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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A UNIDADE É O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DO AMOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 9,46-50)(30/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a unidade é o princípio fundamental do amor, como aprendemos no Catecismo: Deus é Uno e Trino; Uno em Sua Natureza Divina; Trino em Pessoas. Portanto, Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, isto é, Unidade Absoluta, Amor Infinito. Ora, querer dividir o indivisível, é querer interferir no impenetrável sem se dá contar do impossível que isto seja.
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De fato, fazendo uma analogia entre a Santíssima Trindade e a humanidade, vemos que essa também tem uma só natureza, a humana; porém, o que a distingue da Natureza Divina é a possibilidade do pecado, isto porque em Deus inexiste essa possibilidade. Todavia, apesar dessa nossa condição somente o pecado consentido e praticado nos impede a perfeita unidade, visto que ele é a porta de entrada da maldade nas almas.
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Com efeito, no Evangelho de hoje o apóstolo João tomando a palavra disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”. Ao que o Senhor respondeu: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.
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Ou seja, levando em conta essa resposta de Jesus, entendemos que a graça de Deus transpõe os limites dos nossos pré-conceitos, nos mostrando que a obra da salvação pertence somente a Deus, e Ele a realiza em conformidade com os seus desígnios salvíficos pela ação do Espírito Santo que age no coração daqueles que lhe são fiéis.
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Conclusão: Caríssimos, em outra ocasião Jesus já os havia ensinado: "Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor." Portanto, precisamos apenas ficar atentos ao modo de ser dos que agem em nome do Senhor, porque quanto à isso Ele nos alertou: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 29 de setembro de 2019

O QUE CONTA NÃO É O TEMOS, MAS É O SOMOS DIANTE DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 16,19-31)(29/9/19)
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Caríssimos, a parábola escatológica que Jesus hoje nos conta, revela o sentido eterno da vida a partir do modo de ser e estar praticado por todos os seres humanos no tempo presente em vista da eternidade que se desvelará no dia sem fim de nossa partida deste mundo.
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Ora, atualmente constatamos, que devido as contradições e os pecados aqui praticados, a vida humana passou à se resumir em três palavras: poder, ter e prazer; cujas disputas teem gerado divisões, violência e toda espécie de maldades.
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De fato, quando os homens não dão espaço para Cristo em seus corações, facilmente se deixam dominar pelo espírito de desobediência e rebeldia que os conduz às mais desumanas e abomináveis práticas que os leva à destruir todos os seres de que são capazes.
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Com efeito, na parábola do pobre Lázaro e o rico opulão, o Senhor nos revela que aquilo que praticamos neste mundo é uma pre-visão da condição eterna que teremos como resultado dessa prática. Desse modo, ser rico ou pobre não é uma simples questão de posse, mas do que fazemos com tudo o que recebemos do nosso Criador.
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Conclusão: Caríssimos, a grandeza de um homem não se mede pelo que ele possui, mas sim pelo que ele faz de bom com aquilo que possui. Ser justos, puros e humildes de coração, sem apegos aos bens materiais; ser cheios dos bens eternos que a caridade divina nos proporciona, é o que constitui a riqueza espiritual que precisamos acumular no céu como expressão da vontade de Deus que aqui vivemos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 28 de setembro de 2019

NA FRAGILIDADE DE NOSSA CONDIÇÃO DEUS REVELA O SEU PODER...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 9,43b-45)(28/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a liturgia de hoje nos mostra que o modo como Deus realiza as suas obras é infinitamente superior ao nosso modo de pensar e de agir, e foi por isso, que à princípio os Apóstolos não compreenderam o anúncio da Paixão e morte do Senhor e tinham medo de lhe fazer perguntas sobre esse assunto.
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De fato, como entender que depois de todos os sinais e prodígios realizados por Jesus, ele lhes faz um anúncio totalmente divergente do poder extraordinário que demonstrara por suas palavras e obras? Como entender que "aquele que tem todo poder sobre o céu e sobre a terra," se deixa dominar e massacrar pelo ódio dos seus algozes?
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Ora, na segunda Carta aos Coríntios, o Senhor mostra a Paulo como se revela todo o seu poder, diz Ele: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força." (2Cor 12,9). Ou seja, a fraqueza da nossa natureza é a condição na qual Sua força redentora se revele com plena evidência à todos. Como Ele demonstrou na Travessia do Mar Vermelho (cf. Êx 14, 5-31).
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Caríssimos, a nossa humilde condição nos leva à perfeita comunhão com o Senhor, porque a fé não é algo teórico ou mesmo o que entendemos sobre Deus e o mundo. Na verdade, ela é o dom de Deus que nos une à Ele por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, para darmos os frutos de sua presença em nossa vida, uma vez que somente Nele existimos; e porque Ele nos ama, nos perdoa por sua divina misericórdia e nos conduz à vida eterna.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 9,18-22)(27/9/19)
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Caríssimos, o mundo anda perdido porque ainda não encontrou Jesus Cristo, o Filho de Deus, para se identificar com Ele e produzir os frutos da redenção que Ele nos trouxe. As pessoas neste mundo das novas tecnologias vivem como se Deus não existisse, por isso, adoram os novos ídolos deste mundo, que são: os smartphones, as redes sociais, os jogos virtuais, a pornografia, o entretenimento fútil e a tacanha política das "fake news".
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Ora, como viver em paz num mundo onde o maligno toma todo tempo das pessoas que se deixaram dominar por estas novas tecnologias e as facilidades que elas geram para que se cometa toda espécie de pecados? De fato, tem gente que já não consegue mais viver sem os smartphones e suas pretensas "facilidades".
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Desse modo, os homens vão perdendo o sentido do Sagrado, negando, por suas perversas ações, a presença de Deus em nosso meio; e com isso, fazem da prática pecaminosa o sentido de suas vidas e ainda fazem questão de difundir suas concupicências e desvarios. Por isso, se faz urgente ouvir a Palavra do Senhor e pô-la em prática: "Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda."
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Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos convida à identifica-lo e segui-lo fielmente tomando a nossa cruz de cada dia. Por isso, nos pergunta: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Ora, só podemos responder honestamente a essa pergunta se o amarmos de fato, seguindo-o fielmente por uma vida digna de sua presença, porque sem Ele nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15,5).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

