamos ao lermos
as teses de Lutero, que são uma verdadeira afronta à Palavra de Deus. Pois, não
passam de artimanhas e argumentos fúteis, usados para fomentar a divisão, a
discórdia e tudo o que elas geraram desde então.
Quanto às indulgências, estas são
autênticas e legítimas, pois não existe nada de errado no perdão das penas
devidas pelos pecados ou na comutação delas (cf. Jo 20,21-23); pois o Senhor no-las
dá, por meio de seus Ministros devidamente ordenados, porque nos ama e é
misericordioso para conosco. De fato, no passado houveram abusos por parte de
alguns desobedientes, no entanto, foram corrigidos, e graças a essa disciplina,
hoje podemos usufruir delas livremente para a nossa salvação, como ocorreu no
ano da Misericórdia proclamado pelo Santo Padre, o Papa Francisco.
No mais, é só verificar a contradição na
qual os líderes protestantes caem hoje em dia com relação as indulgências que
Lutero condenava, e que o próprio Lutero caiu em tentação ao usufruir do
dinheiro e da proteção dos príncipes mandatários que o apoiaram em sua
desobediência contra a Igreja Católica. A única diferença é que os nomes usados
por eles hoje são: “ofertas”, “dízimos”, “colaboração”, etc. Ora, assim
compreendemos quais foram os pilares da fundação do protestantismo: a luta pelo
poder temporal e espiritual baseada na ganância, no obter dividendos, e no
forte loby político dos príncipes alemãs (prática de tráfico de influências ou
até mesmo corrupção ativa) contra a Igreja Católica, aproveitando-se da
rebeldia de Lutero.
A única coisa que tenho a dizer sobre isto
é o que está escrito na Carta de São Paulo aos Romanos: “Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em
juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas,
fazes as mesmas coisas que eles. Ora, sabemos que o juízo de Deus contra
aqueles que fazem tais coisas corresponde à verdade. Tu, ó homem, que julgas os
que praticam tais coisas, mas as cometes também, pensas que escaparás ao juízo
de Deus? Ou desprezas as riquezas da sua bondade, tolerância e longanimidade,
desconhecendo que a bondade de Deus te convida ao arrependimento? Mas, pela tua
obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da
cólera e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo
as suas obras: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a
glória, a honra e a imortalidade; mas ira e indignação aos contumazes, rebeldes
à verdade e seguidores do mal. Tribulação e angústia sobrevirão a todo aquele
que pratica o mal, primeiro ao judeu e depois ao grego; mas glória, honra e paz
a todo o que faz o bem, primeiro ao judeu e depois ao grego. Porque, diante de
Deus, não há distinção de pessoas.” (Rm 12,1-11).
Vejamos em termo de doutrina o que o
protestantismo gerou:
O protestantismo destruiu na mente de seus seguidores o conceito de Igreja como
Sacramento Universal da salvação da humanidade, a parte visível do Reino de
Deus no mundo, a unidade do Corpo do Senhor; e implantou um conceito de divisão
tal qual o mal sempre quis; por isso, tentou anular a autoridade dada por Jesus
a Pedro (cf. Mt 16,16-19; Jo 21,15-19) e trocou pelo conceito subjetivista
"só a escritura", onde cada um podia interpretar a Sagrada Escritura
conforme o próprio entendimento, e com isso criou uma incontável multiplicidade
de denominações proselitistas para dividir o rebanho do Senhor, implantando as
mais espúrias doutrinas que já se viu na face da terra, sinal do mesmo espírito
de desobediência implantado na mente de Lutero, e que se faz presente em sua
doutrina e na mente de seus seguidores.
Por não ter a sucessão apostólica, o protestantismo retirou de seus seguidores
a fé na Santa Missa, Santo Sacrifício encruento do Senhor, Memorial permanente
da nossa salvação e a rebaixou entre eles para Culto da Palavra, abandonando
com isso a prática dos Sacramentos. Ora, os Sacramentos são Sinas Sagrados onde
Deus opera diretamente a salvação dos homens; no entanto, o protestantismo
destituiu de sua doutrina a prática sacramental eliminando dela a Teofania
Divina (ação direta de Deus) nos sete Sacramentos (Batismo, Crisma,
Reconciliação, Eucaristia, Unção dos Enfermos, Matrimônio e Ordem) e os trocou
facilmente pela frase: "Você aceita Jesus como seu salvador?" Como se
essa pergunta fosse o único critério para a salvação da humanidade; ora, em
nenhuma evangelização que o Senhor e os Apóstolos fizeram se encontra tal
pergunta. Todavia, em sua evangelização, os encontramos administrando os
Sacramentos (cf. Jo 20,21-23; At 2,37-42; 1Cor 11,23-26; Tg 5,13-16; 2Tm 1,6).
Ora, o Protestantismo sempre criticou as
devoções pessoais, no entanto, trocou a verdadeira devoção à Mãe de Deus e aos
Santos (cf. Ap 8,3-4), pelo culto à personalidades (pecado gravíssimo, cf. Jo
5,41-44); ou seja, são inimigos da devoção à Mãe de Jesus (cf. Gn 3,15) e aos
santos, mas não hesitam enaltecer pregadores e astros da música Gospel, pagando
verdadeiras fortunas por seus shows e ministrações; ou ainda a exaltação de
Pastores-astros midiáticos, ou outros famosos como cantores e jogadores de
futebol que se dizem “evangélicos”, por participarem de seus cultos, etc.
O protesto de Lutero começou com a crítica às indulgências, mas hoje o
protestantismo vende de tudo, orações, óleo santo, água do rio Jordão, fogueira
santa, rosa ungida, pretensas revelações, etc. Até para se entrar no
"Templo de Salomão" tem que pagar; sem contar os inúmeros escândalos
na política usando o nome do Senhor Jesus e de denominações para desvios
de dinheiro público, horrível, verdadeira abominação (cf. 1Tm 6,6-10).
São João bem explica o porquê de tudo isso: (I São João 2,18-29): “Filhinhos, esta é a última hora. Vós
ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto
conhecemos que é a última hora. Eles saíram dentre nós, mas não eram dos
nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se
dá para que se conheça que nem todos são dos nossos.”
“Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas as coisas. Não vos escrevi
como se ignorásseis a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira
vem da verdade. Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho não
tem o Pai. Todo aquele que proclama o Filho tem também o Pai.”
“Que permaneça em vós o que tendes ouvido desde o princípio. Se permanecer em
vós o que ouvistes desde o princípio, permanecereis também vós no Filho e no
Pai. Eis a promessa que ele nos fez: a vida eterna. Era isto o que eu vos tinha
a escrever a respeito dos que vos seduzem. Quanto a vós, a unção que dele
recebestes permanece em vós. E não tendes necessidade de que alguém vos ensine;
mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, assim é ela verdadeira e não
mentira. Permanecei nele, como ela vos ensinou.”
“E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando aparecer, tenhamos
confiança e não sejamos confundidos por ele, na sua vinda. Se sabeis que ele é
justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.”
Em suma, muitas heresias apareceram na face
da terra, entretanto, o protestantismo se tornou a pior delas, pois usa a
Palavra de Deus para desobedece-lo (cf. Mt 4,1-10; Gl 1,6-9). Ou seja, leem a
Palavra pela ótica da desobediência de Lutero em quem tal heresia teve origem.
Nenhuma pessoa que segue o protestantismo consegue ter paz, pois vive numa
desconfiança infinda, por estar sob a mesma excomunhão de seu fundador e chefe.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria,OFMConv.
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