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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

RESPONDENDO AO CHAMADO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA

(Mt 4,18-22)(30/11/20) 

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Caríssimos nenhum de nós pode entender a cruz se não ama a Jesus de todo o coração e se não se deixa crucificar nela por amor a Ele sobre todas as coisas. Santo André foi o primeiro a ser chamado pelo Senhor e não mediu esforço para anuncia-lo ao seu irmão Simão Pedro e o conduzir à Ele. Conta a tradição que ele amou tanto o Senhor Jesus que se deixou crucificar numa cruz em forma de X porque simbolizava o nome de Cristo.

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Com efeito, a atração que Jesus exerce com a sua presença nos leva a segui-lo fielmente sem nunca duvidar de quem Ele é e o que reserva para nós que o seguimos. Viver na Sua presença, ouvi-lo e segui-lo como os Apóstolos o fizeram ao sentirem o seu chamado, é acolher o céu de sua vontade para cumprirmos todos os desígnios do Pai à nosso respeito, como Ele disse a Pedro e André: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”.

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São Paulo ao sentir o chamado e responder, assim se expressou: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." Ora, quem escuta a voz do Senhor e responde ao seu chamado, faz o mesmo caminho seguido-o fielmente e incondicionalmente. 

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Portanto, caríssimos, para entendermos melhor o chamado que o Senhor faz a cada um de nós, no próprio seguimento já está a missão, como lembra o Papa Francisco: "Não podemos esquecer; não é que na vida temos uma missão; a vida é missão." E acrescenta: "O desafio é se entregar de tal forma que a vivência do Evangelho nos identifique totalmente com Jesus Cristo. Assim como Ele se identificou com o Pai: "Quem me vê, vê o Pai. Eu e o Pai somos um." (Gaudate et exsultate N. 27-28).

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Destarte, como vimos no Evangelho de hoje, os Apóstolos não hesitaram em seguir Jesus prontamente, pois, suas palavras não deixavam dúvidas, ao contrário, lhes dava convicção, porque eram palavras de vida eterna. "Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram."

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 29 de novembro de 2020

VIGIAI...


 Homilia do 1°Dom do tempo do Advento (Mc 13,33-37)(29/11/20)

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Caríssimos já estamos vivendo em pleno tempo do Advento; sua característica principal é a espectativa da vinda de Jesus não mais como o pastor em busca das ovelhas perdidas; mas sim, como justo juiz que há de julgar os vivos e os mortos; felizes são aqueles que se mantém vigilantes esperando-o como único Senhor e Salvador de suas almas.

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Com efeito, a criação sem a presença de Jesus não passa da finitude que a caracteriza, porque somente Ele nos liberta de tudo o que nos oprime neste mundo. Na primeira leitura o Profeta Isaías reconhece diante do Senhor o estado pecaminoso em que vive o povo: "Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento."

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No Evangelho de hoje Jesus conta uma parábola nos mostrando que a atual situação da humanidade se assemelha à estória de um homem que fez uma viagem ao estrangeiro deixando aos seus comandados as tarefas que os prepara para a sua vinda, e acrescenta: "Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”.

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Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Estar atentos e vigilantes são os pressupostos para não continuar a “desviar para longe dos caminhos do Senhor”, perdidos nos nossos pecados e nas nossas infidelidades; estar atentos e ser vigilantes são as condições para permitir que Deus irrompa na nossa existência, para lhe restituir significado e valor com a sua presença cheia de bondade e ternura. 

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Maria Santíssima, modelo na expetativa de Deus e ícone da vigilância, nos guie ao encontro do seu Filho Jesus, revigorando o nosso amor por Ele. (Papa Francisco, Angelus, 03/12/17).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

sábado, 28 de novembro de 2020

VIGILÂNCIA E ORAÇÃO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,34-36)(28/11/20)

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Caríssimos, estamos nos aproximando do tempo do advento, tempo de preparação para à comemoração da primeira vinda de Jesus no Natal, e também já nos preparando para a Sua segunda vinda. Com efeito, como foi enfatizado por Ele neste Evangelho de hoje, a vigilância e a oração são exercícios fundamentais para o acolhemos e não sermos pegos de surpresa quando de Sua Parusia.

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Ora, como vimos na primeira leitura, a brevidade para que ocorra a renovação de todas as coisas, expressa o desejo e a vontade de Deus para que vivamos com Ele no esplendor da Sua Glória Eterna. Referindo-se a isso, escreveu são Pedro: "Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer, o Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam." (2Pd 3,8-9).

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O fato é que não podemos hesitar no cumprimento do que o Senhor Jesus nos ensinou: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.

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Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar a tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem”. Caríssimos, existe um ditado popular que muito nos ajuda à pôr em prática essas palavras do Senhor, diz ele: "Quem avisa do perigo amigo é."

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Destarte, a vigilância e a oração constantes, como vimos acima, são os meios mais eficazes de nos sentirmos seguros e protegidos frente à esses acontecimentos, cabe tão somente à nós o exercício dessas virtudes.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

NÃO SABEIS LER OS SINAIS DOS TEMPOS?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,29-33)(27/11/20)

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Caríssimos, todo espera é um ato de paciência, mas também de confiança inabalável, principalmente quando esperamos a realização das promessas de Deus. Ora, é vivendo esse mistério que interagimos com Ele e Ele conosco por meio da fé, isto porque, como nos ensinou são Paulo: "É em Deus que nós vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28a).

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São Pedro se referindo à essas promessas, escreveu: "O poder divino deu-nos tudo o que contribui para a vida e a piedade, fazendo-nos conhecer aquele que nos chamou por sua glória e sua virtude. Por elas, temos entrado na posse das maiores e mais preciosas promessas, a fim de tornar-vos por este meio participantes da natureza divina, subtraindo-vos à corrupção que a concupiscência gerou no mundo." (2Pd 1,3-4).

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"Na verdade, é feliz a espera dos justos, daqueles que aguardam "a esperança bendita e o advento da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" (Tt 2,13). "Onde está a minha esperança, diz o justo, senão no Senhor?" (Sl 38,8). E depois exclama: "Eu sei que não desiludirás a minha espera" (Sl 118,116).