REZEMOS PELO SÍNODO DA AMAZÔNIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 9,1-6)(25/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, creio que a humanidade está passando pelo período mais difícil de sua história, talvez nunca visto antes; e isso devido ao aumento exorbitante da pecaminosidade dos homens; a tal ponto que poucos sobreviverão às terríveis catástrofes anunciadas pelos antigos profetas e por Jesus e os Apóstolos no Novo Testamento.
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São Paulo, na segunda carta a Timóteo, escreveu: "Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!"
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De fato, por incrível que pareça, isso já vinha ocorrendo no seio da Santa Igreja, e se acentuou ainda mais depois do anúncio do Sínodo da Amazônia pelo Santo Padre, o Papa Francisco; ora, o que se levantou de vozes caluniosas, falsas acusações, falsas profecias e tantas outras barbáries em nome de uma fé tipicamente legalista, moralista e totalmente farisáica beirando ao extremo fanatismo, não tem como comparar.
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Caríssimos, se essa gente escutasse Esdras na primeira leitura de hoje e se se arrependesse como ele o fez; ou se escutasse Jesus no Evangelho de hoje mostrando qual é a verdadeira postura que seus discípulos devem ter frente aos que não conhecem a fé, e como devem proceder no anúncio do Reino de Deus e de sua justiça; jamais se portariam como inimigos Dele e do seu Evangelho, como veem se portando.
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Portanto, expulsemos de nosso meio o espírito imundo de divisão, pois, as almas sem vida de oração e sem misericórdia são almas mortas, por não viverem em conformidade com a vontade do Senhor, como Ele mesmo nos ensinou (cf. Jo 17,21-23).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

"EIS QUE EU RENOVO TODAS AS COISAS"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 8,19-21)(24/9/19)
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“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática". Assim respondeu Jesus aos que lhe avisaram da presença de seus familiares que vieram ao seu encontro em meio ao exercício de sua missão Redentora. Ora, aqueles que fazem uma interpretação subjetiva dessa sua resposta jamais compreenderão seu real significado.
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Com efeito, o entendimento da fé nos revela que essa analogia que Jesus faz se fundamenta na perfeita unicidade da família divina, ou seja, ele se refere ao seu povo como um todo, como meditamos no Evangelho de João: "Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus."
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De fato, Jesus foi enviado por Deus Pai para realizar a promessa que havia feito a Abraão e à sua descendência, abençoar por meio deles todas as famílias da terra (cf. Gn 12,3; 22,16-18). Por isso, ao se referir à sua família natural Jesus a expande até os confins do universo por meio do Sacramento do batismo, como meditamos nos Santos Evangelhos (cf. Mt 28,19-20; Mc 16,15-16; Jo 3,5-8).
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Conclusão: Caríssimos, Jesus ao dizer: "Eis que eu renovo todas as coisas", nos dá a entender que está passando à limpo a criação natural, isto é, renovando-a em todos os sentidos, exatamente como nos ensinou São Pedro: "Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

O INÍCIO DAS DORES, DA GRANDE TRIBULAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 8,16-18)(23/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, vivemos em meio a um mundo criado como um paraíso, uma verdadeira expressão da bondade e do amor de Deus; no entanto, a desobediência humana tem tornado esse paraíso um inferno devido ao ódio e a violência que se espalha em todos os recantos deste vale de lágrimas.
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Com efeito, estamos constatando que em todos os recantos do mundo, a fúria satânica tem aumentado a tal ponto que perguntamos: meu Jesus, quando vai parar tudo isto? De fato, é uma onda de ódio tão grande misturada com calúnias e mentiras e todo tipo de corrupção, falcatruas e luxúrias que se não fosse a misericórdia e o amor de Deus seria impossível a nossa salvação.
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Mas, nem tudo está perdido, é exatamente isto o que nos mostra a primeira leitura de hoje; onde o povo da Antiga Aliança viu o cumprimento da profecia de Jeremias, e assim retornou à terra prometida; também nós que estamos no exílio deste mundo, veremos se cumprir a Palavra Redentora de Jesus que virá sobre as nuvens do céu com grande poder e glória para julgar os vivos e os mortos e nos levar para o seu reino que não terá fim.
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Conclusão: Caríssimos, não estamos sozinhos em meio à todas estas provações, temos um Pai que é Deus e nos ama e nos deu o Seu único Filho como resgate para a nossa salvação. Nos deu também Maria Santíssima, como nossa mãe, ela que intercede por nós para que sejamos fiéis até o fim, principalmente nesses dias que antecede a Parusia de seu Filho, nosso Senhor e Salvador.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 22 de setembro de 2019

QUEM NÃO É FIEL NAS PEQUENAS COISAS, TAMBÉM NÃO O SERÁ NAS GRANDES...


