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terça-feira, 30 de abril de 2019

COMUNIDADE, LUGAR DE FRATERNIDADE E PARTILHA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,7b-15)(30.04.19)
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Caríssimos, Deus criou os homens dotados de inteligência e de todos os dons para fazerem somente o bem e encontra-lo em todas as virtudes que praticassem, pois tudo lhe pertence. Ocorre que depois da queda no pecado entrou no coração dos homens a divisão que quebrou a unicidade divina plasmada em suas almas e com isso perderam a comunhão entre si e com o seu criador e Pai.
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Todavia, para voltarmos à unidade entre nós e a comunhão filial com Ele, Deus enviou o Seu Filho Jesus Cristo para vencer as forças do maligno que tinha no pecado e na morte o seu poder. Desse modo, o Senhor nos reconciliou com o nosso Pai celestial; bem como nos ensinou São Paulo: "Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou,
quando estávamos mortos em conseqüência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é por graça que fostes salvos! -, juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus."
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Com efeito, a primeira leitura de hoje nos revela a primeira comunidade cristã vivendo essa unidade do Espírito. Diz o texto: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum." Ou seja, esse relato nos mostra que quando o coração humano está repleto de amor de Deus não tem lugar para os apegos materiais ou algo semelhante.
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Conclusão: Caríssimos, Jesus é o Criador que vem até nós pessoalmente, nos redime por sua morte e ressurreição e permanece conosco em sua Santa Igreja, e por meio dos seus escolhidos nos conduz à sua glória. Mas, para isso, disse Ele a Nicodemos, "é preciso nascer do alto," isto é, da água e do Espírito Santo no batismo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

REDIMIDOS À CAMINHO DA ETERNIDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,1-8)(29.04.19)
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Caríssimos, viver a dimensão eterna ainda no tempo é sinal de que nascemos da água e do Espírito Santo como nos ensinou Jesus no diálogo com Nicodemos no Evangelho hoje. Mas, o que significa realmente esse nascimento? Significa o homem novo gerado pelo Espírito Santo no batismo; significa também a nossa participação direta na morte e Ressurreição do Senhor (cf. Rm 6,3-4).
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Na primeira leitura de hoje vimos a primeira comunidade nascida da água e do Espírito Santo reunida em oração, e em seguida vimos o Poder do Espírito em ação: "Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus."
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Ora, a única coisa que nos separa dessas pessoas consagradas a Deus no batismo é o tempo; pois, como elas também recebemos no nosso batismo o Dom do Espírito Santo com todas as graças necessárias para sermos santos como o nosso Pai do Céu é Santo (cf. Mt 5,48).
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Com efeito, é exatamente como nos ensinou São Pedro: Vois fostes "eleitos segundo a presciência de Deus Pai, e santificados pelo Espírito, para obedecer a Jesus Cristo e receber a sua parte da aspersão do seu sangue. Na sua grande misericórdia Deus Pai nos fez renascer pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma viva esperança, para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada para vós nos céus."
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Conclusão: Caríssimos, a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo a este mundo significa a plena renovação de toda criação, como escreveu São João no Apocalipse: "Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Novamente me disse: Está pronto! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim. A quem tem sede eu darei gratuitamente de beber da fonte da água viva. O vencedor herdará tudo isso; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 28 de abril de 2019

COMUNIDADE, LUGAR DO ENCONTRO COM O SENHOR...


Homilia do 2°Dom da Páscoa (Jo 20,19-31)(28.04.19)
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Irmãs e irmãos caríssimos, neste segundo domingo da Páscoa do Senhor, a Igreja celebra a Grande Festa da Divina Misericórdia; ora, essa Festa nos mostra que o Coração Misericordioso de Jesus está sempre aberto para acolher todos os que à Ele recorrem em busca do perdão e da misericórdia que lhes oferece para voltarem à perfeita comunhão com a vontade do Pai no seio de sua Santa Igreja.
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Na primeira leitura de hoje, a comunidade reunida em torno de Pedro e dos demais Apóstolos, experimenta os prodígios que o Senhor realiza como fruto de sua ressurreição e de sua presença real no meio dela. De fato, esses prodígios são a constatação de que a nossa fé é convivência real com Jesus Ressuscitado; é também a demonstração do que significa viver a unidade do Espírito no vínculo da paz que Ele gera em nossas almas.
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Caríssimos, e para coroar a profundidade dessa liturgia meditemos o Evangelho de hoje, onde vemos o quanto é necessário a nossa presença permanente na comunidade que Deus nos deu para vivermos o seu amor entre nós. Ora, pela ausência na comunidade, Tomé como que perdeu a fé, pois, mesmo ouvindo o testemunho dos outros Apóstolos não acreditou; somente quando encontrou Jesus no seio da comunidade é que retornou à fé e a professou: "Meu Senhor e meu Deus!" Com efeito, "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade."
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Oremos: Fazei, Senhor Jesus, pela vossa divina misericórdia, que a luz do vosso amor continui a iluminar as nossas almas para que repletos do Espírito Santo mantenhamo-nos unidos para assim darmos os frutos da vossa redenção, como Maria Santíssima, São José, os Apóstolos e todos os santos o fizeram em sua trajetória para o céu; vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Amém!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 27 de abril de 2019

O ANÚNCIO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 16,9-15)(27.04.19)
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Caríssimos, todos somos obras das mãos de Deus e dotados da fé, dom do Espírito Santo que recebemos no batismo, no qual fazemos a experiência da Ressurreição de Jesus, como bem descreveu São Paulo na Carta aos Romanos: "Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova."
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Ora, com isso compreendemos que mesmo vivendo naturalmente, ou seja, em meio as coisas criadas, somos sustentados pela invisibilidade divina, para transparecemos o Senhor ressuscitado que habita nossas almas. É exatamente isso o que fizeram os Apóstolos Pedro e João no confronto com as autoridades judaicas depois de terem realizado o milagre da cura do coxo de nascença, pelo poder do Nome de Jesus.
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De fato, quem vive em constante comunhão com Jesus ressuscitado em todos os sentidos da vida, cumpre integralmente, como os Apóstolos e demais servos e servas do Senhor cumpriram, o que Ele anunciou no final do Evangelho de hoje: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a boa nova da salvação à toda criatura!"
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Conclusão: Caríssimos esse envio do Senhor independe do grau de instrução como vimos na primeira leitura: "Os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus." Portanto, todos os batizados somos enviados e o Senhor mesmo confirma por meio do Espírito Santo essa graça da salvação que recebemos e anunciamos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

