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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

PRESTAI ATENÇÃO NO QUE OUVIS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 4,21-25)(31.01.19)
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Caríssimos, o nosso tempo nesse mundo é curto se comparado com a eternidade que temos pela frente; ora, a morte é certa, mas, atenção, ela não é o fim, senão o princípio do juízo à que seremos submetidos, como está escrito na Carta aos Hebreus: "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo", (Hb 9,27); desse modo, o tempo que temos é muito significativo, porque nele nos preparamos para a segunda vinda de Cristo e para o juízo final.
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A liturgia de hoje nos proporciona um melhor entendimento do que acabamos de meditar, pois, nos introduz no tema da luz e das trevas que conhecemos muito bem por serem fenômenos naturais à que estamos acostumados. Com efeito, falando numa linguagem analógica o Senhor nos dá a entender que o nosso modo de ser revela em que estado se encontram as nossas almas em vista do devir.
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Disse o Senhor: “Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”.
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Conclusão: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele julga ter”. Ou seja, aqui o Senhor se refere às obras de misericórdia que nos levam à vida eterna quando as praticamos, caso contrário, nada de bom se pode esperar.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

SAIU O SEMEADOR À SEMEAR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 4,1-20)(30.01.19)
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Caríssimos, o ser humano carrega consigo necessidades que, quando supridas com justiça, se tornam sinais da presença de Deus e de comunhão uns com os outros. De fato, a prática da fé nos faz viver na presença de Deus, nos faz amá-lo e sentir-nos amados por Ele em todos os sentidos de nossa vida.
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Ora, se prestarmos bem atenção à prática da fé, percebemos que ela é a relação íntima entre o divino e o humano que encontra em Jesus Cristo, Deus e homem, perfeita harmonia; desse modo, falamos com Ele, mas também o escutamos, porque Nele vivemos, bem como nos ensinou: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada."
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Na liturgia de hoje meditamos com a Parábola do Semeador, diz o texto: “Escutai! O semeador saiu a semear... Com efeito, os elementos constitutivos desta Parábola, são: o semeador, as sementes, os tipos de terrenos e os frutos. Ora, Jesus é o Semeador; suas Palavras são as sementes; os tipos de terrenos são as almas que as recebe; os frutos, porém, depende sempre de quem as recebe e de como as cultiva.
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Conclusão: Caríssimos, a Palavra é o meio de comunicação mais eficaz que existe, por ela comunicamos as graças que de Deus recebemos e assim as multiplicamos. Todavia, se alguém não a usa com esse fim, ela se torna causa de perdição eterna para quem faz mal uso dela (cf. Mt 12,36-37). Portanto, precisamos dar total atenção à Palavra do Senhor, porque sem essa devida atenção, seremos apenas terrenos estéreis que nada produz além das ervas daninhas advindas da incoerência.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

FILHOS E FILHAS DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,31-35)(29.01.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, por causa de nossa miserável condição, o Senhor derramou sobre nós todas as graças necessárias para a nossa salvação por seu sacrifício de cruz, que expiou e apagou os nossos pecados. São Paulo, se referindo a isso, escreveu: "[Será que] ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova."
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A primeira leitura de hoje resume o que Deus Pai realizou pelo sacrifício do Seu Filho, o qual aceitou morrer para nos libertar definitivamente do pecado e da perdição eterna que o pecado gera. Diz o texto: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, o Senhor suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas."
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Desse modo, o Senhor retirou os limites de parentesco humano para nos fazer participantes de Sua família divina, ou seja, já não somos ligados somente pelos laços sanguíneos, mas pelo Espírito Santo que recebemos no batismo para vivermos a nossa filiação divina, como Ele nos ensinou no Evangelho de hoje: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
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Conclusão: O que seria da humanidade sem a presença do Senhor nela? Nada, absolutamente nada. No entanto, o Pai nos ama e nunca nos abandona, por isso, nos reserva como herança eterna o Paraíso, isto é, a glória do Seu Reino, nós que pela virtude da obediência fazemos parte de sua família divina redimida por Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,22-30)(28/01/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, nenhuma criatura existir em si e por si mesmo, muito menos fora do Senhor que nos criou por amor. Ora, porque Deus é Eterno, tudo criou para a eternidade, mesmo o tempo e tudo o que nele se encontra; é esse o grande mistério que nos desafia à todo instante. O fato é que, frequentemente o ser humano sofre a tentação de querer limitar o que não tem limite, principalmente em se tratando da fé; e quando não consegue o que quer, geralmente condena os que não são de acordo com o que pensa.
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A liturgia de hoje trata do pecado contra o Espírito Santo, para o qual não existe perdão nem neste mundo nem no vindouro. O fato é que, quem comete este pecado, tem plena consciência do mal praticado contra Deus, contra o próximo e contra si mesmo, e por causa disso, nunca se arrepende.
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Então, o que é esse pecado e como se comete ele? Trata-se da blasfêmia contra o Espírito Santo. É uma espécie de rejeição à terceira Pessoa da Santíssima Trindade; e isso acontece quando a alma perde toda noção do Sagrado por se encontrar imersa nas insídias do maligno passando a viver como ele. Ou seja, a alma desligada de Deus, perde todas as suas graças, entre elas o santo temor, a contrição do coração e a esperança da salvação eterna. Desse modo, começa a atribuir a Deus o que em Deus não existe, ou seja, o mal.
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Conclusão: Caríssimos, esse pecado além de ser uma grande ofensa a Deus, é também uma terrível tragédia para as almas que o cometem, pois nele não existe bem algum. Portanto, que nenhuma criatura se arvore em querer julgar o Senhor, pois Ele nos ama, e por isso nos dá a vida, nosso bem mais precioso; aí daqueles que o rejeitam e o acusam como se fosse culpado pelos males advindos dos nossos pecados.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 27 de janeiro de 2019

VIVER EM ESTADO DE GRAÇA...