Homilia do 25°Dom do tempo comum (Lc 16,1-13)(22/9/19)
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Caríssimos, o Senhor prova aqueles que ama porque lhes concede todas as graças para resistirem e se manterem fiéis até o fim no tempo da provação. Porém, muitos dentre nós se apegam às coisas, às pessoas e às posições sociais, se deixando dominar por elas, mesmo sabendo que tudo neste mundo passa. Ora, em meio à tudo isso, se pergunta, quantos não são aqueles que se deixam corromper com a intenção de acumular estes pretensos bens, que na verdade se tornam um grande mal?
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Com efeito, na liturgia de hoje o Senhor nos ensina que somente as virtudes eternas permanecem e são os meios pelos quais Ele nos santifica; fora dessas virtudes tudo não passa de poeira que se esvai no para sempre do nada daqueles que se apegam a essas coisas.
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Por isso, escutemos atentamente o Senhor: "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração."

Caríssimos, na verdade, uma mente poluída pelo apego aos bens materiais jamais entenderá este ensinamento do Senhor, e muito menos sua bem aventurança: "Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!" Portanto, eis o que diz o Senhor: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

LEVANTAR-SE-ÃO MUITOS FALSOS PROFETAS E SEDUZIRÃO A MUITOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 8,1-3)(20/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, na Sagrada Escritura e ao longo da história da Igreja, foram constantes a presença dos falsos profetas e suas heresias; mesmo sem serem chamados ou enviados, eles usavam o nome do Senhor para espalharem suas falsas doutrinas, desviando, com isso, à muitos que neles acreditaram e os seguiram.
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Ora, também nesse tempo em que vivemos, como o joio no meio do trigo, eles veem se multiplicando assustadoramente tal qual nos ensinou o Senhor: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. Então se alguém vos disser: Eis, aqui está o Cristo! Ou: Ei-lo acolá!, não creiais. Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isto fosse possível, até mesmo os escolhidos.
Eis que estais prevenidos."
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Na primeira leitura de hoje, São Paulo nos dá o preciso discernimento para que não nos percamos, acreditando nas artimanhas e maquinações desses pretensos inviados. Diz ele: "Quem ensina doutrinas estranhas e discorda das palavras salutares de nosso Senhor Jesus Cristo e da doutrina conforme à piedade, é um obcecado pelo orgulho, um ignorante que morbidamente se compraz em questões e discussões de palavras."
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Caríssimos, não são poucos os que põem uma Bíblia debaixo do braço e vão para os meios de comunicação em massa ou saem de casa em casa espalhando suas falsas doutrinas. Ora, também São João escreveu a esse respeito: "Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora. Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

QUEM NÃO USA DE MISERICÓRDIA, COMO PODE VIVER EM ESTADO DE GRAÇA?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 7,36-50)(19/9/19)
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Caríssimos, não resta dúvida de que na escola de santidade do Senhor, o nosso aprendizado é progressivo, mas somente os humildes de coração superam as provações desse aprendizado, pondo em prática as lições que o Senhor lhes ensina. De fato, nesse aprendizado, precisamos manter nossa postura de discípulos que amam o seu Mestre e o seguem fielmente até atingir a santidade desejada por Ele.
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Na primeira leitura de hoje, São Paulo, já instruído na escola do Senhor, instrui também seu discípulo Timóteo com a seguinte exortação: "Caríssimo, ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. Com perseverança, põe estas coisas em prática, para que todos vejam o teu progresso. Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante. Assim te salvarás a ti mesmo e também àqueles que te escutam."
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Com efeito, no Evangelho de hoje, o Senhor nos ensina que a Sua Palavra deve primeiramente ser vivida por quem a comunica; caso contrário, nada tem de eficaz em tal comunicação; desse modo, ela só serve de testemunho contra os que a pregam, mas não a vivem.
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Caríssimos, enquanto Jesus acolhia o arrependimento e o amor da pecadora que dele se aproximou; o anfitrião que o havia convidado, e seus páreas, trataram não somente de condela-la, mas também condenar o próprio Senhor por haver perdoado os seus muitos pecados.
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Ora, a grande lição que aprendemos nesse episódio é esta que Jesus já havia ensinado: “Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Os 6,6). Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. De fato, quem não usa de misericórdia com os outros, como pode viver em estado de graça? "Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

O QUE É A VERDADE?