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De fato, o meu ser já está perto de Ti, porque a nossa natureza, assumida por Ti e oferecida por nós, já foi glorificada em Ti. O que nos dá a esperança de que toda a carne venha a Ti (cf Sl 64,3). No entanto, é com confiança ainda maior que esperam o Senhor aqueles que podem dizer: "O meu ser está perto de Ti, Senhor, pois entreguei-Te todas as minhas riquezas; ao largá-las por Ti, juntei um tesouro no Céu (cf. Mt 6,20). (Beato Guerric de Igny - 1.º sermão para o Advento; PL 185,11)

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

PREPAREMO-NOS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,20-28)(26/11/20)

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Caríssimos, começo o pequeno sermão de hoje com estas palavras de são Paulo: "É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam." (1Cor 2,9). De fato, a esperança nessa promessa é o que mantém sempre viva a chama da nossa fé.

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Com efeito, essa liturgia de hoje nos mostra que sem dúvida alguma, o Senhor está passando este mundo à limpo, ou seja, está renovado todos as coisas como Ele mesmo prometeu (cf. Apo 21,5), pois, os pecados que aqui veem sendo praticados creio já estão passando dos limites da tolerância, isto é, a medida está mais que transbordante.

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O Evangelho desta liturgia se encerra com a seguinte sentença do Senhor Jesus: "Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.

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Ora, o Senhor não está ameaçando ou semeando o pavor, mas nos alertando para a necessidade de estarmos preparados, como bem escreveu são Pedro: "Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça.

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Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz." (2Pd 3,11-14). De certo, o amor de Deus por nós é infinito, e por isso, jamais nos abandonará, porque fomos resgatados pelo preciosíssimo sangue do Seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

QUANDO DECIDIMOS PELA SANTIDADE...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,12-19)(25/11/20)

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Caríssimos irmãos e irmãs, por mais tranquilos que vivamos nunca nos sentimos totalmente seguros, em especial nesse tempo de pandemia. Vivemos em meio à uma guerra espiritual dentro e fora de nós; e quando nos descuidamos dos exercícios da fé, logo a insegurança nos invade tentando arrefecer a nossa confiança no Senhor.

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Sentindo esse alvoroço em sua alma, eis o que escreveu são Cláudio de la Colombière em seu «Diário Espiritual»: "É estranha a quantidade de inimigos que temos de combater quando decidimos ser santos. Parece que tudo se desata: o demônio com os seus artifícios, o mundo com as suas atrações, a natureza opondo resistência aos nossos bons desejos; os elogios dos bons, as censuras dos maus, as solicitações dos tíbios.

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Quando Deus nos visita, temos de recear a vaidade; quando Ele Se retira, a timidez e o desespero podem suceder ao maior fervor. Os nossos amigos tentam-nos com a complacência que temos por eles; os indiferentes, com o receio de lhes desagradarmos. Em estado de fervor, tememos a indiscrição, na moderação, tememos a sensualidade, e o amor próprio espreita-nos por todos os lados.

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Que havemos, pois, de fazer? Uma vez que a santidade não consiste em ser fiel um dia ou um ano, mas em perseverar e crescer até à morte, convém sobretudo que Deus seja o nosso escudo, mas um escudo que nos rodeie, uma vez que somos atacados por todos os lados (cf Sl 90,4).

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Convém que seja Deus a fazer tudo; assim, não teremos receio de que nos falte seja o que for. Por nós, basta-nos reconhecer a nossa impotência e ser fervorosos e constantes em pedir socorro, por intercessão de Maria, a Deus, que nada recusa. E nem disto somos capazes, a não ser com uma grande graça, ou antes, com várias grandes graças de Deus."

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

DEUS NÃO ILUDE...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,5-11)(24/11/20)

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Caríssimos, a nossa vida normalmente segue em frente rumo a eternidade, é como se nós nos acomodássemos com a rotina que vivemos e pouco pensamos nas mudanças que são constantes; e enquanto não somos atingidos por algo ou alguma coisa que nos afete diretamente, agimos tão somente por nossa estreita razão do que pela fé que percebe as ações de Deus para muito além de nossa racionalidade.

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No Evangelho de hoje, "Jesus encontra-Se em Jerusalém, para a última e mais importante página da sua vida terrena: a sua morte e ressurreição. Está perto do templo, «adornado de belas pedras e de ofertas votivas» (Lc 21, 5). As pessoas estão precisamente a comentar as belezas exteriores do templo, quando Jesus diz: «Virá o dia em que de tudo isto que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra» (21, 6).

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Acrescenta que haverá conflitos, carestias, convulsões na terra e no céu. Jesus não quer assustar, mas dizer-nos que tudo aquilo que vemos passa inexoravelmente. Mesmo os reinos mais poderosos, os edifícios mais sagrados e as realidades mais firmes do mundo não duram para sempre; mais cedo ou mais tarde, caem.

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Na sequência destas afirmações, as pessoas colocam duas questões imediatas ao Mestre: «Quando sucederá isto? E qual será o sinal»? (21, 7). Quando e qual… Sempre somos impelidos pela curiosidade: quer-se saber quando e receber sinais. Esta curiosidade, porém, não agrada a Jesus. Pelo contrário, exorta a não nos deixarmos enganar pelos pregadores apocalíticos.

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Quem segue Jesus não presta ouvidos aos profetas da desgraça, à futilidade dos horóscopos, às pregações e às previsões que amedrontam, distraindo daquilo que conta. O Senhor convida a distinguir, dentre as muitas vozes que se ouvem, aquilo que vem d’Ele e o que vem do falso espírito. É importante distinguir entre o sábio convite que Deus nos dirige cada dia e o clamor de quem se serve do nome de Deus para assustar, sustentando divisões e medos.

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Com firmeza, Jesus convida a não temer perante os cataclismos de cada época, nem mesmo frente às provas mais graves e injustas que acontecem aos seus discípulos. Pede para perseverar no bem e colocar plena confiança em Deus, que não nos ilude. Deus não esquece os seus fiéis, a sua propriedade preciosa que somos nós." (Papa Francisco, homilia,(13/11/16)

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

É NA CONFIANÇA E SIMPLICIDADE QUE DEUS NOS REVELA A SUA VONTADE...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,1-4)(23/11/20)

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Caríssimos, facilmente nos acostumamos com as nossas ações, por isso, pouco percebemos as ações de Deus em nossa vida. Ora, isso acontece, de um certo modo, por causa de nossa Autossuficiência ao pensar que temos poder sobre nós mesmos, as pessoas e às coisas, quando na verdade não passamos de um simples sopro de vida.