Homilia do 3°Dom tempo comum (Lc 1,1-4;4,14-21)(27.01.19)
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Caríssimos, as obras de Deus são os meios pelos quais o Senhor se revela e nos comunica a Sua Divina Presença; desse modo, Ele nos dá conhecer que tudo sustenta com o Seu Poder, e aquilo que não revela sua bondade e misericórdia, tende à um fim trágico, porque se desliga do Seu Infinito Amor.
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Com efeito, o nosso modo de ser é como que o espelho de nossa alma que reflete a fonte da qual bebemos o conteúdo que vivemos. Quem bebe da Fonte da água viva que jorra para a vida eterna, reflete sempre a vontade de Deus por palavras e por obras; pelo contrário, quem não bebe da Fonte do Senhor, reflete somente o resultado do pecado que cultiva com sua prática de vida.
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No Evangelho de hoje, vimos qual é a missão de Jesus pela qual reflete a vontade do Pai: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
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Conclusão: Caríssimos, Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Única Fonte de libertação que o Pai deu à toda humanidade. Por Ele vencemos todo o mal que está no mundo tentando impedir a nossa salvação. Portanto, cabe à nós vivermos tudo o que o Senhor nos ensina, pois Ele está vivo no meio de nós; recebê-lo na Eucaristia em estado de graça, é receber o céu em nossas almas.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 26 de janeiro de 2019

MESMO QUE DOA O CORAÇÃO, MESMO QUE FALTE UM DIA A CANÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 10,1-9)(26.01.19)
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Caríssimos, muitas vezes as preocupações humanas e mundanas tentam atrapalhar a obra de Deus em nossa vida, e se não tivermos cuidado nos deixamos dominar por elas. Ora, o fundamental na vida de todo batizado é amar a Deus sobre todas as coisas fazendo sempre aquilo que lhe agrada, fora dessa verdade tudo o mais não passa de vãs preocupações sem nenhum sentido de ser.
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A liturgia de hoje nos dá o entendimento de que as obras de Deus são perfeitas e tudo nelas transcorre harmoniosamente mesmo que os homens tentem atrapalhar. Ora, só entende isso quem se põe disponível no seguimento de Cristo para assim querer somente o que Ele quer; caso contrário, haverá sempre oposição e críticas que em nada contribuem para a plena realização do Seu Reino no meio de nós.
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Caríssimos, seguir Jesus com a nossa cruz de cada dia é saber-se amados por Ele mesmo quando os homens e o mundo dizem que não. Certa feita, escrevi uma canção que representa muito bem o sentido dessa liturgia de hoje: "Esperar contra toda esperança, confiar cegamente e seguir, sabendo que a chegada é certa e que o sol vai de nova surgir. Mesmo que doa o coração, mesmo que falte um dia a canção, mesmo que tudo diga não; Deus me ama e me acolherá."
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Com efeito, a prática da fé tem também seus contratempos porque nem todos os homens aceitam os desígnios do Senhor. Ora, São Timóteo e São Tito, de quem hoje celebramos a memória, muito sofreram por causa do Seu Santo Nome, mas, porque se mantiveram fiéis à Ele até o fim, receberam a feliz recompensa da vida eterna juntamente com São Paulo de quem eram discípulos. Portanto, de igual modo, isso também nos acontecerá se como eles perseverarmos até o fim. A graça para isto, jamais nos faltará.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

CONVERSÃO DE SÃO PAULO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 16,15-18)(25.01.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, o itinerário existencial é um caminho a ser percorrido por todos e não comporta atalhos; viver não é só existir, mas sim, dar sentido à vida ligando-se ao autor de toda vida para assim dar os furtos de sua presença. Ora, nenhum rio existe sem a fonte que o gera e o mais incrível de tudo isso, é que ele segue fielmente o seu percurso fazendo o bem por onde passa até retornar à fonte que o gerou. Caso seja desligado da fonte, seca totalmente e não gera mais o bem como antes.
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De fato, nossa vida faz parte do grande mistério de Deus e da obra de suas mãos, e os acontecimentos que nela se dão, depende sempre das escolhas e decisões que tomamos, e obviamente, se as tomamos em comunhão com a sua vontade tudo contribui para o bem de nossas almas e para a nossa felicidade eterna.
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Dito isso, meditemos, então, a liturgia de hoje, onde São Paulo, de perseguidor dos cristãos, converte-se no grande propagador de nossa fé. Com efeito, sua conversão também é um mistério, mas do que isso, é um grande testemunho da presença de Cristo no mundo por suas palavras e ações, como ele mesmo relatou: "Porque não ousaria mencionar ação alguma que Cristo não houvesse realizado por meu ministério, pelo poder dos milagres e prodígios, pela virtude do Espírito. De maneira que tenho divulgado o Evangelho de Cristo desde Jerusalém e suas terras vizinhas até a Ilíria, para levar os pagãos a aceitar o Evangelho, pela palavra e pela ação."
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Conclusão: Caríssimos, quando o Senhor nos envia a propagar a Boa Nova da salvação, como o fez com São Paulo, Ele nos dá como garantia a sua presença real na Eucaristia e a assistência permanente do Espírito Santo para que assim cumpramos a nossa missão de levá-lo ao maior número de almas, para que convertidas, tenham Dele a vida eterna.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

O ESPAÇO SAGRADO DE DEUS EM NOSSA VIDA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,7-12)(24.01.19)
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Caríssimos, o espaço sagrado de Deus em nossa vida precisa ser preservado para não ser invadido pelo mal que está no mundo. Mesmo em meio às mais diversas atividades cotidianas, a nossa comunhão com o Senhor é fundamental para nos atermos seguros quanto a realização dos seus desígnios. Não basta dizer: Senhor, eu creio em ti, e depois contradizer isso por uma prática nefasta. Ora, para além de tal afirmação é preciso essa comunhão permanente com Ele para que a Sua Divina Sabedoria nos conduza em todos os sentidos de nossa vida.
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De fato, constantemente somos interpelados pelos prementes desafios que nos circundam à mantermos a unidade e assim nos atermos seguros da vivência dos valores eternos que o Senhor nos concede para sermos um. Ora, tudo em nossa vida diz respeito à nossa fé, porque sem fé é impossível agradar a Deus (cf. Hb 11,6). Por isso, a convivência com o Senhor e entre nós é o que nos faz testemunhar o novo modo de ser que Ele veio trazer, mostrando com isso que tudo é possível ao que crê.
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No Evangelho de hoje a multidão se aproxima de Jesus para ouví-lo e ser curada por ele no corpo e na alma; muitos também são os demônios que se manifestam querendo chamar a atenção sobre si mesmos; mas o Senhor os repele e os expulsa das almas que os carregam, para que não causem danos com os enganos que semeiam, por isso, os impede de falar.
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Conclusão: Caríssimos, a nossa alma é o espaço sagrado de Deus (cf. 1Cor 3,16;6,18;Jo 14,23), ela é o Paraíso onde o encontramos. Por isso, não pode ser ocupada por nada fora de Sua vontade. Toda pessoa que nega a Deus o espaço sagrado de sua vida, o qual somente a Ele pertence; tende a querer preenche-lo com os ídolos deste mundo, dinheiro, fama e poder; e o resultado nefasto que amargam na alma é a perca da liberdade, pois isto nos ensinou o Senhor: "Em verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