A PESCA MILAGROSA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 21,1-14)(26.04.19)
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Caríssimos, uma vez que ressuscitamos com Cristo nada podemos fazer sem Ele, é essa a grande novidade que a liturgia de hoje nos leva a compreender. Desse modo, viver na presença e em comunhão com o Senhor ressuscitado e anuncia-lo ao mundo se constitui a nossa sublime missão. Porém, sempre agir sob seu comando, para que se cumpra somente a Sua Vontade salvífica em nós e naqueles à quem o anunciamos.
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Na primeira leitura dessa liturgia de hoje, depois de terem sido presos e levados à interrogatório, os Apóstolos Pedro e João aproveitaram a ocasião para darem testemunho da presença de Jesus ressuscitado em suas vidas, palavras e ações. Ora, isso significa o novo do Senhor que os conduz por seu Santo Espírito de modo que ninguém os poderá contradizer, pois, as obras que o Senhor realiza por meio deles são perfeitas.
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A narrativa da pesca Milagrosa logo após a ressurreição do Senhor começa com os Apóstolos em quase total desengano e para piorar isso, após decidirem que iriam voltar à antiga profissão de pescadores, se lançam ao mar por toda a noite sem obter nenhum êxito em seu intento. Porém, ao escutarem a voz do Senhor e confiar na Sua Palavra, logo recobraram o ânimo e se viram num mar repleto de peixes, pois somente Ele era a razão de ser de suas vidas.
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Conclusão: Caríssimos, Jesus é Deus conosco e nos conhece muito bem, por isso, nunca se afasta de nós, isso equivale a dizer que nossa comunhão com Ele é permanente aqui e no para sempre da eternidade. Ora, uma vez que o seguimos rumo ao seu Reino, Ele já nos proporciona todo o necessário para que também o nosso testemunho seja perfeito como o testemunho dos Apóstolos e de todos os santos e santas que mantiveram com Ele permanente comunhão.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

A FÉ NOS LEVA A CONVIVER REALMENTE COM O SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 24,35-48)(25.04.19)
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Caríssimos, antes de tudo precisamos compreender que a fé em Jesus é um dom do Espírito Santo que torna real o nosso relacionamento com Ele, porque somente assim o nosso testemunho revela quem Ele é realmente e como age em nosso meio com a nossa cooperação como vimos na cura do paralítico; caso contrário, o nosso testemunho é apenas um testemunho teórico e não fruto de nossa convivência com Ele que se faz presente em todas as dimensões de nossa vida.
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São Pedro nessa primeira leitura de hoje revela que a cura do paralítico é fruto dessa presença real de Jesus, disse ele: “Israelitas, por que vos espantais com o que aconteceu? Por que ficais olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar com nosso próprio poder ou piedade? O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Graças à fé no nome de Jesus, este Nome acaba de fortalecer este homem que vedes e reconheceis. A fé que vem por meio de Jesus lhe deu perfeita saúde na presença de todos vós."
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Com efeito, depois do nosso batismo tudo em nossa vida tem no Senhor o verdadeiro sentido de ser, por isso, ao comunga-lo na Santa Eucaristia o transparecemos por palavras e atos e é isso que dá consistência ao nosso testemunho, confirmando a sua Palavra: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim."
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Conclusão: Caríssimos, o Evangelho de hoje confirma tudo o que foi dito a cima, e mais ainda, nos coincientiza de que só é possível dar um testemunho consistente do Senhor à medida que com Ele convivemos realmente, pois, Ele se faz presente realmente no modo de ser de todos os que o seguem. Portanto, se ainda não atingimos um tal grau de crescimento na fé, nada nos impede de pedir ao Senhor tal maturidade em nossa relação com Ele, pois, com toda certeza Ele nos dá essa graça para a vivermos plenamente.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A MAIOR FELICIDADE DE NOSSAS ALMAS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 24,13-35)(24.04.19)
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Caríssimos, a maior felicidade de nossas almas é encontrar Jesus Onipresente nos acontecimentos de nossa vida, principalmente no Sacramento da Eucaristia e na Sagrada Escritura, e manter com Ele um diálogo permanente, como o fizeram no Evangelho de hoje os discípulos à caminho de Emaús.
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Chamo a atenção para alguns detalhes desse encontro, o primeiro deles é a disposição para crê mesmo quando formos atingidos pelos acontecimentos adversos; segundo, fazer memória, como eles o fizeram, da presença do Senhor em nossa vida e abrir o coração para escuta-lo e deixar que nos dê o entendimento das coisas do alto como nos ensinou São Paulo (cf. Col 3,1-4). Por fim, não esquecer de o convidar para permanecer conosco.
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De fato, fazer essa experiência com Jesus ressuscitado, é conviver com Ele naturalmente, é experimentar na prática a santidade que Dele recebemos no batismo. Na verdade, quem comunga o Senhor estado de graça o recebe em sua alma e se torna um só com Ele. Ora, é exatamente isso que mantém a nossa amizade com Deus Pai, que ao olhar para nós, vê o seu Filho amado presente em nossas almas.
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Conclusão: Caríssimos, Pedro e João ao entrarem no templo do Senhor, curaram um paralítico que nada mais esperava além de alguma esmola, mas que ao ter a experiência de Jesus ressuscitado transmitida por eles, logo os seguiu "pulando, cantando e louvado a Deus." Ora, quantos não são aqueles que encontramos em nosso caminho para Deus precisando da presença de Jesus ressuscitado que levamos conosco?
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 23 de abril de 2019