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No Evangelho de hoje Jesus se encontra no templo com os Apóstolos e percebe como os ricos lançavam suas ofertas no tesouro do Templo até que avizinhou-se uma pobre viúva e lançou apenas as duas moedas que possuía, ao que o Senhor observou: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

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Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Deus não mede a quantidade, mas a qualidade, perscruta o coração e observa a pureza das intenções. Isto significa que o nosso “dar” a Deus na oração e ao próximo na caridade deveria evitar sempre o ritualismo e o formalismo, assim como a lógica do cálculo, e deve ser expressão de gratuidade, como Jesus fez por nós: salvou-nos gratuitamente; não nos fez pagar a redenção. E nós devemos realizar as coisas como expressão de gratuidade. 

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Eis por que Jesus indica aquela viúva pobre e generosa como modelo de vida cristã a imitar. Não sabemos o seu nome, mas conhecemos o seu coração — encontrá-la-emos no Céu e certamente iremos saudá-la — e é isto que conta aos olhos de Deus.

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Quando somos tentados pelo desejo de aparecer e de contabilizar os nossos gestos de altruísmo, quando estamos demasiado interessados no olhar dos outros e — permita-me a palavra — quando agimos como “pavões”, pensemos nesta mulher. Far-nos-á bem: ajudar-nos-á a despojar-nos do supérfluo para considerar o que conta verdadeiramente e a permanecer humildes."

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 22 de novembro de 2020

DONDE HÁ DE VIR A JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS...


 Homilia da Solenidade de Cristo Rei do Universo (22/11/20)

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Caríssimos, como entender que Cristo é o Rei do Universo num mundo aparentemente dominado pelo pecado? Para responder a essa pergunta é necessário primeiro responder quem é que permitimos reinar em nossa vida. Ora, nas almas que não permitem o reinado de Cristo, impera o pecado e todo o mal que o pecado gera.

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No Evangelho segundo Mateus, o Senhor Jesus nos ensina que "se conhece a árvore pelos frutos que ela dá." Desse modo, compreendemos que os frutos dos que participam do Seu Reinado são frutos de felicidade, de paz interior, e da alegria de viver a fé partilhando essas graças com aqueles com quem convivemos em meio às provações deste mundo (cf. At 14,22).

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O Evangelho de hoje narra a parábola do juízo final na qual Jesus, o justo juiz, se identifica com os necessitados de alguma ajuda, dizendo: "Pois, eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’."

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Com efeito, diante de tais critérios, o Senhor considera justos aqueles que sem pretensões ou interesses praticam essas obras de misericórdia, o encontrando nos que delas necessitam. Por outro lado, são reprovados os que mesmo podendo, se fecharam em si mesmos e nada fizeram para o ajudar naqueles que deles precisaram.

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Portanto, caríssimos, supliquemos ao Senhor que nos conduza durante o tempo que ainda temos neste mundo nos dando o discernimento e a graça de poder ajudar aqueles nos quais ele se faz presente de uma forma totalmente diferente daquela que aos olhos dos incrédulos, dos indiferentes e dos que buscam as vantagens deste mundo, jamais ele poderia estar.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 21 de novembro de 2020

FESTA DA APRESENTAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA...


 Festa da apresentação de nossa Senhora (Mt 12,46-50)(21/11/20)

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Caríssimos, Maria Santíssima é aquela que reflete em toda sua plenitude a Luz da verdade, Cristo Jesus, como Ele mesmo disse: "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." De fato, Maria Santíssima foi escolhida entre todas as mulheres da terra para ser a Mãe do Filho de Deus Altíssimo e também por Ele, ser a nossa Mãe.


Nenhuma vocação se compara à sua, pois, é como ela mesma cantou: "O Senhor fez em mim maravilhas e Santo é o Seu Nome." De fato, o que nela se consumou jamais se repetirá, tudo o que aconteceu depois do nascimento do seu Filho, Jesus Cristo, é consequência do seu sim; em suma, nela se cumpriu todas as promessas e de todas as profecias do Antigo Testamento.

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No Evangelho de hoje, Jesus confirma essa verdade dizendo que todos os que cumprem a vontade do Pai, são sua mãe, seus irmãos e irmãs, isto é, fazem parte de sua família divina. De fato, com o nascimento do Filho de Deus, toda a criação foi renovada, pois Ele faz nova todas as coisas(cf. Ap 21,5); e como foi dito acima, tudo isso teve início com o sim de Sua Mãe.

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Caríssimos, a festa da apresentação de Maria no templo que hoje celebramos, remonta a prática religiosa hebraica; pois, apresentar a Deus os filhos e filhas pós nascimento é uma consagração à Ele, na certeza que todos lhe pertencem. Maria e José fizeram o mesmo com Jesus para cumprir a Lei do Senhor, que o recebeu no Templo por meio do sacerdote Simeão.

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De igual modo também o nosso batismo significa não só essa apresentação, mas também o novo nascimento na ordem da graça para a vida eterna.

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Paz e Bem!


Frei Fernando Maria OFMConv. 

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

"A CASA DE MEU PAI É CASA DE ORAÇÃO"


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,45-48)(20/11/20).

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Caríssimos, neste vale de lágrimas, neste lugar de tormentos, devido aos pecados aqui praticados, os homens estão perdendo o sentido e o respeito de tudo o que é Sagrado, por isso, não suportam os lugares santos, as coisas santas, as pessoas consagradas a Deus, porque se afastaram do Senhor tornado-se inimigos da fé.

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Por outro lado, existem aqueles que fazem da fé um verdadeiro comércio, vendem de tudo até a própria alma, por anunciarem à si mesmos e não a Cristo. Bem como escreveu são Paulo: "Proclamam que conhecem a Deus, mas na prática o renegam, detestáveis que são, rebeldes e incapazes de qualquer boa obra." (Ti 1,16). Por isso, vão de ruína em ruína e jamais verão a Deus. (cf. Fl 3,18-19).