OS DUROS DE CORAÇÃO E A CEGUEIRA ESPIRITUAL...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,1-6)(23/01 /19)
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Caríssimos, quem interpreta a lei com o intuito de destruir a boa reputação e a vida do próximo, torna-se inimigo de Deus, porque Deus é o autor da vida. A dureza de coração nunca gera o bem, porque não tem o bem nela. Na verdade, os rígidos de coração são como cadáveres insepultos prestes a apodrecer, por isso, suas ações causam tantos danos.
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No Evangelho de hoje o grupo dos fariseus e herodianos completamente cegos de ódio, viram no bem que Jesus fez ao homem da mão seca apenas um motivo para tramarem a sua morte. Diz o texto: "Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo." Com efeito, uma alma atingida pela cegueira espiritual, só trama o mal e só vive do mal que trama, por isso, nunca tem Paz.
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Nenhuma atitude perversa pode impedir que Deus realize suas obras por meio de seus filhos e filhas, mesmo que estes sofram a mais terrível oposição. De fato, o bem que vem de Deus é infinitamente superior à todo falso argumento que se levanta contra a sua presença. De uma coisa fiquemos certos, o mal que ora está presente no mundo, não mais existirá, porque o Senhor, que renova todas as coisas, o destruirá com o sopro de seus lábios (cf. 1Tess 2,8).
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Caríssimos, o autor e consumador de nossa fé, nosso Senhor Jesus Cristo, nos conduz ao pleno cumprimento de nossa missão à medida que seguimos o seu perfeito exemplo de como devemos agradar e nos submeter a Deus e não aos desvarios dos homens. Pois, o bem que o Senhor nos dá à fazer neste mundo, é um bem eterno.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

OS CRITÉRIOS DA FÉ...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,18-22)(22/01/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, os critérios da fé são divinos e não humanos, isso quer dizer que a fé é dom de Deus e que por ela tudo é possível, porque em Deus não existe limites. Ora, Jesus mesmo nos ensinou isso: "Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai."
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Contudo, para que isso aconteça, precisamos viver os critérios da fé segundo o Espírito Santo que recebemos no batismo, e por meio da santa obediência aplicá-los ao nosso viver para que seus efeitos apareçam, como nos ensinou o Senhor: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei."
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Com efeito, caríssimos, a liturgia de hoje muito nos chama a atenção, porque por ela o Senhor nos mostra o quanto erramos quando impomos os nossos critérios para crer, sobrepondo com isso os critérios divinos, sufocando a ação do Espírito que deixa de agir por causa da dureza dos nossos corações. No Evangelho de hoje, Jesus é censurado pelos fariseus, porque os discípulos arrancaram espigas de trigo em dia de sábado para se alimentarem.
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Ora, a lei do repouso sabático não é um fim em si mesma, mas um meio para se praticar todas as virtudes que promovem a vida e levam à santidade aqueles que as vivem com esse propósito. Desse modo, a resposta de Jesus contra a rigidez farisaica é um alento para as nossas almas: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

SEDE MISERICORDIOSOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,18-22)(21/01/19)
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Caríssimos, frequentemente somos tentados a olhar o modo de viver do próximo esquecendo do nosso. No entanto, essa atitude nos desliga da vontade do Senhor, pois querer o seu querer é sermos misericordiosos com os outros como Ele é misericordioso conosco, e nunca ceder à tentação do julgamento de valor, pois Ele nos ensinou a amar-nos, como vemos no Evangelho de São João: "Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado."
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Em se tratando da vivência da fé, a prática dos exercícios espirituais só têm sentido quando vividos como meio de conversão de si mesmo, caso contrário, torna-se motivo de julgamento e condenação dos que não se exercitam do mesmo modo, bem como vimos no Evangelho de hoje. Ora, ao rejeitar tal atitude o Senhor mostrou aos que estão preocupados com a não prática de jejum dos outros, que isto os impedia de colherem os frutos do próprio jejum. De fato, exigir que os outros sejam santos sem sermos santos, é o mesmo que nada.
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Com efeito, os exemplos de vida de Jesus e de Maria, e por consequência os daqueles que os seguiram fielmente e que a Igreja proclamou santos, são os únicos à serem seguidos sem medo de cometermos erros. De fato, o caminho que nos leva ao céu é Cristo que por sua obediência à vontade do Pai nos libertou do pecado e de todo o mal, que o pecado causa.
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Meditemos, então, o que nos diz a primeira leitura da liturgia de hoje: "Mesmo sendo Filho, [Jesus] aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 20 de janeiro de 2019

O MILAGRE DAS BODAS...


Homilia do 2° Dom do tempo comum (Jo 2,1-11)(20/01/19)
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Caríssimos, a fé transpõe a natureza, assim como a vida divina sobrepõe a vida natural nos levando à felicidade eterna. Ora, tudo o que somos, vemos e temos são obras das mãos de Deus, porque tudo é expressão de sua bondade, beleza e perfeição; não crer nessa verdade é viver sem nenhuma esperança do encontro com Ele na vida eterna.
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É certo que o pecado humano tem causado muitas tragédias na face da terra, levando à perdição muitas almas que se deixam enganar pelas tentações do maligno. Todavia, o Senhor nunca nos deixou sozinhos, pelo contrário, por Seu Filho, Jesus Cristo, veio em nosso auxílio para levar à bom termo a obra que aqui começou e que tem seu fim na sua glória eterna.
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A liturgia de hoje é a revelação de como o Senhor nos ama e demonstra isso pelas mais diversas graças sobre nós derramadas, à exemplo do primeiro milagre de Jesus nas bodas de Caná da Galileia por intercessão de Sua Mãe, Maria Santíssima. Essa sua ação significa a renovação de todas as coisas, que só é possível mediante a Teofania Divina (ação direta de Deus).
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Ora, todas as palavras e gestos de Jesus têm um profundo significado teológico, espiritual e salvífico; desse modo, a festa das bodas representa a aliança de amor entre Deus e o seu povo; a água transformada em vinho, representa os Sacramentos da Igreja, sinais visíveis de nossa salvação, pois ao morrer na cruz o Senhor verteu sangue e água do seu Divino Coração ferido pelos nossos pecados.
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Conclusão: Caríssimos, Jesus não faz milagre por fazer ou por marketing, mas, porque é uma expressão do poder de Deus que nos liberta de todo o mal que existe neste mundo e que causa tanta tristeza e desolação. Então, qual é a função desse primeiro milagre de Jesus? Reforçar a fé dos discípulos, revelar o poder da intercessão de Nossa Senhora e gerar a verdadeira alegria em nossas almas como gerou naqueles que dele participaram.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 19 de janeiro de 2019

VOCAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,13-17)(19/01/19)
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Caríssimos, a palavra vocação é sumamente importante em nossa vida, porque fundamenta a nossa existência dentro do plano de Deus para a nossa salvação. Ela vem do termo latino "vocare" que significa chamar ou chamado à realizar ou cumprir uma missão que nos é confiada por Deus; como vimos no Evangelho de hoje onde Jesus chama Mateus, "Segue-me" e ele prontamente aceita e deixa tudo para segui-lo, tornando-se o grande evangelista, autor do primeiro Evangelho.
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De fato, todos os cristãos têm sua vocação específica no seio da Igreja, ou seja, são chamados pelo Senhor que lhes confia missões a serem cumpridas durante sua estadia neste mundo. Foi assim com os nossos primeiros pais na fé ainda na Antiga Aliança e também na Nova da qual fazem parte todos os batizados. Ora, toda vocação começa com um chamado especial que o Senhor faz à alma que o escuta em oração. Nada se compara a isso, pois é pura inspiração do Espírito Santo, e com o tempo vai amadurecendo, dando os frutos do chamado.
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No entanto, existe uma vocação comum à todos, é a de evangelizadores, ou seja, de anunciadores da boa nova da salvação que Jesus veio trazer à humanidade. De fato, estamos à caminho do céu e por onde passamos nesse caminho anunciamos o Senhor por palavras e por obras e assim cumprimos a nossa missão de testemunhas de Sua Ressurreição.
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Caríssimos irmãos e irmãs, dentro das vocações específicas se encontra a vida religiosa consagrada nas mais diversas ordens e congregações; a vida consagrada leiga nas novas comunidades ou não; a vida matrimonial; a vocação sacerdotal e os mais diversos ministérios no seio da Igreja, formando assim o Novo Povo de Deus à caminho do Reino dos Céus.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

JESUS CURA CORPO E ALMA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,1-12)(18/01/19).

Caríssimos irmãos e irmãs, as obras de Deus são perfeitas e perfeitos são os seus caminhos, quem anda nos caminhos do Senhor, encontra Nele abrigo e proteção. Ora, quem poderá ver o Senhor face a face? Todos os que observam a Sua Palavra, como reza o salmista: "Senhor, quem morará em vossa casa e no vosso monte santo, habitará? É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua. Sobre esse desce a bênção do Senhor, a recompensa de seu Deus e Salvador."
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A primeira leitura de hoje fala de um repouso que o Senhor reserva como herança para aqueles que o amam. Ora, Deus é o único e Supremo Bem de nossa vida, e amá-lo de todo coração, com toda a nossa força, com todo o nosso entendimento e com toda a nossa alma é o que nos faz permanecer Nele até o fim. De fato, amar a Deus é obedecê-lo, é guardar os Seus mandamentos e assim tornar-se Sua morada (cf. Jo 14,23; 1Jo 5,1-3).
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No Evangelho de hoje Jesus anunciava a boa nova da salvação à uma imensa multidão, quando lhe apresentaram um paralítico que quatro homens desceram de sobre o teto devido o difícil acesso ao lugar onde se encontrava.
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Ao ver a fé com que praticavam tal caridade, perdoou imediatamente o paralítico curando a paralisia de sua alma; todavia, como foi contestado e acusado de blasfêmia por causa do perdão consentido, respondeu aos seus acusadores curando também a paralisia física como prova de sua divina misericórdia.
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Caríssimos, a fé nos leva sempre ao encontro do Senhor, sejam quais forem as provações que enfrentamos. Todavia vale lembrar que a fé é um dom do Espírito Santo e não um ente de razão com o qual se julga as ações divinas e as humanas. De fato, no dia que o ser humano passar cinco minutos sem nada julgar, serão cinco minutos de paz total. Então, não passemos somente cinco minutos, mas toda a nossa vida em obediência ao que disse o Senhor (cf. Lc 6,36-38).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

TRABALHAI NA VOSSA SALVAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 1,40-45)(17/01/19).
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Caríssimos, começo esta reflexão de hoje com uma citação do Profeta Habacuc, dando continuidade à meditação do Salmo responsorial dessa liturgia: "Eis que sucumbe o que não tem a alma íntegra, mas o justo vive por sua fidelidade." De fato, a fé é um dom do Espírito Santo, por ela, como disse o Senhor, tudo podemos alcançar: "Tudo é possível ao que crê." (Mc 9,23b).
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Na primeira leitura de hoje, apesar daquele povo ter visto e vivido os prodígios do Senhor, o tentaram pela infidelidade, ameaçando se afastar de seus caminhos caso ele não lhes satisfizesse seus instintos. Ora, essa atitude é uma imposição sem razão de ser, na verdade, é um desrespeito e falta amor; um não reconhecimento das maravilhas que o Senhor havia realizado em suas vidas.
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De fato, crer no Senhor é manter o coração sempre aberto para Ele realizar os seus desígnios à nosso respeito, pois sabe o que é melhor para a nossa vida e salvação. Eis o escreveu São Paulo sobre isso: "Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor... Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar."
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"Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida."
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Conclusão: Meditando o Evangelho de hoje, vemos que muitas vezes as pessoas buscam as graças de Deus, mas não são fiéis às suas Palavras, ou seja, fazem seus pedidos, recebem as graças, mas não lhe obedecem, por continuarem seguindo os próprios caprichos. Por isso, disse o Senhor: "não entrarão no repouso prometido" (cf. Hb 3,11).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