O SENHOR RESSUSCITADO ESTÁ NO MEIO DE NÓS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 20,11-18)(23.04.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a experiência da evidência de Deus em nossa vida se faz necessária para sermos conduzidos por Seu Santo Espírito ao Reino dos céus. Isto porque essa experiência nos faz viver em sua presença por meio do Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. A liturgia de hoje trata exatamente desse assunto nas leituras e no salmo responsorial.
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Na primeira leitura vemos São Pedro anunciado como seus coirmãos haviam crucificado o Messias enviado por Deus e da necessidade do arrependimento para reencontra-lo espiritualmente por meio do Sacramento do Batismo e assim receber o Espírito Santo. Diz ele: “Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo."
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O Salmo responsorial nos revela que transborda em toda a terra a bondade do Senhor. E, de fato, tão grande bondade se faz presente em nosso meio não somente nas obras de Deus que nossos olhos podem ver, mas principalmente em todas as virtudes que por graça de Deus transbordam de nossas atitudes para o bem nosso e de todos, pois elas revelam que é o Senhor quem nos conduz.
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No Santo Evangelho Maria Madalena chora junto ao sepulcro vazio pensando que alguém havia levado dali o corpo do Senhor; e mesmo recebendo da parte dos anjos a notícia de sua ressurreição e também do próprio Senhor ainda não conseguia perceber dada à grande comoção que a tomava. Porém, quando o Senhor a chamou pelo nome é que o pode reconhecer e experimentar a alegria da Ressurreição.
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De fato, fazer a experiência de Jesus Ressuscitado, especialmente por meio dos Sacramentos da Santa Igreja, é essencial para sermos conduzidos pelo Seu Espírito em todo o nosso modo de ser, porque assim o nosso viver revela que o Senhor está no meio de nós.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

CELEBRAÇÃO DA OITAVA DE PÁSCOA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 28,8-15)(22.04.19)
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Caríssimos, hoje a Igreja continua celebrando a Páscoa do Senhor e por uma semana o fará solenemente, pois, são tantas as graças derramadas nesses dias, que muito temos à agradecer ao Senhor por todos essas graças que Dele recebemos. A liturgia pós Domingo de Páscoa faz memória de Jesus na sua dimensão eterna, que se faz evidente em meio à nós, revelando que estará sempre conosco, como Ele mesmo disse: "Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo."
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Na primeira leitura de hoje São Pedro relembra como o rei Davi profetizou sobre a ressurreição de Jesus e que vencedor da morte Ele agora se dá a conhecer pelo testemunho dos Apóstolos e todos os seus seguidores de todos os tempos. O Senhor também se dá conhecer pelos Sacramentos da Santa Igreja onde atua diretamente para a salvação de todas as almas, pois, é este o sentido do Seu Sacrifício de Cruz.
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No Evangelho que hoje meditamos, vemos o encontro do Senhor com as santas mulheres que foram ao seu sepulcro mesmo sabendo seria impossível remover a grande pedra que lhes impedia de ter acesso ao seu corpo; mas, tiveram esse felissíssimo encontro com Ele ressuscitado sem nenhum embargo da morte cruenta que havia sofrido na sexta-feira santa; porém, trazia em seu corpo as marcas das santas chagas que atestavam a sua Vitória incontestável.
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Conclusão: Caríssimos, também na liturgia de hoje, vimos que o mal não aceitou a derrota, pois, ordenou aos seus sequazes de continuarem mentindo tentando encobrir a perversa trama que levou Jesus a ser sacrificado mesmo sendo inocente. Ora, também em nosso tempo inocentes continuam sendo sacrificados como vimos ontem no Sri Lanka onde dezenas de Cristãos foram martirizados quando na Santa Missa celebravam a ressurreição do Senhor.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

A RESSURREIÇÃO, É DEUS NOS MOSTRANDO QUE A VIDA É ETERNA


Homilia do Domingo de Páscoa(Jo 20,1-9)(21.04.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a Igreja hoje celebra solenemente a Ressurreição de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo. Ora, para nós essa se constitui a maior de todas as graças tendo em vista que a morte aparentemente era invencível, uma vez que já nascemos morrendo e quando morremos só ficam as lembranças que, na verdade, se apagam com o tempo.
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Todavia, nesse dia em que solenemente celebramos à Ressurreição de Jesus, a sua morte de cruz é o sinal de que Deus é invencível ainda que aparentemente morra. É bem como o Senhor mesmo nos ensinou: "O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai."
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Caríssimos, esse dia da comemoração da Páscoa do Senhor é também para nós o primeiro dia de nossa eternidade, uma vez que o Senhor nos faz ressuscitar com Ele para a vida eterna mesmo que estejamos no tempo. São Paulo, se referindo à isso, escreveu: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim."

Conclusão: Caríssimos, comungar Jesus Ressuscitado presente realmente na Eucaristia é ser um só como Ele em todos os sentidos da vida, por isso, tudo o que é do Senhor é também nosso; ora, e não viver isso, mesmo o comungando, é permanecer ainda na morte, pois, comungar o Corpo de Cristo sem viver como Ele viveu, isto é, fazendo em tudo a vontade do Pai, é não participar de sua Ressurreição. Portanto, viver a fé na ressurreição de Jesus é ressuscitar com Ele para Nele permanecer praticando as suas obras.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 20 de abril de 2019

O SILÊNCIO DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Lc 24,1-12)(20.04.19)
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Caríssimos, hoje, Sábado Santo, terceiro e último dia do Tríduo Pascal, paira sobre toda a criação o silêncio sagrado, o silêncio de Deus; nesse dia a Igreja celebra, na vigília Pascal, a vitória definitiva de Cristo sobre o pecado, a morte, o inferno, e o Demônio causador de todo o mal que existe, mas, que tem seus dias contados rumo ao extermínio.
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Ora, naturalmente nos acostumamos com os nossos limites e até os aceitamos de bom grado, todavia, nesse dia, por meio da fé, os transpomos meditando e colhendo os frutos dos acontecimentos da paixão, morte e ressurreição do Senhor, que lembramos nessa Vigília; em suma, agora temos realmente a certeza da vinda do Reino de Deus e da vida eterna.
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Com efeito, quando falamos da Ressurreição de Jesus, isto significa a vida que não conhece mais a morte, pois, naturalmente todos os viventes estão condenados a ela e ninguém escapa; mas, com a ressurreição do Senhor, a morte natural é transformada em Páscoa, isto é, passagem da condição de mortalidade à condição eterna, em outras palavras, é o não fim da vida, ou seja, sua continuidade para sempre no Reino de Deus.
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Conclusão: Caríssimos, o que seria de nós sem a esperança da vida eterna que ora vivemos em Cristo? Por isso, temos muito a agradecer ao Senhor por todo o bem que Ele nos faz, pois, sem a sua presença nenhuma criatura existiria mais.
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Destarte, vivamos essa linda aventura da fé, como São Paulo nos ensinou: "Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