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 7,31-35)(18/9/19)
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Amados irmãos e irmãs, a última frase do Evangelho de hoje tem muito a nos dizer: "Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”. Ora, mas o que significa essa sabedoria? Segundo o hagiografo do Livro de Sabedoria: "Ela é um sopro do poder de Deus, uma irradiação límpida da glória do Todo-poderoso; assim mancha nenhuma pode insinuar-se nela. É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade. Embora única, tudo pode; imutável em si mesma, renova todas as coisas. Ela se derrama de geração em geração nas almas santas e forma os amigos e os intérpretes de Deus..."
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São Paulo na primeira leitura de hoje nos ensina que "a casa de Deus, é a Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade." Certa feita, Pôncio Pilatos perguntou a Jesus o que era a verdade, mas, olhando para Ele, o inocente condenado à morte por seus algozes, logo se convenceu; todavia se acovardou e deu as costas para Ele, fingindo não querer ouvir a resposta.
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De fato, quem vive na mentira, teme a verdade que se encontra em si e em tudo o que Deus criou. Ora, a verdade é o código genético espiritual de nossas almas; todo ser humano é uma expressão dela, porque foi criado "à imagem e semelhança de Deus"; mas, poucos são os que se dispõem à entrar pela porta estreita dos seus mandamentos.
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Caríssimos, sem dúvida o pecado é muito fácil de ser praticado, porque tudo o que o pecado oferece é de fácil alcance; todavia, é veneno extremamente mortal para as almas vivem mergulhadas nele. Com efeito, assim escreveu São João: "Eis como sabemos que conhecemos o Senhor: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 7,11-17)(17/9/19)
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Caríssimos, hoje é um dia muito especial para toda a família franciscana, pois neste dia no alto do monte Alverne São Francisco de Assis recebeu as cinco chagas de nosso Senhor Jesus Cristo em seu frágil corpo. Como de costume tinha devoção a São Miguel Arcanjo e lhe dedicava quarenta dias de oração, jejum e penitência.
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Certa feita, no ano de 1224 estando São Francisco em profunda oração fazendo a Quaresma à São Miguel, caiu em êxtase e teve a visão de um Serafim crucificado; de repente de suas mãos, pés e lado saíram raios que de igual modo lhe atingiram as mãos, os pés e o lado, deixando-o crucificado como o próprio Filho de Deus. Desse modo, os estigmas do Senhor foram impressos em seu corpo e o acompanharam nos dois últimos anos de sua vida, os quais foram vistos e testemunhados por seus irmãos e irmãs de ordem.
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Desse modo, a Palavra que Jesus pronunciou no Santo Evangelho a respeito de renunciar à si mesmo, tomar a cruz de cada dia e segui-lo, se cumpriu plenamente na vida de São Francisco, pois ele não só renunciou à tudo o que possuía, mas também à própria vida para seguir o Senhor na totalidade de sua consagração à Ele, à serviço da Igreja e da salvação da humanidade, e isso também por meio de todos os franciscanos e franciscanas de todos os tempos que o acompanharam no seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
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Caríssimos, como São Francisco de Assis e Santa Clara, o Senhor continua chamando e enviado à todos que Dele se aproximam, para que pelo exemplo de vida e também por palavras, anunciem a Boa Nova da salvação à todas as nações, como Ele mesmo nos ensinou: "Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo." (Mt 28,19-20).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

FÉ E HUMILDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 7,1-10)(16/9/19)
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Caríssimos, meditemos no Catecismo da Igreja Católica, a respeito da salvação que Deus Pai oferece à todos os homens, como vimos na primeira leitura: "O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso.
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De muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações, etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar; estas formas de expressão são tão universais, que bem podemos chamar ao homem um ser religioso.
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Mas esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus» pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas: a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas (Mt 13,22), o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador, que, por medo, se esconde de Deus (Gn 3,8s) e foge quando Ele o chama (Jo 1,3).
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Exulte o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105,3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço da sua inteligência, a retidão da sua vontade, «um coração reto» (Sl 96,11), e também o testemunho de outros, que o ensinam a procurar Deus.
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Por fim, escutemos Santo Agostinho em sua oração: "E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te – precisamente ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos (cf Tg 4,6).
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Apesar de tudo, o homem, pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas, fazendo com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv!

domingo, 15 de setembro de 2019

O FILHO PRÓDIGO...


Homilia do 24°Dom do tempo comum (Lc 15,1-32)(15/9/19)
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Caríssimos, as ações humanas sem a graça de Deus é a causa da perdição e da ruína de muitos; essa é a primeira lição que aprendemos na liturgia de hoje. Também aprendemos do Senhor Jesus por meio da Parábola do filho pródigo que Deus nosso Pai é infinitamente misericordioso conosco, porque nos conhece por dentro e sabe o quanto precisamos de sua misericórdia para sermos salvos.
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O fato é que nesse nosso tempo vivemos numa terrível escuridão espiritual, isto porque o homem moderno vive mergulhado em todo tipo de pecado e age como se Deus não existisse; e por meio de práticas nefastas ofende a criação e à próprio Deus, agredindo-se uns aos outros; e o pior, ao que parece, é que não há nenhuma esperança de arrependimento e conversão, para que haja reparação e o perdão dos pecados.
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As Parábolas que Jesus nos conta no Evangelho de hoje respondem ao mesmo tempo aos duros de coração que não sabem perdoar e por isso usam a prática da fé para julgar e condenar os outros e não para serem misericordiosos; por outro lado, responde também àqueles que se sentem culpados, mas por perderem a esperança devido a escravidão do pecado não tinham mais motivação para uma verdadeira conversão.
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Caríssimos, na Parábola do filho pródigo, Jesus nos ensina que o verdadeiro arrependimento leva os que caíram em pecado mortal ao encontro do Pai misericordioso que os trata como filhos que estavam perdidos e agora por sua Divina Misericórdia voltam ao estado de graça e à uma vida nova. Portanto, escutemos atentamente o Senhor: "Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 14 de setembro de 2019