O PODER DA INTERCESSÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 1,29-39)(16/01 /19)
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Caríssimos, em meio ao mistério da vida que vivemos, o Senhor nos dá a conhecer que bem é bem e mal é mal, e tudo o que diz respeito ao mal se destina à perdição eterna, ou seja, à não comunhão com Deus eternamente. A primeira leitura de hoje nos mostra que Jesus veio a este mundo para nos libertar de todo o mal que está presente no pecado e de seu resultado, a morte; diz o texto: "Visto que os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Jesus participou da mesma condição, para assim destruir, com a sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e libertar os que, por medo da morte, estavam a vida toda sujeitos à escravidão."
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Com efeito, esse modo de agir de Deus nos ajuda a compreender que tudo em Jesus é justo, é Santo, pois Ele nunca busca a própria vontade, mas a vontade do Pai que o enviou (cf. Jo 5,30); por isso, ao se fazer um de nós, o Senhor nos faz passar da morte para a vida por sua morte e ressurreição, quebrando assim a hegemonia do pecado e do poder do inferno, para nos fazer participantes de Sua Santidade.
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No Evangelho de hoje Jesus cura a sogra de Pedro por intercessão dele e dos outros Apóstolos, nos ensinando com isso o imenso poder da oração cada vez que o invocamos a favor daqueles que amamos. Diz o texto: "A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los." Depois disso, curou à muitos e expulsou os demônios de outros; e se dedicou ele mesmo à oração, seu meio mais precioso de comunhão com o Pai.
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Conclusão: Caríssimos, quanta graça, quanta alegria e felicidade de termos Jesus conosco presente na Eucaristia bem ao nosso alcance. Portanto, à Ele invoquemos em favor de todos aqueles que amamos.
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Oremos: Senhor Jesus Cristo, que quisestes ficar bem perto de nós no Santíssimo Sacramento, vos pedimos, daí Senhor vosso auxílio e proteção e a cura de todos os males do corpo e da alma àqueles por quem rogamos nesse momento, vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo! Amém!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

INÍCIO DO DA MISSÃO SALVÍFICA DE CRISTO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 1,21b-28)(15/01/19)
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Caríssimos, nós que estamos nesse vale de lágrimas, nesse tempo de prova, passamos pelas mais diversas provações e desafios da fé que praticamos; no entanto, Deus que nos conhece perfeitamente, nunca nos deixa sozinhos, por isso, nos socorre sempre que à Ele recorremos. Ora, vivemos num mundo em constantes tensões, guerras, mortes e todo tipo de pecados aqui praticados; de fato, se o Senhor não estivesse ao nosso lado, nenhuma criatura existiria mais.
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Com efeito, em sua regra monástica assim escreveu São Basílio: "Ora, o pecado se define como o mau uso, o uso contrário à vontade de Deus daquilo que ele nos deu para o bem. Pelo contrário, a virtude, como Deus a quer, é o desenvolvimento destas faculdades que brotam da consciência reta, segundo o preceito do Senhor." Desse modo, entendemos que a coerência ou perfeita obediência é uma das virtudes que faz a alma transparecer as graças recebidas de Deus, mantendo-a imersa Nele.
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A liturgia de hoje trata do início da missão salvífica de Cristo, de como ensinava com autoridade a Boa Nova da salvação, e de como expulsava os demônios não os deixando anunciar nada à seu respeito. De fato, à medida que acolhemos o senhorio de Jesus em nosso viver, acolhemos a Sua Vontade e por Ela testemunhamos que Ele reina em nosso meio.
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Conclusão: Caríssimos, todo o poder sobre o céu e sobre a terra pertence somente a Deus, e por isso, ninguém pode usurpa-lo do Senhor; aí daqueles que usam os seus dons para a prática do mal, esses jamais verão a sua face. É bem como escreveu o Salmista: "Levanta-se Deus: eis que se dispersam seus inimigos, e fogem diante dele os que o odeiam. Eles se dissipam como a fumaça, como a cera que se derrete ao fogo. Assim perecem os maus diante de Deus. Os justos, porém, exultam e se rejubilam em sua presença, e transbordam de alegria."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O ENCONTRO COM O SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 1,14-20)(14/01/19)
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Caríssimos, Jesus é Deus e está sempre presente em todos os momentos de nossa vida por sua Divina Onipresença, e sempre nos ajuda por Sua Divina Providência; é Ele também quem nos conduz por meio de seus escolhidos, que no Evangelho de hoje, chamou de "pescadores de homens".
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Ora, "o Senhor é o mesmo ontem, hoje e por toda a eternidade" como escreveu São Paulo (cf. Hb 13,8). Desse modo, a Sua Palavra, é Ele mesmo falando conosco, por isso, meditar o que Ele diz nos Santos Evangelhos é permanecer em profunda comunhão com a vontade do Pai, de quem Ele disse à Filipe: "Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Eu e o Pai somos um."
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De fato, todos os dias interagimos com muitas pessoas seja na própria família, no trabalho, nas redes sociais ou em outros meios de comunicação. Mas, e com Jesus? Quanto tempo do nosso dia damos à Ele? Com efeito, quem encontra o Senhor e com Ele dialoga, está sempre em paz, não obstante o mundo agitado em que vivemos. De fato, encontrar Jesus em nossa oração e interagir com Ele, como nos acostumamos interagir entre nós, é tê-lo conosco em todas as situações de nossa vida.
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É bem como nos ensinou São Paulo: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus."
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Paz e Bem!
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Fr Fernando Maria OFMConv.

domingo, 13 de janeiro de 2019

FESTA DO BATISMO DO SENHOR...


Homilia da Festa do Batismo do Senhor (Lc 3,15-16.21-22)(13/01/19)
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Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Festa do Batismo do Senhor. Com efeito, Seu Santo Batismo é repleto dos sinais que nos leva à compreender o cerne desse Sacramento, pois Jesus é Deus e pede o Batismo para santificar a água e todos os que forem batizados, cumprindo assim toda a justiça; para enviar o dom do Espírito Santo ao coração dos neos (novos) batizados e os fazer participantes de sua natureza divina por meio do Seu Corpo Místico, a Igreja.
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Eis, então, os sinais significativos do Santo Batismo do Senhor e também do nosso: o céu se abre, visto que estava fechado por causa do pecado; o Espírito Santo desce sobre Jesus em forma de pomba, símbolo da reconciliação e da paz que o Senhor nos traz; o Pai se faz ouvir à todos por sua teofania, ou seja, sua ação direta: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer”.
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Caríssimos irmãos e irmãs, no coração de uma pessoa batizada não existe espaço para a dúvida ou para o medo, porque recebeu o dom do amor de Deus, o Espírito Santo, Paráclito. De fato, como escreveu São João: "Deus é amor e quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele." "Conservemos, então, sempre viva a memória do nosso Batismo. Alí estão as raízes de nossa vida em Deus, as raízes de nossa vida eterna!"
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Oremos: "Deus eterno e todo-poderoso que, sendo o Cristo batizado no Jordão, e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo." Amém!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 12 de janeiro de 2019