A CRUZ DE NOSSO SENHOR, JESUS CRISTO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 18,1–19,42)(19.04.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, hoje, sexta-feira Santa, segundo dia do Trido Pascal, a Igreja celebra a Paixão e morte cruenta do Filho de Deus, ou seja, celebra o grande Mistério da nossa Redenção. Então, se faz jus perguntar, por que Deus quis sofrer as dores, as humilhações e a morte de cruz, como se não tivesse poder algum? Será que a mente humana é capaz de assimilar o tamanho contraste que há entre a bondade, a beleza, a grandeza, a perfeição das criaturas e toda maldade que se levanta contra elas?
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Ora, resposta se encontra exatamente na cruz de Cristo. Com efeito, Deus é Deus, não muda, ou seja, não deixa de ser o que é, amor infinito, Suprema Bondade, misericórdia sem fim, por causa da dosobediência e da maldade por parte algumas de suas criaturas. E porque tem todo poder, deixa-se abater para assim vencer todas as forças antagônicas.
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De fato, Jesus mesmo revelou isso: "O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai." Desse modo, compreendemos que o Senhor tem o comando de tudo e ninguém pode impedir que Ele use a Sua Onipotência Eterna conforme os seus desígnios.
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Conclusão: Caríssimos, com toda certeza podemos afirmar que o Céu é a felicidade eterna que Deus Pai reserva como herança para todos os seus filhos e filhas; todavia, é preciso compreender que não chegamos à ele sem passarmos pelo mistério do sofrimento pelo o qual passou Jesus.
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Portanto, a resposta ao por quê dessa pedagogia divina só teremos na eternidade; todavia, fiquemos convictos disto: ninguém sofre aqui sem receber do Senhor a consolação que nos ajuda a superar as intempéries do deserto desse nosso êxodo temporal.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

LITURGIA DA QUINTA FEIRA SANTA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 13,1-15)(18.04.19)
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Caríssimos, hoje, quinta feira santa, começa o Tríduo Pascal com a celebração e a benção dos santos óleos que serão usados nos Sacramentos do Batismo, Unção dos Enfermos e no Santo Crisma; também nessa Santa Missa todos os sacerdotes do mundo inteiro juntamente com os seus bispos renovam as promessas sacerdotais para servirem ao Senhor com renovado ardor para a salvação das almas que lhes foram confiadas.
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O Santo Crisma é a unção divina e salutar de todas as almas consagradas a Deus no Batismo, nele rebemos a plenitude do Espírito Santo; assim, por meio desse óleo santo, Deus unge nossas almas nos dotando de todas as graças, nos fazendo participantes do reinado do Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo e de sua missão sacerdotal e profética.
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Também nessa Santa Missa são abençoados o óleo dos enfermos, para curar o corpo e a alma dos que se encontram debilitados espiritual, moral e fisicamente; e o óleo dos catecúmenos, ou seja, daqueles que recebem o batismo e nascem da água e do Espírito Santo para a vida eterna.
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Também nesta liturgia de hoje, na Santa Missa noturna, teremos a celebração da Santa Ceia do Senhor com o lava pés, onde recordamos a instituição da Santa Eucaristia, Corpo e Sangue; Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo presente realmente neste Sacramento, memorial da nossa salvação. Nesta celebração recordamos ainda a instituição do Sacerdócio e da Santa Missa.
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Conclusão: Caríssimos, Deus em Seu infinito amor de Pai tudo preparou por meio dos Sacramentos de Sua Santa Igreja para nos fazer participante de Sua Natureza Divina; quanto à nós basta que sejamos fiéis à todas as graças que por esses Sacramentos nos são concedidas para sermos santos como o Senhor é Santo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

A TRAIÇÃO É O NÃO AMOR, É O ABANDONO DA VERDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 26,14-25)(17.04.19)
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Caríssimos, a traição é o não amor, é o abandono da verdade, e isso chamamos desobediência; com ela cria-se o lado oposto da comunhão, isto é, toda desgraça que agora passa a existir para aqueles que assim procedem. No Evangelho de hoje vimos Jesus ser traído e vendido por trinta moedas de prata, ou seja, o Senhor da vida sofre a mais terrível ação constrangedora, ter a vida tolhida numa triste negociação sem o mínimo respeito da parte de seu traidor e de seus algozes, como se fosse um objeto de desprezo a ser eliminado.
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Ora, aqui nos devemos perguntar, o que se pode esperar de tamanha vilania? De fato, cada um só dá o que tem e se tem é porque recebe de alguma fonte, logo, toda ação maléfica tem no inimigo de nossas almas o começo e o fim; desse modo, nada se pode esperar do mal. No entanto, Deus é amor e sempre nos amará ainda que o maligno tenta dizer que não.
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O que significa, então, o sacrifício de Cristo? Significa puro amor no mais profundo sentido dessa palavra; desse modo, compreendemos que Deus, por Seu infinito amor, transforma a nossa dor em gozo eterno, por isso, não exitamos em afirmar que o sofrimento dos inocentes são os mesmos de Jesus e que esse caminho de cruz que ora trilhamos com Ele faz parte do grande mistério de nossa felicidade eterna.
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Conclusão: Caríssimos, como vimos, em toda a sua trajetória, Jesus jamais deixou de amar o Pai por sua obediência incondicional (cf. Jo 5,30; Fl 2,5-11); e para isso, enfrentou todos os obstáculos que os seus inimigos lhe impuseram, dentre eles a terrível traição, tentando tira-lo da comunhão com a vontade do Pai, isto é, oferecer sua vida em prol da nossa salvação.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 16 de abril de 2019