QUEM PODERIA IMAGINAR QUE SERIA ASSIM?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,13-17)(14/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, todos nós que aqui vivemos nada mais esperávamos que a morte, ela que a todo momento abate cada vivente de quem funestamente se aproxima; ó morte, cruel, impiedosa, insana, sem misericórdia, de quem nenhum ser vivente pode escapar senão somente por Deus, que nos enviou o Seu Filho único para banir-te para sempre por sua própria morte de cruz.
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De fato, Jesus, o Senhor de toda a Criação, que tem todo poder sobre o céu e sobre a terra, quis se deixar abater como se fosse um simples mortal; todavia, em contra partida, deu-nos a vida eterna por sua ressurreição. Ora, quem poderia imaginar que assim seria? Pois, aquela que parecia invensível, foi abatida quando o abateu, isto é, bebeu do próprio veneno, tornado-se Páscoa para aqueles que Ele salva e por sua infinita misericórdia os conduz à sua glória.
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Santa Gertrudes se dirigindo a Deus Pai contemplando o Seu Filho crucificado, assim rezou: "Ó Sabedoria, que despojas o Rei da glória, fazendo dele um espetáculo de desprezo. Fazes depender do cadafalso o resgate do mundo. Só tu pesas e aprecias o valor deste mistério, que paga a dívida de toda a prevaricação. Tu elevas Aquele que é a vida de todos, a fim de que, atraindo-os a Ele na sua morte (cf Jo 12,32), Ele a todos vivifique.
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Ó Amor sapiente! Que curativo utilizas para curar a ferida de todos! Ó amor, a tua prudência vem em socorro daqueles que estavam perdidos. Tu condenas o Justo a fim de salvar o infeliz culpado. Ó Amor sapiente, a tua sentença é a cura dos infelizes. Tu defendes a causa da paz. Tu exerces a misericórdia que intercede por nós. Tu, em desígnio prudente, acorres à angústia de todos pela vontade benevolente da tua clemência. Tu pões fim à universal miséria pela obra gloriosa da tua Divina Misericórdia."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

NÃO JULGUEIS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,39-42)(13/9/19)
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Caríssimos, no Evangelho de São João, escutamos o Senhor dizer: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." Ora, seguir o Senhor fielmente nesta vida é a maior dádiva que Dele recebemos. Todavia, precisamos nos inteirar que só à Ele foi dado todo poder sobre o céu e sobre a terra e somente Ele julgará os vivos e os mortos no último dia; cabe a nós conservar o santo temor e evitar todo tipo de pecado, especialmente o de julgar e condenar os nossos irmãos e irmãs.
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Aliás, na sua Carta aos Romanos, São Paulo nos exorta: "Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles." Também São Tiago falando a respeito desse terrível pecado, escreveu: "Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade. Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento."
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No Evangelho de hoje Jesus usa duras palavras para com aqueles que vivem espionando a vida dos outros esquecendo que são tão humanos e pecadores quanto àqueles de quem se fazem juízes. Diz o Senhor: "Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão."
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Portanto, caríssimos, quem só vive para enchergar os pecados dos outros, julga-los, critica-los e condena-los; outra coisa não carrega na alma senão os próprios pecados que julgaram. Destarte, a correção fraterna existe e faz um bem enorme, porém, somente quando a verdade que dizemos àqueles que corrigimos não são acusações ou falta de caridade, mas desejo de santidade e justiça para que se corrijam e vivam em estado de graça.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

AMAI VOSSOS INIMIGOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,27-38)(12/9/19)
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Caríssimos, a fé é o dom por excelência da comunhão com Deus e entre nós; e isso só pode ser entendido à medida que a vivemos espiritualmente, pois ela está sempre acompanhada das virtudes que a fortalece, como nos ensinou São Paulo: "Irmãos, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós."
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De fato, a fé em Cristo nos leva à caridade perfeita à ponto de amarmos até mesmo àqueles que nos odeiam e nos perseguem por não concordarmos com suas ações perversas. Ainda na primeira leitura, São Paulo nos exorta à fazermos tudo por amor à Cristo, porque sem Ele nada podemos fazer. Disse ele: "Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai."
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Com efeito, a vida é uma prática constante e é dessa prática que resulta o nosso estado de alma. Ora, Deus nos criou para realizarmos a sua vontade e assim participarmos da sua glória eterna, isto significa que o nosso modo de viver é uma antecipação do que seremos na eteridade. Por isso, disse São Paulo: "Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor. Servi a Cristo, Senhor."
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Portanto, caríssimos, assim como o Senhor Jesus fez em tudo a vontade do Pai, peçamos à Ele essa mesma graça para que vivendo em sua presença tenhamos a paz com todos e não sejamos confundidos no dia de sua vinda gloriosa; bem como nos ensinou São João: "E agora, filhinhos, permanecei em Cristo, para que, quando ele aparecer, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele, na sua vinda."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

O PERFEITO ITINERÁRIO PARA ALCANÇARMOS A SANTIDADE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA(Lc 6,20-26)(11/9/19)
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Caríssimos todo apego às coisas deste mundo é nefasto para as almas, e é exatamente por causa desse apego que a humanidade se encontra em constantes guerras fraticidas, isto porque os homens que assim procedem não pensam e nem agem conforme o amor de Deus, que à todos dá generosamente mais que o necessário para terem vida em abundância; mas pensam e agem conforme o egoísmo que os divide e os destrói.
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São Paulo inicia a primeira leitura de hoje com uma exortação que nos livra de todo apego às coisas deste mundo, diz ele: "Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, nossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória."
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Com efeito, ele ainda nos exorta que só é possível alcançarmos essa graça mediante a renúncia de todos os males que adveem dos apegos às coisas passageiras: "Portanto, [diz ele] fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria. Tais coisas provocam a ira de Deus contra os que lhe resistem."
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No Evangelho de hoje Jesus nos aponta o perfeito itinerário para alcançarmos a santidade que tanto desejamos, ou seja, a perfeita comunhão com Ele, que nos dá a vida eterna. Ora, essa via de perfeição são as bem-aventuranças, que na verdade, são as provações pelas quais passamos por causa do Seu nome; todavia, elas atraem a sua misericórdia e o seu amor para conosco, pois as sofremos porque o amamos sobre todas as coisas e nos amamos uns aos outros como à nós mesmos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