HUMILDADE E OBEDIÊNCIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,22-30)(12/01/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, Deus é Único autor e Senhor de todas as coisas, à Ele todas as criaturas devem o ser e o existir em meio à criação; sem Ele nada subsiste, e quem não vive em comunhão com a Sua vontade, se desliga do Seu amor, perdendo totalmente o sentido de ser, se destinando ao caos eterno que cultivou. Porém, enquanto a humanidade aqui existir, haverá sempre esperança e nem tudo está perdido, pois, Sua Divina Misericórdia é o porto segura para as almas que desejam serem salvas.
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São Paulo, se referindo a isso, escreveu: "Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus."
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Ora, São João, na primeira leitura de ontem, nos deu exatamente o entendimento do que significa essa vinda de Jesus, disse ele: "Aceitamos o testemunho dos homens. Ora, maior é o testemunho de Deus, porque se trata do próprio testemunho de Deus, aquele que ele deu do seu próprio Filho. E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus."
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Caríssimos, no Evangelho de hoje, São João Batista compreendeu perfeitamente qual era a finalidade de sua missão, e quando desafiado à se opor à missão de Jesus, respondeu: "Ninguém pode receber alguma coisa, se não lhe for dada do céu. Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. Esta é a minha alegria, e ela é completa. É necessário que ele cresça e eu diminua”.
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Ora, o nome dado à esta postura de São João Batista, é: obediência sem limites, humildade à toda prova, ou seja, é a mesma postura de Maria Santíssima quando da encarnação do seu Filho, nosso Senhor, Jesus Cristo: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A CURA DE UM LEPROSO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 5,12-16)(11/01/19).

Caríssimos irmãos e irmãs, a oração que fazemos é um encontro com o Senhor, um diálogo filial, uma interação espiritual, onde falamos com Ele, mas também o escutamos; ocorre que muitas vezes só nós falamos, e ainda por cima com pressa e a mente cheia de distrações; por isso, nada escutamos além do barulho de nossas mentes. E o resultado é uma oração sem frutos, confusa, estéril.
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No Evangelho de hoje, um leproso vem ao encontro de Jesus e lhe dirige uma prece que, na verdade, é uma belíssima catequese sobre o dom da oração. Ora, nos chama a atenção sua postura orante: "Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés." Ou seja, oração é isso, abandono, entrega, confiança de alguém que se abre para dar o que tem ainda que seja os limites de sua contingência, que no caso desse homem, era a lepra que carregava no corpo e na alma.
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Outra atitude dele que nos leva a refletir, é que sua oração não era uma exigência, mas um ato de dependência, ou seja, de alguém que se entrega e simplesmente espera a resposta: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. Ora, tal oração comove até mesmo quem não tem a mesma sensibilidade de Jesus, pois, sua cura serviu de testemunho para muitos se aproximarem do Senhor: "Numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades."
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Conclusão: Caríssimos, a vida vivida na presença de Deus tem na oração o espaço sagrado onde o encontramos e nele permanecemos para assim obtermos a sua misericórdia e todas as graças que precisamos, pois foi isso que o Senhor nos ensinou: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito."
(Jo 15,7).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

SEM CONVERSÃO, NÃO HÁ SALVAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 4,14-22a)(10/01/19).
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Caríssimos, quem não sentiria a maior alegria tendo um encontro com Jesus como esse da Sinagoga de Nazaré que vimos no Evangelho de hoje? Vê-lo face a face; ouví-lo pregar a boa nova; ver os sinais que realizava demonstrando que era o Messias enviado pelo Pai... Ora, tudo isso aquele povo teve a graça de contemplar, no entanto, nem todos o acolheram como deveriam acolher. Mas, por que todos não creram Nele? A resposta se faz presente ainda hoje em meio à essa nossa sociedade hodierna.
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Com efeito, a fé é um dom do Espírito Santo que todos os batizados receberam quando de seu batismo, mas é preciso vivê-la intensamente, caso contrário, ela é como uma bela teoria que muitos aceitam, mas não experimentam o seu resultado prático. São João na primeira leitura de hoje nos mostra isso: "Caríssimos, quanto a nós, amamos a Deus porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê."
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De fato, estamos acostumados a viver naturalmente, mas não espiritualmente; ora, isso equivale a dizer que a maior parte da humanidade vive mergulhada no hedonismo, isto é, na busca do prazer, fama, poder, extravagância e quase nenhuma comunhão com a vontade de Deus. E o resultado de tudo isso, é uma sociedade dominada pelo inimigo de nossas almas; e cada vez mais afastada da fé, da esperança, do amor fraterno e de todos os valores cristãos que nos proporciona viver a unidade e à paz interior que tanto precisamos.
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Conclusão: Caríssimos, a única solução para todo esse desvario que se faz presente no mundo é a volta de todo coração ao Senhor Jesus Cristo por meio do arrependimento sincero e da conversão; sem isso, este mundo está perdido, destinado ao caos eterno. Escutemos, então, o que diz o Profeta Isaías: "Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O FAZER DE DEUS E O FAZER HUMANO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mc 6,45-52)(09/01/19).
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Caríssimos, o fazer de Deus difere infinitamente do fazer humano, porque em Deus tudo é eterno e Supremo Bem; todavia, quando o fazer humano é um fazer para Deus há sempre uma recompensa em tudo o que faz, porque não busca a própria vontade, mas sim a vontade do Senhor. É isso o que meditamos na primeira leitura de hoje, onde São João nos exorta: "Caríssimos, se Deus nos amou assim [nos dando o seu único Filho], nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós."
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Com efeito, o fazer de Jesus no Evangelho de hoje, nasce precisamente de sua comunhão com a vontade do Pai pela oração. Desse modo, "a oração para Jesus não é um dever, não é um rito, nem um hábito, mas, é como o oxigênio que respira," de modo que, todas as suas ações nascem desse seu encontro com o Pai, por isso, não exita permanecer com Ele a noite toda num colóquio santo.
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Porquanto, quando o Senhor caminha sobre o mar, esse sinal é uma revelação de quem Ele é e o poder que exerce sobre as leis naturais, porque tudo nele nasce da graça desse encontro com o Pai em sua oração. Certa feita, com o povo da Antiga Aliança aconteceu um fato extraordinário, que foi a passagem do mar vermelho, onde Moisés, obedecendo ao Senhor, bateu três vezes com o bastão nas águas e elas se dividiram ao meio permitindo o povo eleito passar à pé enxuto rumo à terra prometida.
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Ora, o que isso significa? Significa que quando vivemos o tempo que temos como encontro com o Senhor pelo o dom da oração, tudo o que nos acontece tem como fundamento a realização de Sua Vontade em nossa vida; como Ele mesmo nos ensinou: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos." (Jo15,7-8).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