A TRAIÇÃO É SÍMBOLO DA PRESENÇA DO MALIGNO NA ALMA DE QUEM TRAI...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 13,21-33.36-38)(16.04.19)
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Caríssimos, a tendência de olharmos e nos atermos aos problemas que se apresentam querendo nos desestruturar, é perder o ânimo, dada nossa Impotência e fragilidade. Ora, na primeira leitura de hoje o Profeta Isaías passa por essa prova (cf. (Is 49,1-6), mas, nos ensina que diante de nossa fragilidade e desânimo, o Senhor nos revela que está sempre presente e nos envia para missões ainda maiores, pois a obra em que trabalhamos é Sua e é Ele mesmo que nos prepara para cumpri-la.
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Com efeito, quando o Senhor nos chama para uma missão Ele nos abre as comportas de suas graças para que fielmente a realizemos. De fato, Deus tudo criou sem nós, nos plasmou no ventre de nossas mães sem nós; mas, por sua divina misericórdia, nos chama à colaborarmos com Ele na obra da redenção realizada por seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
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No Evangelho de hoje Judas é protagonista e símbolo daqueles que são chamados pelo Senhor para o acompanhar em sua missão salvadora, como os demais discípulos; mas, porque agem a partir dos interesses mestinhos e da busca de vantagens pessoas ou projeção da própria imagem, deixam, com isso, o mal entrar em suas almas passando de discípulos à traidores do Senhor.
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Conclusão: Caríssimos, a distância entre o tempo e a eternidade é um sopro de vida, ou seja, quem serve fielmente ao Senhor no tempo que lhe é dado, tem como herança a felicidade eterna. De fato, bem aventurados são aqueles que vivem fielmente seu chamado, pois sabem que o Senhor nunca os abandona, ao contrário, os fazem participantes de sua morte de cruz para que participem também de sua Ressurreição.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

PADECENDO OS MESMOS SOFRIMENTOS DE CRISTO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 12,1-11)(15.04.19)
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Caríssimos, a liturgia de hoje é uma ação preparatória para o grande dia em que Jesus, o Filho de Deus, se entregará livremente nas mãos dos malfeitores para desse modo nos libertar definitivamente do poder do inferno e da morte que subjugou a humanidade por meio do pecado de desobediência dos nossos primeiros pais e também dos demais pecados cometidos em todos os tempos.
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De fato, esta semana nos remete aos contrastes reinantes em nosso meio, digamos que é uma expressão do que a Igreja faz memória e vive nesse tempo litúrgico, ou seja, a traição, o sofrimento, a dor e a tristeza que resultou na paixão e morte do Senhor crucificado; porém, transpõe tudo isso com a explosão de alegria por sua vitoriosa ressurreição.
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Com efeito, o modo operante do Senhor nos revela que para além de todos os limites que o maligno tenta nos impor por suas ações maléficas, nada disso prevalece, uma vez que o Poder do Senhor é infinito e Ele age sempre por meio de Seus atributos divinos, como Ele mesmo nos ensinou ao exortar São Paulo: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força."
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Conclusão: Caríssimos, São Paulo nos exorta que como Ele suportou em seu corpo os sofrimentos de Cristo, nós também podemos suportar os mesmos; mas, sempre com a devida consolação do Senhor. Digamos, então, com Ele: "Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 14 de abril de 2019

DOMINGO DE RAMOS...


Homilia Dom de Ramos (Lc 19,28-40)(14.4.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, hoje começamos a semana santa com o Domingo de Ramos, nesse dia Jesus entra como rei triunfante em Jerusalém, mas já sabendo os sofrimentos e a morte pelos quais passará. De fato, tudo o que diz respeito aos acontecimentos do mistério de nossa salvação, ou seja, a Paixão, morte e ressurreição do Senhor, já haviam sido profetizados no Antigo Testamento e agora estão em pleno cumprimento.
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Então, quais lições aprendemos desses acontecimentos? Primeira, Deus enviou o Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo à nós como um de nós para que o conhecêssemos quem Ele é, como age e que tudo faz a nosso favor porque é amor e nos ama eternamente, como bem descreveu São João: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."
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Segunda, o mal não faz parte do Seu Reino e por isso, tiremos de nosso meio tudo o que há de mal; as armas para isto são as mesmas usadas por seu Filho, obediência total à Sua Vontade, confiança inabalável no Seu Poder, amor incondicional ao Seu querer. Em outras palavras, no que diz respeito à nós, isso significa, crer em Jesus Cristo, ama-lo como Deus sendo fiéis até o fim como Ele permaneceu fiel ao Pai.
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Conclusão: Caríssimos, sem dúvida alguma fazemos parte do Grande Mistério de Deus, da Sua Criação, da Redenção operada por Seu Filho, e da luta contra o mistério da iniquidade. É claro que racionalmente pouco entendemos de tudo isso; mas, para que vivamos segundo a Vontade do Pai, depois de Sua Ressurreição, o Senhor nos enviou o Seu Santo Espírito para permanecer conosco preparando a Sua segunda vinda.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 13 de abril de 2019

O ÓDIO DESTRÓI TODO BOM SENSO DO ENTENDIMENTO HUMANO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 10,31-42)(13.04.19)
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Caríssimos, como meditamos no Evangelho de hoje, tudo na pessoa de Jesus incomodava aqueles que estavam revestidos de autoridade, mas sem a devida coerência na prática dela; por isso, as palavras do Senhor, seus gestos e os sinais que revelavam sua divindade, eram para eles motivos para persegui-lo e assassina-lo. De fato, todos aqueles que recebem de Deus uma missão e não a cumprem fielmente, passam à servir ao mal por seus maus procedimentos.
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Com efeito, todo sistema religioso construído sobre o medo, sobre a norma pela norma, sobre a lei que não conduz a Misericórdia e ao Amor de Deus, tende a ser instrumento de opressão, como vimos nesse Evangelho de hoje, pois, tramaram matar Jesus, usando falsas alegações para justificar o cinismo de suas tramas. “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”.
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Ora, por que é tão difícil aos homens sair dos limites ideológicos que eles se impõem e que não lhes deixa viver a liberdade de filhos de Deus? Porque a fé não é uma filosofia de vida, não é uma teoria; mas, um dom do Espírito Santo que recebemos para nos relacionarmos com Deus face a face como filhos amados, tal como Jesus nos ensinou (cf. Mt 6,9-13); por ela adentramos no Seu Mistério de Amor, tornando real esse nosso acesso ao nosso Pai celeste.
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Conclusão: Caríssimos, não nos deixemos enganar, por traz de todas ações maléficas se encontra o inimigo de nossas almas; porém, temos que nos firmar no exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, que por seu sacrifício de cruz nos amou, abrindo-nos, com isso, as portas do Paraíso para gozarmos com Ele a felicidade eterna.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