A ORAÇÃO É O ESPAÇO SAGRADO ONDE ENCONTRAMOS O NOSSO PAI CELESTIAL...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,12-19)(10/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a liturgia de hoje nos conduz à montanha, que é o espaço sagrado da oração aonde encontramos o Senhor e com Ele interagimos para que as nossas decisões sejam tomadas conforme a sua vontade; para isso Ele nos concede a sabedoria e o discernimento de que precisamos para que o testemunho de nossa fé seja perfeito em seu amor.
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Na primeira leitura de hoje, São Paulo nos ensina que o nosso relacionamento com Cristo ressuscitado é divinamente real assim como nos relacionamos entre nós; diz ele: "Irmãos, assim como aceitastes a Cristo Jesus como Senhor, assim continuai a guiar-vos por ele: enraizados nele e edificados sobre ele, apoiados na fé que vos foi ensinada, dando-lhe muitas ações de graças."
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Ora, mas, isso requer de nós muita atenção para não sermos enganados pelos pretensos fazedores de opiniões que por meio de sofirmas (falsos argumentos) tentam fazer discípulos para si; como bem nos alerta São Paulo: "Estai de sobreaviso, para que ninguém vos engane com filosofias e vãos sofismas baseados nas tradições humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar em Cristo."
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Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos dá um profundo exemplo de sua intimidade com o Pai por meio da oração, para em seguida fazer a escolha dos Apóstolos, reza o texto: "Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos."
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Destarte, como vimos nessa passagem do Evangelho, em tudo o que o Senhor realizou, a oração sempre esteve presente; porque, de fato, ela é sempre um encontro com o Pai, que nos concede todas as graças que precisamos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

UMA ALMA SEM MISERICÓRDIA, É UMA ALMA MORTA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,6-11)(09/9/19)
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Caríssimos, em Cristo se encontram todas as graças e todas as bênçãos de Deus como vimos nesta primeira leitura e também no Evangelho de hoje. Todavia, precisamos acolhe-lo em nossas almas para usufruirmos de todos os benefícios de sua presença em nós, como bem testemunhou são Paulo, que tudo sofreu por amor a Cristo e àqueles a quem fora enviado, mas, nunca perdeu a paz ou a alegria de viver.
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Ora, aprendemos do Senhor (cf. Mt 12,33-37) que cada um só dá o que tem, e se o tem é porque de alguma maneira recebeu. Muitos por não entenderem isso, se deixam induzir facilmente pelas edeologias e suas apologias nesfastas, deixando entrar em suas almas o ranço terrível dos falsos juízos e da condenação dos outros, e com isso destroem a prática da verdadeira fraternidade.
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De fato, todo tipo de ideologia e suas apologias usam de justificativas para imprementar o pecado que se oculta nelas; porém, nada disso justifica os erros que tais apologistas cometem e querem que outros os cometam também, afinal que seria de suas ideologias sem a concordância de quem lhes dá atenção? Ora, tais ideologias e suas justificativas, não passam de meios escusos para se semear o pecado que assola a nossa humanidade levado muitos à perdição.
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Quando a Lei é esvaziada de sua misericórdia por aqueles que a professam, gera apologistas morais plenos de tramas perversas que atentam contra a vida de quem cumpre a Lei por amar àqueles a quem a Lei destina a sua misericórdia. Foi por causa das falsas interpretações e juízos de valor que os escribas e fariseus em coluio com os mestres da Lei, condenaram Jesus à morte de cruz.
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Portanto, tomemos cuidado para não cometermos tais erros, pois, quem muito condena os outros, se condena a si mesmo. Destarte, uma alma sem misericórdia é uma alma morta.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 8 de setembro de 2019

TOMA A TUA CRUZ E SEGUE-ME...


Homilia do 23°Dom do tempo comum(Lc 14,25-33)(08/9/19)
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Caríssimos, não podemos amar a Deus sobre todas as coisas, se amamos o mundo e as suas concupicências; é exatamente isso o que nos diz São João na sua primeira carta: "Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo. O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente."
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Ora, quando São João se refere ao mundo e às suas concupicências, isso quer dizer que tudo o que não é segundo a Vontade de Deus, não passa de concupicências, ou seja, mentalidades e comportamentos fora dos propósitos divinos para a nossa salvação. São Paulo na Carta aos Romanos nos exorta: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito."
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Com efeito, o Evangelho de hoje trata das condições para sermos verdadeiros discípulos de Cristo; diz o Senhor: "Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo."
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"Mas o que é que Jesus pede aos seus discípulos de ontem e de hoje, com essas palavras? Será que Ele quer que desprezemos a nós mesmos e aos nossos familiares? Que nos dediquemos inteiramente a uma vida ascética? Que procuremos o sofrimento para agradar a Deus?
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Mais que isso: esta Palavra de Vida nos exorta a caminharmos nos seus passos, acolhendo os valores e as exigências do Evangelho para ficarmos cada vez mais semelhantes a Ele. E isso significa viver a vida em plenitude, integralmente, como Ele fez, mesmo quando no caminho aparece a sombra da cruz." (Focolares).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 7 de setembro de 2019

JESUS É SENHOR TAMBÉM DO SÁBADO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 6,1-5)(07/9/19)

