PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 28,8-15)(01/4/24)
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1. Caríssimos, hoje a Igreja continua celebrando a Páscoa do Senhor e por uma semana o fará solenemente, pois, são tantas as graças derramadas nesses dias, que muito temos à agradecer ao Senhor por todos essas graças que Dele recebemos.
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2. A liturgia pós Domingo de Páscoa faz memória de Jesus na sua dimensão eterna, que se faz presente realmente em meio a nós, revelando que estará sempre conosco, como Ele disse às mulheres que foram ao sepúlcro após sua ressurreição: "De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” (Mt 28,9a).
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3. Na primeira leitura de hoje São Pedro relembra como o rei Davi profetizou sobre a ressurreição de Cristo, e que vencedor da morte Ele agora se dá a conhecer pelo testemunho dos Apóstolos e de todos os seus seguidores de todos os tempos.
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4. O Senhor também se dá conhecer pelos Sacramentos da Santa Igreja onde atua diretamente para a salvação de todas as almas, pois, é este o sentido do Seu Sacrifício de Cruz. De fato, os Sacramentos revelam a sua real presença realizando por seus efeitos a sua Palavra de Vida Eterna.
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5. No Evangelho que hoje meditamos, vemos o encontro do Senhor Jesus com as santas mulheres que foram ao seu sepulcro mesmo sabendo que seria impossível remover a grande pedra que lhes impedia de ter acesso ao seu corpo.
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6. No entanto, tiveram esse felissíssimo encontro com Ele ressuscitado sem nenhum embargo da morte cruenta que Ele havia sofrido na sexta-feira santa; todavia, trazia em seu corpo as marcas das santas chagas que confirmava a sua Vitória definitiva sobre a morte.
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7. Com efeito, também na liturgia de hoje, vimos que o mal não aceitou a derrota, pois, ordenou aos seus sequazes de continuarem mentindo tentando encobrir a perversa trama que levou o Senhor Jesus a ser sacrificado mesmo sendo inocente.
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8. Ora, também em nosso tempo muitos inocentes continuam sendo sacrificados como constatamos por tantos dos nossos irmãos que são martirizados no mundo inteiro, participando com isso da morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. A Ele a glória, a Ele o louvor, a Ele o domínio, pois Ele é o Senhor que vive e reina agora e para sempre por toda eternidade. Amém! Assim seja!
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9. Comentando este Evangelho disse São Cirilo de Jerusalém: "Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante dele». Abraçaram-no para que se cumprissem aquelas palavras: «Abraçá-lo-ei e já não o soltarei» (Cânt 3,4).
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10. As mulheres seriam fisicamente fracas, mas a sua coragem era viril. A abundância das águas não tinha força para apagar o seu amor, nem os rios podiam engoli-lo. Aquele que procuravam morrera, mas a sua esperança na ressurreição não se havia extinguido.
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11. "Ide dizer aos seus discípulos que Ele ressuscitou" (Mt 28,7). Elas vão-se embora com um temor misturado com alegria. E não está também isso escrito? Sim: o salmo 2, que narra a Paixão de Cristo, diz o seguinte: «Servi o Senhor com temor e com tremor rendei-lhe homenagem» (Sl 2,11). «Alegrai-vos», porque o Senhor ressuscitou, mas «tremei», porque a terra tremeu e o anjo vos apareceu como um relâmpago."
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(São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja - Catequese batismal n.º 14, 13).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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