E QUERIAM APREDEJAR JESUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 10,31-42)(12.04.19)
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Caríssimos, os homens que se entregam ao pecado não aceitam a verdade; e no caso do Evangelho de hoje tal pecado era o falso julgamento que faziam de Jesus, pois, o rejeitaram mesmo reconhecendo as boas obras que realizava. De fato, não acreditaram que Ele era o Messias, o Filho de Deus; pelo contrário, o acusaram de blasfêmia e queriam apredeja-lo; ora, quando isso acontece tais almas se tornam incapazes de reconhecer a verdade, e por consequência, de fazer a vontade de Deus.
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Com efeito, assim como naquele tempo, também em nossos dias muitos não acolhem Jesus nem a sua Palavra, porque querem que Ele se submeta aos seus critérios; e por isso, tentam à todo custo elimina-lo de suas vidas, mas não somente isso, o pior é que tantam também elimina-lo da vida dos outros, exatamente como o Senhor falou: "Não entram no Reino de Deus e nem querem deixar que os outros entrem."
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Por isso, nunca permita o pecado em sua vida, porque a grande tentação é esta, perder a fé pelo acúmulo de pecados que se carrega na alma, pois eles só causam aflições, tristezas, mal estar. Ora, o único meio de viver em em paz é ouvir o Senhor e segui-lo fielmente: "Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados."

Conclusão: Caríssimos, é triste o estado das almas que querem calar a voz da verdade ou a própria verdade em si mesmas; ora, isso é sinal de que escolheram seguir a trilha da mentira em todos os sentidos de sua vida, por isso, são tomadas pelo o ódio infernal que as devora tirando-lhes toda paz e alegria de viver.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

A FÉ QUE NOS LIBERTA PARA A VIDA ETERNA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 8,51-59)(11.04.19)
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Caríssimos, toda convicção firmada nas fragilidades humanas, tende a não confiar inteiramente na Providência Divina, que age sempre por meio da fé. Abraão, ao contrário, como vimos na primeira leitura, no seu diálogo com Deus, confiou prontamente nas Suas promessas mesmo vendo que suas capacidades eram mínimas, e por isso, o Senhor lhe deu a visão antecipada do cumprimento delas.
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Com efeito, vivemos num mundo cheio de contradições e incertezas advindas de nossas debilidades; e isso, de certa forma, gera um impacto negativo que tenta abalar a nossa fé. Por isso, como Abraão, precisamos nos manter fiéis em nosso diálogo permanente com o Senhor a fim de que realize em nossa vida todos os seus desígnios à nosso respeito.
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No Evangelho de hoje Jesus revela aos seus interlocutores que Abraão realmente viu o seu dia antecipadamente e se alegrou por isso, mas eles não acreditaram e ainda queriam apredreja-lo, chamando-o de blasfemo, ou seja, acreditavam mais nas convicções racionais que traziam em suas almas do que nas palavras de Jesus que lhes concedia a vida eterna.
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Conclusão: Caríssimos, que lição aprendemos nessa Liturgia de hoje? A fé no Senhor nos liberta para a vida eterna quando a vivemos como dom do Espírito Santo; quando não, ela é só convicção racional que aprisiona aqueles que a professam lhes tornando cegos e surdos espirituais repletos da rejeição a Deus.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

MUITO CUIDADO COM OS NOVOS ÍDOLOS DE NOSSA GERAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 8,31-42)(10.04.19)
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Caríssimos, quando não se vive em comunhão com a vontade de Deus expressa em Sua Palavra, na vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos exemplos de Sua Santa Mãe e de todos os santos, tudo se torna motivo de preocupação, medo, murmuração e outras coisas semelhantes, exatamente porque nos falta o essencial, isto é, a intimidade com o Senhor. Ora, Deus não está desligado de nós; nós é que nos desligamos Dele por nossas futilidades.
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De fato, vivemos tempos difíceis onde a tecnologia está ocupando o lugar da fé; hoje em dia quase tudo se pode fazer pelo celular, por isso, muitos já não têm tempo, por exemplo, para participar da Santa Missa, para ter vida de recolhimento e oração; muito menos para fazer uma profunda reflexão ouvindo a voz do Senhor e dialogando com Ele por meio das Sagradas Escrituras.
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E o resultado é um mundo stressado, mergulhado num barulho infernal, no hedonismo que é a busca do prazer instintivo, mas também nas vãs preocupações e incertezas, gerando incredulidade e a hipocrisia do nosso tempo, viver de aparências; carentes das virtudes do amor e da paz que só Deus nos pode dar.
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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. Portanto, Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
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Conclusão: Caríssimos, muito cuidado, porque o celular e as redes sociais são os principais ídolos de nossa geração querendo ocupar o lugar de Deus em nossas almas, tirando todo o tempo que deveríamos dar somente ao Senhor e não à eles.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 9 de abril de 2019

VOLTEMOS O NOSSO OLHAR PARA O SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 8,21-30)(09.04.19)
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Caríssimos, a liturgia de hoje versa sobre a insatisfação pessoal e coletiva quando não se vive segundo a Vontade de Deus. Ela nos mostra que para aqueles que insistem em viver sob o regime do pecado tudo se torna um fardo pesado até mesmo a liberdade que Deus lhes oferece em meio ao deserto deste mundo. De fato, a fé é um dom que Deus nos dá para nos relacionarmos com Ele e termos convicção de que não existe o impossível quando Nele confiamos.
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Ora, o que mais constrange um ser humano neste mundo é ser julgado como nada ou ninguém mesmo sabendo que é infinitamente mais do que o falso juízo de valor que dele fazem. Mas, e o que isso quer dizer? Quer dizer que jamais haverá um constrangimento maior do que o sofrido por Jesus que mesmo sendo Deus se humilhou e aceitou morrer no lugar daqueles que o assassinaram barbaramente.
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No Evangelho de hoje Jesus nos revela o terrível constrangimento pelo qual passará, mas que isso também será o motivo de sua vitória sobre o regime do pecado e o poder do inferno que tinha a morte como sua maior arma. Com efeito, por meio de sua morte de Cruz o Senhor derrotou para sempre o inimigo de nossas almas e o seu poder infernal, nos dando a vida eterna por Sua Ressurreição.
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Conclusão: Caríssimos, como batizados, é terrível constranger o Senhor por uma vida mergulhada no pecado mesmo sabendo que Ele morreu para nos livrar de todo o mal que o pecado nos causa. Todavia, confiantes na Sua Divina Misericórdia supliquemos por todos os que estão afastados do caminho da salvação para que retornem para uma vida de oração e penitência.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