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O Evangelho de hoje narra a purificação do Templo em que Jesus expulsa os que faziam dele uma casa de comércio: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. O Papa Francisco ao comentar esse Evangelho, disse: "Jesus ao expulsar os comerciantes do templo: "purifica o templo". Assim o Senhor torna o templo "como deve ser: puro, só para Deus e para o povo que vai rezar."

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Mas, e nós, como podemos purificar o templo de Deus? A resposta está em três palavras que podem ajudar-nos a compreender: vigilância, serviço, gratuidade. Antes de tudo vigilância no templo do nosso coração: devemos prestar atenção ao que acontece lá, estar atentos porque é o templo do Espírito Santo.

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Depois serviço aos necessitados. Serviço inclusive aos famintos, aos doentes, aos presos, aos que têm necessidade porque ali está Cristo», sempre com a certeza de que «o necessitado é o templo de Cristo. O terceiro ponto é a gratuidade no serviço que se oferece nas nossas igrejas: igrejas de serviço, gratuitas, como foi gratuita a salvação, e não “igrejas-supermercado”.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria, OFMConv.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

JESUS CHORA POR JERUSALÉM...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,41-44)(19/11/20)

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Caríssimos na vida estamos sempre encontrando ou visitando alguém ou alguma lugar, porém, esses encontros podem ser ao acaso ou pré-determinados; por interesse ou sem pretensões; podem ser repletos de alegria ou não; podem gerar paz ou desconforto de acordo com o grau de receptividade dos envolvidos.

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Com efeito, sobre a visita que o Senhor faz à cada um dos nós, disse o Papa Francisco: "Eis então o ensinamento para cada homem: quando o Senhor nos visita dá-nos a alegria, ou seja, leva-nos para um estado de consolação, leva-nos a ceifar na alegria, doa consolação espiritual.

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É possível ter momentos mais débeis, momentos mais fortes deste encontro, mas o Senhor sempre nos fará sentir a sua presença, sempre, de uma forma ou de outra. E, quando vem com a consolação espiritual, o Senhor enche-nos de alegria.

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Por conseguinte, é preciso esperar esta alegria, esperar esta visita, e não, como pensam muitos cristãos, esperar só o céu. Na terra, que esperas? Não queres encontrar-te com o Senhor? Não queres que o Senhor te visite na alma e te conceda a beleza da consolação, da felicidade da sua presença? 

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A pergunta sucessiva então é: Como se espera a consolação? A resposta é: Como aquela virtude humilde, a mais humilde de todas: a esperança. Espero que o Senhor me visite com a sua consolação. É necessário pedir ao Senhor que se deixe ver, se deixe encontrar.

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É preciso preparar-se, porque o cristão é um homem, uma mulher, em tensão rumo ao encontro com Deus», rumo à consolação que este encontro proporciona. E se não for assim: é um cristão fechado, um cristão colocado no armazém da vida; não sabe o que fazer."

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

A CONVERSÃO DE ZAQUEU...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,1-10)(17/11/20)


Caríssimos, a liturgia de hoje nos mostra que mesmo nos que estão afastados da graça de Deus, existe uma pré-disposição para a conversão, isto porque o mal que praticam lhes tira a paz e a alegria de viver. De fato, toda pessoa que pratica o mal vive mergulhada na infelicidade que o mal gera. Como vimos na primeira leitura: "Tens fama de estar vivo, mas estás morto. Acorda! Reaviva o que te resta, e que estava para se apagar!"

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O Santo Padre, o Papa Francisco, ao discorrer sobre esta liturgia, disse: "O Evangelho de hoje apresenta-nos um episódio acontecido em Jericó, quando Jesus chegou à cidade e foi acolhido pela multidão (cf. Lc 19, 1-10). Em Jericó vivia Zaqueu, o chefe dos «publicanos», ou seja, dos cobradores de impostos.

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Com efeito, o Evangelho narra que, quando Jesus o chamou, «todos murmuravam: “Ele vai hospedar-se na casa de um pecador” (v. 7). O povo considerava-o um ladrão, que se enriqueceu à custa dos outros. E se Jesus tivesse dito: “Desce tu, explorador, traidor do povo! Vem falar comigo para ajustar as contas!”. Certamente o povo teria aplaudido. Ao contrário, começaram a murmurar: “Jesus vai à casa dele, do pecador, do explorador”».

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Ora, mas o olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos. Isto é importante! Devemos aprendê-lo. O olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos; ele vê a pessoa com os olhos de Deus, que não se detém no mal passado, mas entrevê o bem futuro; Jesus não se resigna aos fechamentos, mas sempre abre novos espaços de vida; não se detém nas aparências, mas olha para o coração. 

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Por vezes, procuramos corrigir ou converter um pecador repreendendo-o, criticando os seus erros e o seu comportamento injusto. A atitude de Jesus com Zaqueu indica-nos outro caminho: o de mostrar a quem erra o seu valor, aquele valor que Deus continua a ver não obstante tudo, apesar de todas as nossas faltas.

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A Virgem Maria nos ajude a ver o bem que há nas pessoas que encontramos todos os dias, a fim de que todos sejamos encorajados a fazer sobressair a imagem de Deus impressa no seu coração. E assim podemos rejubilar pelas surpresas da misericórdia de Deus! O nosso Deus, que é o Deus das surpresas!"

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

COMO NOS ENCONTRAMOS COM O SENHOR?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 18,35-43)(16/11/20)


Caríssimos se tem algo na vida com o qual nos identificamos de imediato, esse algo se chama necessidade; de fato, todos sem exceção somos necessitados, e de acordo com as capacidades que recebemos de Deus, procuramos supli-las, mas nem sempre é possível, por isso, precisamos das Suas graças e da solidariedade uns dos outros para o suprimento delas.

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Com efeito, nas duras experiências do dia a dia com as quais nos confrontamos, temos a oportunidade de encontrar o Senhor Jesus, reconhecer o seu poder, expor as nossas misérias e encontrar Nele a solução para elas. É bem o que vemos no episódio do Evangelho de hoje em que o cego de Jericó encontra Jesus em meio a multidão e lhe expõe a sua frágil condição.

