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sábado, 21 de maio de 2011

NÃO SÃO CARNAIS AS ARMAS COM QUE LUTAMOS


Caríssimos, de fato, estamos em meio a uma guerra espiritual terrível e o inimigo de nossas almas luta dia e noite com suas armas e táticas sujas a fim de nos destruir, nos afastando completamente de Deus. É como nos escreveu São Pedro: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós.” Ora, São Pedro escreveu isso a fim de não esmorecermos e nos mantemos alertas contra as ciladas do mal. E acrescentou ainda, para nos atermos seguros nessa luta: “O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará.” (1Pd 5,8-10).

Certo dia em uma pregação, em reação a um comportamento inadequado apresentado na assembleia, falei uma palavra fora de contexto, chamando a atenção sobre aquele comportamento; pronto, foi o suficiente para o demônio distorcer o que falei e a partir disso destruir tudo o que estava presente naquela profunda pregação e lançar muitas pessoas daquela comunidade contra mim; foi então que percebi o que o Senhor havia falado em uma de suas parábolas:” Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador: quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do caminho.” (Mt 13,18-19).

Na verdade, o demônio lançou muitas daquelas pessoas contra a Palavra de Deus e contra o seu sacerdote, para afastá-las da comunhão com o Senhor e jogá-las na perdição, por meio de críticas ácidas e até de calúnias; pois ele sabe o que está escrito: “Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado.” (Mt 12,36-37). Por isso, nós pregadores e ouvintes, temos que ter um discernimento apurado, precisamos permanecer atentos para não nos deixar influenciar pelo contexto e desse modo, sabermos como o mal age contra nós e podermos anular imediatamente suas ações.

Aprendamos com São Paulo como termos um discernimento apurado, pois sobre isso ele escreveu: “Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.

Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. (Ef 6,10-18).

E escreveu também:” Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas, em Deus, capazes de arrasar fortificações. Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência a Cristo. Estamos prontos também para castigar todos os desobedientes, assim que for perfeita a vossa obediência.” (2Cor 10,4-6).

Por isso: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida. Dessa forma, no dia de Cristo, sentirei alegria em não ter corrido em vão, em não ter trabalhado em vão. Ainda que tenha de derramar o meu sangue sobre o sacrifício em homenagem à vossa fé, eu me alegro e vos felicito. Vós outros, também, alegrai-vos e regozijai-vos comigo.” (Fil 2,14-18).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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