QUEM NÃO AMA A VERDADE SE PERDE SEM ELA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 8,12-20)(08.04.19)
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Caríssimos, nada se pode dar a quem não quer receber; e quando esses são movidos pelo orgulho, soberba e prepotência, de pronto rejeitam a verdade e tudo o que ela lhes proporciona. Eis, então, o que escreveu São João à esse respeito: [Jesus] "Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus."
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A primeira leitura de hoje nos mostra que todos recebem os dons de Deus para agirem tal qual as virtudes que esses dons comportam para o bem de todos; no entanto, por negligência à essas graças recebidas muitos usam-nas para a própria ruína quando se deixam dominar pelos interesses mesquinhos ou desejos nefastos. Todavia, de uma coisa fiquemos certos, como vimos na história de Suzana, Deus sempre salva os que são perseguidos ou condenados injustamente.
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No Evangelho que meditamos hoje ouvimos Jesus dizer: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”; e por dizer isso foi logo contestado. Ora, Deus Pai ao longo dos séculos veio preparando um povo para receber o Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo; e mesmo com todas as evidências de Sua chegada, ainda assim foi rejeitado, perseguido e morto como se fosse um criminoso. Mas, Deus o ressuscitou dos mortos e o fez santar à sua direta, e lhe deu o poder de julgar os vivos e os mortos.
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Caríssimos, a verdade está escrita em nossas almas, ela é o código genético espiritual plasmado por Deus quando nos criou "à sua imagem e semelhança", por isso, é inegável. Quem age contra a verdade, só vive contrariado, perdido no triste labirinto existencial deste mundo sem esperança alguma; e isso acontece por causa dos pecados concentidos e praticados. Pois, todo pecado é uma ação contrária à verdade escrita na alma; e por isso, é uma ofensa contra Deus, à si mesmo e ao próximo. Por isso, peçamos ao Senhor, pela intercessão de Sua Mãe, Maria Santíssima, a graça de nunca mais pecar.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 7 de abril de 2019

NÃO CONDENES PARA NÃO SERDES CONDENADOS...


Homilia do 5°Dom da Quaresma (Jo 8,1-11)(07.04.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a causa da cegueira espiritual é a multidão de pecados que uma alma carrega em si e tendenciosamente os projeta nos outros, porque tudo encherga a partir dos pecados que carrega, por isso, nunca percebe a gravidade de seus atos, porque acha que está agindo certo acusando os outros. Pessoas que agem assim sofrem terrivelmente todo tipo de doenças psíquicas, porque no fundo se acham culpadas, mas, sem arrependimento cincero voltam a cometer os mesmos erros.
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De fato, quem vive para julgar e condenar os outros se esquerce de praticar as virtudes da misericórdia e do perdão e também que cometem os mesmos pecados ou ainda maiores, por isso, tornam-se ainda mais culpados por colaborarem com o espírito imundo de acusação. É bem como nos ensinou São Paulo: "Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles."
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Na primeira leitura de hoje o Profeta Isaías nos ensina por sua profecia que o Senhor faz nova todas as coisas e por isso nos pede para esquecer o passado e assim construir o futuro a partir do novo de Deus em nossa vida. Já na segunda leitura São Paulo nos ensina que o novo de Deus para a vida da humanidade é Cristo que por sua morte e ressurreição nos libertou do pecado, da morte e de todo o mal.
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Conclusão: Caríssimos, o Evangelho de hoje é um resumo de tudo o que foi dito a cima, pois, nos revela que Jesus veio ao mundo para que conhecêssemos quem Deus é realmente, como Ele age libertando à todos que Dele se aproximam mesmo aqueles que lhe querem por à prova para acusa-lo e condena-lo. E assim o Senhor nos dá a conhecer o novo que profetizou Isaías: "Nem eu te condeno vai e não peques mais." Ou seja, "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 6 de abril de 2019

É PRECISO RETORNAR AO SAGRADO CORAÇÃO MISERICORDIOSO DE JESUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 7,40-53)(06.04.19)
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Caríssimos, a razão humana que não se deixa conduzir pelo Espírito de Deus; torna-se intorpecida pelo espírito imundo da desobediência, e por isso, só emite juízos preconcebidos advindos de sua cegueira espiritual. De fato, os que agem desse modo, se tornam incapazes de acolher a verdade porque se deixaram dominar pelo espírito da maledicência que os envenena.

Com efeito, é triste o estado das almas habitadas pelos maus pensamentos, pois esses não lhes dão sossego, impondo-lhes tramas ardilosas para serem praticadas contra aqueles a quem chamam de adversários; ora, a liturgia de hoje está repleta destes maus exemplos; à começar pela primeira leitura onde o Profeta Jeremias recebe do Senhor a revelação de que seus perseguidores tramam intrigas contra ele com o intuito de destrui-lo.
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De igual modo, no Evangelho de hoje, os inimigos do Senhor usam e abusam de juízos preconceituosos e da prepotência religiosa que os domina tramando de como prende-lo para executar o terrível plano de assassina-lo, pelo fato de não aceita-lo como o Messias enviado por Deus para os salvar.