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Nos chama a atenção alguns detalhes desse encontro: o cego nada tinha além de uma velha capa surrada; era um simples pedinte sentado à beira da estrada; sente o rumor da multidão e é informado sobre a presença de Jesus, expõe-lhe a sua miséria com a fé e a esperança de ser atendido e imediatamente o foi.

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Ora, de acordo com esse exemplo que o Senhor nos dá à meditar, podemos perguntar: em nossas necessidades como nos apresentamos diante do Senhor? O cego se apresenta com uma oração fervorosa e perseverante; por isso, não dá ouvidos à pressão daqueles que queriam impedir o seu encontro com o Senhor; pede perdão, mas de imediato escuta o Senhor, expõe o seu desejo confiante, e logo obtém a graça por sua fé e profunda humildade.

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Conclusão: Caríssimos, rezar não é só pedir algo a Deus, mas sim querer que se realize somente a sua santa vontade em nossa vida; pois, nesse exemplo que meditamos, o cego, são e salvo, continuou seguindo Jesus e não mais voltou à sua velha condição, ou seja, o Senhor sempre nos dá uma nova condição a cada momento que o encontramos em nossa oração.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 14 de novembro de 2020

QUANDO O FILHO DO HOMEM VIER ANCONTRARÁ FÉ NA TERRA?

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 18,1-8)(14/11/20)

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Caríssimos por não conhecer todas as coisas e pela necessidade de tal conhecimento, para melhor interagir com elas, o ser humano está sempre se interrogando, inquirindo, avaliando para assim exercer sua autoridade sobre a criação natural recebida de Deus quando nos criou por amor e nos deu tal encargo (cf. Gn 1,26). 

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É certo que a fé natural interagindo com a razão nos ajuda, mas não o suficiente, por isso, precisamos da fé dom do Espírito Santo com a qual conhecemos a Deus e nos relacionamos com Ele na intimidade de nossas almas, pois, a Ele pertence todas as coisas, das quais é o Criador e único Senhor.

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No Evangelho de hoje são Lucas nos apresenta, por meio da parábola do juiz iníquo e de uma viúva que insistentemente lhe pede justiça, dois fatores fundamentais para a prática da fé como dom do Espírito Santo e da verdadeira paz entre nós: oração e perseverança, pois, rezar é encontrar Deus e interagir com Ele, e quando o fazemos com perseverança alcançamos todas as graças.

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Com efeito, no final dessa parábola Jesus nos faz uma pergunta enigmática que até que Ele venha precisamos responder, pois, nesta pergunta se encontra a afirmação da Sua vinda: "Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” De fato, se examinarmos as circunstâncias atuais veremos que os interesses humanos estão muito distantes da vontade de Deus.

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Portanto, caríssimos, escutemos o Senhor e ponhamos em prática às Suas palavras: "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos." (Mc 8,36-38).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.
 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

SEM A OBEDIÊNCIA NÃO SE PODE CHEGAR AO CÉU...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,26-37)(13/11/20)

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Caríssimos, a lógica divina é sempre o inverso da lógica humana, pois, na lógica divina o que conta é o amor com que se ama, ainda que se perca tudo até mesmo a própria vida; enquanto que na lógica humana o importante é ganhar, custe o que custar; ou seja, é a lógica do levar vantagem em tudo, por isso, quem se move por essa lógica vive ao seu modo e não segundo a vontade de Deus.

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No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos exorta à sermos atentos e vigilantes em preparação para a sua vinda que pessoalmente pode acontecer a qualquer momento; e é aqui que se põe em prática a lógica divina, e não a lógica humana, como o Senhor nos alertou: "Quem procura ganhar a sua vida vai perde-la; e quem a perde [por amor à mim e ao Evangelho] vai conserva-la."

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De certo, para que tenhamos maior compreensão da necessidade dessa preparação, o Senhor nos mostrou os exemplos de Noé e de Ló, em que por falta de vigilância e obediência às suas advertências, os homens foram destruídos pelo dilúvio e pelo fogo e enxofre que os atingiu por causa dos inúmeros pecados que praticavam. 

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Com efeito, quem usa o tempo e as capacidades recebidas para pecar, não tem tempo para Deus nem para se preparar para o devir. De fato, até quando o limite de nossa impotência suportará? Isto porque por nós mesmos não passamos de um sopro. Ora, quem ama a Deus e faz a sua vontade, não tem tempo para pensar no pecado nem para pratica-lo.

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Portanto, caríssimos, não façamos como a mulher de Ló que por falta de obediência à advertência dos santos anjos se tornou uma pedra de sal; logo, tiremos desse episódio uma lição: a curiosidade mata quem não leva em conta as duras consequências da desobediência.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O DOM DE AGRADECER...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,11-19)(11/11/20)

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Caríssimos muitas são as graças derramadas por Deus em nossas almas a cada momento; porém, quantos de nós reconhecemos, louvamos e agradecemos ao Senhor por Sua bondade, por Seu Infinito amor? É justo saber receber, mas façamos isso reconhecendo que tudo o que recebemos são dádivas da Divina Providência que jamais desampara os que nela esperam e confiam.

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Na primeira leitura, são Paulo nos exorta a respeito da maior de todas as graças que recebemos: "Mas um dia manifestou-se a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor pelos homens: Ele salvou-nos não por causa dos atos de justiça que tivéssemos praticado, mas por sua misericórdia; quando renascemos e fomos renovados no batismo pelo Espírito Santo, que ele derramou abundantemente sobre nós por meio de nosso Salvador Jesus Cristo. Justificados, assim, pela sua graça, nos tornamos na esperança herdeiros da vida eterna."

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Discorrendo sobre o dom de agradecer, disse o Papa Francisco: "Como é importante saber agradecer, saber louvar por tudo aquilo que o Senhor faz por nós. Muitas vezes consideramos tudo como se nos fosse devido! E isto também acontece [no nosso relacionamento] com Deus.

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É fácil ir ter com o Senhor para Lhe pedir qualquer coisa, mas voltar para Lhe agradecer... [Nem sempre isso acontece como vimos no Evangelho de hoje.] Por isso Jesus sublinha fortemente a falta dos nove leprosos ingratos: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» (Lc 17, 17-18).(Papa Francisco, homilia, 9/10/16).

