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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

"NUNCA VIMOS UMA COISA ASSIM".


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,1-12)(12/01/24)

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1. Amados irmãos e amadas irmãs, dar a Deus o governo de nossa vida, é sentir-nos seguros, certos de que somos bem governados por Ele no seio da Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, a parte visível do Seu Reino neste mundo, tendo à frente o Santo Padre, os bispos e os padres em comunhão com ele.

2. Com efeito, no âmbito da humanidade em geral vivemos em meio ao desgoverno que o pecado impôs àqueles que se deixaram dominar por ele. E como resultado temos, o desequilíbrio ambiental, político, jurídico, e a desigualdade social; tudo isso por conta das ideologias e o mal uso dos meios de comunicação, causando todo tipo de divisão, opressão, violência e morte. 
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3. Por outro lado, no âmbito da Barca de Pedro, a Santa Igreja, proclamamos que Jesus é o único Senhor da nossa vida; exatamente, como Pedro proclamou: "Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos." (At 4,11-12).
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4. Escutemos, então, com atenção Santo Inácio de Antioquia na sua Carta aos Efésios: "Ninguém que professe a fé pode pecar, nem o que possui a caridade consegue odiar. Conhece-se a árvore por seus frutos. Igualmente, o que se declara de Cristo, será reconhecido por suas obras. Não se trata agora de declarações, mas de perseverança na virtude da fé até o fim."
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5. O Evangelho deste dia narra a cura de um paralítico trazido a Jesus por quatro amigos que fizeram todo esforço para apresenta-lo ao Senhor Jesus; e vendo a fé deles, não só o perdoou, mas também o curou fisicamente. Ora, que lição aprendemos desse episódio? A mesma do Livro de Eclesiástico: "Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro." (Eclo 6,14).
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6. De fato, os quatro amigos do paralítico portaram em seus ombros toda a sua Impotência; todas as suas dores, suas esperanças e ofereceram a Jesus; e como vimos, o Senhor os atendeu prontamente. Decerto, a fé que recebemos no batismo é um grande tesouro especialmente quando a usamos como meio de cura e libertação dos nossos irmãos e irmãs. 
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7. Comentando este Evangelho escreveu Santo Agostinho: "Não poderemos, também nós, transportar alguém cujas forças interiores estejam enfraquecidas, como as do paralítico do Evangelho, e abrir-lhe o teto das Escrituras para o fazer descer até aos pés do Senhor? Vede bem, esta pessoa será como que um paralítico espiritual. 
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8. Eu vejo o teto (da Escritura) e sei que Cristo Se esconde sob esse teto; farei portanto, na medida do possível, aquilo que o Senhor aprovou em relação aos que abriram o teto da casa e desceram o paralítico. Na verdade, Ele disse-lhe: «Filho, os teus pecados estão perdoados», e curou esse homem da sua paralisia interior: perdoou-lhe os pecados e firmou a sua fé.
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9. Mas havia ali pessoas cujos olhos não conseguiam ver a cura da paralisia interior e que tomaram o Médico que a tinha operado por blasfemo: «Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que pode perdoar os pecados?» 
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10. Ora, como esse Médico era Deus, ouviu estes pensamentos dos seus corações. Eles acreditavam que Deus tinha verdadeiramente esse poder, mas não conseguiam ver que era Deus que estava diante deles. Então, o Médico agiu também sobre o corpo do paralítico, para curar a paralisia interior dos que assim falavam: fez uma coisa que lhes permitisse ver e acreditar.
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11. Tem pois coragem, tu que tens um coração frágil, tu que estás doente a ponto de seres incapaz de melhorar o mundo. Coragem, tu que estás paralisado interiormente! Juntos, abramos o teto das Escrituras, para descermos até junto dos pés do Senhor," para sermos curados por Ele. (Santo Agostinho. Discursos sobre os Salmos, Sl 36, n.º 3, §3).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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