Caríssimos, pelo que meditamos até aqui compreendemos que o grande pecado da humanidade consiste em não amar Jesus e não acreditar Nele. Ora, quem não ama o Senhor e não o segue, comete toda espécie de pecados que vemos praticados na face da terra; e com isso, colaboram com o maligno que lhes está destruindo pelas maldades que praticam.
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Portanto, o único meio de salvação que o Senhor na Sua divina paciência dá à humanidade é o retorno ao coração misericordioso do Seu Filho amado, porque sem esse retorno nenhuma alma se salva. Destarte, peçamos a intercessão do Imaculado coração de Maria pela conversão dos pecadores e pela reparação das ofensas cometidas contra o Sagrado Coração misericordioso do Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

AINDA NÃO HAVIA CHEGADO A SUA HORA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 7,1-2.10.25-30)(05.04.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, ser cristão não é ser isento das tentações, mas, sim, vencer essas tentações mantendo a comunhão com Cristo dando a Ele o primeiro lugar em nossa vida, como Ele fez mantendo-se em comunhão com a vontade do Pai. Pois, uma das tentações mais frequentes que chega a nossa mente é querer pôr tudo e todos sob o nosso controle, e quem sabe até mesmo Deus, como vimos na primeira leitura de hoje. O resultado quando caímos nessa tentação é terrivelmente nefasto.
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Com efeito, viver em Cristo significa realizar em tudo a vontade do Pai, por meio da virtude da obediência e do amor incondicional a Ele, assim como nos ensinou São João: "Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele: aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu."
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Ora, todos os que servem ao Senhor, passam as tempestades e os desertos desta vida sem serem destruídos, mesmo que sofram os mais terríveis martírios por parte daqueles que se opõem à vontade de Deus, como vimos na história de Cristo e de todos os que lhe seguiram, pois quando um inocente é derrotado pelas formas do mal, é aí que se revela a Onipotência, a Onipresença e a Oniciência Divina, por isso, o inocente vence sempre.
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Conclusão: Caríssimos, pela experiência que temos com o Senhor para nos manter em estado de graça, percebemos que tudo neste mundo passa rumo ao infinito do seu amor, desse modo, quando chegar a nossa hora, como chegou a Sua (cf. Jo 12,23), seremos totalmente livres de todas as contrariedades deste mundo por permanecermos fiéis até o fim no cumprimento de Sua vontade.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

SOMOS TESTEMUNHAS DO FILHO DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 5,31-47)(04.04.19)
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Caríssimos, a verdade está sempre presente porque tudo quanto existe é obra sua e isso é evidente e incontestável. É bem como está escrito no Evangelho segundo São João: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito."

Dito isso, escutemos São Paulo na Carta aos Romanos: "A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade. Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o lêem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência."
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Ora, depois de meditarmos tudo isso, qual é a nossa postura diante do Senhor? Será uma postura de fé que acolhe sua Palavra pelo testemunho do Seu Filho e a põe em prática ou será de insensatos que ignoram a verdade para dar continuidade à insensatez dos pretensos "sábios" deste mundo? De fato, se a nossa resposta for a primeira opção estaremos de acordo com o que escreveu São Paulo aos Efésios: "Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos." (Ef 2,10).
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Caso contrário, pesará sobre nós a ira divina, pois ninguém se humilhou mais neste mundo do que Jesus Cristo (cf. Fl 2,5-11) para nos dar a felicidade eterna de sermos reconhecidos como filhos de Deus e vivermos essa dignidade como testemunho de sua presença em nossas palavras e ações. Pois somente assim compreendemos o que Ele nos ensina: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada. Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 2 de abril de 2019

A LÓGICA FARISÁICA X A LÓGICA DIVINA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Jo 5,1-16)(02.04.19)
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Caríssimos, a lógica farisáica é lógica mórbida, incoerente porque se muni do moralismo no que lhe convém para assim punir todos aqueles que não se encaixam em sua visão, ainda que estes sejam inocentes. Ela se faz presente em todos os tempos e em todas as camadas sociais, especialmente em nossos dias. De fato, no dia que o ser humano passar cinco minutos sem julgar nada nem ninguém, serão cinco minutos de paz, porque, com isso, impede as ações acusatórias do maligno.
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Na liturgia de hoje o Senhor nos mostra como agem os que são movidos por essa perversa lógica; pois estes seguem-no não para ama-lo e obedece-lo, mas para persegui-lo em todos os sentidos e em todas as suas ações. Por exemplo, no Evangelho de hoje Jesus cura um enfermo que há trinta e oito anos esperava por essa graça; no entanto à concedeu em dia de sábado e por isso foi perseguido mesmo tendo feito um bem enorme.
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Ora, a lógica divina da salvação é totalmente o contrário da lógica farisáica, ela dar a vida e o bem estar à todos, porque todos pertencemos a Deus; assim, tudo o que tenta impedir a felicidade que Deus nos dá em seu Filho, Jesus Cristo, revela a face tenebrosa da lógica farisáica que prefere a dureza punitiva da lei do que a misericórdia e o amor que a cumpre.
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Conclusão: Caríssimos, escutemos com atenção estas palavras de São Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção [e a morte]; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

FÉ E ESPERANÇA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 4,43-54)(01.04.19)
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Caríssimos, a esperança é um gozo antecipado da plenitude eterna que nos espera; digamos que ela é uma visão que o Senhor nos dá de nosso viver eterno na sua presença. Desse modo, compreendemos que ela é uma graça especial que reforça a nossa fé, para permanecermos firmes até o fim em nosso propósito de santidade, pois ela é como que nosso passaporte para entrarmos na sua glória.
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Na primeira leitura de hoje o Profeta Isaías alimenta as nossas almas com a esperança que o Senhor nos proporciona ao prometer-nos novos céus e uma nova terra; em outras palavras isso quer dizer: "Eis que eu renovo todas as coisas." De fato, este mundo está passando por um processo de renovação, e por isso, todos precisam se converter, isto é, deixar a via do pecado para retornar ao estado de graça, à comunhão com o Senhor; caso contrário, nada de bom se pode esperar, visto que o pecado é a raiz de todos os males.
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Com efeito, perder a esperança, é perder com ela o sentido da vida, é não crescer na fé, é se desligar do Senhor para viver sem rumo certo no deserto deste mundo tenebroso. No Evangelho de hoje um funcionário real procurou Jesus com a esperança da cura de seu filho, o Senhor o advertiu: “Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais”. Porém, lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”. Ele acreditou no Senhor e recebeu a graça que tanto desejava, e ainda a conversão de toda a sua família.
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Conclusão: Caríssimos, como vimos nesse episódio que acabamos de meditar, o dom da fé se faz presente em todos os seres humanos, pois todos somos obras das mãos de Deus, e Jesus confirma isso, dizendo: "Tudo é possível ao que crê." (Mc 9,23b). Portanto, a fé e a esperança que Dele recebemos nos faz seguros de suas promessas, de forma que por elas, Ele nos conduz à plenitude da vida eterna.

Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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