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Portanto, caríssimos, o dom de agradecer a Deus por tudo é próprio de quem o ama e reconhece de que sem Ele nada existiria e nenhum de nós seria coisa alguma. De fato, Ele nos amou primeiro mesmo sem merecermos por causa dos nossos pecados. Todavia, por sua Divina misericórdia nos assiste e nos acompanha pacientemente até que correspondamos devidamente ao seu infinito amor.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

O QUE SIGNIFICA SERMOS SERVOS INÚTEIS?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,7-10)(10/11/20)


Caríssimos irmãos e irmãs, a liturgia diária que meditamos é plena de ensinamentos que nos preparam para a vida presente, mas também para o devir eterno, contanto que sirvamos o Senhor Jesus pondo em prática o que Ele nos ensina para colhermos os frutos da sua vontade divina à qual realizamos a cada passo dado para a glória do seu Reino.

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Ora, quem vive sem um sentido para viver, vive à esmo, isto é, sem um fundamento, sem um horizonte que lhe aponte um futuro promissor e feliz. Todos nós que recebemos o batismo, seguimos nosso Senhor Jesus Cristo, é Ele o nosso único sentido de ser, é Ele o nosso presente e o nosso futuro, enfim, para nós Jesus é tudo.

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Com efeito, viver para servir, é um dos ensinamentos mais frequentes nas Sagradas Escrituras. De fato, ocupar-se do bem que Deus nos dá para multiplica-lo ao infinito, é sentir-nos livres, ou seja, é termos a mesma postura dos "servos inúteis" do Evangelho de hoje, os quais não buscam vantagens pessoais, nem grandezas ou reconhecimentos, mas apenas a alegria de servir sem pretensões, porque é ao Senhor a quem servem. 

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Portanto, caríssimos, "qualquer que seja a tarefa, pequena ou grande, que tivermos empreendido, em corrida incessante e num desejo inextinguível dos bens eternos, suportemos todas as coisas com valentia e bom humor, realizemos todas as coisas por inspiração divina, perdoando-nos mutuamente (cf Ef 4,32; Col 3,13), cheios de ternura uns pelos outros, a ponto de cada um desejar dar a própria vida (cf 1Tess 2,8) pelo seu irmão, no espírito e na carne.

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E, se o Filho único de Deus nos convida e nos persuade a agir desta maneira - Ele que, por obediência a Deus Pai, Se aniquilou a um grau infinito de abaixamento, a ponto de ter passado de senhor a escravo, Ele que conheceu a morte, e morte de cruz (cf Fil 2,8) -, que grande alegria para nós, pecadores, que satisfação inesgotável e inefável!" (São Teodoro Estudita) Servi-lo neste mundo junto àqueles com quem caminhamos ao seu encontro na vida eterna.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SÃO JOÃO DE LATRÃO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 2,13-22)(09/11/19)


Caríssimos, hoje celebramos a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, igreja mãe de toda a catolicidade. "Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu-se à Igreja de Rito romano, com o fim de honrar a Basílica que é chamada “mãe e cabeça de todas as igrejas da Urbe e do Orbe(de Roma e do mundo) e como sinal de amor e unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu Santo Inácio de Antioquia, “preside a assembleia universal da caridade”.

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As leituras de hoje nos revelam que a Igreja não é um simples organismo humano, porque sua origem é Divina; pois, nasce das Palavras de Jesus: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." (Mt 16,18-19). 

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No Evangelho de hoje o Senhor Jesus compara o Templo de Jerusalém ao seu próprio corpo, nos mostrando com isso, que também nós somos templos vivos onde Deus habita, ou seja, somos um grande mistério do amor de Deus destinados à ressurreição, à vida eterna. Revelando isso, disse o Senhor: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." (Jo 14,23). 

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Ora, isso significa que a obediência ao Senhor, torna as nossas almas Templos vivos da Santíssima Trindade. São João na sua primeira carta escreveu: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro." (1Jo 3,1-3).

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Portanto, caríssimos, tratemos de amar e respeitar nossos corpos como templos santos do Senhor, para isto, meditemos com atenção esta exortação de são Paulo: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5,1-2).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 8 de novembro de 2020

VIGIAI PORQUE NÃO SABEIS NEM O DIA NEM A HORA...


 Homilia do 32°Dom (tempo comum) (Mt 25,1-13)(08/11/20)

Caríssimos a liturgia deste domingo nos chama a atenção para o tema da vigilância ou preparação. No Evangelho de hoje Jesus conta a parábola das dez virgens convidadas para participar das núpcias de um noivo, cinco delas estavam preparadas com as lâmpadas acesas e óleo de reserva; as outras cinco por imprudência se esqueceram do óleo.

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Ora, para entendermos melhor essa parábola façamos uma analogia: as dez virgens representam a humanidade convidada para as núpcias de Jesus no Reino dos céus, todos os homens e mulheres, quais as virgens da parábola, somos os convidados e já estamos à caminho; o nosso viver é o meio onde nos preparamos para esse encontro.

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Por isso, precisamos nos perguntar, como nos preparar devidamente? Comentando sobre essa preparação, disse o Papa Francisco: "A lâmpada é o símbolo da fé que ilumina a nossa vida, enquanto o óleo é o símbolo da caridade que alimenta, que torna fecunda e credível a luz da fé. A condição para estarmos prontos para o encontro com o Senhor não é apenas a fé, mas uma vida cristã rica de amor e de caridade pelo próximo.

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Se nos deixarmos guiar por aquilo que parece mais cômodo, pela busca dos nossos interesses, a nossa vida torna-se estéril, incapaz de dar vida aos outros, e não acumulamos reserva alguma de óleo para a lâmpada da nossa fé; e ela — a fé — apagar-se-á no momento da vinda do Senhor, ou ainda antes.

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Ao contrário, se formos vigilantes e procurarmos praticar o bem com gestos de amor, partilha e serviço ao próximo em dificuldade, poderemos permanecer tranquilos enquanto esperamos a vinda do esposo: o Senhor poderá chegar a qualquer momento, e nem sequer o sono da morte nos apavora, porque dispomos de uma reserva de óleo, acumulada com as boas obras de todos os dias. A fé inspira a caridade, e a caridade preserva a fé."