O AMOR DO SENHOR MULTIPLICA TODAS AS GRAÇAS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mc 6,34-44)(08/01/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, uma Palavra de Sabedoria vale mais que todas as palavras humanas juntas, pois, "a Sabedoria que vem de cima, é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz."
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No Evangelho de hoje, Jesus pronuncia em forma de bênção sua Palavra de Sabedoria sobre cinco pães e dois peixes, diante de uma multidão faminta; e por ela, a lei natural deu lugar à lei divina do amor que os multiplicou. "Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens." Ou seja, sem justificativas nem por quês, o Senhor simplismente os multiplicou, pois, o amor é assim, faz chegar a sua graça onde ela necessita chegar.
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À esse respeito assim escreveu São João na primeira leitura de hoje: "Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor. Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele."
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Conclusão: Caríssimos irmãos e irmãs, a fé que praticamos se fundamenta nesse amor que multiplica todas as virtudes necessárias para o bem estar de todos e a salvação das almas; esse amor que se traduz em solidariedade, partilha, gratidão, alegria fraterna, etc. revela nitidamente a presença do Senhor em nosso meio, pois Ele é o único doador de todos os dons.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

DEUS TEM SEMPRE UM PROPÓSITO SANTO PARA O NOSSO VIVER...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Mt 4,12-17.23-25)(07/01/19)
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Caríssimos, em tudo o que diz respeito ao nosso viver Deus tem um propósito santo e por ele nos santifica; desse modo compreendemos que o nosso viver não é por acaso; na verdade, existimos por pura misericórdia; e é o Senhor, que por sua divina providência, nos sustenta e nos conduz para o Seu Reino de Amor. Porém, como meditamos na primeira leitura, precisamos discernir claramente o que é e o que não é de acordo com a vontade de Deus, para assim rejeitarmos totalmente toda negação da presença de Jesus que se fez homem no meio de nós.
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No Evangelho de São Mateus, Jesus nos ensina qual é o critério para termos tal discernimento: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!"
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Conclusão: Caríssimos, escutemos São João, ainda na sua primeira carta: "Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora.
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Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos. Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho."
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Portanto, todo "aquele que afirma permanecer [em Cristo] deve também viver como ele viveu."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 6 de janeiro de 2019

SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR...


Homilia da Solenidade da Epifania do Senhor (Mt 2,1-12)(06/01/19)
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Caríssimos, a Solene celebração da Epifania do Senhor faz parte do Seu Plano de amor para a salvação de toda a humanidade. Pois, por ela, o Deus invisível e eterno, se manifesta visivelmente na humanidade do Seu Filho amado, que nasce na simplicidade da família de Nazaré; se dando a conhecer à todas as nações representadas pelos três reis magos que lhe trazem presentes proféticos, ouro, incenso e mirra, anunciando por meio deles os acontecimentos que se deram durante o percurso da vida terrena de nosso Senhor Jesus Cristo.
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Mas, muita atenção, pois, a humanidade mesmo tendo recebido a manifestação visível do seu Criador, ainda não se deixou iluminar totalmente pela luz de sua presença; por isso, vive mergulhada nas trevas do pecado e de seu resultado, a morte eterna de tantas almas que o comete.
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Ora, tudo o que vemos de mal na face da terra, tem na desobediência às Leis de Deus, a sua origem, pois este foi o primeiro pecado cometido pelos nossos primeiros pais. De fato, sem a comunhão com a vontade do Senhor, que se dá pela obediência, não existe amor, unidade e paz entre os homens.
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Porquanto, peçamos ao Senhor: Ó Deus que te dás à conhecer aos que te procuram de todo coração; faz que nos atraia a tua Beleza infinita e nos conduza a tua Sabedoria eterna, nos libertando dos preconceitos e ideologias que nos afetam e nos dividem. Isto te pedimos, ó Pai, por nosso Senhor Jesus Cristo, teu único Filho, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo por toda a eternidade. Amém! Aleluia!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 5 de janeiro de 2019

O ENCONTRO COM O SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 1,43-51)(05/01/19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, durante o tempo que aqui vivemos, estamos sempre nos encontrando e interagindo uns com os outros, seja na família, na escola, no trabalho, etc. O fato é que, de alguma forma, influenciamos e somos influenciados e é isso o que define o nosso estado de alma, ou seja, aquilo que somos interiormente. Ora, a liturgia de hoje trata desses encontros e interações, em especial no santo Evangelho, onde Jesus encontra Filipe e Natanael e gera neles uma mudança total de vida.
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De fato, eles encontraram em Jesus o cumprimento de tudo o Deus falou por meio de Moisés e dos profetas e não hesitaram segui-lo em nenhum momento, pelo contrário, deram a vida por Ele. Quem sabe até eles tivessem outros planos, mas no encontro com Senhor, tudo mudou, desse modo, deram lugar ao Plano de Deus em suas vidas, ou seja, deixaram tudo para seguir o Senhor e se dedicar à salvação das almas.
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Na Carta aos Hebreus, São Paulo, definiu assim a presença do Senhor em nosso meio: "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade." Ou seja, a presença do Senhor em nosso meio é real e sua mensagem é sempre nova, por isso, nos transforma quando o encontramos como o fizeram Filipe e Natanael. Pois, seguir o Senhor, como Ele mesmo diz, significa se alinhar plenamente à vontade do Pai: "De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou."
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Conclusão: Caríssimos, escutemos atentamente estas palavras do Senhor: "Felizes sois vós, porque vossos olhos vêem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram". Portanto, encontrar o Senhor, é dá à Ele em tudo o primeiro lugar em nossa vida.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