Caríssimos, a nossa vida é plena de sentidos que motivam ou não o bem viver, dependendo apenas de nossas escolhas e decisões. São Paulo na primeira leitura de hoje mostra aos colosesses que o único motivo do bem viver e de uma vida plena de felicidade neste mundo e no vindouro, consiste em seguir a Cristo, pondo em prática o seu Evangelho. Por isso, lhes recorda o tempo em que viviam sem Cristo e por causa disso eram inimigos de Deus.
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Com efeito, o temporário que agora vivemos é como um campo que está sendo semeado onde nele plantamos as sementes do amor de Deus ou não. De uma coisa temos certeza, colheremos na eternidade os frutos que aqui plantamos. É bem como nos ensinou São Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.“
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No Evangelho de hoje vemos um caso típico daqueles que usam a Lei não para a salvação, mas para condenar os outros. Por isso, tentam incriminar Jesus e o condena-lo por conta do comportamento humanitário dos seus discípulos. Ora, tal exemplo nos ensina que devemos nos aproximar do Senhor não para acusa-lo, mas, para reconhecermos os nossos pecados e sermos perdoados por Ele; caso contrário, não passamos de seguidores da letra que mata e não da que salva.
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Caríssimos, hoje ouvimos Jesus dizer que Ele é o Senhor do Sábado e que por isso a prática da piedade não pode ser implodida pelo mal uso de proibições externas. Quanto à isso Ele já o havia ensinado: "Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Os 6,6). Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
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De fato, temos uma enorme facilidade para julgar e incriminar os outros, mas, na hora de usarmos de misericórdia falhamos. Portanto, deixemos o julgamento para o Senhor, e tratemos de sermos santos como Ele é Santo, bem como meditamos na Carta aos Hebreus: "Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor."(cf. Hb 12,14).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

VINHOS NOVOS EM ODRES NOVOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 5,33-39)(06/9/19)
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Caríssimos, São Paulo na primeira leitura de hoje, nos dá a conhecer a perfeita identidade de Jesus, o Filho de Deus: "Cristo Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência."
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E continua: "Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogênito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas. Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude
e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus." Ora, e nós, pela graça de Deus, participamos desse mistério diretamente, que terá o seu desfecho na glória eterna do Filho do Homem, ou seja, no Reino dos Céus.
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O Evangelho de hoje nos mostra dois tipos de comportamentos com os quais os homens se apresentam diante de Deus. No primeiro deles a Lei que tem por finalidade aproximar os homens de Deus, quando mal interpretada se torna motivo de divisão que os afasta dele, porque aqueles que a interpretam mal, usam de todo tipo de preconceitos, julgamentos e críticas que os afastam das virtudes que os levariam ao pleno cumprimento dela e da comunhão com o Senhor.
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O outro tipo de comportamento, leva em conta a misericórdia e o amor de Deus como fundamentos para compreender a gradeza da novidade que Jesus anuncia, ou seja, a comunhão com a vontade do Pai e por consequência a unidade do seu Corpo, a Igreja. Desse modo compreedemos que tudo o que nos divide tem como fonte a ação do maligno, por isso, seus protagonistas são sempre intransigentes, isto é, pensam e agem sem misericórdia e sem amor.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

DE AGORA EM DIANTE SEREIS PESCADORES DE HOMENS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 5,1-11)(05/9/19)
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Caríssimos, quantas vezes já ouvimos falar de Deus ou mesmo falamos de Deus e de tudo o que diz respeito à Ele? Quantas vezes dirigimos à Ele nossas súplicas, orações, e até nossos lamentos, mas pouco ou quase nunca ouvimos suas respostas? Ora, aqui vale lembrar que a fé que praticamos não é uma filisofia, uma teoria ou algo parecido; a fé é dom do Espírito Santo, com o qual nos relacionamos com o Senhor para fazermos em tudo a Sua Vontade.
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De fato, quantos são os que encontram o Senhor no íntimo de suas almas e mantém com Ele uma profunda comunhão filial por meio de sua oração? Com efeito, vivemos num mundo das novas tecnologias e é difícil encontrar alguém que não tenha celular; e a pergunta é: quanto tempo se dá às redes sociais, aos jogos eletrônicos, ao entretenimento e até à páginas não cristãs? Agora, quanto tempo é dado à oração, à meditação e a escuta da Palavra de Deus?
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São Paulo na primeira leitura de hoje exorta os Colosensses a viverem intensamente sua intimidade com o Senhor
para o experimentarem na prática do convívio fraterno. Diz ele: "Irmãos, rezamos insistentemente por vós, para que chegueis a conhecer plenamente a vontade de Deus, com toda a sabedoria e com o discernimento da luz do Espírito. Pois deveis levar uma vida digna do Senhor, para lhe serdes agradáveis em tudo."
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No Evangelho de hoje a multidão se agromerou na beira da praia para ouvir Jesus, pois sua Palavra era tudo o que precisavam para encontrar a Deus e permanecer em comunhão com Ele, pois viram que os sinais que o Senhor realizava revelavam a presença de Deus Nele. Ora, o sinal da pesca milagrosa e o convite especial que o Senhor faz a Pedro, Tiago e João, são os mesmos que Ele faz à todos os batizados: "Não tenhais medo! De hoje em diante vós sereis pescadores de homens."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 4,38-44)(04/9/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, na oração de intercessão que fazemos estão todos os dons por meio dos quais o Senhor realiza os seus prodígios, seja em nós ou por meio de nós, mas nunca sem nos, pois Ele veio para nos libertar de todos os males da alma e do corpo, e o maior de todos os males são os pecados permitidos, concentidos e praticados, os quais se tornam um inferno na vida de quem os pratica.
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Na primeira leitura de hoje São Paulo dá graças a Deus pela viva fé dos colossenses que cresce à medida que põem em prática o Evangelho de Cristo que receberam como um inestimável tesouro de graça e santidade. Diz o apóstolo: "Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, animados pela esperança na posse do céu."
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E continua ele: "Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e a conhecestes verdadeiramente." Ou seja, quando vivemos em conformidade com a vontade de Deus, tudo em nossa vida é realização do seu plano de amor para a nossa salvação (cf. Fil 2,12-16).
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No Evangelho de hoje Jesus cura a sogra de Pedro pela intercessão dos Apóstolos; ou seja, por meio da oração de intercessão eles recorreram a Jesus em favor dela e tiveram como resposta a graça que suplicaram. Assim compreendemos como o Senhor age nas almas pelas quais intercedemos, pois a oração é um dom precioso de sua benevolência por meio do qual tudo é possível alcançar pela fé, como Ele mesmo nos ensinou (cf. Mc 9,23; Jo 15,5-8). Ora, tudo isso se chama comunhão dos santos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