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 7 de novembro de 2020

DEUS, NOSSO PAI, É O NOSSO MAIOR TESOURO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,1-8)(07/11/20)

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Caríssimos a nossa liberdade de ser e estar no mundo só é plenamente liberdade quando a vivemos para o Reino de Deus, ou seja, este mundo é o campo onde a plantamos por meio das virtudes e das obras de misericórdia. Porém, precisamos entender que todas as tentações que chegam à nossa mente são artimanhas do maligno, que se postas em prática, levam à perda da liberdade.

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Esta liturgia de hoje trata de uma das tentações mais constantes, o apego aos bens transitórios ou materiais rias que constitui uma pedra de tropeço para aqueles que neles confiam sem ter em conta que o chamado do Senhor consiste em renunciar à tudo e a nós mesmos para segui-lo. Sem isso não somos dignos de ser seus discípulos.

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No Evangelho de hoje disse Jesus: "Ninguém pode servir a dois senhores: porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Ou seja, o Senhor nos ensina a sermos discípulos livres da ganância, do apego ao dinheiro, para assim sermos ricos diante de Deus. Também nos ensina uma pequena regra de vida: sermos honestos e precisos tanto nas pequenas coisas, como nas grandes.

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Com efeito, "Ele também nos pede para vivermos como se as coisas que fazemos fossem as mais importantes do mundo sabendo que nada há de inútil aos olhos de Deus, nem mesmo no trabalho às vezes chato, ou nos afazeres da casa, ou ainda no esforço que fazemos para suportar um trabalho difícil; se feitos com cuidado, eles se tornam um esplêndido testemunho de nossa fé." (Dom Armando Bazzicalupo).

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Portanto, caríssimos, neste mundo tecnológico, "o que conta para os homens, e para os fariseus em particular, é ter, poder e aparecer cada vez mais. Esses são os ídolos que ocupam o lugar de Deus, tornando os homens gananciosos e hipócritas. Devemos, pois, fazer uma escolha clara e corajosa por Jesus, sacudindo esse lastro pesado que impede o caminho para Deus, nosso Pai, verdadeiro tesouro, que não se corrompe e nem se esgota." (Mons. Angelo Spina).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

RECEMOS A GRAÇA PARA VIVERMOS EM ESTADO DE GRAÇA...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 16,1-8)(Mt 06/11/20

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Caríssimos, temos consciência da nossa finitude e fragilidade; todavia, somos capazes de grandes proezas, mas também dos piores pecados, dependendo apenas de nossas escolhas e decisões. Com efeito, fomos chamados por Deus em Cristo Jesus para sermos santos e irrepreensíveis aos seus olhos, mas nem todos correspondem à esse chamado.

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No Evangelho de hoje Jesus conta uma parábola desconcertante em que um patrão elogia seu administrador desonesto por sua esperteza, porém, faz uma séria advertência: "Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. De fato, recebemos todas as graças necessárias para nossa salvação, mesmo assim muitos deixam de lado essas graças para viverem em estado de pecado mortal.

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Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Hoje Jesus leva-nos a refletir sobre dois estilos de vida opostos entre si: o mundano e o evangélico. O espírito do mundo não é o espírito de Jesus. E fá-lo mediante a narração da parábola do administrador infiel e corrupto, que é elogiado por Jesus não obstante a sua desonestidade.

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É necessário esclarecer imediatamente que este administrador não é apresentado como modelo a seguir, mas como exemplo de astúcia. E come si manifesta a mundanidade? A mundanidade manifesta-se com atitudes de corrupção, de engano e de opressão, constituindo o caminho mais errado, a senda do pecado, porque uma leva à outra! É como uma corrente, não obstante geralmente — é verdade! — seja o caminho mais fácil de percorrer.

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À esta astúcia mundana nós somos chamados a responder com a astúcia cristã, que constitui um dom do Espírito Santo. Trata-se de se afastar do espírito e dos valores do mundo, que tanto agradam ao diabo, para viver segundo o Evangelho. 

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O espírito do Evangelho exige um estilo de vida sério — sério mas alegre, repleto de júbilo! — sério e exigente, caracterizado pela honestidade, pela justiça, pelo respeito dos outros e da sua dignidade, pelo sentido do dever. Eis no que consiste a astúcia cristã!"

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Paz e Bem!


Frei Fernando Maria OFMConv.

ESTAMOS NO TEMPO DA MISERICÓRDIA DO SENHOR...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 15,1-10)(05/11/20)


Caríssimos existe um ditado popular que diz: "o mundo é dos espertos", em outras palavras, o mundo é daqueles que procuram levar vantagem em tudo, ou seja, tudo fazem visando os interesses pessoais, principalmente na política e nas relações comerciais em que Mamon (ganância, avareza) passou a ser o deus dos que agem assim.


Com efeito, muitas almas estão se perdendo por buscarem as vantagens deste mundo se esquecendo que tudo o que acumulam não passa de cinza, bem como Jesus nos ensinou: "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?" E ainda: "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu...

Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração." (Mt 6,19-21).


No Evangelho de hoje, "os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Em resposta o Senhor lhes contou a parábola da ovelha perdida que o Pastor vai em busca deixando as noventa e nove no redil. Ora, é assim a misericórdia do Senhor para conosco, dando sempre a graça do retorno às ovelhas que se perderam.


De fato, quando vivemos intensamente nossa comunhão com o Senhor quais ovelhas resgatadas por Ele, jamais desejamos nos afastar da Sua companhia e do Seu cuidado, bem como canta o salmista: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome." (Sl 22,1-3).


Por fim, meditemos com estas palavras do Santo Padre, o Papa Francisco: "Todos estamos avisados: a misericórdia pelos pecadores é o estilo com que Deus age, e a esta misericórdia Ele é absolutamente fiel: nada e ninguém poderá desviá-lo da sua vontade de salvação. Deus não descarta pessoa alguma; Deus ama todos, procura todos: um por um! Ele não conhece a expressão «descartar as pessoas», porque Ele é todo amor e todo misericórdia." (Papa Francisco, audiência geral, 4/5/16).


Paz e Bem!


Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

POSTURA E DINÂMICA DOS DISCÍPULOS DE CRISTO...

 


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,25-33)(04/11/20)

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Caríssimos todos os bens e valores culturais, familiares e materiais somente em Cristo recebe seu verdadeiro sentido de ser em nossa vida; caso contrário, tudo isso passa a ser impecilho e motivo de apegos, disputas, intrigas, desamor e tantas outras imperfeições que deformam o perfeito sentido das obras de Deus.