JESUS, O PÃO DA VIDA ETERNA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 1,35-42)(04/01/19)
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Caríssimos, estamos à caminho da eternidade e esta é uma viagem sem volta; assim como o povo da Antiga Aliança saiu da terra da escravidão para a terra prometida, de igual modo o Senhor nos liberta deste mundo de pecados para nos levar ao seu Reino de justiça e de paz. Ora, para libertar seu povo da escravidão do Egito, o Senhor enviou Moisés e Aarão; para nos libertar deste mundo, o Senhor nos enviou o seu próprio Filho, Jesus Cristo.
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Desse modo, formamos o novo povo de Deus, fruto da Nova e eterna Aliança que o Senhor fez com a humanidade, selada-a com o sangue de Seu Filho amado, que perdoou os nossos pecados e enviou o Espírito Santo para conduzir a sua Igreja por meio de seus escolhidos, tendo Pedro, os Apóstolos e seus sucessores à sua frente. Assim como disse o Senhor: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus."
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Caríssimos, eis as virtudes que acompanham os filhos e filhas de Deus, renascidos da água e do Espírito Santo no seio batismal da Igreja: obediência, fidelidade, amor, justiça e verdade; misericórdia, compaixão e santidade. Pois, todos os batizados que cultivam essas virtudes, comprovam por meio delas, a presença do Senhor os conduzindo para o Reino dos céus.
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Conclusão: Amados irmãos e irmãs, apressemos a segunda vinda de Cristo enquanto estamos no tempo de sua misericórdia, pois a grande tribulação se aproxima e muitos esfriarão na fé e até a abandonarão por não praticá-la devidamente. Todavia, como disse o Senhor: "Aquele que perseverar até o fim será salvo."
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Ora, a graça para isso não nos falta, pois Ele mesmo se deu como o Pão vivo descido do céu, nosso alimento de vida eterna, como está escrito: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

A LÓGICA DIVINA É O INVERSO DA LÓGICA DO MUNDO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 1,29-34)(03/01/19)
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Caríssimos, devido às tentações facilmente nos apegamos às coisas materiais; por isso, vivemos em constates conflitos uns com os outros, onde ganha aquele que tem mais poder, e não importa como o adquiriu. Essa é a lógica do mundo infestado de pecados e afastado totalmente das graças de Deus. Ora, a lógica divina é totalmente o inverso da lógica do mundo, pois, Deus que tem todo poder sobre o céu e sobre a terra, quis nascer como um de nós, mas como se não tivesse poder algum.
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Pergunta-se, mas por que Deus agiu e continua agindo assim? Por causa de sua infinita misericórdia e porque nos ama. Certa feita, São Paulo, num diálogo com o Senhor, escutou dele a seguinte resposta: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força." Ao que ele acrescentou: "Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte."
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Na primeira leitura de hoje, São João nos revela quem realmente somos: "Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro."
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Portanto, caríssimos, aqui estamos não para seguir a lógica do mundo; mas sim, para seguir nosso Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo, pois, foi para isso que o Pai o enviou. E seguir Jesus, segundo São João, é viver como Ele viveu, ou seja, fazendo em tudo a vontade do Pai (cf. Jo 5,30; 1Jo 2,6).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

AS EVIDÊNCIAS DA PRESENÇA DO SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Jo 1,19-28)(02/01/19)
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Caríssimos, as evidências divinas são para além do entendimento racional, elas tocam profundamente o âmago de nossas almas, nos fazendo reconhecer o que é de Deus e o que não é de Dele; porém, de nossa parte, é preciso que haja disposição para receber o que o Senhor reserva para aqueles que o amam por sua obediência. A primeira leitura e o Evangelho de hoje, tratam dessas evidências para que as acolhamos e não sejamos confundidos pelos inimigos de nossa fé.
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Discorrendo sobre isso, escreveu São João: "Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. Quem confessa o Filho possui também o Pai."
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E ainda nos alerta: "Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. Escrevo isso a respeito dos que procuram vos desencaminhar."
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No Evangelho de hoje os fariseus foram a João Batista pensando ser ele o Messias, no entanto, João declarou: "Eu não sou o Messias. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. Todavia acrescentou que era a evidência da sua presença, e que o tempo já se cumprira conforme o Profeta Isaías houvera anunciado a seu respeito: “Eu sou a voz que grita no deserto: Aplainai o caminho do Senhor."
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Conclusão: Caríssimos, quais são as evidências da segunda vinda de Cristo? São as que já estão postas como Ele mesmo disse: os falsos profetas; as catástrofes naturais; as guerras entre as nações e todo tipo de pecados cometidos pelos os homens. Porém, nos exortou: Estais prevenidos. Pois, aquele que perseverar até o fim será salvo."
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Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

SOLENIDADE DE MARIA MÃE DE DEUS...


SOLENIDADE DE MARIA MÃE DE DEUS (Lc 2,16-21)(01/01/19)
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Amados irmãos e irmãs, a Igreja inicia cada ano civil comemorando Solenimente a maternidade divinal de Maria; porque, de fato, ela é a Mãe de Deus, pois seu Filho, Jesus Cristo, é Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo e quis nascer como um de nós de seu ventre santo. Ora, nós só chegamos ao entendimento desse grandíssimo mistério, porque o Senhor se nos deu conhecer por sua infinita misericórdia. Como bem falou o Anjo Gabriel: "Porque a Deus nenhuma coisa é impossível."
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Santo Atanasio se referindo à esse acontecimento, assim o descreveu: "O anjo Gabriel, com prudência e sabedoria, já o anunciara a Maria; não lhe disse simplesmente: aquele que nascer em ti, para não se julgar que se tratava de um corpo extrínseco nela introduzido; mas: de ti (cf. Lc 1,35 Vulg.), para se acreditar que o fruto desta concepção procedia realmente de Maria. Assim foi que o Verbo, recebendo nossa natureza humana e oferecendo-a em sacrifício, assumiu-a em sua totalidade, para nos revestir depois da sua natureza divina."
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E o que isso significa? São Pedro explica: "Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Na sua grande misericórdia ele nos fez renascer pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma viva esperança, para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada para vós nos céus; para vós que sois guardados pelo poder de Deus, por causa da vossa fé, para a salvação que está pronta para se manifestar nos últimos tempos."
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Caríssimos, como vimos nos textos acima a participação direta de Maria Santíssima no Mistério da encarnação do Seu Filho, Jesus Cristo, se reveste de uma graça inefável para todos nós, pois dela resultou a nossa salvação eterna. Ora, isso demonstra o quanto Deus nos ama à ponto de enviar o Seu Filho numa carne semelhante à nossa para fazer participantes de sua natureza divina e de sua eterna glória.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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