POR QUE O MAL EXISTE?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 4,31-37)(03/9/19)
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Caríssimos hoje teremos uma pequena aula de catequese a respeito da presença do mal e de sua influência em meio à criação. E vamos começar por duas perguntas muito pertinentes; ora, tudo o que Deus criou é bom, é belo, é perfeito, mas por que o mal existe? Qual a razão de ser do mal, se Deus é infinitamente perfeito e tem todo poder sobre o céu e a terra e sobre todas as suas criaturas?
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Busquemos essas respostas no Catecismo da Igreja: "Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino por livre escolha e amor preferencial. Podem, por conseguinte, desviar-se. De fato, pecaram. Foi assim que entrou no mundo o mal moral, incomensuravelmente mais grave que o mal físico.
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Deus não é, de modo algum, nem direta nem indiretamente, causa do mal moral. No entanto, permite-o por respeito pela liberdade da sua criatura e, misteriosamente, sabe tirar dele o bem. Mas nem por isso o mal se transforma em bem."
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Todavia, "Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus» (Rom 8,28). O testemunho dos santos não cessa de confirmar esta verdade. Assim, Santa Catarina de Sena diz aos «que se escandalizam e se revoltam contra o que lhes acontece»: «Tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do homem, e a nenhum outro fim.» E Juliana de Norwich: «Compreendi, pois, pela graça de Deus, que era necessário ater-me firmemente à fé […] e crer, com não menos firmeza, que todas as coisas serão para o bem».
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Portanto, "Nós cremos firmemente que Deus é o Senhor do mundo e da história. Muitas vezes, porém, os caminhos da sua Providência nos são desconhecidos. Só no fim, quando acabar o nosso conhecimento parcial e virmos Deus «face a face» (1Cor 13,12), é que nos serão plenamente conhecidos os caminhos pelos quais, mesmo através do mal e do pecado, Deus conduz a criação ao repouso desse Sábado definitivo em vista do qual criou o céu e a terra." (CIC 311-314)
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

BUSCAI O SENHOR JÁ QUE ELE SE DEIXA ENCONTRAR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 4,16-30)(02/9/19)
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Caríssimos, irmãos e irmãs, a Palavra de Cristo a respeito da vida natural em vista da vida eterna é esta: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? Respondeu Marta: Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo." De fato, quem carrega o Senhor em sua alma já vive aqui com Ele a vida eterna que espera, desse modo, a morte natural é a nossa páscoa (passagem) e não o fim de tudo.
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Por isso, fiquemos atentos ao que nos ensinou o hagiógrafo do livro da Sabedoria: "Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda. Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal."
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Com efeito, os exemplos que Jesus deu aos seus compatriotas na Sinagoga de Nazaré nos mostra que a verdadeira fé nasce do coração livre de preconceitos e julgamentos de valor, por isso, disse o Senhor: "Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria."
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Caríssimos, é verdadeiro quem nunca permite o mal em sua vida e em suas ações. É verdadeiro quem se abre à graça de Deus e a deixa reinar em sua vida, por isso, disse o Senhor: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." (Jo 8,32). De fato, quando as pessoas se deixam tomar pelos preconceitos e juízos de valor nunca reconhecem a verdade que as cura, liberta e faz feliz.
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Portanto, escutemos o Senhor na profecia de Isaías: "Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 1 de setembro de 2019

A VIRTUDE DA HUMILDADE...


Homilia do 22°Dom do tempo comum (Lc 14,1.7-14)(01/9/19)
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Caríssimos, Deus nos criou para vivermos na Sua presença por nossa obediência aos seus Santos Mandamentos, para isto derrama constantemente as suas graças em nossas almas para que assim façamos a experiência de que é Ele quem nos sustenta na vida. Ora, uma dessas graças é a humildade que é fruto do Espírito Santo que em nós habita.
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São Pedro, na sua primeira carta, escreveu: "Todos vós, em vosso mútuo tratamento, revesti-vos de humildade; porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes (Pr 3,34). Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno. Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós."
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Em outras palavras, a virtude da humildade é o fundamento que sustenta as outras virtudes que estão impressas nas nossas almas com as quais nos relacionarmos com o Senhor e entre nós. De fato, se pensarmos bem não passamos de um sopro de vida, mas é exatamente por isso que Deus vem em nosso auxílio por meio do Seu Filho Jesus Cristo, por sermos muito frágeis.
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Caríssimos, no Evangelho de hoje, Jesus nos ensina que o único lugar que não disperta disputa é o último; e que quase sempre ninguém quer ocupar; mas é exatamente esse lugar que Ele nos indica, porque Ele está sempre com aqueles que nele se encontram sem a preocupação de serem notados ou não. Bem como nos diz o Senhor: "Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.
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Oração: Senhor, precisamos viver em ti de tal forma, que somente transpareça a tua presença em nossa vida
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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