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Perguntemos à nós mesmos, à que coisas ou pessoas nos apegamos? Internet, redes sociais, times de futebol, televisão, artistas; o culto à si mesmo, o desejo de aparecer; apegos materiais; apegos familiares, e tantos outros apegos, os quais se tornam pedra de tropeço no nosso relacionamento com Deus, isto porque ocupam o tempo e o espaço em nossa vida que deveria ser somente de Deus.

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Ora, no Evangelho de hoje Jesus nos apresenta a postura e dinâmica dos seus verdadeiros seguidores: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo."

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Discorrendo sobre esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Seguir Jesus não significa participar num cortejo triunfal! Significa partilhar o seu amor misericordioso, entrar na sua grande obra de misericórdia para cada homem e para todos os homens. A obra de Jesus é precisamente uma obra de misericórdia, de perdão, de amor! Como Jesus é misericordioso! E este perdão universal, esta misericórdia, passa através da cruz.

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O discípulo de Jesus renuncia a todos os bens porque encontrou n’Ele o Bem maior, no qual qualquer outro bem recebe o seu pleno valor e significado: os vínculos familiares, as outras relações, o trabalho, os bens culturais e econômicos e assim por diante. O cristão desapega-se de tudo e encontra tudo na lógica do Evangelho, a lógica do amor e do serviço. (Papa Francisco, Angelus, de 8/9/13).

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Destarte, meditemos com estas palavras de Santa Teresinha do menino Jesus: "Permaneçamos, pois, longe de tudo o que brilha, amemos a nossa pequenez, amemos não sentir nada, e seremos pobres em espírito e Jesus virá procurar-nos; por mais longe que estejamos, Ele nos transformará em labaredas de amor." (Santa Teresinha, Carta 197 de 17/9/1896).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

HOMILIA DOS FIÉIS DEFUNTOS...


 Homilia da Recordação dos fiéis Defuntos (Jo 6,37-40)(02/11/20).

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Caríssimos hoje a Igreja celebra a memória de todos os fiéis defuntos e com essa lembrança duas coisas nos recorda: a primeira é que todos morremos um dia, porém, a morte não é o fim, mas sim o início da eternidade; a segunda é que pela infinita misericórdia do Senhor, encontraremos nossas entes queridos de quem ora fazemos memória. 

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De fato, não haveria nenhum sentido de ser se tudo acabasse com a morte e não houvesse nenhuma esperança de vida eterna. Com efeito, ao ouvirmos o Senhor Jesus no Evangelho de hoje, o nosso coração se alegra imensamente, pois, Ele nos dá a certeza de que jamais seremos esquecidos ou lançados fora.

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“Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia." Ora, a nossa esperança reside nessas palavras de Jesus.

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Na Sua homilia no dia de finados de 2016, disse o Santo Padre, o Papa Francisco: "Eis a âncora que não desengana: a esperança da Ressurreição. E quem percorreu primeiro este caminho foi Jesus. Nós trilhamos a vereda que Ele já percorreu. E quem nos abriu a porta foi Ele mesmo, Jesus: com a sua Cruz abriu-nos a porta da esperança, descerrou-nos a porta para entrar no lugar onde contemplaremos Deus."


Portanto, caríssimos, a vida é uma dádiva das mãos de Deus, e por isso mesmo somente à Ele pertencemos, pois fomos resgatados do pecado e da morte pelo o sacrifício do Seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, como bem disse o Santo Padre, o Papa Francisco.

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Destarte, meditemos com atenção estas palavras do patriarca Jó: «Eu sei: o meu Redentor está vivo e aparecerá, finalmente, sobre o pó da terra... Eu mesmo o contemplarei, os meus olhos vê-lo-ão, e não os olhos de outro...» (Jó 19, 25.27).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 1 de novembro de 2020

"SEDE SANTOS COMO VOSSO PAI CELESTE É SANTO"


Solenidade de todos os santos (Mt 5,1-12a)(01/11/20)


Caríssimos, a Igreja hoje celebra a solenidade de todos os santos e santas elevados aos altares, ou seja, os eleitos segundo a vontade de Deus para o louvor da Sua glória. Na primeira leitura são João nos dá a conhecer imensa multidão dos redimidos do Senhor: "Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar."


De fato, a santidade é a vontade de Deus realizada em todos os sentidos da vida, como o Senhor nos ensinou: "Sede santos como o vosso Pai celeste é Santo." (Mt 5,48). Ora, na Palavra que o Senhor fala já está o poder de se cumpri-la; Sua Palavra é criadora, redentora e realizadora da Sua vontade, quem a obedece se torna morada da Santíssima Trindade; quem não a obedece não o segue, porque não o ama.(cf. Jo 14,23-24)

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Meditando o Evangelho de hoje vemos que Jesus nos ensina a via da perfeição que nos leva ao céu: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus». Podemos perguntar-nos como pode ser feliz uma pessoa pobre de coração? Ora, é aquela cujo único tesouro é o Reino dos Céus."

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"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados». Como podem« ser felizes, aqueles que choram? São aqueles que têm a capacidade de se comover, de sentir no coração a dor que existe na sua própria vida e na existência dos outros. Eles serão felizes, uma vez que a mão terna de Deus Pai os consolará e acariciará." E assim são as outras bem-aventuranças.

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Por fim, acompanhemos com atenção esta exortação de são Teodoro Estudita (séc. VIII): "Rejubilai, peço-vos, cidadãos dos Céus, embora exilados neste mundo; habitantes da Jerusalém celeste (cf Gal 4,26), embora banidos dos assuntos deste mundo; herdeiros do reino dos Céus, embora deserdados e não tendo parte nos prazeres terrenos!

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Sim, meus filhos, reunidos por Deus, alimentai-vos do alimento do Espírito e bebei a água dada pelo Senhor; quem vier a possuir esta água nunca mais terá sede, pois ela será para ele uma fonte que jorra para a vida eterna (cf Jo 4,14). Mais um pouco e teremos vencido. E seremos felizes, como felizes serão chamados os locais, os pais e as pátrias que vos terão gerado (cf Lc 11,27-28).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.
 

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